Aumento da oferta no mercado imobiliário vai abrandar subida de preços

  • Lusa
  • 24 Setembro 2018

"Muitas das decisões de construção que foram tomadas nos últimos anos e que estão a ser tomadas este ano vão produzir a colocação de novos imóveis no mercado", aponta João Pedro Pereira, da ERA.

O aumento da oferta no mercado imobiliário deverá abrandar a subida dos preços e afastar a possibilidade de um cenário de “bolha” no setor, previu um responsável da ERA Portugal.

“Muitas das decisões de construção que foram tomadas nos últimos anos e que estão a ser tomadas este ano vão produzir finalmente a colocação de novos imóveis no mercado”, disse João Pedro Pereira, da Comissão Executiva da imobiliária, em declarações à Lusa. Produtos esses que “são bem-vindos e vão fazer com que se abrande o crescimento de preços nas zonas mais caras e melhorar a qualidade da oferta habitacional em Portugal“.

Estimando o “aparecimento de mais oferta de produto no mercado se o enquadramento legal e fiscal se mantiver“, o especialista admite que, nas zonas históricas, o a oferta continuará a surgir pela reabilitação, “até porque não há espaço para construção nova”.

João Pereira afasta um cenário de “bolha” no mercado, referindo ser uma hipótese colocada pelas pessoas que “não levam em conta o facto de a oferta no mercado imobiliário demorar muitos anos a ajustar-se à procura”, dado o tempo entre a decisão e a finalização da construção. “O ajuste da oferta vai compensar o aumento da procura, só que, ao contrário de outros produtos, no mercado imobiliário este ajuste demora dois anos, três anos a ser feito”, recordou.

Já sobre o crédito bancário, o especialista indicou que surgiram soluções e que as regras colocadas “provocam, por um lado, o aumento da procura de casas, mas não um aumento irresponsável ou soluções, como antes da crise, em termos de financiamento a 100% ou situações em que as pessoas dificilmente teriam condições para pagar o empréstimo”.

Em vésperas da apresentação do OE2019, cuja preparação tem levado a discussões, por exemplo, de eventuais novas taxas, João Pedro Pereira comentou que os “investidores não estão nervosos“. “Pode é haver revisão das suas posições, dos seus planos de investimento em função das regras que forem estabelecidas pelas leis ou pelos regulamentos de cada geografia e de cada país”, argumentou.

O responsável acredita que a internacionalização do mercado imobiliário será para “continuar nos próximos anos”, porque a localização de Portugal na Europa é “muito interessante, porque a recuperação económica ajudou na previsão de que as condições de estabilidade se iriam manter” e trouxe novos investidores. Esta é uma situação “positiva” porque coloca o país no mercado global, “traz mais liquidez”, um “maior profissionalismo e também uma maior exigência por parte dos consumidores”.

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Revista de imprensa internacional

A China acusa os EUA de "bullying comercial" no dia em que entram em vigor as novas tarifas. Ainda esta segunda-feira, o Airbnb quer transformar os anfitriões em acionistas da empresa.

Num dia marcado pelas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, a China acusa os Estados Unidos de “bullying comercial”. Ao mesmo tempo, vêm do Reino Unido novas esperanças de um acordo sobre o Brexit, mesmo depois de Theresa May ter colocado a hipótese de eleições antecipadas. Para além disso, o dia fica ainda marcado pela intenção do Airbnb em transformar os seus anfitriões em acionistas da empresa.

Secretário do Brexit confiante num acordo

Dominic Raab acredita que o Reino Unido fará progressos e que acabará por fechar um acordo sobre o Brexit com a União Europeia (UE). “Continuamos a negociar de boa-fé, estamos a tentar fechar o melhor negócio possível, mas estamos prontos para todas as eventualidade”, disse. “Estou confiante de que chegaremos lá”. Isto depois de Theresa May ter dito que começou a avaliar os planos de contingência para um eventual bloqueio nas negociações do Brexit, que incluem a marcação antecipada de eleições em novembro. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

China acusa EUA de “bullying comercial”

No dia em que entram em vigor as novas tarifas impostas por Donald Trump a 200 milhões em produtos chineses, a China acusa os Estados Unidos de praticarem “bullying comercial” e de intimidarem outros países para se submeterem à sua vontade, aplicando-lhes tarifas. Contudo, Pequim está disposto a retomar as negociações se estas forem “baseadas em respeito mútuo e igualdade”. Para os consumidores norte-americanos, as novas tarifas podem traduzir-se em preços mais altos para produtos chineses, desde aspiradores a equipamentos tecnológicos. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Airbnb quer que hosts se tornem acionistas

