Depois de vender créditos, Caixa deixa de ser acionista de Vale do Lobo
Depois de ter vendidos os créditos relativos a Vale do Lobo há um ano, o banco público também alienou as suas ações que detinha naquele empreendimento turístico. Comprador é fundo ECS.
Depois de ter vendido os créditos relativos a Vale do Lobo há cerca de um ano, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deixou também de ser acionista daquele empreendimento turístico, isto depois de ter vendido a sua participação ao fundo gerido pela sociedade de capital de risco ECS e que tem o banco público como principal proprietário.
A informação é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Negócios (acesso pago). A CGD era dono de 24% da Vale do Lobo – Resort Turístico de Luxo, através da Wolfpart. Esta última sociedade foi extinta e o seu património integrado no banco público através de fusão. Não há valores para a venda dos títulos que detinha no empreendimento de Vale do Lobo, localizado em Loulé, tendo a operação sido realizada nas últimas semanas do ano passado.
O comprador foi o Fundo de Lazer e Imobiliário Turístico, da sociedade ECS, a mesma que já tinha comprado os créditos da CGD sobre Vale do Lobo há um ano por 229 milhões de euros. Em contrapartida pelos créditos, o banco liderado por Paulo Macedo passou principal acionista da ECS — a sociedade financiou a compra dos créditos através da emissão de títulos que foram subscritos pela CGD.
A venda de ações de Vale do Lobo já estava prevista, embora se desconhecesse quando é que iria ser realizada.
O jornal lembra que a exposição da CGD ao resort era de 372,2 milhões de euros aquando a operação, embora parte já estivesse reconhecida como perdida — o banco já só contabilizava esse investimento em 265 milhões de euros, sendo que 145 milhões de euros estavam cobertos por imparidades.
Tanto a ECS como o banco recusaram prestar qualquer declaração ao jornal.
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