ASAE quer passar a dar selo de qualidade aos restaurantes

  • Lusa
  • 3 Novembro 2018

"A tradição inspetiva é penalizar pela negativa […] e a ideia do selo é dar um incentivo pela positiva”, diz o inspetor-geral.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai avançar com um projeto-piloto inicialmente na restauração, para premiar as melhores práticas com a atribuição de um selo, avançou à Lusa o inspetor-geral.

“Quando é realizado um ato inspetivo, o operador ou tem uma infração e corre o risco de ter um processo de contraordenação”, referiu Pedro Portugal Gaspar, ou não tem nenhuma prova “de que foi visitado pela ASAE e está tudo bem”.

Para o líder da organização, “a tradição inspetiva é penalizar pela negativa […] e a ideia do selo é dar um incentivo pela positiva”, salientou. Assim, os estabelecimentos em que a ficha de fiscalização, que orienta os inspetores, for cumprida na totalidade terão direito a esta distinção.

Este tipo de medida “já existe no norte da Europa”, disse Pedro Portugal Gaspar e foi divulgado em primeiro lugar no Orçamento do Estado para 2019.

No dia em que a ASAE completa 13 anos, o inspetor-geral reconhece que há muitos desafios no futuro a que a organização tem que fazer face: “Há um ponto muito importante para o futuro que é a vigilância do mercado online. Passa a ser um novo desafio”.

Em declarações à Lusa, o responsável explicou que é preciso conhecer as “condições de venda do estabelecimento virtual e o conteúdo das transações que são feitas”.

A ASAE já está a atuar no mercado do alojamento local e da venda de bilhetes para grandes eventos, por exemplo.

“Outro desafio é o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo na área não financeira”, avançou Pedro Portugal Gaspar. Os setores mais sensíveis são aqueles em que há transações elevadas em dinheiro como stands de automóvel, leiloeiras, galerias de arte ou ourivesarias, disse o inspetor-geral.

Para fazer face a estes desafios, está a ser reforçada a formação, ao mesmo tempo que são implementadas alterações na carreira dos inspetores, para facilitar as operações. A colaboração com a Academia Europeia de Polícia, a Cepol, é um dos eixos desta estratégia.

Neste momento, a ASAE conta com 235 funcionários que atuam nas inspeções, com o líder da entidade a não rejeitar um aumento do número de trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autoeuropa volta a produzir após uma semana de paragem

  • Lusa
  • 3 Novembro 2018

A fábrica de automóveis da Volkswagen, em Palmela, parou no dia 27 de outubro devido à falta de componentes nas fábricas de motores.

A Autoeuropa retoma hoje a produção, depois de uma semana de paragem programada devido à falta de componentes para a montagem de veículos, confirmou à Lusa fonte oficial da empresa.

A laboração começa às 07h00, com os dois turnos que são normais durante o fim de semana e, a partir de segunda-feira, regressa o trabalho em velocidade de cruzeiro.

A fábrica de automóveis da Volkswagen, em Palmela, parou no dia 27 de outubro.

“Devido à falta de componentes nas fábricas de motores, vemo-nos obrigados a fazer as seguintes alterações ao calendário de produção: 29, 30 e 31 de outubro serão downdays (dias de não produção) coletivos“, justificou a empresa numa comunicação interna aos trabalhadores.

No comunicado, a que a agência Lusa teve então acesso, a Administração da Autoeuropa sublinhou que a paragem por falta de componentes está a afetar outras fábricas do grupo Volkswagen e que não é exclusiva da fábrica de Palmela.

A paragem de produção ocorreu dois dias depois de ter sido alcançado um novo pré-acordo laboral entre a Comissão de Trabalhadores e a Administração da empresa, que prevê o pagamento do trabalho ao sábado e domingo a 100% e aumentos salariais de 2,9% em cada um dos próximos dois anos.

Estão agendados quatro plenários para os dias 06 e 07 de novembro para dar conta deste pré-acordo, sendo que as votações, segundo avançou o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Fausto Dionísio, à agência Lusa irão decorrer nos dias 08 e 09 de novembro.

“Os trabalhadores são soberanos, mas estamos confiantes de que será aprovado”, salientou o coordenador da Comissão de Trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Se pensam que me calam, não me calam”, avisa Marcelo sobre o caso Tancos

  • ECO
  • 3 Novembro 2018

Presidente da República voltou a dizer que nada sabia sobre o caso do alegado encobrimento na recuperação do material militar roubado em Tancos.

