Preços altos? OPEP diz que a procura por petróleo vai cair

"Não há motivo para alarme", diz Mohammad Barkindo. O secretário-geral da OPEP desvaloriza os máximos do petróleo, antecipando uma quebra na procura pela matéria-prima a nível mundial.

A OPEP está a produzir mais petróleo. Apesar das sanções dos EUA terem provocado uma quebra no Irão, a Rússia acabou por compensar, ditando um aumento da oferta por parte do cartel. Há um aumento na produção numa altura em que, estimam os países que são responsáveis por cerca de 40% do petróleo mundial, a procura deverá encolher. O arrefecimento da economia deverá travar o apetite pelo “ouro negro”, uma vez que o mundo precisará de quase menos 900 mil barris de petróleo do grupo por dia.

A Rússia aumentou a produção de petróleo em 150 mil barris por dia para um novo recorde de 11,54 milhões de barris por dia, revelou a OPEP esta quinta-feira, no relatório mensal referente a setembro, citado pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Em contrapartida, o Irão reduziu a produção de “ouro negro” para um total de 3,45 milhões de barris por dia e a Venezuela perdeu 42 mil barris por dia. Ainda assim, a produção global no mês passado foi de 32,76 milhões de barris por dia.

Este recuo na produção do Irão acontece depois de Donald Trump ter retirado os Estados Unidos do acordo nuclear com o país em maio, e ter anunciado novas sanções. Para além disso, o presidente norte-americano recomendou aos país que parassem de comprar petróleo ao Irão a partir de 4 de novembro, podendo incorrer em “duras sanções” caso não cumprissem essas recomendações.

Mesmo com o aumento da produção, o petróleo continua a valorizar nos mercados internacionais, estando em torno dos 85 dólares em Londres. “Não há motivo para alarme“, disse Mohammad Barkindo, em Londres, durante a conferência Oil and Money. O secretário-geral da OPEP afirmou que a organização mundial e os seus aliados “estão prontos e dispostos a continuar a certificar-se que o mercado continua a ser bem fornecido”, procurando evitar picos nos preços da matéria-prima.

A OPEP não está preocupada com os máximos que têm vindo a ser alcançados pelos preços do petróleo, até porque antecipa que a procura encolha em breve, devido ao lento crescimento económico e ao aumento da produção da matéria-prima pelos seus rivais. Depois de ter previsto que a procura deveria manter-se forte até 2020, no Boletim de Previsões Mundiais de Petróleo de 2018, a OPEP veio agora rever em baixa essas perspetivas para este ano e o próximo, de acordo com a Bloomberg.

Em vez de uma estimativa de procura de 1,54 milhões de barris de matéria-prima por dia, a OPEP prevê agora 1,36 milhões de barris diários, sustentando esta revisão em baixa com o abrandamento da economia mundial. Perante este abrandamento, os preços da matéria-prima podem aliviar de máximos.

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MLGTS assessora Anchorage Capital Group L.L.C. na compra de carteira de REOs do Novo Banco

MLGTS assessora Anchorage Capital Group L.L.C. na compra de carteira de REOs do Novo Banco (Projeto Viriato).

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) assessorou um conjunto de fundos geridos pela casa de investimento norte-americana Anchorage Capital Group, L.L.C. na promessa de compra ao Novo Banco de um portfolio de 8726 imóveis (REOs) com um valor bruto contabilístico de 716,7 milhões de euros, que inclui designadamente imóveis de uso residencial, comercial e terrenos.

A equipa multidisciplinar da MLGTS envolvida nesta transação foi liderada por João Torroaes Valente, sócio e cocoordenador da área comercial imobiliário.

A equipa incluiu Rita Ferreira Vicente, Andreia Bento Simões, Sara Ferraz Mendonça, Rita Castro e Manuel Ponces Magalhães da área de comercial imobiliário, Filipe Lowndes Marques e Cláudia Castanheira dos Santos da área de financeiro no respetivo financiamento à aquisição, Bruno Santiago da área de fiscal, e Pedro Pardal Goulão e Joana Almeida da área laboral.