O Airbnb quer oferecer aos hosts a oportunidade de obterem uma participação no capital da plataforma de alojamento turístico. A empresa já terá enviado uma carta à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos a pedir uma revisão da lei 701, que permite um novo tipo de acionistas. “Acreditamos que permitir que empresas privadas concedam participações (…) poderão aumentar ainda mais os incentivos entre essas empresas e os seus participantes, beneficiando ambos”. Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês)

Nestlé poderá vender participação na L’Oréal

A multinacional anunciou a intenção de vender o seu negócio de cuidados com a pele, uma decisão que alimenta rumores sobre a possível venda da sua participação de 23% na francesa L’Oréal, avaliada em 26 mil milhões de euros. De acordo com o CEO da Nestlé, Mark Schneider, “as oportunidades de crescimento da Nestlé Skin Health estão cada vez mais fora do alcance estratégico do grupo”. Em cima da mesa poderão estar uma venda ou até mesmo um possível IPO. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Gastos mundiais com marketing digital perto de 100 mil milhões

Os gastos com o marketing digital a nível mundial cresceram 44% nos Estados Unidos e no Reino Unido no ano passado, ascendendo a 52 mil milhões de dólares, de acordo com um estudo. A nível mundial, estima-se que esse valor se esteja a aproximar dos 100 mil milhões de dólares. “Claramente, os profissionais de marketing estão a tentar construir uma força interna e estão dispostos a gastar mais em tecnologia para continuarem competitivos”, disse o autor do estudo, Damian Ryan, da Moore Stephens. “A nossa pesquisa descobriu que esse orçamento é proveniente de gastos com media”. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Petróleo acima dos 80 dólares. JPMorgan vê preços nos 90 dólares em breve

O petróleo continua a valorizar. Com as sanções dos EUA ao Irão, reduz-se a oferta da matéria-prima no mercado, levando o Brent a negociar novamente acima da fasquia dos 80 dólares.

O petróleo está novamente acima da fasquia dos 80 dólares. O barril continua a valorizar nos mercados internacionais, impulsionado pela perspetiva de menor oferta da matéria-prima perante as sanções aplicadas pelos EUA ao Irão. E num contexto de crescimento da procura, já há quem veja as cotações chegarem aos 90 dólares.

O Brent, negociado em Londres, que serve de referência às importações nacionais, está a ganhar 2,03% para os 80,40 dólares, voltando a superar a fasquia dos 80 dólares. Em Nova Iorque, a tendência é semelhante, com o barril de crude a avançar 1,74% para cotar nos 72,01 dólares.

Petróleo acelera. Supera os 80 dólares

Esta subida traduz a perspetiva de menor oferta da matéria-prima, nomeadamente por parte do Irã em resultado das sanções impostas por Donald Trump. As sanções só entram em vigor em novembro, mas os efeitos começam já a sentir-se, podendo levar as cotações para patamares ainda mais elevados.

De acordo com o JPMorgan, citado pela Reuters, em breve os preços podem mesmo chegar aos 90 dólares, tendo em conta a pressão que se faz sentir do lado da procura.

No boletim Previsões mundiais de Petróleo 2018, revelado este fim de semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revelou que prevê que a procura de petróleo deve manter-se forte nos próximos anos, até 2020, com uma média anual de 1,6 milhões de barris diários, recuando depois para 0,2 milhões entre 2035 e 2040.

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Manuel Pinho suspeito de lavar milhões através de perdões fiscais

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

O Ministério Público suspeita que o ex-governante Manuel Pinho usou perdões fiscais para "lavar" os vários milhões de euros que lhe tinham sido dados pelo BES.

O Ministério Público suspeita que o ex-ministro da Economia Manuel Pinho usou os perdões fiscais dos Governos de José Sócrates e Pedro Passos Coelho para legalizar os milhões de euros que lhe tinham sido pagos pelo Banco Espírito Santo (BES), avança o Correio da Manhã (acesso pago).

De acordo com o jornal, os procuradores pediram, por isso, ao Banco de Portugal que enviasse ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) cópias dessas eventuais adesões aos Regimes Excecionais de Regularização Tributárias I, II e III do antigo governante e da sua mulher, Alexandra Fonseca Pinho.

