“Bloqueio” a Trump não assusta. Wall Street sobe mais de 2% após eleições

Maioria ganha pelos democratas na Câmara dos Representantes vai dar-lhes espaço para bloquear políticas de Trump, mas investidores aplaude fim da incerteza em relação ao novo desenho político.

As bolsas norte-americanas terminaram a sessão desta quarta-feira com fortes ganhos, na ressaca das eleições intercalares nos Estados Unidos. A maioria ganha pelo Partido Democrata na Câmara dos Representantes deverá trazer espaço para que os democratas bloqueiem algumas das políticas de Donald Trump, mas os investidores aplaudem o fim da incerteza em relação ao novo desenho político.

O índice de referência S&P 500 fechou a valorizar 2,12%, para os 2.813,87 pontos. Já o industrial Dow Jones subiu 2,13%, para os 26.180,30 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 2,64%, para os 7.570,75 pontos.

Os resultados das eleições foram os esperados: os democratas ganharam a maioria da Câmara dos Representantes e reforçaram o número de governadores, enquanto os republicanos mantiveram o controlo do Senado.

Este novo desenho político poderá colocar alguns entraves à administração de Donald Trump, já que, com maioria numa das câmaras do Congresso, os democratas ganham margem para lançar várias investigações ao Presidente norte-americano, uma intenção que já têm há muito, podendo ainda travar iniciativas legislativas.

A ameaça de bloqueio não assusta, contudo, os mercados, já habituados a lidar com este tipo de cenário político, habitual a meio dos mandatos presidenciais. Até porque, apontam os analistas, “bloqueio” ao Governo significa também que, nos próximos dois anos, poderão não ser implementadas novas políticas significativas, nem alteradas políticas já em vigor, o que traz estabilidade aos mercados.

Seja como for, Donald Trump garantiu estar disponível para trabalhar com os democratas na segunda metade do mandato. “Espero que apresentem uma série de boas ideias que eu possa apoiar. Há muitas coisas em que podemos concordar. Temos uma grande possibilidade de ver isso a acontecer”, disse o Presidente norte-americano, na primeira conferência de imprensa após as eleições, destacando as áreas das infraestruturas e da saúde como aquelas em que pretende negociar com os opositores.

Por outro lado, os investidores aplaudem o facto de a incerteza das eleições já ter saído da equação, depois de um mês de outubro em que foram registadas fortes quebras nos mercados acionistas.

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Trump demite Jeff Sessions do cargo de procurador-geral

Em setembro, Trump teceu duras críticas a Sessions, que recusou liderar a investigação à alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.

Jeff Sessions apresentou a demissão de procurador-geral dos Estados Unidos, a pedido de Donald Trump. O cargo será, para já, ocupado por Matthew G. Whitaker, até agora chefe de gabinete de Jeff Sessions.

O anúncio é feito um dia depois das eleições intercalares e após o Presidente norte-americano ter feito duras críticas ao procurador-geral. “Não tenho procurador-geral“, disse Donald Trump, em setembro, em entrevista ao The Hill. Em causa, o facto de Jeff Sessions ter recusado liderar a investigação à alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.

Mas, na mesma entrevista, o Presidente apontou também outros aspetos. “Não estou satisfeito no que toca às questões da fronteira, com muitas outras coisas, não só com isto“, disse então.

Agora, em tweets publicados esta tarde, Donald Trump agradece o serviço prestado por Jeff Sessions e indica que Matthew G. Whitaker assumirá o cargo interinamente. O substituto “permanente” será anunciado posteriormente.

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A startup do terceiro dia do Web Summit é…

A brasileira Shimejito, ajuda-o a transformar a sua casa numa estufa. Esta startup trata de tudo, o seu papel é só colher e empacotar os cogumelos. Mais tarde, espera distribuir outros vegetais.

A ideia é levar para casa a lógica da economia circular, do reaproveitamento de desperdícios. É esse o mote da Shimejito: sustentabilidade.

