CCDR de Lisboa e Vale do Tejo preocupada com diminuição da população “superior a 10%”

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

Riscos e alterações climáticas, a ineficiência energética, a desadequação da oferta dos transportes públicos e assimetrias territoriais são alguns problemas da região a resolver com o Portugal 2030.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) disse esta segunda-feira que o principal desafio da região é demográfico, revelando que a tendência de diminuição da população “é superior a 10%”.

“Uma das principais componentes da competitividade entre municípios vai ser a atratividade dos jovens”, declarou João Pereira Teixeira no âmbito da reunião extraordinária do Conselho Regional de Lisboa e Vale do Tejo sobre o Portugal 2030, que decorreu em Lisboa, com a presença do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

Neste âmbito, João Pereira Teixeira destacou a importância de Lisboa e Vale do Tejo para o panorama nacional, indicando que a região tem 3,6 milhões de habitantes, o que corresponde a “35,5% da população do país”, é responsável por 34% das exportações do país, tem 49% das empresas de média e alta tecnologia existentes a nível nacional, tem 41% dos trabalhadores do país, tem 36% do volume de negócio das empresas agrícolas e 35% do volume de negócio da indústria, e tem 41% dos alunos inscritos no ensino nacional superior.

“Se a região de Lisboa e Vale do Tejo está bem, Portugal está bem. Se a região de Lisboa e Vale do Tejo não está bem, Portugal não estará tão bem”, afirmou o representante da CCDR-LVT.

Se a região de Lisboa e Vale do Tejo está bem, Portugal está bem. Se a região de Lisboa e Vale do Tejo não está bem, Portugal não estará tão bem.

João Pereira Teixeira

Presidente da CCDR-LVT

Como principais problemas da região, indicou os riscos e alterações climáticas, a ineficiência energética, a desadequação da oferta dos transportes públicos, nomeadamente a problemática da bilhética intermodal, as assimetrias territoriais no acesso e no uso das novas tecnologias, as falhas no acesso à habitação, o despovoamento, envelhecimento e abandono do território, as bolsas de pobreza e exclusão social, o défice de uma cultura valorizadora do território e a insuficiente cultura de cooperação e trabalho em rede.

Em termos de desafios, o responsável da CCDR-LVT apontou a demografia da região, referindo que “a população é tendencialmente reduzida”, apesar de existirem estudos que indicam que, entre os “dez municípios que vão ter grande aumento da população, oito são da região de Lisboa e Vale do Tejo e não são todos da Área Metropolitana de Lisboa”. “As alterações demográficas vão ser bastante diferenciadas, embora haja uma grande tendência de diminuição, essa tendência de diminuição é superior a 10%”, revelou.

Além da grande diminuição da população, a região enfrenta um grande envelhecimento da população, pelo que “um dos principais desafios vai ser a política da terceira idade ou a política da idade mais”. Neste sentido, João Pereira Teixeira considerou que “um programa importante para o 2030 é haver um programa temático dedicado à idade mais ou dedicado aos seniores, advogando que “o peso da demografia é tão grande que é quase uma exigência”.

Outro dos desafios para a região é o desenvolvimento tecnológico e do conhecimento, assim como a divulgação do mesmo. “Quanto maior é o desenvolvimento tecnológico, maior pode ser o atraso das regiões e dos países que não acompanham o desenvolvimento tecnológico”, advogou o presidente da CCDR-LVT.

João Pereira Teixeira disse ainda que o futuro da região passa por ser resiliente e inteligente, com economia circular e atrativa, referindo que é necessário apostar no âmbito da governança e da democracia participativa, reforçar o mundo rural, a agricultura e as florestas, investir na economia circular e na inclusão social.

Para o presidente do Conselho Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Pedro Ribeiro, esta “é uma região com muitas regiões”, pelo que é necessário acautelar as “realidades diferentes”, nomeadamente territórios com excesso de população e territórios com falta de população. Pedro Ribeiro destacou o desafio da governança, reforçando que Lisboa e Vale do Tejo “é uma região a várias velocidades”.

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Operação Fizz: Ministério Público requer a separação dos processos

O julgamento da Operação Fizz já teve início. Apesar da ausência de Manuel Vicente, este "não deixa de ser arguido", considerou o juiz, momentos antes de ordenar a separação dos processos.