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Nuno Cerejeira Namora, Castro Marques e Gonçalo Cerejeira Namora no Uruguai

Nuno Cerejeira Namora, Eduardo Castro Marques e Gonçalo Cerejeira Namora marcam presença no Uruguai para debater as implicações da proteção de dados no Direito do Trabalho.

Nuno Cerejeira Namora, Eduardo Castro Marques e Gonçalo Cerejeira Namora marcam presença no Uruguai para debater as implicações da proteção de dados no Direito do Trabalho.

Durante dois dias especialistas de todo o mundo vão debater questões relacionadas com a proteção do emprego, da saúde e da vida privada dos trabalhadores perante os desafios do futuro. Estamos perante a Quarta Revolução Industrial que se centra na Globalização.

Os advogados Nuno Cerejeira Namora, Eduardo Castro Marques e Gonçalo Cerejeira Namora, da Sociedade de Advogados Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados, marcam presença no segundo Congresso Mundial CIELO Laboral 2018 em Montevideu – Uruguai, para debater as alterações profundas a que os trabalhadores estão sujeitos em contexto laboral e enquanto profissionais. A Globalização e o acesso aos dados pessoais colocam em causa a privacidade de cada um.

No primeiro dia do Congresso Nuno Cerejeira Namora, ficará responsável pela coordenação e moderação da apresentação dos pósteres científicos que foram desenvolvidos por especialistas de todo o mundo.

No dia 14 de outubro, Nuno Cerejeira Namora fará uma intervenção sobre o RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados) e os meios de vigilância à distância incidindo sobre o seu impacto no âmbito do contexto laboral. Eduardo Castro Marques apresenta as implicações futuras da inteligência artificial e as profissões jurídicas. Gonçalo Cerejeira Namora fará uma abordagem sobre a problemática a nível mundial sobre a necessidade do consentimento dos trabalhadores no âmbito do RGPD, tendo como objetivo garantir a privacidade dos trabalhadores.

Durante dois dias Montevideu vai reunir especialistas de todo o mundo que vão debater questões relacionadas com o Direito Laboral e os desafios que vamos enfrentar no futuro, provenientes da revolução tecnológica.

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Benfica perdeu em campo, mas foi campeão nas contas

O Futebol Clube do Porto venceu o campeonato, mas perdeu nas contas. Teve o maior prejuízo entre os "três grandes" numa época em que só o Benfica escapou.

O Benfica queria arrebatar o primeiro penta da sua história, mas o empate a zero com o rival de Alvalade na penúltima jornada da Liga Nos deu o título aos dragões. Não cumpriu o sonho no relvado, mas acabou por brilhar no campo financeiro ao ser o único dos “três grandes” do futebol nacional a dar lucro. E a fechar a época com um balanço positivo, ao contrário de Porto e Sporting que estão com capitais próprios negativos.

A SAD liderada por Luís Filipe Vieira viu os seus resultados encolherem de forma expressiva na época 2017/2018, mas mesmo assim conseguiu apresentar resultados líquidos positivos de 20,58 milhões de euros. Os resultados caíram para menos de metade, mas ficaram em terreno positivo numa temporada em que o Sporting registou prejuízos de 19,9 milhões e o Porto chegou aos 28,4 milhões — os azuis e brancos foram os únicos a melhorar os resultados líquidos, mas continuaram no “vermelho”.

Só o Benfica deu lucro

Fonte: Resultados das SAD | Nota: Valores em milhões de euros

Os “três grandes” sofreram quase todos do mesmo “mal” nesta temporada. Tiveram todos maus desempenhos nas competições europeias, mas principalmente fecharam, quase todos, menos negócios milionários com jogadores. Só o Porto arrecadou mais com atletas na última época (50 contra 41,2 milhões no período homólogo), enquanto Benfica e Sporting registaram quebras de 45 e quase 60 milhões de euros, respetivamente, nos proveitos com as transações de atletas.

