José Pedro Aguiar-Branco distinguido com Medalha de Honra

José Pedro Aguiar-Branco recebeu a condecoração atribuída pela Ordem dos Advogados, por ocasião da celebração do Dia do Advogado, em Lagoa.

O sócio fundador da JPAB, José Pedro Aguiar Branco, foi galardoado com a Medalha de Honra da Ordem dos Advogados Portuguesa, durante a cerimónia solene do Dia do Advogado, que decorreu no dia 19 de Maio, no Convento de S. José, em Lagoa.

A Ordem dos Advogados portuguesa atribuiu a Medalha de Honra ao Sócio Fundador da JPAB-José Pedro Aguiar Branco Advogados, como forma de assinalar o seu percurso profissional e cívico enquanto Advogado e cidadão, pelo facto de ter contribuído de forma relevante para a dignidade da advocacia Portuguesa e para o prestígio da Ordem dos Advogados nacional. Esta distinção foi entregue pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo.

Este galardão destina-se a reconhecer os advogados que, pelo seu mérito e modo de exercício da profissão, tenham contribuído relevantemente para a dignidade e prestígio da advocacia, ou que, pelo exercício empenhado de funções ao serviço da Ordem dos Advogados portugueses, nomeadamente no âmbito dos seus órgãos, tenham contribuído para o reforço e prestígio da Ordem e, bem assim, a distinguir os cidadãos nacionais e estrangeiros que tenham prestado serviços relevantes na defesa do Estado de direito ou à advocacia.

Com uma atividade profissional de três décadas, José Pedro Aguiar-Branco detém vasta experiência enquanto advogado e jurisconsulto, em matérias especialmente focadas em direito societário e civil. Atualmente, é coordenador da área de prática de arbitragem e mediação na JPAB. De salientar que recentemente, José Pedro Aguiar-Branco foi nomeado Best Lawyers Advisory Board Member, pelo prestigiado directório americano Best Lawyers.

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Reprogramação do Norte 2020 aprovada por unanimidade

O Norte2020 teve um reforço da verba para investimento territorial para 260 milhões de euros e o Governo abdicou de financiar os 80 milhões de euros das bolsas universitárias com o PO Regional.

O exercício de reprogramação do Programa Operacional Regional do Norte garante aos municípios da região 260 milhões de euros para investimento territorial. Uma melhoria significativa face à proposta inicial (de 84 milhões de euros), mas também face à última versão apresentada, na semana passada, à Associação Nacional de Municípios (225 milhões). A reunião do Conselho Regional do Norte esta terça-feira em Felgueiras acabou assim por aprovar por unanimidade a proposta apresentada, permitindo enterrar o machado de guerra dos autarcas do Norte.

“A proposta de reprogramação foi aprovada sem oposição e sem reservas”, disse ao ECO o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Eduardo Vítor Rodrigues sublinhou a dupla vitória: o reforço da verba para investimento territorial para 260 milhões de euros, mas também o facto de “o Governo ter abdicado de financiar o valor das bolsas universitárias com o PO Regional”. Em causa estavam 80 milhões de euros que também foram “descativados” de despesa que seria do Estado Central, mas que estava a ser imputada aos municípios. “Na realidade, o ganho, em vez de ser de 30 milhões, foi de 110”, frisa orgulhoso o também presidente do Conselho Metropolitano do Porto.

E de onde vem este reforço de verba? É retirada à Instituição Financeira de Desenvolvimento uma fatia mais significativa de verbas que lhe estavam alocadas. E onde vai ser gasto? De acordo com Eduardo Vítor Rodrigues em três funções: 15 milhões para equipamentos sociais, nomeadamente IPSS, infraestruturas como lares ou creches, isto é, área de trabalho do terceiro setor; dez milhões para as áreas da saúde e cinco milhões para a educação, nomeadamente as escolas E.B. 2+3.

O socialista Vítor Rodrigues reconhece que o Norte 2020, neste ponto, vai assumir uma função que é do Estado central, mas explica que se trata de “uma estratégia de antecipação”, porque previsivelmente a gestão destas escolas vai passar para as câmaras municipais no final do ano. “E assim os municípios já têm dinheiro do seu lado”, explicou a ECO.

O autarca sublinhou ainda outra mudança “importante”. Os 38 milhões que estavam previstos no exercício de reprogramação para eficiência energética nas infraestruturas públicas e habitação social mantêm-se, mas “muda a tipologia”. Isto “porque só Porto, Braga, Gaia e Matosinhos têm bairros sociais”, Assim, “estas autarquias abdicaram de uma parte do dinheiro da habitação social e passa a ser elegível o financiamento para a reabilitação de equipamentos sociais como lares”. Em causa estarão projetos da responsabilidade das IPSS e não das câmaras, acrescentou ainda Eduardo Vítor Rodrigues.