O julgamento da Operação Fizz teve início esta segunda-feira, no Campus da Justiça em Lisboa. O julgamento, mediático sobretudo pelo envolvimento de Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola, arranca sem a presença deste no banco dos arguidos. Os pedidos avançados pela Justiça portuguesa “não podem ser satisfeitos pela República de Angola”, lê-se na resposta que chegou à Procuradoria. “O MP requer essa separação processual“, anunciou Alfredo Costa, juiz, depois de alguns minutos de deliberação com os restantes juízes.

A defesa dos restantes arguidos é unânime no pedido de separação dos processos. O coletivo de juízes ausentou-se por alguns minutos para deliberar, antes de chegar com a decisão: “O MP requer essa separação processual“, justificada pela existência de um dado novo: a resposta negativa de Angola à carta rogatória, que é legítima, “discorde-se ou não” da posição do Estado angolano. No entender dos juízes, esta “vem criar obstáculos e é preciso apreciar se do início do julgamento advirão benefícios, ao contrário de um maior dano”, quando o objetivo é a “procura de uma maior justiça”.

Antes de tomar a decisão e de saber as posições da defesa, a Procuradora Leonor Machado argumentou que “atendendo a privação de liberdade de há quase dois anos” que afeta Orlando Figueira, face à rogatória de Angola e aos argumentos nela invocados, “é forçoso considerar que há um interesse poderoso do não prolongamento da sua situação”, pelo que se mostrou a favor da separação dos processos.

O coletivo de juízes, presidido por Alfredo Costa, começou por anunciar que tinha em mãos alguns requerimentos, um deles relativo a Manuel Vicente. “Angola enviou-nos resposta à carta rogatória“, que só hoje terá chegado à Procuradoria, informou o juiz. As condições avançadas pela Justiça portuguesa “não podem ser satisfeitas pela República de Angola“, lê-se na resposta, na qual Angola considera que “não existe fundamento legal” para seguir com o julgamento em Portugal. “Regularmente não está a ser constituído arguido, mas não deixa de ser arguido“, considerou o juiz.

O julgamento fica marcado pela ausência de Manuel Vicente, antigo vice-presidente angolano e um dos quatro arguidos. A ausência deve-se à imunidade concedida por Angola, uma matéria que continua a dividir os dois países. O Ministério Público português recusou transferir o processo de acusação contra Manuel Vicente para Angola que, por sua vez, já ameaçou cortar nas exportações. Na manhã de segunda-feira foi anunciada uma outra ausência de última hora: José Góis, procurador do Ministério Público, foi substituído por Leonor Machado no processo.

O Ministério Público acusa Orlando Figueira, ex-procurador do DCIAP, dos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos). A acusação diz que o arguido recebeu cerca de 760 mil euros em dinheiro e contratos de trabalho como consultor jurídico no grupo BCP para arquivar dois processos de Manuel Vicente, quando este se preparava para aceitar o cargo de vice-presidente de Angola.

Manuel Vicente é, por isso, acusado de corrupção ativa, de branqueamento de capitais e falsificação de documento. Os crimes terão sido praticados com o auxílio de Armindo Pires, homem de confiança de Vicente, e de Paulo Amaral Blanco, advogado do Estado Angolano em vários processos. Paulo Blanco e Armindo Pires respondem assim por corrupção ativa (em coautoria com Manuel Vicente), branqueamento de capitais e falsificação de documento. A Paulo Blanco acresce ainda a acusação por violação de segredo de justiça.

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AXA compra Dolce Vita Tejo

AXA acaba de anunciar que chegou a acordo com o fundo norte-americano Baupost para adquirir o Dolce Vita Tejo. Negócio envolve 230 milhões de euros.

Está agitado o mercado dos centros comerciais em Portugal. A AXA Investment Managers acaba de anunciar que chegou a acordo para adquirir o Dolce Vita Tejo, pelo montante de 230 milhões de euros.

A AXA através de comunicado, citado pelo Jornal de Negócios, adianta que atuou em nome de clientes e que o acordo foi fechado com os atuais proprietários daquele que é o segundo maior centro comercial do país: os norte-americanos da Baupost e os britânicos do Eurofund. Estes últimos continuarão como partner do projeto.

O Dolce Vita Tejo tinha sido adquirido, em janeiro de 2015, à Chamartin Imobiliária, por 170 milhões de euros. A AXA adianta no mesmo comunicado que o Dolce Vita Tejo tem uma área de 80 mil metros quadrados e 274 lojas, e recebe 15 milhões de visitantes por ano.

“Esta aquisição representa mais uma evidência da nossa confiança na recuperação do mercado do sul da Europa e providenciou-nos uma oportunidade única de entrar na capital portuguesa”, afirma Hermann Montenegro, responsável da AXA Investment Managers para o mercado ibérico.