“Se pensam que me calam, não me calam”, assim afirmou Marcelo Rebelo de Sousa sobre a notícia desta sexta-feira sobre a existência contactos entre Belém e o diretor da Política Judiciária Militar (PJM) a propósito caso do alegado encobrimento na recuperação do material em Tancos.

A afirmação ao jornal Público (acesso pago) tem como destino aquelas que tentam envolver o Presidente da República no caso, situação que o próprio apelida de “nebulosa” que visa dificultar o apuramento das responsabilidades no furto das armas dos Paióis de Tancos.

“Estranho que quem me queira atribuir o que quer que seja o tenha feito sem me ouvir previamente. É o mínimo para qualquer cidadão”, acrescentou Marcelo citado pelo jornal, garantindo nunca ter falado com o diretor da PJM.

Esta sexta-feira, a RTP adiantou que a Belém teve conhecimento do encobrimento no caso de Tancos, depois de “vários contactos” do antigo diretor da PJM com o ex-chefe da Casa Militar da Presidência da República.

No Funchal, o Presidente da República diz que nada sabia: “Se eu soubesse o que se tinha passado, não passava a vida a exigir o esclarecimento. Era muito simples. Se eu tivesse sabido desde o dia 2 de Julho e depois ao longo do processo que se tinha passado, para quê estar a insistir num esclarecimento, como insisto hoje?”, argumentou Marcelo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal “precisa desesperadamente” de imigrantes para combater falta de mão-de-obra

  • Lusa
  • 3 Novembro 2018

O problema demográfico que Portugal e a Europa enfrentam de falta de mão-de-obra em alguns setores só se resolve com mais imigração.

O coordenador do Observatório da Emigração defendeu hoje que Portugal “precisa desesperadamente” de imigrantes e, para resolver o problema de falta de mão de obra, deve facilitar a entrada de estrangeiros e fazer campanhas de recrutamento no exterior.

Para o também sociólogo Rui Pena Pires, o problema demográfico que Portugal e a Europa enfrentam de falta de mão-de-obra em alguns setores só se resolve com mais imigração. Um caminho que tem de ser feito rapidamente sob pena de se não o fizerem estarem a caminhar para “o suicídio”, alertou.

“É um tema hoje complicado de gerir, face aos movimentos nacionalistas que estão a nascer um pouco por toda a Europa, mas se não tiverem mais imigrantes, Portugal e a Europa estão a suicidar-se”, afirmou, em declarações à Lusa.

O país “precisa desesperadamente de imigrantes” e passa “demasiado tempo a falar dos problemas da natalidade”, considerou.

Porém, Pena Pires defendeu que é necessário “criar condições para que os pais possam cuidar dos seus filhos”, sendo certo de que não será através de políticas para a natalidade que se vai resolver de imediato um problema de falta de mão-de-obra já existente em muitos setores.

“As dinâmicas demográficas da natalidade e da mortalidade não têm consequências a curto prazo”, frisou.

Para atrair imigrantes, o país precisa, segundo o professor e sociólogo, de colocar menos obstáculos à entrada de estrangeiros, mas também de “ter políticas ativas de recrutamento lá fora”.

Considerando os problemas atuais que os países enfrentam, de movimentos nacionalistas face a grandes fluxos de imigração, Pena Pires aponta exemplos positivos do Canadá e da Austrália. “Têm um peso de 30% da imigração com grande estabilidade e viáveis em todos os aspetos. São países prósperos e pacíficos”.

Na opinião de Vítor Antunes, diretor executivo da Manpower, responsável pelo recrutamento para trabalho temporário, e uma das mais antigas a operar no mercado português nesta área, Portugal precisa “de mão-de-obra, em geral, e de talentos”.

Para combater o problema tem de o fazer, “não só pela via do regresso de alguns emigrantes, mas também pela via da imigração”, considerou.

Os perfis especializados, ou seja, eletricistas, soldadores, mecânicos, e os técnicos, como motoristas, engenheiros, informáticos, professores, pessoas para as áreas de apoio ao cliente, advogados e investigadores, gestores de projeto e alguns administrativos, são as classes profissionais com mais escassez de recursos humanos, relatou.

"É um tema hoje complicado de gerir, face aos movimentos nacionalistas que estão a nascer um pouco por toda a Europa, mas se não tiverem mais imigrantes, Portugal e a Europa estão a suicidar-se.”

