Chineses deixam cair OPA à EDP sem fim do limite aos direitos de voto
A 48 horas da assembleia-geral da EDP, os chineses da CTG anunciam que não estão dispostos a abdicar do fim dos limites dos direitos de voto, possibilidade que será votada na reunião de quarta-feira.
A 48 horas da assembleia-geral da EDP, os chineses da CTG anunciam que não estão dispostos a abdicar do fim dos limites dos direitos de voto, possibilidade que será votada na reunião de quarta-feira.
De acordo com uma carta enviada pelo presidente da CTG Europe, Wu Shengliang, ao vice-presidente da mesa da assembleia-geral de acionistas da EDP, Rui Medeiros, divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa “declara irrevogavelmente a todos os interessados e, em especial, aos acionistas da EDP, que todas as condições a que o lançamento da oferta se encontra sujeito permanecem em vigor e, especificamente, no caso do resultado da votação não permitir a eliminação do atual limite à contagem de votos que a CTG não renunciará a essa condição”.
Isto significa, tal como esclarecido pela CMVM na passada semana, que a oferta pública dos chineses cairá por terra, se a proposta for chumbada na AG da próxima quarta-feira. Apesar disso, “a CTG permanecerá como investidora estratégica de longo prazo da EDP”.
No mesmo comunicado, a empresa chinesa lembra a relação “de longa data com a EDP”, o investimento realizado em 2012, e o facto de “ao longo dos últimos sete anos” ter cumprido as leis e regulamentos portugueses. Acima de tudo, a CTG recorda o papel que desempenhou ao apoiar “a desalavancagem da EDP através da aquisição de participações minoritárias nos projetos de energia renovável da EDP”, além de ter ajudado para reforçar a liquidez da EDP no período da crise das dívidas soberanas, um vez que abriu as portas para que a empresa portuguesa se financiasse “em condições favoráveis através da relação da CTG com o financiamento chinês“. Um apoio que permitiu promover “o crescimento da EDP em novos mercados através da implementação de investimentos conjuntos bem-sucedidos”.
Os chineses acreditam que foi graças à colaboração da CTG que a EDP “conseguiu regressar aos mercados de capitais internacionais em setembro de 2012 como primeiro emitente português após o resgate de Portugal em 2011, [e] melhorar anotação de crédito”.
[Notícia atualizada pela última vez às 19:50]
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