Este negócio acontece depois de já este ano, a Sonae Sierra ter vendido o Maia Shopping e o Guimarães Shopping à Ocidental, do grupo Ageas.

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Eurogrupo: como é que Centeno avalia Centeno?

  • Margarida Peixoto
  • 22 Janeiro 2018

Na reunião do Eurogrupo, Centeno vai ser o presidente que zela pelo cumprimento das regras que favorecem toda a união monetária. Mas também vai ser o destinatário final dos recados para Portugal.

Pela primeira vez, esta segunda-feira vai ser Mário Centeno quem terá o poder de tocar o sino para dar início a mais uma reunião do Eurogrupo. E a estreia do ministro das Finanças português como líder dos países da moeda única começa logo por testar a capacidade de Portugal desempenhar um duplo papel: de controlador e controlado. É que os resultados da sétima avaliação ao país vão estar em debate. O que é que Centeno tem a dizer a Centeno?

Fotomontagem/Ana Raquel MoreiraFotomontagem/Ana Raquel Moreira

“Se um dia Mário Centeno, que eu considero muito competente, se tornar presidente do Eurogrupo, deve saber que provavelmente vai ter de assumir por vezes alguma distância da sua atual função” — o aviso já tem seis meses, mas é de Pierre Moscovici, que estará hoje diligentemente sentado à mesma mesa do ministro das Finanças português, a representar a voz da Comissão Europeia na avaliação a Portugal.

Perante os seus colegas do euro e do seu secretário de Estado das Finanças Ricardo Mourinho Félix — que passará a estar na reunião para representar o ponto de vista do país — Mário Centeno terá de avaliar os desenvolvimentos recentes da economia nacional, nomeadamente os progressos nas medidas para resolver os desequilíbrios macroeconómicos identificados. A julgar pelo relatório preparado pelos peritos de Bruxelas, haverá elogios a fazer, mas também alertas.

Os elogios que Centeno pode dizer ao espelho

De agora em diante, Mário Centeno terá o seu secretário de Estado, Ricardo Mourinho Félix, a fazer as suas vezes como ministro das Finanças no Eurogrupo.Paula Nunes / ECO

Estará lá o comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros para apresentar as conclusões da Comissão sobre a sétima avaliação pós-programa de ajustamento. Mas querendo, Centeno — ou Mourinho Félix a fazer as vezes do ministro — pode usar o relatório para mostrar os progressos que o país tem feito. Aqui ficam os argumentos mais simpáticos.

A retoma económica ganhou fôlego

“A atividade económica acelerou e ganhou uma sustentação mais alargada, com uma retoma no investimento e nas exportações a par de um crescimento continuado no consumo”, lê-se no relatório. “O emprego cresceu ainda mais rápido do que o PIB, nomeadamente em serviços de trabalho intensivo relacionados com o turismo”, enquanto o crescimento dos salários se manteve de um modo geral contido”, somam ainda os peritos.

A atividade económica acelerou e ganhou uma sustentação mais alargada.

Comissão Europeia

Relatório de avaliação pós-programa, outono de 2017

Mourinho Félix pode levar o trabalho de casa feito e trazer alguns números para consolidar esta imagem de progresso. Pode lembrar que no primeiro semestre a economia nacional cresceu 3% e que no terceiro trimestre acelerou para um crescimento em cadeia de 0,5%, dos anteriores 0,3%. Sobre o mercado de trabalho, pode notar que a taxa de desemprego caiu para 8,5% entre julho e setembro, o valor mais baixo desde o final de 2008.

O sistema financeiro continua a recuperar

“A recuperação do sistema bancário português continua”, dizem os peritos de Bruxelas. A favor de Portugal, também valerá a pena notar que a avaliação da Comissão e do Banco Central Europeu dá contra de “uma redução marcada” dos riscos de curto-prazo que resultam da banca, quando comparado com há um ano. “Os bancos maiores conseguiram atrair novo capital”, lê-se ainda nas conclusões da avaliação.

Como exemplos destes progressos, o ministro ou o seu secretário de Estado, pode lembrar a resolução do problema do Banif logo quando o Governo assumiu funções; a venda do Novo Banco com a respetiva injeção de capital por parte do Lone Star, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Pode ainda lembrar que o BCP atraiu capital chinês — a Fosun já é dona de um quarto do banco — que o BPI foi comprado pelos espanhóis do Caixabank, e que até o Montepio viu o seu capital reforçado com 250 milhões de euros da Associação Mutualista.