Nos autos do caso EDP, o Ministério Público afirma mesmo ter conhecimento de que “existem elementos de prova no inquérito nº324/14.0TELSB [relativo ao BES] de que, aproveitando a benesse legal pelos regimes de regularização extraordinária, Manuel Pinho e/ou Alexandra Pinho procedeu à adesão a tal regime“.

Entre 2002 e 2014, Manuel Pinho terá recebido do saco azul do GES mais de três milhões de euros, dos quais 779 mil euros durante o seu mandato enquanto ministro da Economia.

Segundo os procuradores, o ex-ministro “obviamente não declarou [essa verba] em sede IRS”, daí que seja “crível” que tenha adquirido a perdões fiscais.

Questionado sobre o assunto, o advogado do ex-ministro da Economia em causa não quis prestar esclarecimentos.

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Nuno Amado: “Há uma perceção negativa sobre os banqueiros”

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

Nuno Amado acredita que uma nova crise é inevitável, mas garante que o país está melhor preparado do que estava em 2008. Sobre esse período complicado, diz que afetou a credibilidade da banca mundial.

No aniversário da queda do norte-americano Lehman Brothers, o presidente não executivo do Banco Comercial Português (BCP) reconhece que a crise afetou a credibilidade do setor financeiro a nível internacional. “Existe uma perceção negativa sobre a profissão de banqueiro. Talvez pelos nossos próprios erros e pela forma exagerada e incorreta como muitos atuaram no passado e, por vezes, até com falta de princípios“, sublinha Nuno Amado, em entrevista ao Público (acesso condicionado).

Sobre a possibilidade de estar no horizonte uma nova recessão, o gestor adianta que “não está pessimista”, mas salienta que “não é possível pensar em crescimento eterno ou em estabilidade eterna”. “O que tem de haver são instrumentos adequados para se minimizar, contrabalançar e antecipar alguns dos efeitos das crises”, acrescenta Amado.

Além disso, o responsável reforça que a conjuntura atual não é comparável à de 2008, desde logo, diz, porque Portugal goza de uma balança comercial e de pagamentos mais equilibrada. “À partida, o país está hoje melhor preparado”, nota Amado. “Com toda a sinceridade, não consigo perspetivar as características de um processo recessivo nos próximos anos”, enfatiza ainda o responsável.

Em entrevista, o líder não executivo do BCP escolhe ainda destacar como “tema difícil” a política “expansionista” que o Banco Central Europeu tem adotado, nos últimos anos, e que, na sua opinião, tem sido a opção mais correta. Ainda assim, o gestor reforça: “alguns dos instrumentos podem ser menos eficiente num novo ciclo negativo”.

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Galp Energia afasta Lisboa das quedas na Europa

O PSI-20 está a conseguir evitar as quedas europeias, no dia em que entram em vigor as novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses. A energia está a impedir a queda da bolsa de Lisboa.

A bolsa nacional arrancou a cair, mas rapidamente voltou acima da linha de água, conseguindo afastar-se do cenário vermelho que se vive na Europa, no dia em que entraram em vigor as novas tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos chineses. A impedir Lisboa de perder valor estão os títulos da energia, especialmente a Galp.

O PSI-20 abriu a perder ligeiros 0,04%. Conseguiu, no entanto, recuperar, seguindo a valorizar 0,10% para 5.351,10 pontos, num dia em que as restantes praças europeias negoceiam em queda. O Stoxx 600, que serve de referência para a Europa, recua 0,14%.

A pesar nas negociações estão as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, no dia em que começa a ser aplicado o novo pacote de tarifas alfandegárias sobre produtos chineses no valor de 200 mil milhões de dólares. Em resposta, a China decidiu também aplicar tarifas sobre 60 mil milhões de importações norte-americanas.

A impedir Lisboa de seguir as quedas europeias está a Galp Energia, que sobe 1,74% para 16,71 euros, num dia que está a ser de subida para os preços do petróleo. O Brent está a cotar novamente acima da fasquia dos 80 dólares.

Também a ajudar estão as restantes cotadas do setor energético, com a REN a valorizar 0,17% para 2,426 euros, enquanto a EDP cresce 0,06% para 3,23 euros.

Por seu lado, a EDP Renováveis recua 0,75% para 8,655 euros, assim como o BCP que desvaloriza 0,24% para 0,2504 euros. Ainda nas quedas estão as papeleiras, com a Altri a cair 0,12% para 8,15 euros e a Navigator a desvalorizar 0,37% para 4,302 euros.