Aos jornalistas, no final do encontro do Conselho Regional do Norte, órgão consultivo da CCDRN, Fernando de Sousa, presidente deste organismo, explicou que, face à versão inicial do Norte 2020, foram reprogramados cerca 540 milhões de euros, com as maiores fatias a serem absorvidas pelos sistemas de incentivos e pelos investimentos territoriais. Para Fernando Sousa, esta foi a reprogramação “mais equilibrada que alguma vez existiu nos vários quadros comunitários”, envolvendo os municípios, o investimento empresarial e as entidades promotoras do conhecimento, nomeadamente universidades e politécnicos. “É a reprogramação que decorre de um jogo de compromissos negocial entre as várias entidades”, acentuou ainda citado pela Lusa.

De referir que este exercício de reprogramação, no caso do Norte, teve o envolvimento pessoal do primeiro-ministro, António Costa, que se mostrou sensível aos argumentos dos autarcas do Norte. “Temos opções completamente diferentes” das apresentadas pela CCDRN, disse Eduardo Vítor Rodrigues, no início de abril. A ideia é que “o dinheiro que está a ser reprogramado fique na região” em vez de servir “ao financiamento do Orçamento do Estado”, acrescentou.

O autarca presidente do Conselho Metropolitano do Porto explicou ao ECO que falou com António Costa e que este agilizou as negociações que resultaram numa reunião na passada sexta-feira onde foram as cedências que levaram ao acordo dos municípios.

O Conselho Regional do Norte elegeu a sua nova Comissão Permanente, presidida por Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha. Aires Pereira, presidente da Câmara de Póvoa de Varzim, é o vice-presidente do órgão.

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Trump leva Wall Street de volta às quedas

O Presidente norte-americano lançou novas dúvidas sobre a realização da cimeira com a Coreia do Norte e refreou os ânimos que se faziam sentir nos mercados.

As bolsas norte-americanas inverteram os ganhos que registaram no início desta sessão, depois de Donald Trump ter voltado a lançar incerteza sobre a cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. O petróleo negociado em Nova Iorque também começou a corrigir as valorizações, penalizando as cotadas do setor energético.

O índice de referência S&P 500 fechou a cair 0,31%, para os 2.724,44 pontos. Já o industrial Dow Jones registou a maior quebra, ao recuar 0,72%, para os 24.834,41 pontos, voltando a baixar da fasquia dos 25 mil pontos. O tecnológico Nasdaq perdeu 0,21%, para os 7.378,46 pontos.

As praças de Wall Street chegaram a abrir em alta esta terça-feira, ainda à boleia dos progressos nas negociações entre os Estados Unidos e a China, que procuram chegar a um novo acordo comercial. Mas novas declarações do Presidente norte-americano sobre a cimeira a realizar com a Coreia do Norte refrearam os ânimos. A cimeira está marcada para o dia 12 de junho, mas tanto de um lado como do outro há ameaças de cancelar o encontro. Na semana passada, a Coreia do Norte ameaçou cancelar a cimeira devido aos exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Já esta terça-feira, Donald Trump lançou novas dúvidas. “Há uma hipótese muito substancial de correr bem”, disse o Chefe de Estado norte-americano, durante uma reunião com o seu homólogo sul-coreano, Moon Jae-in, citado pela Bloomberg.

A penalizar os mercados esteve também a desvalorização dos preços do petróleo, numa altura em que os investidores aguardam por novos dados relativos à produção da matéria-prima nos Estados Unidos. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, corrigiu dos ganhos das últimas sessões e desvalorizou 0,15%, para os 72,13 dólares por barril.

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Fim de operação no Brasil agrava prejuízos da Sonae Capital

  • Lusa
  • 22 Maio 2018

O custo do processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil penalizou as contas da Sonae Capital, que reportou prejuízos de 7,86 milhões de euros no primeiro trimestre.

O prejuízo da Sonae Capital agravou-se em 62,1% no primeiro trimestre de 2018 face ao mesmo período do ano anterior, para 7,86 milhões de euros, segundo o comunicado enviado pela empresa, esta terça-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Já o resultado líquido atribuível a acionistas da empresa-mãe agravou-se em 5,05%, atingindo 7,47 milhões de euros negativos nos três primeiros meses do ano.

“O resultado líquido do trimestre está penalizado de forma não recorrente em, aproximadamente, três milhões de euros devido, essencialmente, ao reconhecimento da estimativa mais recente de custo total relativo ao processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil que ascende a dois milhões de euros“, avança o grupo no comunicado.

