Governo intervém: Não haverá já pagamento a pronto na ADSE
Os prestadores privados de cuidados de saúde tencionavam impor a 1 de outubro o pagamento a pronto pelos beneficiários da ADSE nos seus estabelecimentos, mas o Governo interveio para evitar a solução.
As negociações atrasadas entre a ADSE e os prestadores privados de cuidados de saúde estão a começar a deixar os segundos cada vez mais tensos, tendo a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) anunciado mesmo um boicote aos reembolsos pela ADSE. A APHP propusera-se a instaurar, a partir de 1 de outubro, um regime de pronto pagamento pelo beneficiário, mas o Ministério da Saúde interveio para o evitar, escreve esta segunda-feira o Expresso.
A nova meta para a ADSE e a APHP chegarem a um novo acordo sobre as novas tabelas de pagamentos passa para o final de 2018, em vez de 1 de outubro, refere o jornal, acrescentando que Adalberto Campos Fernandes interveio junto das instituições para evitar uma situação de boicote. A APHP tencionava exigir aos beneficiários da ADSE que pagassem a pronto todas as despesas em causa no seu atendimento, em vez de pedir apenas o custo tabelado para posteriormente receber um reembolso do subsistema de saúde pelo resto dos custos.
A ADSE e os hospitais privados deverão negociar agora até ao final do ano, mantendo, para já, um acesso inalterado dos beneficiários aos prestadores de cuidados de saúde privados com acordo com o subsistema dos funcionários públicos e pensionistas do Estado.
Na semana passada, os hospitais privados tinham manifestado preocupação com a lentidão do processo negocial. Num comunicado enviado às redações, a APHP referia que iria “exigir o pagamento das faturas a 60 dias”, de acordo com a lei de 2013 que o determina, contrariamente ao que está nos registos da ADSE, que é o pagamento a 120 dias, situação que considera “particularmente gravosa para os operadores”.
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