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BCP “perde” adversário na corrida ao SocGen na Polónia

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

O Credit Agricole retirou-se da corrida ao negócio polaco do Société Générale, o Eurobank. O BCP ficou, assim, com apenas um adversário.

O BCP enfrenta menos concorrência na corrida à compra do negócio polaco do Société Générale, o Eurobank. O Credit Agricole desistiu da operação, de acordo com o Puls Biznesu, deixando o banco liderado por Miguel Maya mais perto de reforçar a posição num país em que detém o Bank Millennium.

Citando uma fonte não identificada, o jornal polaco revela que o banco francês desistiu com a crescente concorrência para a compra das operações do SocGen, depois da entrada do Alior, um banco estatal polaco, na corrida. Com a desistência do Credit Agricole ficam apenas dois interessados, refere a publicação, citada pela Reuters.

Apesar do Alior estar “em jogo”, o Puls Biznesu diz que o Bank Millennium está mais perto de conseguir concluir o negócio. O Eurobank é o 17.º maior banco da Polónia, com ativos a rondar os 14 mil milhões de zlotys (cerca de 3 mil milhões de euros).

O negócio polaco do SocGen, que no ano passado lucrou 103 milhões de zlotys, é 20 vezes mais pequeno que o Bank Millennium do BCP, que em julho começou a analisar as contas deste banco.

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Hoje nas notícias: Imobiliário, turismo e Manuel Pinho

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O mercado imobiliário português continua a florescer, com os preços dos imóveis usados a subir mesmo mais do que o das casas novas. Igual tendência positiva vive o turismo: no próximo ano, vão ser abertos mais de 40 hotéis. E no último ano e meio, quase que duplicou o número de estrangeiros a viver em Portugal. No aniversário da queda do Lehman Brothers, Nuno Amado reconhece que existe uma “perceção negativa” sobre os banqueiros. O Ministério Público suspeita que Manuel Pinho tenha lavado milhões de euros através dos perdões fiscais dos Governos de Sócrates e Pedro Passos Coelho.

Preços das casas usadas sobem o dobro das novas

Os preços das casas continuam a subir, apesar de o ritmo ter abrandado. Atingiram máximos, puxados pelos imóveis usados. O índice de preços das casas já existentes ascendeu aos 132,90 pontos, no segundo trimestre deste ano, registando-se um aumento de 12,6% nos valores de venda dos imóveis usados. No caso dos imóveis novos, o aumento foi de 6,3%, no mesmo período. Ou seja, os preços das casas usadas aumentaram o dobro dos imóveis novos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Quase duplicou número de estrangeiros a viver em Portugal

No último ano e meio, o número de estrangeiros que escolheram viver em Portugal quase duplicou. O número de residentes não habituais subiu, assim, 83% para 23.767. Destes, 1.500 são portugueses, que decidiram voltar ao país à boleia do estatuto em causa que oferece um regime fiscal especial. Além dos lusitanos, foram os franceses, ingleses e italianos aqueles que mais vieram para para Portugal.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

“Existe uma perceção negativa sobre os banqueiros”

No aniversário da queda do Lehman Brothers, o chairman do Banco Comercial Português (BCP) reconhece que a crise afetou a credibilidade do setor financeiro a nível internacional. “Existe uma perceção negativa sobre a profissão de banqueiro. Talvez pelos nossos próprios erros e pela forma exagerada e incorreta como muitos atuaram no passado e, por vezes, até com falta de princípios”, sublinha Nuno Amado. Sobre a possibilidade de estar a caminho uma nova recessão, o gestor diz que “não está pessimista”, mas salienta: “Não é possível pensar em crescimento eterno ou em estabilidade eterna”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Manuel Pinho suspeito de lavar milhões

O ex-ministro da Economia Manuel Pinho terá aderido a perdões fiscais dos Governos de José Sócrates e Pedro Passos Coelho para legalizar o dinheiro que lhe tinha sido pago pelo BES. Estas suspeitas levaram o Ministério Público a solicitar ao Banco de Portugal que enviasse ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal cópias das eventuais adesões aos Regimes Excecionais de Regularização Tributária I, II e III deste antigo governante e da sua mulher. Entre 2002 e 2014, Pinho terá recebido do saco azul do GES mais de três milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre).