O volume de negócios consolidado do grupo ascendeu a 42,32 milhões de euros (mais 32,4% face ao trimestre homólogo) e o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) mais do que duplicou, atingindo 2,08 milhões, gerando uma margem de 4,9%, uma evolução de 3,7 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior.

O grupo sublinha “a evolução significativa de rentabilidade das unidades de negócios”, de mais 125% face ao trimestre homólogo. O volume de negócios das unidades do grupo aumentou 31%, para 39 milhões de euros, com destaque para os crescimentos nos segmentos de fitness (mais 52,1%) e energia (mais 21,6%).

A Sonae Capital sublinha que no primeiro trimestre foi concluída a aquisição e integração da cadeia de Fitness PUMP, que tem sete clubes na região de Lisboa e um no Algarve, “contribuindo para a melhoria significativa da posição competitiva do segmento”.

No primeiro trimestre realizaram-se ainda seis escrituras de unidades residenciais turísticas, em Tróia, correspondentes a 2,4 milhões de euros. Os contratos de promessa de compra e venda em carteira de ativos imobiliários (excluindo as unidades de Tróia) ascende 4,5 milhões de euros.

Segundo a presidente executiva, Cláudia Azevedo, citada no documento, a Sonae Capital continua a ter como “foco prioritário” a venda de ativos imobiliários. “Tendo em conta o portefólio de ativos e o enquadramento favorável, continuam a ser dados passos importantes para a concretização de negócios relevantes durante o ano, condição obrigatória para continuar a implementar a estratégia corporativa definida”, avança Cláudia Azevedo.

Segundo o documento, a dívida líquida da Sonae Capital aumentou 14,6% para 125,3 milhões de euros face ao final de 2017, “fortemente influenciada pelos investimentos na aquisição da cadeia de Fitness PUMP e no início do investimento no projeto de biomassa, que só começará a gerar retorno no segundo semestre de 2019”.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O montante total das cativações atingiu quase dois milhões de euros, o que equivale a 19% das despesas orçamentadas pela Autoridade da Concorrência. Este ano, terá ainda mais orçamento cativado. A empresa de telecomunicações francesa Altice disparou em bolsa com a notícia de que o regulador francês poderá vir a permitir a venda da sua unidade endividada SFR.

A Autoridade da Concorrência tem sido uma das entidades reguladoras a alertar para o impacto que as cativações têm sobre a sua atividade, e vem agora detalhar exatamente a dimensão deste impacto. No ano passado, a Direção Geral do Orçamento cativou quase 20% das despesas orçamentadas por esta entidade reguladora, que acabou por pagar em atraso ajudas de custo e subsídios de trabalho suplementar aos seus colaboradores, para além de não ter conseguido pagar a tempo rendas relativas ao edifício onde tem a sede. Ficou ainda impedida de realizar duas “diligências de busca e apreensão” que estavam previstas no ano passado, por suspeitas de práticas de conluio em procedimentos de contratação pública.

A Altice chegou a ganhar mais de 50% em bolsa graças às palavras do presidente do regulador das telecomunicações francês, Sebastien Soriano, que disse ao Le Monde que estaria aberto a novas fusões no meio das telecomunicações em França.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, está no Parlamento Europeu a prestar esclarecimentos sobre a forma como a rede social trata os dados de milhões de utilizadores, depois do escândalo Cambridge Analytica. “Não fizemos o suficiente” para evitar a fuga de dados, admite Zuckerberg, pedindo “desculpa” pelo erro.

A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, atingiu em março 126,4% do PIB, acima do valor de dezembro de 2017, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Faz parte do grupo de pessoas que quando se deslocava ao banco para fazer um crédito à habitação, a taxa de juro de referência utilizada era a Lisbor? Foi há cerca de vinte anos que essa taxa foi substituída pela Euribor, e dentro de pouco tempo ocorrerá uma nova mudança. A Euribor vai ter uma nova parceira — a ESTER — o nome que o Banco Central Europeu (BCE) escolheu para denominar a nova taxa de juro que deverá passar a servir de referência nas operações interbancárias da Zona Euro já no próximo ano.

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“Cultura portuguesa fica muitíssimo mais pobre” sem Júlio Pomar, diz Marcelo

  • ECO e Lusa
  • 22 Maio 2018

O artista plástico morreu esta terça-feira, aos 92 anos. Marcelo Rebelo de Sousa recorda-o como um "criativo irreverente".

O artista plástico Júlio Pomar morreu esta terça-feira, aos 92 anos, no Hospital da Luz, em Lisboa. O pintor morreu na sequência de problemas de saúde relacionados com a idade e com um internamento prolongado. Não há ainda informações sobre cerimónias fúnebres.