O negócio das transferências de jogadores fez-se sentir de forma expressiva nos resultados operacionais de todas as SAD, com Porto e Sporting no “vermelho” e Benfica no “verde”, mas aquém do resultado registado na época 2016/2017. Foi suficiente para ofuscar a melhoria registada em quase todas as SAD no que toca às receitas excluindo passes de atletas. O Benfica registou uma redução de 128 para 121 milhões de euros (uma quebra de 5%), mas tanto Porto como Sporting aumentaram-nas em 7% e 15%, respetivamente.

Passivo das SAD encolhe

Perante os resultados líquidos negativos apresentados na última temporada, mas também empréstimo obrigacionista emitido em junho passado, no valor de 35 milhões de euros, o Porto viu o seu passivo disparar. Ascendeu a 464 milhões de euros, um agravamento de 76,6 milhões de euros no espaço de um ano que faz com que a SAD liderada por Pinto da Costa passe a apresentar o maior passivo dos “três grandes”, superando o Benfica.

A SAD do Sporting conseguiu encolher o passivo de 190 para 173 milhões, mas foi a SAD encarnada que brilhou neste campeonato ao revelar uma quebra de 40,1 milhões de euros “no decorrer do exercício de 2017/2018, o que significa que no final do período atinge um valor de 398,3 milhões de euros. De realçar que a sociedade volta a apresentar um passivo consolidado inferior a 400 milhões de euros, o que não se verificava desde o final do exercício de 2010/2011″, nota a SAD. Ou seja, está em níveis pré-troika.

Perante este resultado do Benfica, e apesar do forte aumento registado no passivo do Porto, o valor em dívida por parte dos “três grandes” do futebol português acabou por cair, baixando da fasquia dos mil milhões de euros, de acordo com cálculos do ECO. Caiu de 1.007 para 997 milhões de euros.

Porto e Sporting em risco

Mais importante do que o passivo em si, é olhar para o passivo em função do ativo. Ou seja, o capital próprio. Neste campo, e ao contrário do que aconteceu no relvado na última época, o Benfica volta a sagrar-se campeão. No exercício de 2017/2018, o capital próprio “apresentou uma melhoria de 19,1 milhões de euros, o que corresponde ao quinto exercício consecutivo em que a situação líquida apresenta uma variação positiva”, diz a SAD, rematando que os 86,8 milhões de euros registados são o “valor mais alto de sempre”.

Contrariamente à solidez do Benfica, regista-se uma enorme debilidade no balanço tanto do Sporting como do Porto. A SAD verde e branca passou de capitais próprios positivos para 13,3 milhões negativos no último ano da liderança de Bruno de Carvalho, enquanto o Porto passou de 9,1 milhões negativos para um valor quatro vezes pior. Estão ambos em situação de falência técnica.

Nas contas referentes à última temporada, os responsáveis azuis e brancos desvalorizam os sinais de alerta. Sublinham que o capital próprio da SAD se encontra subvalorizado, o plantel e o direito de utilização da marca “FC Porto” estão contabilisticamente registados bem abaixo do seu valor de mercado.

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Uría Menéndez – Proença de Carvalho assessora o projeto imobiliário Braço de Prata

A Uría Menéndez-Proença de Carvalho assessorou o comprador do projecto imobiliário Prata Living Concept, projecto residencial da capital que está a ser construído na frente ribeirinha de Marvila.

A Uría Menéndez-Proença de Carvalho assessorou o comprador do projeto imobiliário Prata Living Concept, o maior projeto residencial da capital que está a ser construído na frente ribeirinha de Marvila, em Lisboa, assinado pelo arquiteto italiano Renzo Piano. Trata-se de uma operação de 450 milhões de euros que prevê a construção de 600 fogos, e tem atualmente os primeiros 28 apartamentos prontos a habitar.

A equipa da Uría Menéndez – Proença de Carvalho foi liderada por Duarte Garin e Rita Xavier de Brito
(Imobiliário), e incluiu, entre outros, David Sequeira Dinis (Restruturações), António Castro Caldas e
Cláudia Reis Duarte (Fiscal).

