Fundo abutre da PT entra no capital da EDP. Paul Singer tem 2,3%
O Elliot Management é o novo acionista de referência da elétrica com a saída do Capital Group. Paul Singer, especializado em dívida de países ou empresas em dificuldades, tem 2,3% do capital.
O Capital Group vendeu todas as ações que detinha no capital da EDP. A saída dos norte-americanos levou à entrada de outro investidor americano, mas que é conhecido por apostar em empresas em dificuldades. O Elliot Management revelou uma posição de 2,3% na companhia liderada por António Mexia que está, atualmente, a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da China Three Gorges (CTG).
Em comunicado enviado à CMVM, a empresa portuguesa revelou que “no dia 16 de outubro de 2018, Paul Elliot Singer comunicou à EDP que detém uma participação qualificada composta por 83.827.873 ações, representativas de 2,2925% do capital social da EDP e respetivos direitos de voto“. “A participação de Paul Elliot Singer ultrapassou o patamar de 2% do capital social da EDP no dia 10 de outubro de 2018”, acrescenta o comunicado.
A preços de mercado, a posição de Paul Singer na elétrica nacional encontra-se avaliada em 260 milhões de euros.
Não é referido a quem é que o fundo norte-americano de Paul Singer comprou os títulos, mas esta tomada de posição aconteceu numa altura em que o Capital Group, que chegou a ser o segundo maior acionista da empresa liderada por António Mexia, alienou toda a sua posição na cotada portuguesa.
A EDP está, atualmente, a ser alvo de uma OPA por parte da CTG, que oferece uma contrapartida de 3,26 euros por ação — no mercado, os títulos estão a cotar nos 3,1190 euros. A oferta foi anunciada em maio, sendo que até ao momento não foi feito ainda o registo da operação que carece de uma série de aprovações regulatórias.
Paul Singer é conhecido nos mercados como um “abutre”, já que procura ganhar com a debilidade de países e empresas. Ganhou esta reputação quando atacou a Argentina. Na mira estiveram, ao longo dos anos, também várias cotadas em dificuldade, entre elas o BES e a Portugal Telecom.
Este advogado milionário fez fortuna comprando dívida “problemática” para depois a vender ou, em caso de falência ou reestruturação, exigir em tribunal a totalidade que lhe é devido. Em 2011, o fundo apostou na queda do BES, mas em 2014 atacou a operadora então liderada por Zeinal Bava.
(Notícia atualizada às 18h50)
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