Pintor e escultor, nascido em Lisboa em 1926, Júlio Pomar é considerado um dos criadores de referência da arte moderna e contemporânea portuguesa. O artista deixa uma obra multifacetada que percorre mais de sete décadas, influenciada pela literatura, a resistência política, o erotismo e algumas viagens, como a Amazónia, no Brasil.

Júlio Pomar estudou na escola de artes decorativas António Arroio e nas escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto, mudando-se para Paris em 1963. Vinte anos depois regressaria a Lisboa, e passou a dividir a vida e o trabalho artístico entre as duas cidades.

Tornou-se um dos artistas mais conceituados do século XX português, com uma obra marcada por várias estéticas, do neorrealismo ao expressionismo e abstracionismo, e uma profusão de temáticas abordadas e de suportes artísticos experimentados.

A obra foi dedicada sobretudo à pintura e ao desenho, mas realizou igualmente trabalhos de gravura, escultura e assemblage, ilustração, cerâmica e vidro, tapeçaria, cenografia para teatro e decoração mural em azulejo.

Em 2004, foi condecorado pelo então Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem da Liberdade. Já em 2013, abriu o Atelier-Museu Júlio Pomar, instalado num edifício em Lisboa, perto da residência do artista, com um acervo de cerca de 400 obras. As obras, doadas pelo artista à Fundação Júlio Pomar, incluem pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, colagens e assemblage.

“Cultura portuguesa fica muitíssimo mais pobre”

O Presidente da República lembrou Júlio Pomar como um “criativo irreverente” e considerou que a sua morte deixa a cultura portuguesa “muitíssimo mais pobre”, manifestando a certeza de que o Governo proporá “o luto nacional correspondente”.

Questionado pelos jornalistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu Júlio Pomar como “um inovador e criativo irreverente, profundamente rebelde”, que “esteve sempre à frente do seu tempo” e “marcou boa parte do século XX, marcou a transição para o século XXI” em Portugal, “mantendo-se sempre jovem”.

“Nós devemos a Júlio Pomar a abertura de Portugal ao mundo e a entrada do mundo em Portugal, desde logo, durante a ditadura, não apenas como pintor, não apenas como desenhador, mas como grande personalidade da cultura”, afirmou.

Interrogado sobre qual a melhor homenagem que o país lhe pode prestar, o Presidente da República respondeu: “Eu tenho a certeza de que o Governo português não deixará de propor o luto nacional correspondente”. “Mas, para além disso, certamente que o Governo português irá meditar numa forma de o homenagear tal como ele gostaria, de uma forma não clássica, não conservadora, não tradicional. Mas progressista e virada para o futuro”, acrescentou.

A Câmara Municipal de Lisboa também reagiu à morte do pintor, que “lamenta profundamente”. Em comunicado enviado às redações, a autarquia de onde era natural Júlio Pomar lembra a “reconhecida importância da sua fase neorrealista, em que a arte assume a forma de protesto social”.

“A oposição ao regime de Salazar levá-lo-ia à prisão, ao lado de Mário Soares, de quem era amigo. E os frescos que Pomar pintara para o Cinema Batalha, no Porto, seriam eliminados já depois da inauguração, pela polícia política”, recorda a câmara.

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Esta empresa com 91 anos venceu um prémio nacional de inovação

A Riopele venceu esta terça-feira o Prémio Nacional de Inovação da COTEC. O ECO falou com o líder da empresa para perceber como é que uma têxtil com 91 anos foi capaz de ganhar um prémio de inovação.

José Alexandre Oliveira é presidente do conselho de administração da Riopele desde 2007. A empresa, fundada pelo avô do gestor, tem já 91 anos e venceu esta terça-feira o Prémio Produto Inovação 2018.Paula Nunes/ECO

O Prémio Produto Inovação da COTEC foi atribuído esta terça-feira à marca Tenowa, um projeto da empresa portuguesa Riopele, que foi fundada em 1927 e tem sede em Vila Nova de Famalicão. A Tenowa é uma marca inovadora de tecidos sustentáveis e ecológicos, feitos com 80% de matéria-prima reciclada e produzidos por máquinas com elevado nível de automação.

Mas como é que uma empresa com 91 anos vence um prémio de inovação? Ao ECO, José Alexandre Oliveira, neto do fundador da Riopele e presidente do conselho de administração desde 2007, revela o segredo por detrás do negócio. “Somos uma empresa com muitos anos, das chamadas empresas tradicionais, mas que, de tradicional, só se for mesmo os anos que tem”, começa por dizer, em Évora, à margem do 15.º Encontro Nacional de Inovação da COTEC Portugal, onde o Prémio Produto Inovação deste ano foi atribuído.