A Uría Menéndez é um escritório líder no mercado ibero-americano, com presença em 17 cidades da
Europa, América e Ásia. Fundada em 1946, atualmente conta com mais de 550 advogados que
prestam assessoria de alto valor acrescentado em todas as áreas do Direito dos negócios português,
espanhol e da União Europeia.

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Costa Verde faz nova fábrica em Vagos com apoio de 2,3 milhões do Portugal2020

  • ECO
  • 11 Outubro 2018

Plano é investir na construção de duas novas naves industriais com cerca de 9.000 metros quadrados de área coberta. Empresa de porcelanas vai investir sete milhões de euros e criar 90 novos empregos

A empresa de porcelanas Costa Verde vai iniciar em “em breve” um projeto de expansão da sua unidade industrial. Vagos foi a zona escolhida. Com um investimento que ronda os sete milhões de euros, o objetivo é criar cerca de 90 novos postos de trabalho.

“Este aumento de capacidade de produção irá resultar num acréscimo de cerca de 40% face à capacidade existente, e vai ser realizado nas áreas adjacentes à atual unidade”, avançou a empresa num comunicado enviado às redações.

O plano é investir na construção de duas novas naves industriais com cerca de 9.000 metros quadrados de área coberta, na instalação de dois novos fornos de origem portuguesa e de diversa maquinaria de origem alemã. Um projeto que conta com 2,3 milhões de euros de fundos comunitários, correspondente a um investimento elegível de 5,6 milhões de euros. O restante — 1,4 milhões de euros — são assegurados por autofinanciamento, diz a Costa Verde, que pretende terminar os trabalhos no final de 2019.

A empresa, que tem hoje 320 trabalhadores e uma faturação que ronda os 13,5 milhões de euros, esclarece ainda que dos 90 novos postos de trabalho que pretende criar haverá postos qualificados e não qualificados, “com todo o arrastamento que um investimento destes tem na comunidade local e regional”, diz a empresa, que será responsável pela instalação da primeira unidade fabril na zona industrial de Vagos.

A Costa Verde, que se dedica à conceção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de louça cerâmica em porcelana para uso doméstico, hotelaria e restauração, está presente em mais de 50 geografias, uma opção que visa aumentar a capacidade de produção da empresa para dar resposta aos vários clientes espalhados por todo o mundo.

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Dívida dos hospitais às farmacêuticas alcança quase 950 milhões de euros

  • Lusa
  • 11 Outubro 2018

A dívida total continua, ainda assim, mais baixa do que os valores registados no segundo semestre de 2017, quando chegou a ultrapassar os 1.100 milhões de euros.

A dívida dos hospitais públicos à indústria farmacêutica atingiu, em agosto, 949,3 milhões de euros, sendo o valor mais alto do ano, segundo dados da associação do setor divulgados esta quinta-feira.

De acordo com dados divulgados pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), a dívida total dos hospitais à indústria farmacêutica situava-se, em agosto, acima dos 949 milhões de euros. Só a dívida vencida representava 666 milhões de euros.

Apesar de a dívida total ser a maior registada este ano, a dívida vencida já tinha sido superior em fevereiro e em junho.

Além disso, segundo os dados da Apifarma, a dívida total continua ainda assim mais baixa do que os valores registados no segundo semestre de 2017, quando chegou a ultrapassar os 1.100 milhões de euros.

Em comparação com o mês anterior, julho, tanto a dívida total como a dívida vencida tiveram um aumento de mais de 3%.

Em agosto, o prazo médio de recebimento de pagamento dos hospitais a 66 empresas farmacêuticas situava-se nos 330 dias.

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Fundos comunitários representam quase 80% do investimento público em Portugal

  • ECO e Lusa
  • 11 Outubro 2018

Dependência de fundos comunitários preocupa PSD e é encarada como estratégica pelo PS.

A Comissão Europeia atribuiu 25,8 mil milhões de euros a Portugal ao abrigo dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) no orçamento comunitário em vigor, o que representa cerca de 79% do investimento público em curso no país.