Mais 44 hotéis em 2019

No próximo ano, deverão ser abertos mais 44 hotéis, em Portugal. Em causa, está um investimento que chega aos mil milhões de euros, avança a consultora imobiliária Worx. Lisboa, Centro, Porto e região Norte serão as regiões escolhidas para estas novas unidades hoteleiras. Recorde-se que, até julho, o número de hóspedes em Portugal atingiu um novo recorde, tendo tocado nos 11,7 milhões, daí o interesse dos investidores neste setor.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

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Quase duplica o número de estrangeiros a viver em Portugal

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

Já são de mais de 23 mil os residentes não habituais (RNH) a viver em Portugal, a maioria são franceses, britânicos e italianos. Os portugueses de regresso são apenas 6%.

Já são 23.767 os estrangeiros a morar em Portugal, um número que aumentou 83% desde janeiro do ano passado até agosto deste ano, segundo o Diário de Notícias. Atraídos pelos benefícios fiscais oferecidos pelo Governo, estes residentes não habituais (RNH) são maioritariamente franceses, britânicos e italianos, sendo que apenas 6% têm nacionalidade portuguesa.

O regime dos RNH foi criado em 2009 com o objetivo de atrair estrangeiros, nomeadamente trabalhadores qualificados e reformados, cujas profissões permitam pagar uma taxa de IRS de 20% sobre os rendimentos do trabalho, conferindo uma dupla isenção de tributação nas pensões. Para ter acesso a estas condições — concedidas num período de dez anos, não renovável –, é preciso ter tido residência fiscal fora de Portugal nos cinco anos anteriores ao pedido de adesão (o que permite incluir portugueses) e passar a morar em Portugal pelo menos 183 dias por ano.

Num total de quase 7.000 pedidos que chegaram à Autoridade Tributária e Aduaneira, apenas 1.502 têm nacionalidade portuguesa (6%), adianta o DN. De acordo com consultores fiscais que acompanham estes processos, este desfasamento deve-se a vários entraves na hora de formalizar os pedidos, como por exemplo quando apenas um dos elementos do casal regressa a Portugal.

A maioria dos RNH são oriundos de França (5.448), Reino Unido e Irlanda do Norte (2.718) e Itália (2.513). Da Suécia vieram 2.071 e do Brasil 2.005.

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Governo tem financiamento de sete milhões de euros para igualdade de género

  • Lusa
  • 24 Setembro 2018

Objetivo é financiar projetos e iniciativas estruturantes em domínios alinhados com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual”.

O Governo vai lançar um programa de financiamento de projetos de conciliação e igualdade de género, no valor de sete milhões de euros, disponibilizados no âmbito do mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu EEA Grants 2014-2021.

Segundo uma nota da Presidência do Conselho de Ministros, o programa terá a tutela da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, e será operado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, num valor de sete milhões de euros, incluindo um milhão de contrapartida nacional, o dobro da verba do programa anterior.

O objetivo é financiar projetos e iniciativas estruturantes em domínios alinhados com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual”.

O novo programa será apresentado em Lisboa, com as presenças da secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, do secretário de Estado para o Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, e do embaixador da Noruega em Portugal, Anders Erdal.

“Com este programa damos um salto qualitativo na concretização das políticas de igualdade, porque nos permite apoiar a ação de atores estratégicos como os municípios e os parceiros sociais, bem como avançar com medidas urgentes em áreas como a rede nacional de apoio a vítimas de violência doméstica, o reforço do sistema estatístico nacional em matéria de igualdade, sendo ainda peça chave na ação do Governo em matéria de conciliação da vida profissional, pessoal e familiar”, segundo Rosa Monteiro, citada na nota do executivo.

Serão abertos cinco concursos para candidaturas de projetos e um regime de apoios a projetos de menor dimensão, no âmbito de três eixos pré-definidos.

O primeiro, a promover pela Comissão para Igualdade no Trabalho e no Emprego, visa desenvolver uma plataforma de monitorização de políticas públicas de igualdade no mercado de trabalho e trocar boas práticas com a Islândia, em matéria de igualdade salarial.

Outro pretende integrar a perspetiva da igualdade e combater a segregação sexual no ensino superior e será promovido pela Direção-Geral do Ensino Superior.

Por fim, o terceiro será promovido pelo Instituto Nacional de Estatística e está relacionado com a melhoria dos dados estatísticos acerca de igualdade entre homens e mulheres.

A Noruega, a Islândia e o Liechtenstein financiam, em 15 estados-membros da União Europeia, no âmbito dos European Economic Area Grants e através do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2014-2021, iniciativas e projetos em diversas áreas programáticas, com vista a reduzir as disparidades económicas e sociais e reforçar as relações bilaterais entre os estados doadores e os beneficiários.