Questionado sobre como é que a empresa se mantém inovadora ao fim de nove décadas de existência, o administrador apontou para dois fatores essenciais: “Temos paixão e atitude. São pontos que valorizamos muito dentro da empresa.” E acrescenta: “Muito do que fazemos hoje na empresa, não o fazíamos há dois anos. Isso faz com que seja uma empresa agradável para se trabalhar. As pessoas não têm rotinas. Há sempre alguma coisa que as surpreende todos os dias”, apontou José Alexandre Oliveira.

Temos paixão e atitude. São pontos que valorizamos muito dentro da empresa.

José Alexandre Oliveira

Presidente do conselho de administração da Riopele

A Tenowa só tem um impacto de 2% nas contas da Riopele, mas isso não significa que o valor não vá crescer. José Alexandre Oliveira acredita que sim. “Está a nascer e não tenho dúvidas de que vai ter um peso significativo no futuro”, admitiu ao ECO. A empresa conta com 1.100 colaboradores e exporta 98% da sua produção, com o administrador da companhia a confessar que “o mercado português é muito pequeno” para uma empresa como a Riopele.

Desafiado a dar alguns conselhos às empresas que se queiram manter inovadoras, José Alexandre Oliveira disse que devem “injetar dentro da empresa sangue novo com sangue já mais maduro”. Na experiência do gestor, é uma boa “conjugação” e ajuda ainda a reduzir o desemprego nas camadas mais jovens. “É preciso aproximar os jovens das empresas e dar-lhes formação na empresa. Temos um desemprego muito elevado na juventude e penso que temos de resolver isso o mais rápido possível”, concluiu.

A Riopele foca-se em peças de moda com tecidos de gama média-alta. A marca Tenowa recorre a resíduos agroalimentares que são misturados com 20% de fibra virgem, resultando num tecido que já está a ser usado e comercializado por alguns dos clientes da Riopele. Por outras palavras, é um produto cuja maior parte da matéria-prima usada para o produzir é proveniente de fontes sustentáveis.

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Ministro Siza Vieira abriu empresa imobiliária um dia antes de ir para o Governo

Um dia antes da posse, o ministro abriu uma empresa, onde tem metade do capital. Siza Vieira começou por ser gerente, mas acabou por renunciar ao cargo. Mantém a quota e não vê qualquer impedimento.

O ministro Adjunto abriu uma empresa de compra e venda de bens imobiliários e consultoria empresarial, na qual era gerente e onde detém 50% do capital, um dia antes de entrar para o Governo. A informação sobre o registo desta sociedade consta da declaração de rendimentos que o governante entregou no Tribunal Constitucional (TC) e que o ECO consultou esta terça-feira. Pedro Siza Vieira renunciou entretanto ao cargo de gerente mas mantém a quota. O ministro não vê qualquer condicionamento legal e/ou ético em ter esta empresa estando no Governo.

Siza Vieira tomou posse a 21 de outubro de 2017, quando assumiu a pasta de ministro Adjunto, substituindo Eduardo Cabrita que transitou para o Ministério da Administração Interna, na sequência da saída de Constança Urbano de Sousa, depois dos incêndios de junho e outubro. Recentemente tem estado sob os holofotes mediáticos após notícias que o ligam à OPA à EDP.

Na véspera de iniciar funções foi registada na conservatória do registo comercial de Lisboa a sociedade por quotas com o nome de Prática Magenta, Lda. Com o capital social de 150 mil euros, Siza Vieira detém uma quota que equivale a metade (75 mil euros). A sua mulher, Ana Cristina Siza Vieira, é detentora da outra metade da sociedade.

Esta informação consta da declaração de rendimentos que o ministro Adjunto entregou no Palácio Ratton depois de ter iniciado funções no Executivo liderado por António Costa. O documento permite perceber que a morada da empresa é a mesma da sua casa, situada na zona das Amoreiras, em Lisboa. Mas na declaração é possível ver também que além de sócio, Siza Vieira era naquela data gerente não remunerado na empresa.

Na declaração de rendimentos entregue no TC não diz o que a empresa faz. Mas uma consulta à Racius, uma base de dados que reúne informação empresarial, indica que a Prática Magenta dedica-se à “compra, administração e venda de imóveis próprios e alheios, incluindo o arrendamento, bem como a prestação de serviços conexos ou complementares”. A empresa está registada com a CAE (classificação de atividade económica) de compra e venda de bens imobiliários, mas a Racius adianta outras informações: “A sociedade tem, ainda, por objeto operar no ramo de atividade de consultoria empresarial, bem como na organização e realização de palestras, cursos, seminários, congressos, simpósios e demais eventos sobre assuntos de interesse empresarial.”