Ter a sua própria produção de cogumelos pode nunca ter-lhe passado pela cabeça. Mas se lhe dissermos que existe uma empresa com a capacidade de programar, e preparar a sua casa para que você faça parte de uma rede de produtores a nível global, rentabilizando assim o espaço que quiser na sua casa, talvez pense duas vezes.

Não está convencido? Imagine o seguinte: a Shimejito irá a casa de cada um dos seus clientes para instalar toda a tecnologia e equipamentos necessários para a produção, independentemente da localização. A startup, a expor no Web Summit, quer transformar apartamentos, garagens ou até espaços mais pequenos, em estufas.

Marielle Burti, CLO (Chief Legal Officer) desta startup, contou ao ECO que o crescimento da Shimejito irá passar pela aposta na produção de outros vegetais no futuro.

Mais ainda, referiu que pretendem que 5% das receitas da empresa revertam para o desenvolvimento de contentores com esta tecnologia para zonas de emergência.

Durante esta edição do Web Summit, o ECO vai selecionar uma empresa por dia por entre Alphas e Betas, para que possa visitar os pavilhões da FIL sem ter de sair do lugar. Esta foi a que nos convenceu no terceiro dia.

 

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Marcelo promulga 11 diplomas do Governo sobre descentralização

  • Lusa
  • 7 Novembro 2018

Marcelo Rebelo de Sousa afirma que a aprovação destes diplomas do Governo "coincide no tempo com a discussão do Orçamento do Estado para 2019".

O Presidente da República promulgou esta quarta-feira 11 diplomas do Governo sobre descentralização e considerou que, estando em curso a discussão orçamental, isso permite ao parlamento “assegurar a adequada transferência de verbas” para as autarquias.

Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que a aprovação destes diplomas do Governo “coincide no tempo com a discussão do Orçamento do Estado para 2019, devendo assim permitir ao Parlamento assegurar a adequada transferência de verbas com a prevista transferência de competências, nomeadamente através do Fundo de Financiamento da Descentralização”.

Antes, o Presidente da República recorda que “sublinhou a necessidade de se analisar, caso a caso, os diplomas que o Governo viesse a aprovar para a sua execução”, no momento em que “a lei-quadro da transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais foi aprovada pela Assembleia da República e submetida a promulgação”.

“Recebidos 11 diplomas, verifica-se que todos eles obtiveram o acordo da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, confirmado pelo seu Conselho Geral de 6 de novembro”, refere o chefe de Estado.

Segundo a nota da Presidência da República, foram promulgados os diplomas que concretizam “o quadro de transferência de competências para os órgãos municipais no domínio da exploração das modalidades afins de jogos de fortuna ou azar e outras formas de jogo” e “para os órgãos das entidades intermunicipais no domínio dos projetos financiados por fundos europeus e dos programas de captação de investimento”.

Entre os 11 diplomas promulgados está, também, legislação que concretiza “o quadro de transferência de competências para os órgãos municipais no domínio das praias marítimas, fluviais e lacustres” e “para as entidades intermunicipais no domínio da promoção turística”.

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lvl5, Wayve e FactMata. São estes os finalistas do pitch do Web Summit

Inteligência artificial e fake news também em destaque na final do pitch, marcada para quinta-feira, último dia do Web Summit 2018.

Wayve, lvl5 e FactMata são as três finalistas do concurso de pitch da edição de 2018 do Web Summit.

A Wayve é uma empresa que usa a inteligência artificial em soluções para carros autónomos e tem sede em Cambridge. Também a lvl5 trabalha com inteligência artificial aplicada a veículos autónomos, através da implementação de câmaras que permitam a introdução deste tipo de veículos no mercado de massas. A FactMata é uma startup dedicada à questão das fake news que tem como missão proteger pessoas, publicitários, jornalistas e outros negócios de conteúdo online não verdadeiro.

A sessão de pitch final está marcada para quinta-feira às 12h30 no palco principal. O vencedor da edição de 2018 será conhecido momentos depois, no mesmo local.

Todos os anos, durante o decorrer do evento, 170 startups disputam o prémio de pitch, que já foi, em 2015, ganho pela startup portuguesa Codacy. Na semi-final esteve a startup portuguesa FarmCloud.

