Já votaram 42 mil nas eleições do Montepio. Menos de 10% dos associados elegíveis
Menos de 10% do universo de associados elegíveis já enviou voto por correspondência para as eleições da Associação Mutualista. Afluência deverá ser inferior às eleições de 2015.
Até ao final da manhã desta quinta-feira, cerca de 42 mil associados já tinham enviado votos por correspondência nas eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), correspondendo a menos de 10% do universo de associados que podem votar neste ato eleitoral para a maior mutualista do país, apurou o ECO junto de fonte da comissão eleitoral.
As eleições para os vários órgãos da AMMG terminam esta sexta-feira, pelas 18h00, hora a que encerra a urna presencial que estará disponível durante todo o dia na sede da instituição na Rua Áurea, em Lisboa. As primeiras indicações apontam para uma afluência inferior às últimas eleições de 2015 e 2012.
Encerrada a votação, seguir-se-á a contagem dos votos de forma automatizada: duas máquinas de leitura de votos, cada uma com capacidade para analisar cerca de 8.000 boletins por hora, vão contar os votos recebidos. Assim sendo, já só nas primeiras horas de sábado deverão ser conhecidos os resultados finais.
Os associados receberam em casa dois boletins de voto: um boletim para eleger o Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral e outro boletim para eleger os membros que vão compor Conselho Geral.
A grande maioria dos associados elegíveis — são cerca 480 mil os sócios da AMMG que podem votar nestas eleições — enviou os votos através do correio. Até ao momento, 41.983 votos por correspondência já tinham chegado à instituição, não se sabendo quantos serão anulados por não cumprirem as regras, pelo que o número de votos considerados válidos acabará por ser inferior.
Por outro lado, a AMMG ainda vai receber mais votos por correspondência amanhã, enquanto tem aberta uma urna de voto entre as 9h00 e as 18h00, na sede da instituição, para os associados que quiserem votar de forma presencial. Nas últimas eleições, apenas uma pequena parte o fez desta forma, cerca de 1.500 associados.
Ou seja, à luz dos números que são conhecidos até agora, há sinais de que a afluência dos associados nestas eleições seja ainda mais baixa do que nas eleições de 2015, quando participaram mais de 50.000 associados, e nas eleições de 2012, que contou com perto de 75 mil votos válidos.
São três as listas que concorrem para o mandato 2019-2021: a Lista A surge como a lista de continuidade encabeçada por António Tomás Correia; a Lista B tem como cabeça de lista o administrador dissidente Fernando Ribeiro Mendes; e a Lista C reúne as listas derrotadas nas últimas eleições em torno de António Godinho.
As eleições surgem num quadro sensível para o futuro da instituição que tem mais de 620 mil associados, que desde a última semana passou a ser supervisionada pelo regulador dos seguros, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o que vai implicar novas regras, desde logo a redução da exposição ao Banco Montepio. Além disso, no próximo ano terá de adaptar os seus estatutos ao novo Código das Associações Mutualistas. E isto num contexto financeiro desafiante, depois da “engenharia contabilística” ter permitido à AMMG sair de uma situação de capitais próprios negativos de 250 milhões de euros através do registo de créditos fiscais no valor de 800 milhões.
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