O que dizem as várias leis

A lei 64/93, de 26 de agosto, sobre incompatibilidades dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, estabelece no nº. 2 do artigo 4.º que a titularidade de cargos políticos e de altos cargos públicos é “incompatível com quaisquer outras funções profissionais remuneradas ou não, bem como com a integração em corpos sociais de quaisquer pessoas coletivas de fins lucrativos“.

Ao mesmo tempo, o Código das Sociedades Comerciais determina no artigo 252º. dedicado à composição da gerência das sociedades por quotas que “a sociedade é administrada e representada por um ou mais gerentes, que podem ser escolhidos de entre estranhos à sociedade e devem ser pessoas singulares com capacidade jurídica plena“, indicando assim que o gerente tem o peso de um administrador da empresa.

Mas, já depois da posse e de entregar a declaração no TC, o ministro “renunciou à gerência”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete de Siza Vieira. “A retificação está no registo de interesses entregue na Assembleia da República” que foi enviado para o Parlamento a 31 de janeiro deste ano, garantiu a mesma fonte. Ou seja, o ministro terá acumulado a gerência da empresa com a função executiva, não se sabendo durante quanto tempo.

O regime de incompatibilidades dos titulares de cargos políticos acrescenta ainda um impedimento para as sociedades detidas por aquele tipo de titulares. “As empresas cujo capital seja detido numa percentagem superior a 10% por um titular de órgão de soberania ou titular de cargo político, ou por alto cargo público, ficam impedidas de participar em concursos de fornecimento de bens ou serviços, no exercício de atividade de comércio ou indústria, em contratos com o Estado e demais pessoas coletivas públicas.” Isto significa que a Prática Magenta não pode concorrer a concursos do Estado.

O que faz Siza Vieira no Governo. O caso das REIT

No Governo, e de acordo com a lei orgânica, Pedro Siza Vieira acompanha matérias do foro empresarial. “Compete à ministra da Presidência e da Modernização Administrativa a promoção de reuniões de coordenação de assuntos económicos e de investimento, visando favorecer a concretização célere de projetos de investimento relevantes, em coordenação com o ministro dos Negócios Estrangeiros, com o ministro Adjunto e com o ministro da Economia.”

Antes de chegar ao Governo, foi membro da unidade de missão do Programa Capitalizar que apresentou ao Executivo um conjunto de medidas para dinamizar a economia e o mercado de capitais. Algumas estão já em vigor como, por exemplo, as Sociedades de Investimento Mobiliário para o Fomento da Economia (SIMFE). Além disso, Pedro Siza Vieira tem sido dentro do Executivo um forte defensor dos REIT – os Real Estate Investment Trusts – um tipo de sociedades de investimento imobiliário cotadas em bolsa e que têm como objetivo dinamizar este mercado imobiliário, sabe o ECO.

Siza Vieira não vê qualquer impedimento entre as tarefas que desempenha no Executivo e o facto de ter uma quota de 50% numa empresa no setor imobiliário ou de ter defendido as SIMFE. Questionado pelo ECO, através do gabinete de imprensa, sobre se vê algum condicionamento legal e/ou ético, o ministro foi categórico: “Não”.

O Código de Conduta, aprovado por este Governo em setembro de 2016, fixa também regras para os membros do Executivo com o objetivo de valorizar o exercício dos cargos públicos, onde são fixadas normas sobre como gerir situações de possíveis conflitos de interesse.

Esta foi aliás a legislação invocada recentemente pelo ministro Siza Vieira para pedir escusa de intervir em matérias relacionadas com o setor elétrico enquanto se encontrar em curso a OPA da China Three Gorges sobre a totalidade do capital da EDP. No despacho onde o primeiro-ministro dispensa Siza Vieira de intervir nestas matérias, António Costa explica que tinha pedido ao ministro Adjunto que acompanhasse diversos assuntos energéticos. Além disso, o chefe do Executivo adianta que a CTG é assessorada pela Linktaters, a sociedade de advogados de onde veio Siza Vieira e onde foi sócio durante 16 anos. Apesar de ter dito que não teve “qualquer contacto” como advogado com a CTG ou com seus representantes, o ministro Pedro Siza Vieira entendeu que “a situação pode suscitar dúvidas sobre a sua imparcialidade na apreciação das matérias relativas ao setor elétrico”.

Na semana passada foi adiantado pelo Público que o Governo alterou uma lei à medida da OPA à EDP e o Expresso avançou que o ministro Siza Vieira reuniu com a empresa CTG quando já estava em funções, uma notícia que levou o ministro a fazer um esclarecimento ao semanário do grupo Impresa.

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Isabel Furtado, nova presidente da COTEC: “É importantíssimo transformar o conhecimento em bens tangíveis”

Isabel Furtado é a nova presidente da COTEC Portugal e a primeira mulher a assumir o cargo na associação portuguesa de incentivo à inovação. Ao ECO, a líder da TMG Automotive dá a primeira reação.