De acordo com os dados disponíveis na página do executivo comunitário, Portugal, através de 16 programas nacionais, beneficia de 25,856 mil milhões de euros ao abrigo dos FEEI, completando um investimento global de 32,752 mil milhões de euros com a canalização dos remanescentes 6,896 mil milhões.

“Portugal colheu os frutos de mais de 100 mil milhões de euros de fundos da política de coesão investidos no país desde a sua adesão à União Europeia”, adiantou à agência Lusa fonte oficial da Comissão Europeia para as áreas do Emprego, Crescimento, Investimento e Política Regional. De acordo com Sophie Dupin de Saint-Cyr, Bruxelas considera que Portugal tem “várias vantagens competitivas, como o apoio ao crescimento sustentável do setor marítimo, as tecnologias digitais ou o turismo”.

Portugal colheu os frutos de mais de 100 mil milhões de euros de fundos da política de coesão investidos no país desde a sua adesão à União Europeia.

Sophie Dupin de Saint-Cyr

Comissão Europeia para as áreas do Emprego, Crescimento, Investimento e Política Regional

“Mais do que nunca, estamos comprometidos em ajudar a transição de Portugal para uma economia moderna e baseada no conhecimento. Os fundos continuam disponíveis para infraestruturas em redes cruciais de transportes e de energia, mas os investimentos da política de coesão estão agora centrados em prioridades estratégicas que a Comissão e Portugal acordaram no início do período 2014-2020”, notou.

Essas prioridades são a inovação, “para ajudar as empresas portuguesas a desenvolver novos produtos e a entrar em novos mercados”, o emprego e inclusão social, “para aumentar as competências e as qualificações da mão-de-obra”, e uma economia limpa e eficiente em termos de recursos.

Os programas em curso refletem isso mesmo, com a maior fatia de investimento, de acordo com os dados disponíveis na página da Comissão Europeia, a destinar-se à competitividade das pequenas e médias empresas, ao treino “vocacional e educacional”, e à inovação e investigação.

“Em 31 de dezembro de 2017, cerca de 16,8 mil milhões de euros (65% do total) foram alocados a projetos no terreno, o que abriu caminho para que mais de 8.500 empresas recebessem apoio, com mais de 1.000 novos produtos a serem introduzidos no mercado e 450 empresas a cooperarem com instituições de investigação”, pode ler-se no “pacote de inverno do semestre europeu” de coordenação de políticas económicas e orçamentais da União Europeia, apresentado em 07 de março deste ano.

No documento, a Comissão Europeia notava que os fundos comunitários contribuíram para aumentar a capacidade das creches de modo a acomodar mais 32.000 crianças, e para melhorar os serviços de saúde de mais de 2,7 milhões de pessoas, com 76.000 estudantes universitários a beneficiarem de bolsas e 17.000 adultos a participarem em cursos de formação profissional. “40.000 jovens e 11.000 adultos foram integrados no mercado de trabalho, e mais de 3.000 pessoas com deficiência receberam apoio para trabalhar”, acrescenta, indicando ainda que mais de 43.000 jovens foram apoiados quer através de estágios, quer de subsídios.

Dependência de fundos preocupa PSD e é encarada como estratégica pelo PS

Os eurodeputados José Manuel Fernandes (PSD) e Pedro Silva Pereira (PS) coincidem na importância capital dos fundos estruturais europeus no investimento público, embora o primeiro a considere “preocupante” e o segundo a encare como “estratégica”.

“Nem sempre temos consciência de que as estradas onde passamos, a água que bebemos, os resíduos sólidos, os hospitais, as creches, os lares, as escolas profissionais, tudo tem recursos de fundos europeus. Mas, neste momento, estamos excessivamente dependentes de fundos da União Europeia (UE). Mais de 80% dos projetos que estão em execução de investimento público são financiados pelo orçamento da UE. Isso é preocupante”, alerta José Manuel Fernandes.