Valerá também a pena recordar as medidas em curso para atacar o problema do malparado acumulado pelos bancos e como a grande maioria destas iniciativas está aprovada ou já em fase inicial de implementação.

Dívida privada está a baixar

A dívida privada apresenta uma tendência de redução consistente desde 2012, nota o relatório. O rácio de dívida privada no PIB baixou de 210,3% no final de 2012 para 171,4% no final de 2016, sendo a quebra comum tanto às famílias, como às empresas.

Há medidas para promover a competitividade

O Executivo tomou medidas para melhorar o valor acrescentado das exportações portuguesas, pode sublinhar Mourinho Félix, recordando os vários pacotes lançados: Indústria 4.0, Start-up Portugal, Capacitar a Indústria e Programa Interface.

O secretário de Estado português também pode recordar ao ministro, que estará no papel de líder do Eurogrupo, as vantagens do Programa Qualifica e como a percentagem de indivíduos com baixas qualificações caiu dos 61% registados em 2011 para os 48% de 2016. Ou ainda os benefícios do Simplex+ na simplificação administrativa e na diminuição dos custos tanto para as empresas como para os cidadãos.

Medidas para racionalizar a despesa estão a andar

O exercício de revisão da despesa pública, inicialmente considerado pouco explicitado, começa a dar frutos. Há iniciativas em curso para lidar com o absentismo excessivo e os custos que lhe estão associados, há reformas para conter os custos do Serviço Nacional de Saúde e o setor empresarial do Estado está a implementar um mecanismo de reporte de contas e atividade mais apertado.

Os puxões de orelha que terá de dar a si mesmo

Como presidente do Eurogrupo, Centeno tem de zelar pelo cumprimento das regras comunitárias, acordadas por todos os países do euro, que ajudem a reforçar o conjunto dos Estados da moeda única.

Mas nem tudo será fácil, na reunião. Portugal é um dos 12 países que estão na mira da Comissão Europeia por desequilíbrios macroeconómicos. Na reunião desta segunda-feira, um dos pontos que estará em cima da mesa — porque também fez parte da sétima avaliação pós programa de ajustamento — será precisamente avaliar os progressos, e as dificuldades, que Portugal tem revelado na resolução desses desequilíbrios.

É certo que não é Centeno quem representa a Comissão, mas como presidente e representante do grupo dos países da moeda única deverá defender a implementação das reformas estruturais necessárias para estabilizar o país, um objetivo que favorece toda a união económica. Estes são os avisos que Centeno terá de fazer a si mesmo.

Orçamento do Estado para 2018 não convence

Estará em cima da mesa dos ministros das Finanças do euro o aviso feito a Portugal sobre as contas deste ano. Mais precisamente, “o risco de desvio significativo” das regras comunitárias, que implicam que o país deve reduzir o défice estrutural a um ritmo de 0,6% por ano.

Faltam reformas no mercado de trabalho

Apesar das melhorias no mercado de trabalho português, ainda continuam a faltar as reformas que a Comissão tem defendido há muito. Centeno terá de lidar com o facto de Bruxelas notar que o emprego tem sido sobretudo criado em setores de mão-de-obra intensiva e baixas qualificações, o que prejudica a produtividade.

Além disso, o problema da segmentação do mercado de trabalho mantém-se e a abordagem do Governo — que passa sobretudo por desincentivar a contratação a prazo — não resolve a rigidez dos contratos permanentes que desincentiva, no ponto de vista de Bruxelas, os empresários a criar emprego mais estável.

O elevado stock de malparado continua a ser uma vulnerabilidade chave do sistema financeiro.

Comissão Europeia

Relatório de avaliação pós-programa, outono de 2017

Mantém-se um elevado stock de malparado

“O elevado stock de malparado continua a ser uma vulnerabilidade chave do sistema financeiro”, avisa o relatório da Comissão Europeia — um alerta que Centeno não deve, enquanto presidente do Eurogrupo, ignorar. Caberá ao ministro manter a pressão elevada para que o plano de abordagem a este problema seja implementado sem atrasos e com um ímpeto reforçado.

Hospitais continuam a acumular dívidas

Os pagamentos em atraso aos fornecedores dos hospitais continuam a acumular-se. Apesar dos 400 milhões de euros destinados a liquidar as dívidas que foram anunciados no final do ano passado, juntamente com reforços de capital de 500 milhões tanto em 2017, como previstos para 2018, “o padrão de injeções periódicas de fundos para limpar os pagamentos em atraso parece deixar por resolver as razões subjacentes à acumulação de atrasos”, nota o relatório da sétima avaliação pós-programa.