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Nogueira Leite nomeado para Comissão de Auditoria da EDP Renováveis

O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos vai substitui Maria Teresa Costa Campi, que apresentou demissão a 28 de setembro.

O antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças do Governo de António Guterres foi nomeado membro da Comissão de Auditoria, Controlo e Transações entre Entidades Relacionadas da EDP Renováveis, revela um comunicado ao mercado divulgado esta quarta-feira. Nogueira Leite vai, assim, substituir Maria Teresa Costa Campi, que apresentou demissão a 28 de setembro.

Recorde-se que Nogueira Leite, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD), foi nomeado administrador e membro da Comissão de Retribuições da EDP Renováveis em 2013.

Na sequência desta nomeação, as Comissões da EDP Renováveis passam a ser compostas da seguinte forma: João Manuel Manso Neto, João Paulo Nogueira de Sousa Costeira, Duarte Bello e Miguel Angel Prado formam a Comissão Executiva, enquanto a Comissão de Auditoria, Controlo e Transações entre Entidades Relacionadas passa a ser composta por Acácio Jaime Liberado Mota Piloto, Francisca Guedes de Oliveira e António Nogueira Leite. Já a Comissão de Nomeações e Retribuições continua a ser formada por Nogueira Leite, Francisco Seixas da Costa e Maria Conceição Lucas.

“Na sequência desta resolução, quer a Comissão de Auditoria, Controlo e Transações entre Entidades Relacionadas como a Comissão de Nomeações e Retribuições da EDP Renováveis continuam a ser compostas apenas por membros independentes”, pode ler-se no comunicado.

(Notícia atualizada com mais informação às 18h44)

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Campanha FOX “Estrelas em Casa”

  • ECO + FOX
  • 7 Novembro 2018

As estrelas das séries FOX já têm casa em Portugal – a de todos os portugueses.

Desde o Rick de ‘The Walking Dead’, ao Frank de ‘Blue Bloods’, passando pela destemida Meredith de ‘Anatomia de Grey’, são várias as estrelas de Hollywood que todos os dias encontram uma casa em Portugal – a dos espectadores da FOX. Esta é a premissa da nova campanha de marca do portefólio de canais FOX em Portugal que arranca hoje, dia 7 de novembro, e estará ao longo de um mês e meio nas ruas, no metro, na rádio, em vários formatos digitais e nos canais FOX, apresentando as mais variadas estrelas das séries que vivem diariamente nas casas dos portugueses.

Proximidade é uma das características mais marcantes dos canais FOX. A campanha hoje lançada faz o paralelismo entre a familiaridade das personagens das séries FOX e o facto de cada vez mais estrelas de Hollywood escolherem Portugal para viver. A proximidade dos canais FOX está não só na forma como os conteúdos são identificados e programados, indo ao encontro daquilo que os portugueses mais gostam, mas também na capilaridade de acesso aos canais. Disponíveis em mais de 3,7 milhões de lares, os canais FOX chegam a 2 milhões de portugueses todos os dias, e aproximam, por isso, os fãs nacionais aos seus ídolos de Hollywood.

 

 

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National Geographic| Marte, Nova Temporada. ESTREIA 11 Nov

  • ECO + FOX
  • 7 Novembro 2018

A história da missão para colonizar o Planeta Vermelho regressa agora à National Geographic, contada através da perspetiva da tripulação de uma missão fictícia que decorre em 2033.

Uma série considerada impressionante, inspiradora, cientificamente credível e honesta, regressa com seis episódios e com o formato híbrido da temporada anterior: alternando entre sequências de ficção e documentário.

Nove anos depois da aterragem em Marte, os seis astronautas originais tornaram Olympus Town numa verdadeira colónia. Mas agora o IMSF – uma agência financiada pelo estado – não pode continuar a financiar a expedição a Marte e, por isso, as portas estão abertas para o setor privado. O futuro da missão será para sempre alterado quando mineiros de Lukrum – uma corporação com fins lucrativos – chegam a Marte e tornam-se agora novos vizinhos dos astronautas.

