Passos Coelho compara Governo a “ilusionista” que recorre a “truques”
O ex primeiro ministro reapareceu para apoiar Paulo Rangel, acusando o atual Governo de ter acabado com a austeridade, mas que faz mais cativações, aumenta impostos e diminui o investimento.
O ex-presidente do PSD Pedro Passos Coelho comparou esta segunda-feira o Governo socialista a um “ilusionista” que recorre a “truques”, dizendo que acabou com a austeridade, mas que faz mais cativações, aumenta impostos e diminui o investimento.
Num almoço de campanha em Bicesse (Cascais) de apoio ao cabeça de lista do PSD às europeias Paulo Rangel, Passos Coelho abordou, ao falar de Europa, a situação política nacional, numa das raras vezes em que quebrou o silêncio desde que saiu da liderança do PSD, em fevereiro de 2018.
Dando como exemplo o Serviço Nacional de Saúde — onde disse que se investe menos hoje do quando foi primeiro-ministro no tempo da troika -, Passos deixou a pergunta: “Onde é que está o truque e onde está o ilusionista?”, e deu a resposta.
“Eu digo onde está: foi naqueles que disseram que acaba a austeridade, mas têm mais cativações do que qualquer outro Governo, muito mais quebra de investimento do que qualquer outro governo e, ao mesmo tempo, trouxeram a mais alta carga fiscal que Portugal conheceu em democracia. Agora já não falam do enorme aumento de impostos do ministro [Vítor] Gaspar, quando são eles os campeões da carga fiscal em Portugal”, acusou, na passagem mais aplaudida do seu discurso.
Para Passos Coelho, “não há nenhum ilusionista que para fazer a sua magia não crie ao lado um truque para desviar atenção”.
“Foi isso que fez com que governos nacionais durante anos não assumissem as suas responsabilidades e atribuíssem culpas à União Europeia”, afirmou.
Como exemplo, apontou posições do atual ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos “que ameaçava banqueiros alemães” e hoje “se orgulha da enorme responsabilidade orçamental” do atual executivo.
“E orgulham-se se tanto dessa responsabilidade orçamental que nem reagiram quando alguns jornais disseram, a propósito da política doméstica, que o primeiro-ministro Costa e o ministro das Finanças Centeno andavam a fazer de conta que eram Gaspar e Passos. Nem reagiram, deviam ter-se sentido insultados”, ironizou.
“Os mesmos que faziam funerais aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, são os mesmos que vão lá dizer agora que são uma coisa fantástica”, acrescentou ainda.
Passos Coelho foi recebido no almoço de campanha, numa sala para cerca de 450 pessoas, com a sala de pé.
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