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Preço das casas usadas sobe o dobro das novas

  • ECO
  • 24 Setembro 2018

Houve um aumento de 12,6% nos preços dos imóveis, este ano. No caso dos imóveis novos, o aumento foi de 6,3%.

Os preços das casas continuam a subir, apesar de o ritmo ter abrandado. Ainda assim, o índice de preços da habitação do INE aumentou pelo 19.º trimestre consecutivo, atingindo máximos. Esta é uma evolução para a qual está a contribuir essencialmente a subida dos valores de venda dos imóveis usados.

O índice de preços das casas já existentes atingiu os 132,90 pontos, no segundo trimestre deste ano. Houve um aumento de 12,6% face ao mesmo período do ano anterior, revelam os dados do INE. No caso dos imóveis novos, o aumento foi de 6,3%, no mesmo período. Ou seja, os preços das casas usadas aumentaram o dobro dos imóveis novos, diz o Jornal de Negócios (acesso pago).

O mesmo resultado observa-se quando é comparada a evolução dos preços das casas face aos mínimos atingidos no arranque de 2013. Neste caso, conta o jornal, os valores de venda dos imóveis usados subiram 46,5%, enquanto nas casas novas o aumento foi de 24,1%, um resultado que Luís Lima explica com a falta de oferta nova nas zonas de maior procura.

“É nos centros das cidades que se concentra o grosso da procura. As pessoas preferem viver no centro das cidades, e preferem viver numa casa usada, mas perto de todas as infraestruturas, do que viver mais longe numa casa nova. É uma evolução que se prende com os desejos da procura existente”, afirmou recentemente o presidente da APEMIP.

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Governo usa Orçamento para fazer balanço da legislatura

O Governo apresenta o último Orçamento do Estado da legislatura a 15 de outubro. Nessa altura faltará cerca de um ano para as eleições. Mas o Executivo começa já a vender resultados.

Falta um ano para as eleições legislativas, mas o Governo vai já começar a fazer balanços da legislatura. O Executivo está a aproveitar os cálculos que está a fazer para o Orçamento do Estado para 2019 para apresentar resultados dos quatro anos de governação.

“Os 1.400 milhões de euros que pagamos a menos em juros estão vertidos no exercício da legislatura. Essa queda é idêntica a todo o aumento da despesa que vamos ter no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao longo da legislatura”, disse sexta-feira o ministro das Finanças.

Mário Centeno falava aos jornalistas para reagir a dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesse mesmo dia e aproveitava para dar um número à aposta do Governo na saúde durante os quatro anos.

A mesma ideia foi transmitida por uma fonte governamental ao Público para enquadrar o reforço de verbas de 300 milhões de euros para a Saúde prevista no próximo Orçamento. Ao jornal, o mesmo membro do Governo adiantou que o investimento em Saúde será de mais mil milhões do que em 2015, quando o Governo tomou posse.

Também na área da Segurança Social, o Governo irá contabilizar o aumento dos gastos, face ao início da legislatura, acumulando os sucessivos aumentos de pensões, e não só o reforço previsto para 2019.

Ao nível dos indicadores económicos, o Ministério das Finanças deverá abrir também espaço para apresentar um balanço da legislatura. Em 2015, a taxa de desemprego era de 12,4% e, se o Governo mantiver a previsão que tinha no Programa de Estabilidade, de 7,2%, poderá reclamar uma descida acentuada. Mas se o Executivo optar por assumir a previsão do Banco de Portugal — mais otimista e a apontar para 6,2% –, o Executivo poderá vender a ideia de que reduziu o desemprego para metade.

O balanço da legislatura que será feito no Orçamento do Estado será mais uma peça para o período de pré-campanha eleitoral que se vive. Em agosto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha defendido que a campanha eleitoral já tinha arrancado.

Outra das estratégias do Governo nesta fase passa por usar os dados que vão saindo para tentar rebater ideias que estiveram presentes no debate público desde que a legislatura começou.

Mário Centeno defendeu na sexta-feira que ficou mais frágil a ideia de que a economia tinha abrandado em 2016. Dados novos do INE permitiram rever em alta o crescimento real do PIB desse ano para 1,9%, o que acabou por desenhar uma nova tendência de evolução da economia, já que no ano anterior o PIB subiu 1,8%.

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