Montepio muda de imagem para se distinguir da Mutualista. Carlos Tavares diz que banco “dificilmente poderia ter melhor acionista”
Carlos Tavares e Dulce Mota apresentaram a nova marca do Banco Montepio, que faz uma "clara distinção" face à Mutualista. Mas o chairman diz que "dificilmente" o banco poderia ter melhor acionista.
O Banco Montepio apresentou esta quarta-feira uma nova imagem para se distinguir de forma clara face à Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Apesar deste afastamento, que os reguladores vinham solicitando há vários meses, o chairman Carlos Tavares diz que “o banco dificilmente poderia ter melhor acionista”.
“A AMMG tem fins sociais que são nobres, tem uma ação que vai além dos seus associados. E temos muita honra nos nossos 620 mil acionistas que temos que são os associados da AMMG. Há uma relação muito boa entre banco e acionista”, considerou Carlos Tavares, durante a sessão de apresentação da nova marca.
Além da designação comercial — deixa de ser Caixa Económica Montepio Geral para passar a chamar-se Banco Montepio –, Carlos Tavares e Dulce Mota, a presidente executiva do banco, revelaram o novo logótipo da instituição, que o ECO adiantou em primeira mão. As mudanças chegam aos mais de 300 balcões da rede Montepio até final de maio, começando já hoje em cinco principais agências em Lisboa e Porto e nos canais digitais, nomeadamente o site.
Carlos Tavares disse que foi um processo que demorou mais tempo do que o esperado, desde o registo da marca até à autorização do Banco de Portugal, acrescentando que nunca esteve em cima da mesa abandonar o nome “Montepio”.
“Tirar a designação Montepio nunca achei que fosse uma boa opção. Foi possível conjugar esta distinção institucional clara com a preservação da marca que para nós tem muito valor”, frisou o chairman do Banco Montepio.
Para Dulce Mota, desde a semana passada a CEO interina do banco, também fazia sentido manter o Montepio por ser uma “marca que tem os valores de sempre a alma”. “E quem tem alma tem vida. É mostrar que o Banco Montepio tem esta história também quer estar no futuro”, explicou.
Além do Banco Montepio, Carlos Tavares também apresentou o novo Banco de Empresas Montepio (BEM), marca e logo incluído, que será dirigido às PME e empresas do middle market com faturação anual superior a 20 milhões de euros.
Vai ser lançado até final de março e terá sede no antigo Finibanco (vai operar com a sua licença bancária), em Lisboa, funcionando com uma rede de dez centros de empresas espalhados por todo o país.
Estas mudanças fazem parte do plano de transformação que Carlos Tavares e a sua equipa têm vindo a empreender no banco desde que tomaram posse há quase um ano. Na apresentação, Carlos Tavares disse que espera aproximar a rentabilidade do banco aos 10% pois desta forma conseguirá gerar organicamente mais capital e permitirá que a AMMG comece a reverter os quase 600 milhões de euros de imparidades que estão registadas nas suas contas.
O Banco Montepio deverá apresentar resultados em março. O banco registou lucros de 22 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano passado.
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