Rui Pena Pires

Coordenador do Observatório da Emigração

Informação sustentada por um estudo que a Manpower lançou recentemente, o “Talent Shortage Survey”, que indica que 46% das empresas nacionais revelaram dificuldades acima da média para recrutar o talento certo para o que precisavam, o maior aumento desde 2016, e 35% admitiu que os candidatos não têm as competências necessárias para os lugares, “o que tem vindo a dificultar o processo de recrutamento e seleção”.

O ranking dos perfis mais procurados, segundo o mesmo documento, é liderado pelos profissionais especializados e técnicos, motoristas e engenheiros.

“São profissões que estão em constante mutação e cujo desempenho obriga a alguns conhecimentos técnicos e também tecnológicos”, disse Vitor Antunes.

O empresário António Mota, dono da Mota-Engil, empresa com negócios em vários países no setor da construção, um dos afetados pela falta de mão-de-obra, prevê que se o desenvolvimento em Portugal continuar a verificar-se, o país vai “precisar de mão-de-obra semiespecializada e especializada”.

“Portugal precisa de muita mão de obra e precisa que regressem os seus quadros que emigraram”, defendeu o empresário.

Para o setor da construção, “falta pessoal e está-se a importar mão de obra de várias origens”, afirmou.

Segundo Pena Pires, “Portugal tem de ter outra política de entradas. Porque o país (…) precisa de imigração regular”.

“Para isso temos de colocar menos obstáculos aos processos de entradas, mas também de tomar a iniciativa de fazer recrutamento em vários países“, considerou.

“Os imigrantes do espaço lusófono têm sempre uma vantagem que é a da língua, que facilita em muito a integração”, mas há outras origens onde Portugal hoje pode recrutar, concluiu o sociólogo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Franceses são os que compram mais casas, mas também os que pagam menos por elas

São os que mais compram, mas também os que menos pagam pelas casas. Chegaram em força a Portugal há cerca de sete anos e, desde aí, não param de investir no imobiliário nacional.

O mercado imobiliário nacional continua a conquistar investidores vindos de todas as partes do mundo. Os franceses são os que mais casas compram por terras lusitanas, com quase 5.000 imóveis adquiridos só no ano passado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, são aqueles que gastam o menos possível com esses imóveis, um facto que pode ser justificado pela preferência por imóveis por reabilitar.

São cada vez mais os imóveis que passam para o nome de investidores internacionais, assim como o valor que estes depositam no mercado nacional. No ano passado, tal como mostram os números do INE, foram vendidos 227 mil imóveis, sendo que 11,5%, ou seja, 17 mil foram comprados por não-residentes no país. Uma parte destes (num total de mil) foram comprados por um valor acima da fasquia do milhão de euros.

"Neste momento [os franceses] são os primeiros compradores estrangeiros que investem em imobiliário nacional, em número. Compram em todo o país, de preferência em zonas históricas”

Luís Lima

Presidente da APEMIP

Os franceses comparam 4.929 imóveis em Portugal no ano passado, mais do que qualquer outra nacionalidade. São, de longe, a nacionalidade que mais casas compra no país. Atrás aparecem os britânicos, com 2.597 casas compradas e os suíços com 1.320.

Franceses no top das compras de casas em Portugal

Fonte: INE | Dados referentes a 2017

Neste momento são os primeiros compradores estrangeiros que investem em imobiliário nacional, em número. Compram em todo o país, de preferência em zonas históricas“, afirma ao ECO Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Em termos de valor investido neste mercado, são novamente os franceses que lideram, com um total de 546 mil euros investidos em imóveis nacionais. Os britânicos ocupam igualmente a segunda posição do ranking com 451 mil euros e atrás estão os brasileiros com 192 mil euros.

Há sete ou oito anos, não tínhamos um historial de investidores estrangeiros no imobiliário. O que havia era mais a nível não habitacional. Agora, a nível habitacional, nunca estivemos na rota dos investidores imobiliários antes dessa altura”, explica o responsável da APEMIP.

Nessa altura, o investimento internacional que havia no imobiliário era praticamente todo no Algarve, explica o especialista. “Quase 90% do investimento era proveniente de ingleses ou irlandeses. O Algarve era a única região onde, a nível habitacional, havia algum fenómeno com alguma dimensão“. Contudo, há cerca de sete anos, as coisas começaram a mudar.

