Quando a Audi liga um SUV à corrente… É o e-tron
Passou pouco tempo desde que a adicionou mais um modelo à família Q, com o 8. Mas, para a Audi, faltava algo eletrizante aos seus SUV. Nasceu, por isso, o e-tron.
A eletrificação da indústria automóvel é uma realidade. São cada vez mais as propostas totalmente elétricas a surgirem no mercado, desde utilitários, a familiares, até a desportivos. E SUV? Não podiam faltar, sendo a aposta essencialmente no segmento de topo. Depois do Tesla Model X, mas também do I-Pace, da Jaguar, e numa altura em que a Mercedes estreou a EQ, com o EQC, Audi “jogou” a sua “cartada” com o e-tron.
Baseado no protótipo apresentado no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt, ainda em 2015, o modelo que em breve vai chegar às estradas portugueses – as primeiras unidades chegam no início de 2019 – não sofreu grandes alterações. Já era, na altura, um modelo muito próximo daquele que a marca dos anéis deu a conhecer ao mundo em São Francisco, nos EUA.
Se à data fez furor, agora faz ainda mais, com a crescente apetência dos consumidores por modelos que dispensam motores a combustão, tendo em conta o aumento da autonomia que se tem vindo a conseguir com baterias cada vez mais eficientes – o e-tron promete 400 km de autonomia. E, principalmente, porque ao contrário do que acontecia há alguns anos, as versões elétricas estão, esteticamente, muito mais atrativas. O e-tron é um exemplo desses.
Podia ser mais um Q, tendo em conta a semelhança com os mais recentes membros da família, nomeadamente o 7 e o 8 – sendo que o e-tron posiciona-se mais entre o 5 e o 7. Mas, claro, há elementos que são exclusivos deste modelo totalmente elétrico, muitos deles desenhados especificamente para dar resposta à necessidade de arrefecer a bateria que garante desempenhos que, por enquanto apenas no papel, são impressionantes para um modelo de grande porte.
Alimentado por dois propulsores elétricos que enviam a potência para as quatro rodas através de uma nova geração do sistema quattro, o e-tron apresenta-se com uma potência equivalente a 408 cv que são capazes de disparar o SUV até aos… 200 km/h, já que a velocidade está limitada eletronicamente. No entanto, chega aos 100 km/h em apenas 5,7 segundos. Está garantido, por isso, um estômago “colado” ao banco.
Tantos ecrãs… mas não há retrovisores
Não fossem os símbolos “e-tron”, ou as várias tomadas de ar – incluindo uma grelha “singleframe” ativa, ou seja, que abre e fecha consoante a necessidade de arrefecer, ou não, a bateria –, e quase não se perceberia pelo exterior que se trata de um SUV elétrico. E no interior acontece praticamente o mesmo, com a Audi a manter a linha de outros modelos da gama. Traz conforto, toques de requinte, mas também muita tecnologia.
Um só ecrã já não se usa. Dois, contando com o dos manómetros, estão a generalizar-se, mas neste nível há já várias marcas que apostam em três ecrãs – o terceiro é o da climatização. E o e-tron? Tem cinco. É que a juntar aos três, há mais um em cada porta, substituindo os comuns espelhos retrovisores. No sítio desses estão duas câmaras que transmitem imagem para esses “espelhos virtuais”, mas nem em todos os mercados este será um fator diferenciador. Na Europa, a legislação ainda não permite. Os japoneses, sortudos, vão poder desfrutar desta inovação.
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