Em declarações à agência Lusa, o eurodeputado social-democrata, que é o único português a integrar o grupo do Parlamento Europeu (PE) que está a negociar o próximo orçamento comunitário para 2021-2027, recorda que Portugal já recebeu cerca de 100 mil milhões de euros ao abrigo dos sucessivos Quadros Financeiros Plurianuais (QFP), e assume que “nem sempre temos a consciência que, se não fossem os fundos, a qualidade de vida era muitíssimo inferior à que temos”.

“Os fundos comunitários são uma fatia muito importante do investimento público português. Isso aconteceu ao longo do último QFP, como em orçamentos anteriores, o que confere à questão do envelope financeiro de fundos comunitários uma relevância estratégica para o nosso desenvolvimento e para a nossa economia”, corrobora Pedro Silva Pereira.

A coincidência de opiniões esgota-se nesse ponto, já que para o eurodeputado socialista os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento são “absolutamente vitais e estratégicos para o país” também devido às “restrições de caráter orçamental que, de alguma forma, limitam sempre a margem de manobra de decisão em relação ao volume de investimento”, e para José Manuel Fernandes deveriam ser complementares a um esforço nacional.

“Há uma pergunta que temos que começar a fazer: o Orçamento de Estado não deve servir também para o investimento? Hoje, em Portugal, costuma-se ouvir a resposta: não se faz porque não há dinheiro de fundos europeus para financiar. Não, o Orçamento do Estado também tem de ajudar ao financiamento e os fundos europeus devem servir para adicionar, para acrescentar valor, e nunca para substituir o Orçamento do Estado”, defende.

Para o eurodeputado social-democrata, o Governo fez o contrário daquilo que tinha prometido. “O investimento público é inferior àquele que existia quando tínhamos a ‘troika’. Vão-nos valendo os fundos europeus. O Governo preocupa-se mais em distribuir do que em criar riqueza, e os fundos deveriam servir para alavancar investimento”, completa.

Numa altura em que se perspetivam cortes no envelope financeiro dedicado a Portugal no próximo orçamento comunitário, Silva Pereira considera que preocupante não é a excessiva dependência do investimento público dos fundos estruturais, é que haja “tanta gente que não percebe a importância de um reforço da capacidade orçamental das instituições europeias para responder às necessidades e anseios dos cidadãos”.

“Seria sempre positivo que pudéssemos ter outras alternativas, mas essa não é uma boa razão para desistir dos fundos comunitários. Os fundos comunitários são necessários e a UE tem a responsabilidade de soluções orçamentais a favor da convergência”, sustenta, considerando que “este não é certamente o momento de pensarmos em alternativas em relação aos fundos comunitários, porque isso seria dar a mensagem errada”.

Na opinião de José Manuel Fernandes, perante os cortes já anunciados – e que poderão ser atenuados no esboço final do QFP da UE para 2021-2027 -, o Governo de António Costa deveria “escrever o guião dos fundos europeus” e não ser um “mero ator ou utilizador”.

“Podemos influenciar os regulamentos. Não podemos fazer a pergunta: o que há aí a fundo perdido, temos de perceber o que nos torna competitivos, e depois termos os programas que acomodem as necessidades que a realidade impõe”, esclarece, advertindo também para a necessidade de melhorar a execução dos fundos comunitários.

“Portugal tem uma execução de 30%. Faltam dois anos para 2020. Autorizados até agora temos mais de 17 mil milhões de euros e não executámos oito mil milhões. Portanto, é urgente melhorarmos a execução dos fundos, porque não falta onde colocá-los. É preciso regras para a execução dos fundos e, em simultâneo, é preciso já estar a trabalhar nos próximos, definindo-se qual é a estratégia de Portugal”, conclui.

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MLGTS assessora EDP em emissão de Green Bonds

A MLGTS está a assessorar a EDP na primeira emissão de Green Bonds do Grupo, que é igualmente a primeira operação do género levada a cabo por um Grupo português.