Compram muitos imóveis… mas baratos

Depois do Algarve, e já depois da crise em que o país mergulhou, “a primeira nacionalidade a aparecer foram os franceses“, diz o presidente da APEMIP ao ECO. Aparecimento esse que teve a ver com a “questão da carga fiscal”, que os levou a começar a “investir em força em Portugal”. “Foi um fenómeno que cresceu muito”, continua.

De acordo com os dados do INE, nos últimos seis anos, os investidores franceses adquiriram 19 mil imóveis no país, num total de 1,99 milhões de euros. Mas, embora sejam a nacionalidade que mais investe em território nacional, são aquela que escolhe os imóveis mais baratos. O valor médio gasto em cada um dos imóveis nestes seis anos foi de apenas 104,51 mil euros.

Analisando só as aquisições do ano passado, os franceses pagaram, em média, 110,9 mil euros por cada casa, um valor bastante inferior aos 116 mil euros dos suíços e 127 dos alemães. No extremo oposto surgem os chineses, com um valor médio de 358,61 mil euros — muitas casas compradas custam mais de 500 mil euros, o que lhes dá acesso aos vistos gold.

“Os franceses compram em todo o país, de preferência em zonas históricas. Podem até ser zonas de praia mas compram, por exemplo, casas de pescadores. Coisas que não era habitual comprarem”, explica Luís Lima, da APEMIP, acrescentando que procuram, na maior parte das vezes, imóveis a custar entre 200 e 300 mil euros.

Contudo, diz, “se aparecerem casas para reabilitar, eles compram“. “Nesses valores não estão incluídas as obras”, acrescenta. “Se comprarem um imóvel que custa 100 mil euros e que vai precisar de ser reabilitado, depois fazem eles as obras”, remata Luís Lima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple dá trambolhão em Wall Street. Avaliação de um bilião de dólares em risco

Os resultados desiludiram os investidores, levando os títulos da marca da maçã a perderem mais de 5%. Depois de três sessões de recuperação, Wall Street voltou às quedas.

A Apple desiludiu. Os investidores não ficaram satisfeitos com os resultados apresentados pela empresa liderada por Tim Cook, levando as ações a darem um trambolhão na bolsa. Uma queda expressiva que pesou no Nasdaq, num dia em que os avanços e recuos da administração de Trump sobre a guerra comercial deixaram os restantes índices no vermelho.

Venderam-se menos iPhones do que era esperado. E a empresa liderada por Tim Cook deixou ainda o aviso de que os valores para a época festiva também iriam ficar aquém das expectativas. Maus indicadores que ditaram uma queda de 6,63% dos títulos da marca da maçã para os 207,48 dólares. Durante a sessão, as ações chegaram a cair mais de 7%, levando a capitalização a baixar do bilião, mas encerraram acima desta marca.

Perante esta queda da Apple, o Nasdaq acabou por ser o mais castigado entre os índices norte-americanos. Recuou 1,04% para os 7.356,99 pontos, com cotadas como o Facebook e a dona da Google a registarem quedas em torno de 1%. A rede social deslizou para os 150,35 dólares, já a Alphabet caiu para os 1.057,79 dólares.

O S&P 500 fechou a sessão a cair 0,64% para os 2.722,77 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvalorizou 0,44% para os 25.269,4 pontos, num dia marcado por vários avanços e recuos relativamente à guerra comercial com a China.

Um dos conselheiros da Casa Branca, Larry Kudlow, desmentiu que Trump tinha pedido aos funcionários para prepararem um esboço do acordo. Mas o presidente norte-americano voltou a reforçar que se sentia confiante em relação às negociações que vão acontecer durante o G20.

Entre as empresas que impediram um deslize mais expressivo dos índices americanos, destaque para a Starbucks, que registou valores fortes de vendas e anunciou que queria abrir mais 2.100 lojas globalmente no próximo ano. Os títulos da empresa encerraram a sessão a ganhar 9,70% para os 64,32 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OPA à EDP Renováveis pode andar mais rápido que a da EDP? CMVM diz que não

  • ECO
  • 2 Novembro 2018

A EDP Renováveis questiona se a OPA lançada pela CTG pode ser mais célere do que a oferta que foi apresentada sobre a EDP. A CMVM entende que não. Estão dependentes uma da outra.

