Câmara do Porto paga 2,5 milhões de euros para proteger e promover Coleção Miró durante 25 anos
Para além do incentivo à proteção e promoção da coleção, a Câmara Municipal do Porto vai ainda financiar, até um milhão de euros, as obras de ampliação, remodelação ou conservação da Casa de Serralves
A Câmara Municipal do Porto anunciou esta quarta-feira que vai pagar anualmente 100 mil euros à Fundação de Serralves, pelo prazo de 25 anos, para que a Coleção Miró seja protegida e promovida nacional e internacionalmente.
No âmbito do Protocolo de Depósito e de Promoção Cultural assinado nesta quarta-feira entre a Câmara Municipal do Porto e a Fundação de Serralves sobre as 85 obras de Miró na posse do Estado provenientes do antigo Banco Português de Negócios (BPN) e agora cedidas à cidade, a Câmara Municipal do Porto compromete-se ainda a financiar, até um milhão de euros, as obras de ampliação, remodelação ou conservação da Casa de Serralves, que receberá a exposição permanente das obras de Miró.
“Queria agradecer ao senhor primeiro-ministro o empenho que teve e à presidente do conselho de administração de Serralves também pelo empenho”, declarou o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, na cerimónia de assinatura dos protocolos assinados entre Governo, Câmara do Porto e Fundação de Serralves e que visam que as 85 obras da Coleção Miró permaneçam durante 25 anos no Porto.
Por seu lado, o primeiro-ministro, António Costa, declarou que a “razão fundamental por ter sido escolhido o Porto” prende-se com o facto de potenciar e diversificar o acesso à cultura.
“Há mais país para além de Lisboa e num momento de projeção nacional e da atividade turística é natural que reforcemos a capacidade criativa e a cena artística do Porto”, referiu o primeiro-ministro, explicando ainda que Serralves foi a instituição escolhida porque não era necessário criar uma nova instalação para acolher as obras do artista catalão.
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