Falta uma abordagem sistemática às empresas públicas

A Comissão nota que “ainda é precisa uma abordagem sistemática das transferências orçamentais para as empresas públicas.” Este é um capítulo onde a implementação de medidas é considerada “lenta” e onde se pedem esforços para melhorar a monitorização. “Em alguns casos, o crédito dado às empresas pela administração central é depois convertido em capital, reduzindo-se o endividamento”, explica o relatório. Mas “isto cria riscos na medida em que as empresas estão menos motivadas a melhorar a sua eficiência e performance financeira”, critica o documento.

Melhorias no sistema judicial e menos barreiras à concorrência

Para haver “melhorias na competitividade é necessário mais esforço, como por exemplo uma melhoria generalizada do sistema judicial, nomeadamente através de procedimentos mais curtos em tribunal ou uma redução nas restrições dos serviços”, diz o relatório de Bruxelas. Além disso, os peritos também notam que se mantêm barreiras à concorrência em determinadas atividades, como é o caso dos contabilistas, arquitetos e advogados, notando que a legislação é “menos ambiciosa” do que o seu enquadramento de base.

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Apple junta-se a Malala na luta pela educação feminina

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

A associação criada por Malala Yousafzai vai receber fundos da Apple para garantir a 100 mil raparigas carenciadas o acesso a educação de qualidade. Cook diz que a igualdade é a filosofia da gigante.

Quatro meses depois de se terem encontrado pela primeira vez, em Oxford, Malala Yousafzai e Tim Cook anunciam uma nova parceria na luta pela educação feminina. A ativista receberá da multinacional da maçã fundos para concretizar o objetivo da sua associação: garantir a 100 mil raparigas carenciadas de países como o Paquistão, o Líbano, o Afeganistão, a Nigéria e a Turquia o acesso à escola.

“O meu sonho é ver cada rapariga a receber educação de qualidade e, nesse sentido, espero que esta parceria com a Apple possa expandir o nosso trabalho”, realçou a mais jovem Nobel da Paz, no Independent. O líder executivo da gigante da tecnologia sublinhou, por outro lado, que o poder da educação como força que gera igualdade sempre fez parte da filosofia da empresa. “Começámos a falar e tornou-se claro que ela tem uma visão ousada, que se alinha com a ousadia da Apple e com a nossa crença primordial na igualdade e na força da educação como grande equalizador”, enfatizou Cook.

Segundo o norte-americano, já Steve Jobs tinha como principal foco fazer dos produtos da Apple instrumentos valiosos, no ambiente educativo, maximizando o potencial de cada estudante. “Fizemo-lo em cenários muito distintos. De escolas carenciadas até ao polo oposto”. Deste modo, Tim Cook adianta que a multinacional não contribuirá apenas com dinheiro, mas também com o seu conhecimento tecnológico e educacional.

Em 2012, Malala Yousafzai foi vítima de uma tentativa de assassinato levada a cabo pelos Talibã. Aos quinze anos, a ativista foi baleada a caminho da escola e sobreviveu, tendo-se transformado, na sequência desse evento, num ícone da luta pelo acesso feminino à educação de qualidade. Dois anos mais tarde, a paquistanesa consagrou-se a mais jovem Nobel da Paz.

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Série da Netflix sobre Operação Lava Jato já tem trailer

A série chama-se "O Mecanismo" e começa a ser emitida na Netflix a 23 de março em Portugal.

“Toda a gente sabia, mas só ele conseguia ver”. É este o mote da série “O Mecanismo” que a Netflix produziu no Brasil sobre o caso de corrupção que ficou conhecido como Lava Jato. A nova série original acompanha a investigação do mais vasto esquema de corrupção da história do Brasil.

Com estreia marcada para a próxima terça-feira, a série vai focar-se na investigação criminal às empresas brasileiras e públicas do ramo petrolífero e do ramo da construção. O enredo começa pela investigação a Roberto Ibrahim no âmbito de suspeitas de branqueamento de capitais. Na sequência dessa investigação, o polícia brasileiro Marco Ruffo acaba por descobrir indícios sobre o que viria a ser a Operação Lava Jato.

O caso judicial Lava Jato continua a decorrer. No ano passado, o relator morreu numa queda de avião. Teori Zavascki, que era também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi depois substituído por Edson Fachin, o último ministro que Dilma Rousseff indicou para o STF antes de ser destituída do cargo de Presidente do Brasil.