Já lá vão quase seis meses de que a China Three Gorges lançou a OPA sobre a EDP, mas também sobre a EDP Renováveis. Com a oferta sobre a “casa mãe” a enfrentar obstáculos, que estão a atrasar o processo de registo da operação — o que está a fazer esmorecer o interesse dos chineses –, a empresa liderada por Manso Neto quis saber se a OPA lançada sobre si pode andar mais rápido do que a da EDP. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que não.

“No contexto das ofertas preliminarmente anunciadas pela China Three Gorges sobre a EDP e a EDP Renováveis – sociedades cotadas em relação de domínio entre si –, pergunta-se se é legítimo apor como condição de lançamento de OPA sobre sociedade dominada (no caso, a EDP Renováveis) a prévia aquisição de controlo da sociedade dominante (no caso a EDP), assim impondo uma estrutura sequencial das duas ofertas”, questiona a empresa liderada por Manso Neto.

Na resposta, a CMVM esclarece “que, perante o anúncio público da intenção de adquirir as duas sociedades em causa, as ofertas devem – em conformidade com a prática seguida em operações anteriores – ser lançadas em simultâneo“. Isto porque, entende o regulador, se entende como sendo “a única solução coerente com o plano aquisitivo do oferente e que melhor tutela os interesses dos destinatários e do mercado”.

Ou seja, a entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias defende que não é possível que a oferta sobre a EDP Renováveis avance mais rapidamente do que a da EDP, isto porque estão dependentes uma da outra. A oferta sobre a EDP Renováveis, a 7,33 euros por ação, foi apresentada pela CTG tendo como condição o controlo da elétrica liderada por António Mexia situação que, verificando-se, atribuiu aos chineses uma posição de controlo também sobre a empresa de energias renováveis.

“A sujeição da oferta sobre a EDP Renováveis ao sucesso da oferta sobre a EDP não pode deixar de ser configurada, atentas as especificidades do caso concreto, como condição de eficácia“, acrescenta a CMVM, notando que essa sujeição deve “verificar-se, portanto, até ao termo da oferta sobre a EDP Renováveis e não no momento do seu registo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro da Educação revela que manuais gratuitos até ao 12.º ano custam mais de 160 milhões de euros

  • Lusa
  • 2 Novembro 2018

O ministro da Educação considera que este investimento de mais de 160 milhões de euros é “a concretização de uma obrigação republicana para com todos os seus cidadãos”.

A gratuitidade dos manuais escolares vai custar mais de 160 milhões de euros no próximo ano, altura em que será alargada a todos os alunos do ensino obrigatório das escolas públicas, revelou esta sexta-feira o ministro da Educação.

Durante a discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), que está a decorrer no parlamento, o ministro Tiago Brandão Rodrigues avançou que a medida do Governo de oferecer os manuais e acesso às licenças digitais aos alunos do 1.º ao 12.º ano representam um “investimento de mais de 160 milhões de euros”.

Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que a decisão é “a concretização de uma obrigação republicana para com todos os seus cidadãos” e que representa para muitos cidadãos deixar de ter “uma despesa muitas vezes equivalente a um dos seus salários mensais”.

“Garantimos assim que todos começam o ano letivo nas mesmas condições do colega do lado e não à medida do que o equilíbrio financeiro mensal das despesas familiares permite”, sublinhou.

A medida voltou a ser saudada pelos deputados do PCP e Bloco de Esquerda e criticada pelas bancadas do PSD e CDS-PP.

Ana Rita Bessa (CDS-PP) voltou a defender que os manuais deveriam ser distribuídos também pelos alunos que frequentam colégios privados, à semelhança do que acontece com os medicamentos, que também são comparticipados pelo estado de forma igual para todas as famílias, independentemente do seu rendimento ou do local onde são tratados.

Já Margarida Mano lembrou que esta opção é uma das escolhas que separam ideologicamente o PS do PSD, que defende que os manuais deveriam ser gratuitos apenas para os alunos que “necessitam verdadeiramente”, permitindo ter assim uma “margem financeira para apoiar a ação social escolar e muito mais”.

A deputada do PSD questionou ainda o ministro sobre a colocação da verba necessária para o alargamento da atribuição dos manuais na proposta do OE: “Onde estão os 100 milhões de euros no orçamento? Os 100 milhões não estão no orçamento!”, afirmou Margarida Mano.

A intervenção de Margarida Mano foi marcada por críticas ao desinvestimento na educação, que considerou o “real legado político deste Governo”, afirmando, por outro lado, que no OE2019 “parece que há dinheiro para tudo, menos para os professores”.

