“Não é possível governar à esquerda com a legislação laboral da direita”, afirma Arménio Carlos. CGTP quer salário mínimo nos 850 euros
O líder da CGTP, Arménio Carlos, atacou o Governo do Partido Socialista por "dar continuidade" às políticas do PSD e do CDS. Central Sindical defende aumento do salário mínimo para os 850 euros.
O líder da CGTP atacou o Governo do Partido Socialista por “dar continuidade” às políticas do PSD e do CDS. “Depois da troika, do PSD e do CDS, nos tempo que correm, têm agora a mão amiga do Governo do Partido Socialista para lhe dar continuidade”, afirmou Arménio Carlos, no seu discurso na manifestação do 1.º de Maio, defendendo ainda um aumento do salário mínimo nacional para 850 euros.
A medida faz parte, diz o secretário-geral da CGTP, de um conjunto de cinco eixos centrais reivindicativos que a CGTP vai apresentar em breve a todos os partidos com assento parlamentar. Arménio Carlos disse ainda estar disponível para discutir a proposta com o Governo de imediato.
Referindo-se à proposta de Lei que o Governo apresentou na Assembleia da República, Arménio Carlos disse que se trata de uma “fraude à prometida valorização do trabalho, um atentado aos direitos dos trabalhadores” e uma “submissão aos interesses do capital e dos partidos da direita”.
“Por mais desculpas que o Governo do Partido Socialista invente, não é possível governar à esquerda com a legislação laboral da direita“, afirmou Arménio Carlos.
Rejeitando a “aliança entre o Governo do PS, o PSD e o CDS”, o secretário-geral da CGTP exigiu que o Governo defina, de forma clara, “se toma partido pelos trabalhadores ou pelo capital”. “Está nas mãos deles. Se ousarem continuar a manter-se ao lado da direita, então creio que podemos intensificar a luta contra o pacote laboral do Governo do PS“, continuou.
Aumentar o salário mínimo nacional, combater a precariedade e investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram as principais reivindicações do líder da CGTP. “O nosso país tem no trabalho e nos trabalhadores um alvo preferencial (…) para precariedade e baixos salários“, disse, acrescentando que foi precisamente essa política que colocou Portugal “como um dos países com maiores desigualdades sociais”.
Sobre a greve dos trabalhadores do comércio, Arménio Carlos saudou os que “hoje lutam contra patrões que se recusam a aceitar e respeitar o 1.º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores e insistem em transformar o descanso ao domingo num dia de trabalho forçado”.
“De acordo com a Direção do Sindicato do Comércio e Serviços, com esta greve no continente, grande parte das lojas Minipreço encerraram e a adesão noutros estabelecimentos foi ainda maior do que aquela que se verificou em anos anteriores”, acrescentou.
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