Greves na Ryanair leva empresa a cortar previsões de lucro. Ações caem para mínimos de dois anos
Ryanair revê em baixa resultados para 2019. As ações caem 8,65% para os 11,98 euros, mas esta manhã já chegaram a cotar nos 11,50, o valor mais baixo desde 18 de outubro de 2016.
A Ryanair anunciou esta segunda-feira um corte de 12% nas suas previsões de lucros devido às greves que têm paralisado a companhia e à subida dos preços do petróleo. Em comunicado enviado às redações, a empresa de Michael O’Leary espera que os lucros se situem num intervalo entre 1,1 e 1,2 mil milhões de euros, uma redução face à estimativa anterior de 1,25-1,35 mil milhões de euros.
Depois do anúncio as ações da Ryanair estão a cair 8,65% para os 11,98 euros, mas esta manhã já chegaram a cotar nos 11,50, o valor mais baixo desde 18 de outubro de 2016.
Uma redução do tráfego em setembro e uma consequente redução da receita na sequência da greve de dois dias dos pilotos e do pessoal de cabine na Alemanha, Holanda, Bélgica, Espanha e Portugal, levam a empresa rever os dados operacionais. A pesar nas contas está também a perspetiva de uma redução da atividade tendo em conta a quebra na venda antecipada de bilhetes para as férias escolares intercalares de outubro e para o Natal já que “a confiança dos clientes foi afetada com receios de novas greves”, escreve a transportadora.
“Embora tenhamos conseguido gerir com sucesso as cinco greves de 25% dos pilotos irlandeses, as duas recentes paralisações coordenadas de pilotos e pessoal de cabine em cinco países da União Europeia afetaram o número de passageiros (através do cancelamento de voos), levou à anulação de reservas e à quebra de receitas no terceiro trimestre”, disse Michael O’Leary, CEO da Ryanair
Há semelhança da TAP que registou um prejuízo de 90 milhões de euros no primeiro semestre em grande parte devido ao aumento dos combustíveis, a Ryanair queixa-se do mesmo, explicando que o elevado preço dos combustíveis sem hedge, que registou uma subida de 10% aumentaram a fatura dos combustíveis ajudando a reduzir as perspetivas de lucros.
Assim, a empresa decidiu reduzir em 1% a sua capacidade este inverno. A partir de 5 de novembro, haverá reduções nas operações em Eindhoven, Bremen e Niederrhein.
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