As críticas levaram a deputada a questionar se existe de facto um orçamento para o setor, perguntando, ironicamente, “Onde está o Wally?”, numa alusão aos livros infantis que dão às crianças a difícil tarefa de encontrar uma personagem de camisola e barrete às riscas vermelhas no meio de multidões.

“Pelos dados que este orçamento revela, e também pelos que não revela, a educação não foi uma aposta desta legislatura quando nos apresenta um orçamento pouco rigoroso e a níveis de investimento inferiores a 2015. A pergunta é mesmo “Onde está o Wally?”, disse.

Foi em resposta ao deputado Porfírio Silva, do PS, que Tiago Brandão Rodrigues acabou por responder à provocação do ‘Wally’, concordando com o deputado socialista na avaliação que fez das medidas de melhoria da escola pública, dizendo que o deputado “veio responder à deputada Margarida Mano e dizer onde está o ‘Wally’”.

Mas Brandão Rodrigues ainda acrescentou mais personagens infantis ao debate, referindo, em diálogo com a bancada do PSD, que ao anterior Governo se adequavam outras personagens, da banda desenhada da Disney: o avarento Tio Patinhas e o despesista e confiante na sorte Gastão.

Margarida Mano reclamou ainda uma vitória para o PSD depois de o ministro ter admitido que é a primeira vez nesta legislatura que o orçamento estimado para a Educação fica acima do executado no ano anterior – uma discussão que nos últimos anos foi habitual entre a equipa do Ministério da Educação e a bancada parlamentar do PSD na discussão na especialidade do Orçamento do Estado.

E depois de Margarida Mano afirmar que concordava, ainda que achasse “muito curioso” ouvir o ministro dizer que este era o melhor orçamento nos últimos quatro anos, Tiago Brandão Rodrigues respondeu dizendo que também achava bons os outros orçamentos da legislatura, “ou, pelo menos, melhores do que os da legislatura anterior”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Além do arranque, Metro de Lisboa também faz greve no último dia do Web Summit

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa vão fazer uma greve parcial no dia 8 de novembro, entre as 6h30 e as 9h30. O pré-aviso de greve já terá sido entregue.

Vem aí mais uma greve do metro durante a Web Summit. Além da paragem a 6 de novembro, o primeiro dia completo da cimeira de tecnologia, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa vão fazer uma greve parcial no dia 8, quinta-feira, avança o Público.

A paralisação está prevista para o mesmo período daquela já marcada, ou seja, entre as 6h30 e as 9h30, revela a dirigente da Fectrans, Anabela Carvalheira, à publicação.

O pré-aviso de greve já foi entregue, segundo adianta o Observador. Ainda não é conhecido se serão assegurados serviços mínimos para os dois dias. A greve agendada para 6 de novembro deverá afetar cerca de 500 mil clientes da empresa, incluindo aqueles que vão participar no evento.

Tal como na greve de dia 6, na base desta nova paralisação parcial está igualmente em causa a atualização dos salários e a contratação de novos trabalhadores. Apesar da coincidência das datas com o Web Summit, Anabela Carvalheira afasta que a paralisação tenha sido agendada para afetar o evento.

O Web Summit 2018 decorre de segunda a quinta-feira da próxima semana no Altice Arena e Pavilhões da FIL, no Parque das Nações. A Carris, a CP e o Metro de Lisboa criaram títulos de transporte com descontos específicos para a Web Summit, de acordo com a Lusa, continuando as iniciativas dos anos anteriores.

(Notícia atualizada às 19h34)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vendas de carros voltam a travar. Estão a “corrigir” disparo de agosto, diz a ACAP

Foram matriculados cerca de 17.800 veículos em outubro, em Portugal. No mês passado, as vendas de ligeiros de passageiros caíram 12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O mercado de ligeiros de passageiros em Portugal voltou a travar, depois de dar gás em agosto. As vendas de automóveis caíram pelo segundo mês consecutivo, com uma quebra de 9,1% em outubro.

Foram matriculados no mês passado cerca de 17.800 veículos, de acordo com os dados provisórios revelados pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). No que toca apenas aos ligeiros de passageiros, os veículos matriculados não chegaram a atingir os 14 mil, o que se traduz numa queda homóloga de 12,2%.

Estes valores representam uma “correção” relativamente a agosto, refere a associação em comunicado, altura em que as vendas dispararam 28% devido à antecipação da entrada em vigor das novas regras para medição das emissões de CO2.