Do lado da ficção, a série aborda temas aparentemente quotidianos – gravidez, ruturas de relações, novos romances, epidemias, colapsos, quedas de energia, lesões, exercícios, refeições e questões sociais. Mas quando estas ocorrências acontecem aproximadamente a 54,7 milhões de quilómetros isolados da Terra – onde não há fuga possível – elas são tudo menos comuns e ganham contornos distintos.
Do lado do documentário, cenas do presente traçam paralelos com os acontecimentos do futuro em Marte, tendo em conta alguns dos terríveis problemas enfrentados pela última fronteira da Terra – o Ártico. Isto ao mesmo tempo que nos tornamos uma espécie interplanetária há um conjunto de circunstâncias que atualmente comprometem a vida na Terra e que poderá atormentar-nos no futuro: o degelo, o aumento do nível do mar e epidemias de saúde indígenas que emergem quando o gelo derrete, são algumas das tragédias previstas.

Uma série a não perder, Domingos, às 22.30.

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Câmara de Lisboa aberta a soluções inovadoras de mobilidade, mas traça “linhas vermelhas”

A Câmara de Lisboa diz ter uma "política aberta" quanto às novas soluções de mobilidade urbana, mas alerta que já traçou "linhas vermelhas".

O vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa não tem dúvidas: é preciso “ter coragem” para abrir a cidade às novas soluções de mobilidade, mas também é necessário traçar “linhas vermelhas”. No terceiro dia do Web Summit, Miguel Gaspar dividiu o palco com o vice-presidente para a expansão internacional da Lime, serviço de partilha de trotinetas que chegou à capital portuguesa há pouco mais de um mês.

“Tivemos uma experiência muito boa com a Lime”, sublinhou o vereador, quanto à preparação da entrada da norte-americana no mercado português. Gaspar defendeu que é precisa uma “revolução” nos transportes urbanos, mas alertou que há dois pontos a ter em conta, em qualquer circunstância: a gestão do espaço público e a segurança.

Por isso, o responsável disse valorizar acima de tudo o “respeito” nessa relação entre partes, até porque as câmaras municipais “têm todo o poder” do seu lado. “Em Lisboa, temos uma política aberta mas com linhas vermelhas”, notou ainda.

Do lado da Lime, Caen Contee garantiu que a política da empresa é pensar em soluções adaptadas às cidades onde se instalam, isto é, trabalham em “cooperação” com os Executivos locais.

Além disso, o norte-americano salientou a necessidade de apostar em modos intermodais de transporte, nos quais, por exemplo, as trotinetas da Lime sejam apenas uma das muitas soluções disponíveis para navegar na cidade. “Precisamos de arranjar formas de complementar esses modos e não de promover a concorrência entre eles”, concordou Miguel Gaspar.

Por fim, Contee aproveitou a sua intervenção no Web Summit para confirmar que a Lime irá apostar numa frota própria de carros elétricos. Isto depois de a empresa ter conquistado o seu lugar ao sol com bicicletas e scooters elétricas. Em janeiro, as ruas europeias e norte-americanas devem, assim, receber um novo serviço de partilha de automóveis.

A Lime chegou a Lisboa no início de outubro com 200 a 400 scooters elétricas. Ao ECO, o diretor-geral da empresa para Portugal garantiu, na altura, que ainda este ano o serviço deverá chegar ao Porto, Aveiro, Braga e Sintra.

Criada em janeiro de 2017, a Lime foi uma das pioneiras no serviço de partilha de bicicletas e trotinetas elétricas. Por isso, tem conseguido chamar a atenção de nomes tão sonantes do mundo da tecnologia como o da Google e o da Uber, empresas das quais tem mesmo conseguido financiamento e apoio.

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Dez anos de Web Summit em Portugal vistos por quem vem de fora

Em Portugal, as opiniões dividiram-se sobre a permanência do Web Summit em Lisboa por mais uma década. E quem vem de fora, o que pensa? O ECO falou com empreendedores de várias idades e origens.

