Montepio vende carteira de malparado avaliada em 239 milhões de euros
Depois do Novo Banco, é a vez do banco liderado por Carlos Tavares anunciar a venda de uma carteira de malparado avaliada em 239 milhões de euros.
O Montepio voltou ao mercado para vender crédito malparado. Depois do Novo Banco ter feito a maior venda de sempre destes créditos em incumprimento por parte de um banco português, a instituição liderada por Carlos Tavares anunciou a alienação de 239 milhões de euros em créditos tóxicos.
“Após um processo de venda competitivo”, foi celebrada uma escritura pública de “venda de uma carteira de créditos não produtivos
(non-performing loans), sob a forma de venda direta, à empresa Mimulus Finance, uma sociedade validamente constituída e regida pelas leis da Irlanda, com sede em Dublin”, refere o banco.
Em comunicado enviado à CMVM, o Montepio nota que o “montante bruto alienado foi de 239 milhões de euros, numa carteira que englobou aproximadamente 10 mil contratos”. Não é referido, no entanto, qual o valor da venda, nem o impacto que esta operação vai ter nas contas da instituição.
Recorde-se que no início do mês a Bloomberg tinha avançado que o banco estava no mercado para realizar esta venda antes do final do ano. No entanto, o valor apontado pela agência noticiosa era superior: 370 milhões, divididos em duas tranches, uma denominada “Atlas”, de 250 milhões de euros, e outra chamada “Cascais”, de 120 milhões de euros.
“A concretização desta operação materializa a estratégia da Caixa Económica Montepio Geral de contínua redução de ativos não produtivos“, salienta Carlos Tavares.
No final dos primeiros nove meses do ano, o Montepio apresentava um rácio de NPE (non performing exposure, onde se incluem os non-performing loans, ou malparado) de 16,2%. Eram 2,18 mil milhões de euros numa carteira de crédito bruto de 13,5 mil milhões.
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