Nuno Melo dramatiza voto no CDS contra extremismos à esquerda e direita
O cabeça de lista centrista às europeias dramatizou, pelo segundo dia consecutivo, o discurso e pediu para o CDS ficar à frente do BE e do PCP como sinal de tolerância no combate aos extremismos.
O cabeça de lista centrista às europeias dramatizou este sábado, pelo segundo dia consecutivo, o discurso e pediu para o CDS ficar à frente do BE e do PCP como sinal de tolerância no combate aos extremismos.
“Quando a nota é combater os extremismos, em Portugal, perante um extremismo que é de esquerda, nas eleições europeias seria muito relevante dizer que o CDS ficaria com mais votos, à frente do BE e do PCP”, disse Nuno Melo depois de uma ação de campanha no mercado de Ovar, distrito de Aveiro.
Um dia depois de ter fixado essa nova meta para o partido nas eleições de 26 de maio, de ficar em terceiro lugar, num jantar no Montijo, distrito de Setúbal, o eurodeputado e candidato dos centristas explicou com motivos internos e externos esta opção.
Para fora, para a Europa, seria um “sinal de tolerância” dos eleitores portugueses, dado que o “CDS é a direita da tolerância, que defende os pilares do Estado de Direito, princípios fundadores da União Europeia (UE)”. E partiu da política doméstica para justificar que os centristas fiquem à frente de bloquistas e comunistas.
O Bloco de Esquerda e o PCP “combatem a UE, o euro, o tratado orçamental, a participação de Portugal na NATO”, acrescentou. “[Seria] muito importante que, num sinal político dado à Europa, quando os extremismos crescem, que o CDS consiga ter mais votos do que os partidos que, à nossa esquerda, defendem o oposto”, insistiu.
Deu os mesmos argumentos dados na véspera no Montijo e criticou “o apoio” do BE e do PCP a regimes que são ditaduras como a Coreia do Norte, Venezuela ou Cuba, enfatizando que os comunistas fazem festas e comícios “com murais da revolução bolchevique”, na Rússia em 1917.
Para Nuno Melo, “quando se quer combater os extremismos, não pode ficar na retórica ou apenas por um crivo da extrema-direita, como se a extrema-esquerda não fosse tão má como a extrema-direita”. “Quem celebra ditaduras com murais com a revolução bolchevique, seguramente não é para nós um exemplo de tolerância”, concluiu.
Numa visita de pouco mais de meia hora, Nuno Melo, acompanhado por deputados e candidatos, fez o percurso pelas bancas de venda, pediu “força” para o CDS nas eleições, foi recebido com sorrisos, algumas promessas de apoio, mas também alguma indiferença ou até com a frase “quem se vos dessem uma enxada para a mão…”.
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