Na Operação Lava Jato estão envolvidos vários políticos — incluindo o atual presidente do Brasil, Michel Temer, e o ex-presidente Lula da Silva — e empresas como a petrolífera Petrobras ou as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.

A série do serviço de streaming é protagonizada pelo ator Selton Mello e foi criada por José Padilha, responsável pela série “Narcos”, e Elena Soarez. “O Mecanismo” tem como base o livro de Vladimir Netto, “Lava Jato – O Juíz Sergio Moro e os Bastidores da Operação que Abalou o Brasil”. Os oito episódios da série foram filmados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília.

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Bitcoin recupera e volta a aproximar-se dos 12 mil dólares

Depois de uma semana marcada pela instabilidade, em que a bitcoin chegou a afundar 15%, a moeda virtual segue agora estável e volta a aproximar-se da fasquia dos 12 mil dólares.

A semana passada foi marcada pela instabilidade nos mercados das moedas digitais, com os investidores a mostrarem-se preocupados perante as notícias de um maior aperto na regulação. Esta manhã, a bitcoin recupera e volta a aproximar-se da fasquia dos 12.000 dólares, uma tendência positiva que se verifica entre outras criptomoedas populares, como a ethereum. Os analistas continuam, ainda assim, a alertar para a euforia em torno destas moedas.

A bitcoin segue a valorizar na casa dos 3% e está a valer à volta de 11.700 dólares. Esta manhã, já tocou nos 11.869 dólares. Isto depois de uma semana em que chegou a desvalorizar 15% e a baixar dos 10 mil dólares. A Ethereum, que na semana passada também registou fortes quedas, está a subir perto de 3% e vale agora mais de mil dólares.

A cotação elevada destas criptomoedas continua a não convencer os especialistas. Na quinta-feira, Peter Bookckvar, diretor de investimento da Bleakley Financial Group, disse à CNBC que “não ficaria surpreendido se, no próximo ano, a bitcoin desvalorizasse para 1.000 ou 3.000 dólares”.

Ao ECO, Richard Thaler, prémio Nobel da Economia em 2017, também reconhece a sobrevalorização. “Consigo perceber que haja um bolha nos mercados de dívida, com as taxas de juro perto de zero ou mesmo negativas, e até nos índices, que estão em máximos históricos. Mas o mercado que mais me parece uma bolha é a bitcoin e as suas irmãs”, afirma.

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Francesa Sanofi compra gigante americana por 11 mil milhões de dólares

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

Farmacêutica francesa chegou a acordo para adquirir a Bioverativ, empresa norte-americana que desenvolve medicamentos para doenças de sangue.

A francesa Sanofi acaba de adquirir a gigante biotecnológica Bioverativ, empresa que se dedica ao desenvolvimento e comercialização de terapêuticas para o tratamento da hemofilia e outras doenças do sangue.

O negócio, segundo avança a Bloomberg, foi efetuado por 11,6 mil milhões de dólares (9,47 mil milhões de euros). Esta aquisição é a maior realizada no espaço de sete anos pela Sanofi, e acontece depois de terem fracassado as negociações, em 2016, para adquirir a Medivation e a Actelion.

A Bloomberg acrescenta que, com esta compra, a Sanofi tenta entrar no mercado com novos produtos de modo a compensar as quebras de vendas na insulina Lantus, o seu melhor produto, alvo de muita concorrência.

O ano passado a norte-americana Bioverativ separou-se da Biogen, que opera na área do desenvolvimento de terapêuticas para doenças neurológicas.

A Bioverativ, cuja sede fica em Massachusets, nos Estados Unidos, viu as receitas aumentarem 27% no terceiro trimestre do ano passado. Os dois principais medicamentos comercializados pela empresa, o Eloctate e o Alprolix, usados no tratamento dos dois tipos mais comuns de hemofilia, foram responsáveis em 2016, por um volume de vendas de 847 milhões de dólares.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

Trump continua paralisado. Apple junta-se a Malala na luta pela educação. Amazon acaba com caixas registadoras. Facebook prioriza notícias de qualidade e blockchain chega a mais um setor.

Para a Amazon, esperar numa fila de supermercado é uma dificuldade obsoleta. A gigante da Internet chega ao “mundo real” e traz debaixo do braço uma pequena revolução. Ainda nos Estados Unidos, Donald Trump continua de mãos atadas e Tim Cook alia-se à mais jovem Nobel da Paz para promover a educação de qualidade. A meio da sua remodelação, o Facebook tem um novo pedido para fazer aos seus utilizadores e nem os feijões de soja escapam à febre do blockchain.