A MLGTS está a assessorar a EDP na primeira emissão de Green Bonds do Grupo, que é igualmente a primeira operação do género levada a cabo por um Grupo português. Conforme anunciado pela EDP, o produto desta emissão destina-se ao financiamento ou refinanciamento, no todo ou em parte, do portfolio de projectos “Green” elegíveis do grupo EDP, que consiste em projectos renováveis – eólicos e solares – da EDP Renováveis.

A equipa MLGTS é liderada pelo sócio Eduardo Paulino e pela advogada sénior Maria Soares do Lago.

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) é uma sociedade com uma equipa de mais de 200 advogados, com escritórios em Lisboa, Porto e Funchal, tendo desenvolvido ao longo dos anos uma estratégia de internacionalização, nomeadamente através da MLGTS Legal Circle, rede de parcerias com escritórios locais em Angola, Macau (China) e Moçambique que permite a constituição de equipas integradas nas mais complexas matérias multijurisdicionais.

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Bruxelas autoriza Lone Star a comprar carteira de imóveis do CaixaBank

  • ECO
  • 11 Outubro 2018

Dono do Novo Banco recebeu luz verde da Comissão Europeia para ficar com uma carteira de imobiliário do CaixaBank avaliada em sete mil milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou a compra de uma carteira de imóveis do CaixaBank avaliada em sete milhões de euros pelo Lone Star, principal acionista do Novo Banco, isto depois de concluir que a “aquisição proposta não levantará preocupações concorrenciais, por causa do seu impacto limitado na estrutura do mercado”.

A operação foi anunciada em julho passado e envolve um conjunto de ativos imobiliários detidos pela Build Center e pela ServiHabitat, ambas do CaixaBank.

Na prática, no final da transação, a qual foi examinada pelas autoridades europeias sob “procedimento simplificado”, o fundo americano vai passar a deter 80% de uma sociedade a ser criada para a gestão desta carteira, com o CaixaBank a manter uma participação de 20%.

Para o banco catalão, a operação terá um impacto neutro nas suas contas.

Esta quarta-feira o Novo Banco, detido em 75% pelo Lone Star, vendeu um portfólio composto por quase 9.000 imóveis à Anchorage, numa transação através da qual o banco “estima receber 390 milhões de euros”.

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Macedo Vitorino & Associados promove Pedro de Almeida Cabral a Associado Coordenador

O advogado sénior Pedro de Almeida Cabral assume agora a posição de associado coordenador da Macedo Vitorino & Associados.

O advogado sénior Pedro de Almeida Cabral assume agora a posição de associado coordenador da Macedo Vitorino & Associados.

É, segundo o sócio João Macedo Vitorino, o reconhecimento de um percurso pessoal e o resultado do nosso crescimento na área de Contencioso e Arbitragem. “Reconhecemos o mérito profissional de quem trabalha connosco. O Pedro é advogado de barra por vocação e mostrou possuir as qualidades necessárias para desemprenhar uma função de coordenação no nosso grupo de contencioso e arbitragem. Depois de uma passagem pelo Ministério da Justiça, o Pedro vem dedicando-se na Macedo Vitorino, desde 2012, a contenciosos de cada vez maior relevância, ocupando-se atualmente de importantes processos judiciais e de arbitragem que justificam esta promoção.”

O novo associado coordenador tem um relevante currículo profissional, com mais de 18 anos de experiência em assessoria jurídica. Além de ser autor de diversas publicações cientificas, algumas delas publicadas recentemente, foi consultor no Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça, gestor de projetos SIMPLEX na Secretaria de Estado de Justiça e ainda consultor na Presidência do Conselho de Ministros do XVIII Governo Constitucional de Portugal.

Pedro de Almeida Cabral é licenciado em Direito pela Universidade Católica de Lisboa, entre outras qualificações destacam-se as pós-graduações em Direito dos Contratos, Legística e Ciência da Legislação, e Direito Comunitário da Concorrência pelo King’s College de Londres.