Já quando se olha para as vendas de janeiro a outubro de 2018, o mercado automóvel regista um crescimento de 4,7% face ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo bom desempenho no verão. Foram vendidos 232.798 carros nos primeiros dez meses do ano, contra os 222.337 no ano passado.

Nos primeiros dez meses do ano a Renault foi líder neste mercado, mas em outubro a Peugeot ultrapassou a conterrânea. Já a Audi deu um trambolhão no mês passado, e vendeu menos 75,2% veículos do que no mesmo período do ano anterior, bem como a Volkswagen, que registou uma queda de 43,7%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE propõe novo escalão do adicional do IMI

  • Lusa
  • 2 Novembro 2018

No novo escalão proposto pelo Bloco, a taxa do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis para quem tem património agregado superior a dois milhões de euros passa de 1% para 2%.

O BE propôs esta sexta-feira a criação, no próximo Orçamento do Estado, de um novo escalão do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), aumentando a taxa para 2% no caso de património agregado superior a dois milhões de euros.

Esta foi uma das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 que o BE entregou esta sexta-feira no parlamento – o primeiro dia em que os partidos o podem fazer -, medidas anunciadas pela deputada do BE Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.

No conjunto de medidas relativas à “justiça fiscal”, Mariana Mortágua explicou que a primeira é relativa ao imposto sobre património de luxo, uma medida que avançou precisamente por proposta do BE no Orçamento do Estado para 2017 e da qual o partido faz uma “boa avaliação”.

“Bem nos lembramos que foi o AIMI muito criticado no passado. Revelou-se ser uma boa medida, uma medida de justiça e achamos que há condições para que possa ser criado um novo escalão para quem tem património agregado superior a dois milhões de euros, e, portanto, estamos a falar de grandes patrimónios imobiliários, e que nestes casos a taxa possa ser de 2% e não de 1%”, detalhou.

Na opinião da deputada bloquista, esta “é uma forma de redistribuir a carga fiscal” para que se possa “descer impostos a quem de facto precisa desse alívio fiscal”. O BE propôs ainda a eliminação do regime fiscal para os residentes não habituais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ninguém chumbou nos testes de stress à banca. Barclays, Lloyds e BPM tiveram as piores notas

A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) levou os bancos europeus a exame. Ninguém chumbou, mas três instituições, duas delas britânicas, ficaram entre as piores.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) levou os bancos europeus a exame. Nenhuma das instituições financeiras avaliadas nos testes de stress chumbou, reflexo da crescente resiliência do setor. No entanto, houve quem tivesse apresentado resultados menos positivos, nomeadamente o Barclays, o Lloyds, de Horta Osório, mas também um banco italiano.

Um total de 48 bancos europeus foram chamados a exame, não havendo nenhum português na lista. Destas quase cinco dezenas de instituições, todas conseguiram apresentar um resultado acima daquele que é considerado um rácio mínimo neste que é considerado o teste mais exigente desde que começaram a ser realizados exames regulares ao setor.

Apesar de todos terem apresentado resultados satisfatórios, há algumas instituições cujos resultados suscitam alguma cautela. O Barclays está em destaque ao apresentar rácio de capital Core Equity Tier 1 de 6,37% em cenário adverso, ou seja, em que se assista a uma contração da economia da Zona Euro de 8,3%.

Este resultado é pior do que o apresentado pelo banco liderado por Horta Osório, o Lloyds, que ficaria com um CET1 de 6,80% em cenário de stress. Mas antes do Lloyds surge ainda um banco italiano, o Banco Popolare di Milano, que ficou em segundo, a contar do fim, com um CET1 de 6,67%, de acordo com o relatório publicado pela EBA.

Fora do “pódio” surge o NordLB, com um CET1 já acima de 7%, sendo o pior dos bancos alemães no teste. Entre os germânicos, era grande a expectativa para saber como se sairia o Deutsche Bank, mas a instituição acabou por terminar o exame com um rácio de capital de 8,14%, bem melhor do que outras instituições, nomeadamente o Société Générale, de França. Ficou com 7,61%.

Entre os espanhóis, o Banco de Sabadell ficou com a pior marca (7,58%), enquanto o Santander, que controla o Santander Totta, fechou o teste com um rácio de 9,20%, já o CaixaBank, dono do BPI, apresenta, nos testes da EBA, um rácio de capital de 9,11%.

(Notícia atualizada às 17h56 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.