CNN Money

Amazon abre primeiro supermercado sem caixas

A gigante do comércio eletrónico chega ao “mundo real” com o primeiro supermercado sem caixas registadoras. Os clientes que visitarem esta loja, em Seattle, nos Estados Unidos, podem, simplesmente, agarrar nos produtos e sair do estabelecimento. Os sensores com os quais está equipado o supermercado permitem à Amazon cobrar, automaticamente, ao cliente, na sua conta online, cada item levado.

Leia a notícia completa na CNN Money (acesso livre / conteúdo em inglês).

The Washington Post

Mais um dia de paralisação da administração Trump

Esta segunda-feira marca o terceiro dia de paralisação do Governo norte-americano, já que o Senado ainda não conseguiu chegar a um acordo sobre a imigração e os gastos. As conversações serão retomadas esta tarde, mas até lá os efeitos do shutdown já se fazem sentir. O prolongamento deste cenário significa que agências federais relevantes vão ser afetadas e que centenas de trabalhadores começarão a semana sem sair de casa.

Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Independent

Malala e Apple juntos pela educação feminina

A gigante da tecnologia e a mais jovem Nobel da Paz juntaram-se para promover a educação feminina de qualidade. Tim Cook e Malala Yousafzai acabam de anunciar um novo projeto que promete atribuir bolsas de estudo a meninas carenciadas de países como o Afeganistão, Paquistão e Líbano. “Acreditamos que a educação é uma força de equalização, e partilhamos com o Fundo Malala o compromisso de dar a cada rapariga a oportunidade de ir à escola”, sublinhou o líder executivo da multinacional da maçã.

Leia a notícia completa no Independent (acesso livre / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Blockchain chega à agricultura

Um dos maiores comerciantes mundiais de produtos agrícolas uniu-se a três bancos para concretizar a primeira primeira transação de bens deste setor com recurso à tecnologia de blockchain. A Louis Dreyfus usou uma plataforma deste género para vender a uma empresa chinesa um carregamento norte-americano de feijões de soja. Os bancos ajudaram ambos os lados do acordo a utilizar documentos digitalizados, incluindo os contratos, notas de créditos, inspeções governamentais e certificados.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

The New York Times

Utilizadores do Facebook avaliam credibilidade de fontes noticiosas

A gigante criada por Mark Zuckerberg quer dar prioridade às notícias de elevada qualidade. Para concretizar esse objetivo, o Facebook planeia pedir aos utilizadores que avaliem as fontes informativas de acordo com a sua credibilidade e honestidade. A medida não significará o aumento do número artigo disponíveis no feed dos internautas, mas resultará na prevalência dos media mais familiares em detrimento de novos meios (menos conhecidos e, portanto, considerados menos fidedignos).

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

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Puigdemont já está em Copenhaga mesmo sob ameaça de prisão

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

O ex-presidente tem previsto pronunciar uma conferência sobre a situação da Catalunha , esta segunda-feira, numa universidade de Copenhaga.

O ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont viajou na manhã desta segunda-feira para a Dinamarca, onde de resto já aterrou, enfrentando uma possível ativação da ordem de prisão suspensa em dezembro. O ministério Público, que já no fim de semana, tinha anunciado que caso a viagem se concretizasse iria pedir ao magistrado do Supremo para reativar o mandato de captura europeu contra o ex-presidente da Generalitat, já terá efetivado o pedido, segundo avança o jornal espanhol “El País“.

A viagem para a Dinamarca, para pronunciar uma conferência numa universidade em Copenhaga sobre a situação atual da Catalaunha, é a primeira saída da Bélgica em 80 dias.

Puigdemont viajou para Copenhaga, através da companhia aérea Ryanair, acompanhado pelo empresário e amigo Josep Maria Matamala e por um segurança.

A viagem do ex-presidente da Generalitat acontece contra a vontade dos seus advogados. Aliás, o advogado de Puigdemont, Jaume Alonso Cuevillas, admitia este domingo que se Puigdemont viajasse de Bruxelas para a Dinamarca, o risco de detenção era enorme. A equipa jurídica de Puigdemont reconhece que o ex-presidente enfrenta no país nórdico uma situação muito distinta da que vive agora em Bruxelas, uma vez que a justiça da Dinamarca está cheia de automatismos, o que dificulta a apresentação de recursos para evitar o mandato de captura.