Isabel Furtado tornou-se a primeira mulher a presidir a COTEC Portugal.Paula Nunes/ECO

Isabel Furtado foi eleita nova presidente da COTEC, a Associação Empresarial de Inovação. Deverá cumprir um mandato de três anos e substitui assim Francisco de Lacerda (CTT), que presidia a instituição desde 2015. No dia em que decorreu a assembleia-geral da COTEC, a gestora portuguesa, líder da TMG Automotive, falou ao ECO sobre o que espera que seja este novo ciclo na associação.

Questionada sobre em que ponto gostaria de ver a COTEC daqui a três anos, Isabel Furtado afirmou que gostaria de ver a associação a fazer aquilo “para que foi feita”. Nomeadamente, a “introduzir este pensar de inovação dentro das organizações”. “É importantíssimo transformar o conhecimento que existe (e existe muito nas universidades) em bens. E em bens tangíveis, que possam acrescentar valor à nossa economia”, disse a nova presidente da COTEC.

“A COTEC é essencialmente uma plataforma de cooperação tecnológica. Portanto, é muito importante que o pensar inovação transborde para fora da COTEC e que seja posto em prática através do ‘fazer’ – e não só do ‘pensar'”, atirou a empresária que, a partir desta terça-feira, se torna a primeira mulher a liderar a Associação Empresarial de Inovação.

É muito importante que o pensar inovação transborde para fora da COTEC e que seja posto em prática através do ‘fazer’ – e não só do ‘pensar’.

Isabel Furtado

Presidente da COTEC Portugal

Sobre se o facto de ser mulher traz alguma diferença para o núcleo da COTEC, Isabel Furtado começou por desvalorizar esse facto. No entanto, reconheceu ser “um fator diferenciador”, mas que é mais “um fator natural, de evolução natural das empresas”. “Cada vez se veem mais mulheres nas empresas e eu não penso que venha a ser um fator de grande importância [que a associação seja presidida por] um homem ou uma mulher”, referiu. Dito isto, lembrou: “É um sinal de evolução e dos tempos. Temos três COTEC na Europa e a COTEC Espanha já é liderada por uma mulher. Agora somos duas”.

Sobre o que significa, a nível pessoal e profissional, esta nova experiência à frente desta instituição, Isabel Furtado assumiu que “é um grande desafio” e “uma grande responsabilidade”. A empresária compromete-se a aumentar “a influência” dos ideais da COTEC “dentro das empresas e para as empresas” e disse esperar uma maior “visibilidade internacional” da associação.

Além da assembleia-geral da COTEC, a associação promoveu esta terça-feira o 15.º Encontro Nacional de Inovação, o evento anual da organização. Decorreu em Évora durante a manhã, antes da reunião, no auditório da fabricante Embraer.

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Governo não volta a propor novo compromisso para evitar denúncia de contratos coletivos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 22 Maio 2018

O Código do Trabalho volta esta quinta-feira a concertação social, dois meses depois de o Executivo ter apresentado as suas propostas para combater a segmentação e dinamizar a contratação coletiva.

Termina em breve o compromisso assumido em concertação social que tem por objetivo evitar a denúncia de convenções coletivas. E o ministro do Trabalho afirmou esta terça-feira que não vai propor um novo acordo nesse sentido.

“O que aconteceu foi um compromisso assumido entre parceiros, esse compromisso tem um prazo, termina em meados deste ano, e não é intenção do Governo sugerir aos parceiros que façam um novo compromisso sobre essa questão”, afirmou Vieira da Silva durante a apresentação do relatório sobre a evolução da negociação coletiva em 2017.

O documento, elaborado pelo Centro de Relações Laborais, indica precisamente que em 2017 não houve qualquer registo de avisos de caducidade.

No acordo assinado em concertação social no ano passado — que não contou com a assinatura da CGTP — os parceiros comprometem-se a transmitir às suas estruturas “uma política de não uso da figura da denúncia de convenções coletivas de trabalho durante um período de 18 meses, a começar em janeiro de 2017”. Quer isto dizer que o prazo termina no final de junho. Com este compromisso, evita-se a denúncia, que pode conduzir à caducidade, de contratos ou acordos negociados entre associações sindicais e empregadores, reguladores de matérias diversas como salários mínimos ou período normal de trabalho.

O ministro Vieira da Silva entende que aquele compromisso se destinou a uma “reflexão”, que “está feita”. “Se os parceiros entenderem que esse compromisso deve ser mantido, não tenho nada contra, mas não é intenção do Governo” avançar com uma sugestão nesse sentido, afirmou, acrescentando: “foi feito no quadro de um acordo de concertação, cumpriu o seu papel, acho que o cumpriu bem” mas agora é outro momento.