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Costa defende investimento público para ajudar crescimento das empresas

  • ECO e Lusa
  • 11 Outubro 2018

Para o primeiro-ministro, o investimento público é importante para o desenvolvimento das atividades empresariais. Já o Banco de Portugal, prevê que o investimento cresça menos de metade este ano.

O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quinta-feira em Arouca, que é fundamental que o Estado seja “parceiro das empresas”, criando condições para que estas continuem a investir e a ganhar competitividade, defendendo uma aposta no investimento público.

“Houve uma altura em que se achou que para poder apoiar as empresas, para termos umas finanças públicas sólidas, era preciso parar o investimento público. Ora, o investimento público é importante também para o desenvolvimento das atividades empresariais”, realçou.

António Costa falava durante a cerimónia de lançamento do concurso da empreitada de construção da nova ligação rodoviária do parque de negócios de Escariz ao IC2/A32, em Arouca, num investimento de 26,4 milhões de euros, suportados apenas pelo Orçamento do Estado.

Além do “grande” investimento na ferrovia ou nos portos, Costa destacou o investimento que está a ser feito pelo Governo na ligação das áreas empresariais às grandes vias rodoviárias, mesmo sem poder contar com os apoios comunitários.

Apesar de o país ter uma boa rede rodoviária, o primeiro-ministro diz que “existem em várias zonas do país pequenas distâncias que se tornam enormes distâncias” e que fazem “uma enorme diferença na ligação de áreas empresariais às grandes vias rodoviárias”.

“Ao perceber que no Portugal 2020 tinham sido excluídos os investimentos rodoviários do financiamento em fundos comunitários, compreendemos que tínhamos de encontrar no Orçamento do Estado uma reserva que permitisse fazer com dinheiro dos contribuintes portugueses aquilo que não poderíamos fazer com apoios comunitários”, disse o chefe do Governo.

Nesse sentido, o Governo decidiu lançar o programa de melhoria das acessibilidades a 12 áreas empresariais no Norte, Centro e Alentejo, que inclui 15 projetos, num investimento global de 102 milhões de euros, contemplando 67 quilómetros de intervenções.

Na mesma sessão, o presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, fez um ponto de situação deste programa, referindo que dos 15 projetos, cinco estão concluídos e cinco estão em execução. “Dos restantes cinco, há quatro que estão a concurso, dois deles são hoje lançados (Arouca e Paredes de Coura) e falta lançar apenas um”, adiantou.

A empreitada de construção da nova ligação rodoviária do parque de negócios de Escariz ao IC2/A2, cujo concurso foi lançado esta quinta-feira, tem um prazo de execução de 540 dias e prevê a construção de uma nova variante, entre o nó de Pigeiros da A32 e a rotunda de Escariz, numa extensão de 7,1 quilómetros.

A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, congratulou-se com o lançamento deste concurso lembrando que se trata de “uma ambição antiga e legitima”.

“Este tem sido um processo longo, árduo e difícil, pelo que é mais do que justa a celebração desta conquista”, disse a autarca, manifestando o desejo de que, daqui por três anos, António Costa regresse a Arouca para lançar a empreitada de construção da ligação do final da variante Ribeira/Mansores a Escariz e, assim, concluir a via estruturante de ligação de Arouca ao litoral.

BdP prevê desaceleração do investimento

De acordo com o Boletim Económico de outubro, publicado esta quinta-feira, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deverá crescer este ano 3,9%, depois de, em 2017, ter registado um acréscimo de 9,2%. Isto significa que, no conjunto, o investimento público e privado vai crescer apenas 42% do aumento observado no ano anterior. Em junho, quando a instituição apresentou as últimas previsões, o Banco via o investimento a crescer menos do que em 2017, mas a um ritmo igual a 63% do verificado no ano anterior.

No boletim, o Banco de Portugal considera que “o investimento [público], mais uma vez, está a crescer abaixo do previsto”. No Programa de Estabilidade, o Governo apontava para um aumento de 28,7%, mas, no primeiro semestre, o crescimento do investimento público foi de apenas 6,3%. Ainda assim, regista-se um aumento face ao ano anterior.

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