(Notícia atualizada às 10:04 com chegada de Puigdemont à Dinamarca)

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Lisboa arranca semana em alta à boleia do BCP

O BCP e a Sonae Capital registam os maiores ganhos entre as 18 cotadas. Os CTT estão a pressionar a bolsa, ao perder mais de 2,6%.

A bolsa de Lisboa arrancou a semana em alta ligeira, prolongando os ganhos registados no final da semana passada. A impulsionar a praça lisboeta estão o BCP e a Sonae Capital, que registam as maiores subidas entre as 18 cotadas. Em sentido contrário, os CTT estão a pressionar.

O PSI-20 abriu a subir 0,08%, para os 5.693,88 pontos, com oito cotadas em alta, sete em queda e três inalteradas. A contribuir para este movimento está o BCP, que sobe 0,62%, para os 30,64 cêntimos por ação e prolonga os ganhos registados na semana passada.

A subida mais expressiva é a da Sonae Capital, que avança 2,47%, para 1,07 euros por ação. No mesmo grupo, a Sonae contraria a tendência e recua 0,33%, para 1,22 euros por ação. Ainda no retalho, a Jerónimo Martins também negoceia em baixa, ao perder 0,5%, para os 17,56 euros por ação.

A impedir maiores ganhos do PSI-20 estão também os CTT, que seguem a desvalorizar 2,64%, para os 3,54 euros por ação.

Na energia, a tendência é mista, mas com poucas variações. A EDP sobe 0,31%, para os 2,89 euros por ação, enquanto a EDP Renováveis perde 0,42%, para os 7,03 euros. Já a Galp avança 0,19%, para os 16,19 euros por ação e a REN segue inalterada nos 2,56 euros.

No resto da Europa, as principais praças também seguem ainda sem uma tendência definida. As bolsas de Londres e de Paris negoceiam no vermelho, enquanto a praça espanhola está a valorizar perto de 0,3%.

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Cinco mais ricos do Brasil têm tanto património como 50% da população

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

Património dos cinco mais ricos é equivalente a metade da população, refere a organização não-governamental Oxfam, salientando que a riqueza dos milionários nacionais cresceu 13% em 2017.

As cinco pessoas mais ricas do Brasil têm um património equivalente a metade da população brasileira, refere esta segunda-feira a organização não-governamental Oxfam, salientando que a riqueza dos milionários nacionais cresceu 13% em 2017.

No relatório “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, a Comissão de Combate à Fome de Oxford (Oxfam, no acrónimo em inglês da confederação de 17 organizações não-governamentais) explicou que 50% das pessoas mais pobres do país viram a sua parte nos rendimentos nacionais reduzida de 2,7% para 2%.

Rafael Georges, coordenador de campanha da Oxfam no Brasil, explicou à Lusa que os dados da pesquisa, fornecidos pelo banco Credit Suisse, indicam que há uma tendência de aprofundamento da desigualdade social no Brasil.

“A concentração de património é muito cruel e eficiente para quem está no topo. Se você tem bastante património consegue gerar renda e consequentemente mais património. Quando a economia [brasileira] começou a esboçar alguma recuperação esta parcela da população [mais rica] experimentou um momento favorável“, disse.

“Já as pessoas que estão na parte de baixo da distribuição patrimonial, ou seja, a metade mais pobre da população, acabou perdendo o pouco que tinha ou aprofundou suas dívidas”, acrescentou Rafael Georges.

Entre 2016 e 2017 o património dos milionários brasileiros chegou a 549 mil milhões de reais (140,2 mil milhões de euros) e o número de indivíduos considerados multimilionários aumentou 45%, passando de 31 para 43 pessoas. No entanto, o especialista da Oxfam lembrou que o Brasil experimentou uma perda de riqueza significativa quando comparado a outros países.

“Houve uma diminuição do património brasileiro na ordem de 6%. Isto significa que todo património financeiro e não financeiro do país recuou 6%. Avaliamos que isto foi um reflexo da retração económica vivida nos últimos anos”, afirmou.

Questionado sobre tendências futuras do comportamento da curva de desigualdade no país, o analista da Oxfam mostrou-se pessimista.

“No Brasil acontece um movimento contrário ao que indicamos ser as melhores práticas para a redução da desigualdade. Nos últimos 15 anos houve ganhos, mas estes ganhos – apesar de positivos – não eram estruturais e estão a ser desmontados agora”, apontou.

O lançamento do relatório da Oxfam é feito na véspera do Fórum Económico Mundial, que junta os principais líderes políticos e empresariais do planeta na cidade de Davos, na Suíça, entre 23 e 26 de janeiro.

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