O ECO foi conhecer o que pensa quem veio de fora sobre a permanência do Web Summit em Portugal por mais dez anos. A maioria não vê problemas e destaca as qualidades da “cosmopolita” cidade de Lisboa.Web Summit/Flickr

O Web Summit vai ficar mais dez anos em Portugal e quem vem de fora parece não estar preocupado com isso. O ECO falou com vários participantes estrangeiros que se deslocaram a Portugal a partir de regiões tão distantes como África do Sul e Hong Kong, mas poucos se mostraram descontentes com a decisão. No início de outubro, soube-se que o país vai pagar 11 milhões de euros por ano à empresa criada por Paddy Cosgrave para que a feira de tecnologia se mantenha em Lisboa por uma década.

Quando o anúncio foi feito, a opinião dos portugueses dividiu-se. Por um lado, muitos congratularam-se pela vitória de Lisboa numa corrida que contava com outras grandes capitais europeias, como Madrid e Berlim. Por outro, também surgiu na opinião pública a ideia de que o investimento foi arriscado, uma vez que dez anos é muito tempo num setor tão dinâmico como é o da tecnologia.

Entre os vários participantes estrangeiros do Web Summit, para quem vem de fora, a permanência do evento em Lisboa não é um constrangimento. São esperadas um total de 70.000 pessoas na conferência ao longo dos vários dias do evento, que termina esta quinta-feira, de acordo com os números da empresa promotora. A última edição terá gerado um retorno económico de 300 milhões de euros para a economia nacional, segundo o número avançado por Manuel Caldeira Cabral, ex-ministro da Economia.

“Foi a melhor aposta que Portugal podia fazer”

Michiel van Dijk é holandês e veio a Lisboa com o objetivo de participar pela segunda vez no Web Summit, bem como apresentar a startup da qual faz parte, a Federated Directory. “Acredito que é muito bom o evento ficar em Portugal. É uma ótima oportunidade para toda a gente e para as startups e empresas que estão aqui”, atira, quando abordado pelo ECO acerca da permanência do evento em Lisboa por mais uma década.

“Amo Lisboa e não apenas por causa do evento, mas porque podemos ir à Baixa, beber qualquer coisa e conhecer pessoas novas. Foi a melhor aposta que Portugal podia fazer”, defende o programador. “Embora seja o mesmo evento, vão existir muitas diferenças ano após ano, e acredito que é bom mantê-lo cá por dez anos”, frisa. Sobre se gostaria de ver uma Web Summit na Holanda, Michiel van Dijk fica pensativo. Mas prefere Lisboa: “A cidade não é demasiado grande nem demasiado pequena. É uma boa combinação e eu adoro este sítio”, conclui.

Michiel van Dijk, da Federated Directory, não vê constrangimento em o Web Summit ficar em Portugal mais dez anos.Flávio Nunes/ECO

Mas, e para quem vem de mais longe? Jordan Fung tem 16 anos e é um empreendedor que veio a Lisboa a partir de Hong Kong. Apesar de menor de idade, é fundador do grupo Pedosa, que atua na área das cidades inteligentes. “Não é relevante”, diz, quando questionado pelo ECO acerca da década de Web Summit em Lisboa. “Uma das principais características da tecnologia é que é portátil. Pode estar em qualquer lado. Portugal, e Lisboa, é apenas um dos espaços onde se pode organizar um evento destes. Mas não creio que haja muito risco envolvido neste acordo”, indica.

Isaac Chan, fundador do Conofin Elite Group, veio no mesmo grupo de Jordan Fung e garante que poderia haver “muitas surpresas” se a organização do Web Summit escolhesse outras cidades para hospedarem o evento. Contudo, também não acredita que Lisboa tenha feito uma aposta arriscada: “Eu acho que é ok“, diz. “Este é um sítio realmente bom para alojar um evento destes”, indica. Não deixa contudo de alertar que “a tecnologia está a evoluir rapidamente” e que existem grandes empresas em sítios como Dubai, Hong Kong e Japão que poderiam justificar a exploração de novos locais para a realização do Web Summit.