À margem da apresentação, Vieira da Silva voltou a mostrar-se contra o fim da caducidade (já defendida a CGTP), dizendo que o Governo quer criar condições para incentivar a negociação e “desincentivar o fim de processos negociais, nomeadamente os que conduzem à denúncia dos instrumentos de regulamentação coletiva”. Proibir a denúncia seria “como dizer que uma convenção seria eterna se uma das partes nunca a quisesse mudar”, acrescentou. Vieira da Silva diz não acreditar que “as associações empresariais estejam à espera do fim deste prazo” do compromisso bipartido “para denunciar um conjunto de contratos”, salientando que os dados do relatório indicam que há setores “a negociar numa lógica de continuidade”.

O ministro confirmou ainda que o Código do Trabalho volta à mesa das negociações esta quinta-feira. Isto dois meses depois de as medidas terem sido apresentadas pelo Executivo. Em causa estão 27 propostas cujo objetivo passa por combater a segmentação do mercado do trabalho, dinamizar a contratação coletiva e reforçar instrumentos de regulação.

Vieira da Silva admite mudanças nas propostas, depois de recebidos os contributos dos parceiros sociais, mas não quis adiantar novidades.

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Merkel vem visitar Braga, Porto e Lisboa, e passa pela Bosch

  • Lusa
  • 22 Maio 2018

A chanceler alemã foi convidada pelo primeiro-ministro a visitar Portugal no final do mês de maio, onde será recebida por Marcelo e terá ainda um encontro com alunos na Universidade do Porto.

A chanceler alemã, Angela Merkel, efetua uma visita oficial a Portugal nos dias 30 e 31 deste mês a convite do primeiro-ministro, António Costa, refere um comunicado do gabinete do líder do executivo português.

Na mesma nota, adianta-se que Angela Merkel visitará no dia 30, em Braga, o novo Centro de Investigação e Desenvolvimento da empresa Bosch, deslocando-se também ao Porto, designadamente ao Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, I3s. O programa inclui também um debate sobre o projeto europeu com estudantes de doutoramento da Universidade do Porto, no âmbito da iniciativa “Encontros com os cidadãos”.

A parte institucional do programa da chanceler alemã em Portugal terá lugar em Lisboa, no dia 31, sendo recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Na capital portuguesa, Angela Merkel reunirá nesse mesmo dia com o primeiro-ministro.

Um encontro em que os dois chefes de governo procurarão “reforçar as relações políticas e económicas bilaterais e prosseguir o trabalho estreito que vêm desenvolvendo em temas centrais para o futuro da Europa, em particular o roteiro para completar a União Económica e Monetária, a gestão das migrações e o futuro Quadro Financeiro Plurianual”, refere-se na mesma nota.

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Zuckerberg pede desculpa no Parlamento Europeu: “Não fizemos o suficiente” para evitar a fuga de dados

  • Rita Frade
  • 22 Maio 2018

Zuckerberg esteve, pela primeira vez, em Bruxelas para explicar o que pretende fazer para "defender os cidadãos europeus" antes das próximas eleições europeias.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, esteve esta terça-feira no Parlamento Europeu a prestar esclarecimentos sobre a forma como a rede social trata os dados de milhões de utilizadores, depois do escândalo Cambridge Analytica.

Durante a audição, Zuckerberg admitiu que a empresa “não fez o suficiente” para evitar a fuga de dados, voltando a pedir “desculpa” pelo erro cometido. O CEO da rede social acrescentou, ainda, que a regulação é “importante e inevitável”.

Inicialmente a sessão era para decorrer à porta fechada, mas como a notícia não caiu bem junto dos membros do Parlamento, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, acabou por emitir, mais tarde, um comunicado a anunciar que a audição iria ser transmitida na internet.

De acordo com Antonio Tajani, este encontro com os eurodeputados teve como objetivo perceber o que Mark Zuckerberg pretende fazer para “defender os cidadãos europeus”, antes das próximas eleições europeias.

Esta foi a primeira vez que o fundador do Facebook pisou solo europeu para responder às perguntas dos eurodeputados, depois de já ter enfrentado o Congresso dos Estados Unidos, em duas audições distintas: primeiro ao Senado e depois à Câmara dos Representantes.

A comissão parlamentar de Assuntos Digitais, Cultura, Media e Desporto também já pediu a Zuckerberg que se reunisse com o Parlamento britânico, mas o fundador do Facebook recusa-se a fazê-lo.

As audições ao fundador da rede social surgem depois de ter sido revelado que a consultora norte-americana, a Cambridge Analytica, acedeu de forma indevida a dados pessoais de 87 milhões de utilizadores do Facebook.

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