Uma delegação de Hong Kong, de visita ao Web Summit. Isaac Chan (Conofin Elite Group) e Jordan Fung (grupo Pedosa) estão à direita.Flávio Nunes/ECO

“É ótimo para Portugal e para toda a gente aqui”

De Hong Kong para a África do Sul. Andrew Everson, da Derivco, uma empresa que desenvolve software para a indústria das apostas, viajou de longe para assistir pela primeira vez ao Web Summit. E acredita que a localização de Lisboa justifica a permanência deste evento por território luso. “É ótimo para Portugal e para toda a gente aqui”, garante, quando questionado pelo ECO num dos vários pavilhões da conferência.

Sobre se gostaria de ver uma edição do evento em África do Sul, Andrew Everson sorri: “Era bom ver algo assim por lá, para atrair muita gente. Mas obviamente que iria criar barreiras de transporte e outras”, reconhece. Também não vê risco na aposta lisboeta para os próximos dez anos. “É uma boa escolha e vai fazer com que a cidade fique conhecida como um polo de tecnologia, o que é bom”, diz.

É uma boa escolha e vai fazer com que a cidade [de Lisboa] fique conhecida como um polo de tecnologia, o que é bom.

Andrew Everson

Derivco, África do Sul

O Reino Unido está com um pé fora da Europa por causa do referendo do Brexit, mas isso não exclui a presença de empreendedores britânicos no Web Summit. Este ano, é a primeira vez que John Bushell veio ao evento, que decorre pelo terceiro ano consecutivo na capital portuguesa. “A cidade parece muito cosmopolita, muito bonita. Chegar ao Web Summit foi fácil: apanhámos um Uber até aqui, o que é ótimo. As primeiras impressões são incrivelmente boas. Lisboa parece ter conseguido organizar uma edição maravilhosa do Web Summit”, garante. Também trabalha na Derivco, mas na delegação de Ipswich. Veio de Liverpool.

Já Anna Glowacz-Jachimiak, diretora de operações da 4Best Care, diz-se “tão impressionada como no ano passado”. “Adoro Lisboa e adoro Portugal. Portanto, é ótimo que o Web Summit fique por cá mais dez anos. A organização é ótima, as pessoas são fantásticas aqui e estou muito impressionada”. Veio da Polónia de propósito para o evento. Admite que possa ser uma aposta arriscada, mas contrapõe com o facto de ser uma “ótima oportunidade para Portugal”.

“Adorava que ficasse cá por 10 ou 20 anos”

A credencial de Melanie Jolin não deixa ninguém despercebido. Indica, em letras grandes: “INVESTOR”. Tem ainda um autocolante com a bandeira do Canadá e as iniciais BDC, isto é, Business Development Bank of Canada. Diz ao ECO que veio numa grande delegação norte-americana do banco canadiano que, este ano, decidiu marcar presença no Web Summit — e pela primeira vez.

Melanie Jolin, do Business Development Bank of Canada, veio numa delegação norte-americana que está, pela primeira vez, este ano, no Web Summit.Flávio Nunes/ECO

“Não creio que seja uma opção arriscada [o Web Summit ficar em Lisboa mais dez anos]. Claro que não estou familiarizada com a economia portuguesa, mas, dito isto, a tecnologia está em todo o lado e temos visto muitas empresas a brilhar”, assume. Diz ainda que “é um grande evento” e que fica “satisfeita pelo facto de continuar” em Lisboa. Mas ainda aproveita a oportunidade para “encorajar as mulheres portuguesas a aumentarem as suas redes de contactos e a fazerem crescer os seus negócios”. “Nós, enquanto mulheres, podemos ter um papel maior no ecossistema”, defende.

Arturo Arranz Malco, da Uizard, é parco em palavras, mas estica a ideia: “Adorava que o Web Summit ficasse cá por 10 ou 20 anos. Adoro Lisboa”, diz o engenheiro, a partir de um dos stands do evento na FIL, no Parque das Nações. Veio de Copenhaga, na Dinamarca. “É longe, sim, mas isto é a Europa. Por isso, não há problema”, refere, lembrando que a evolução tecnológica veio para ficar e não vai desaparecer tão facilmente. “Para Portugal foi uma ótima escolha ser anfitrião disto. O evento atrai muitas empresas de tecnologia”, recorda.

Arturo Arranz Malco, da Uizard, defende que o Web Summit devia continuar em Lisboa mais do que dez anos.Flávio Nunes/ECO

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Há mais uma agência a ver Portugal como bom investimento
A KBRA é a sexta agência internacional a atribuir um rating a Portugal e a quinta a colocar o País em “grau de investimento”. A classificação é de BBB, dois níveis acima do “lixo”. O outlook é estável.

Expansão da FIL vai ser paga pela taxa turística
A taxa de dois euros cobrada pela autarquia aos visitantes vai servir para financiar as obras na FIL, de forma a ampliar o espaço que acolhe eventos como o Web Summit.

Tráfego na Brisa subiu 4,2% nos primeiros nove meses do ano
O tráfego médio diário nas autoestradas exploradas pela Brisa atingiu as 25.596 viaturas, um valor superior ao apurado no período homólogo, altura em que foram registadas 24.518 viaturas.

Espanha vai obrigar banca a pagar imposto de selo na casa
O Governo espanhol está contra a decisão do Supremo Tribunal de obrigar os clientes da banca a pagar o imposto de selo nas hipotecas da casa. Vai criar legislação para esse ónus passar a ser da banca.

Presidente da EBA vai liderar supervisão do BCE
Se o nome for aprovado em Bruxelas, Andrea Enria vai passar a liderar o conselho de supervisão do BCE a partir de 1 de janeiro de 2019.

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José Silvano assinou hoje folha de presenças, mas nem chegou a sentar-se na reunião da comissão para a Transparência

  • Lusa
  • 7 Novembro 2018

O deputado do PSD chegou à reunião da comissão eventual para a Transparência desta quarta-feira, às 14h00, assinou a lista de presenças e deixou a sala, sem sequer chegar a sentar-se.

O deputado e secretário-geral do PSD José Silvano, envolvido na polémica sobre falsas presenças em plenários do parlamento, assinou esta quarta-feira a folha de presença da comissão eventual para a Transparência, mas não assistiu à reunião. José Silvano chegou à hora do início da reunião, 14h00, assinou a lista de presenças e deixou a sala onde decorreu a reunião, que se prolongou até cerca das 16h00, sem sequer chegar a sentar-se, e não mais voltou.

Questionado pelas 16h30, pela Lusa e pela Sábado, nos corredores da Assembleia da República, sobre os motivos da sua ausência da reunião, Silvano disse apenas que esteve a fazer trabalho político, sem querer especificar qual. Instado a explicar como pode ter sido usada a sua password para registar presenças em plenário em dias em que esteve ausente, José Silvano considerou “não ter mais nada a explicar” e disse estar “de consciência tranquila e com energia para continuar”.

No sábado, o semanário Expresso noticiou que Silvano não faltou a qualquer das 13 reuniões plenárias realizadas em outubro, apesar de em pelo menos um dos dias ter estado ausente. Uma informação falsa, conforme o próprio admitiu ao Expresso, dado que na tarde de 18 de outubro esteve no distrito de Vila Real ao lado de Rui Rio, líder do partido, cumprindo um programa de reuniões que teve início às 15h30.

Apesar disso, alguém registou a presença do secretário-geral social-democrata logo no início da sessão plenária, quando passavam poucos minutos das 15h00. Na terça-feira, o presidente da Assembleia da República informou que pediu explicações aos serviços do parlamento sobre alegadas discrepâncias nos registos de presenças do deputado do PSD José Silvano, que concluem que outra pessoa terá utilizado a sua palavra-passe.

No mesmo dia, o próprio deputado e secretário-geral do PSD rejeitou que se tenha aproveitado de dinheiros públicos, sem explicar como existe uma falsa presença sua em plenário registada no Parlamento, nem como a sua password foi usada por terceiros.

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