Fundação Champalimaud vai crescer. Novo edifício será hospital e centro de investigação
Está aberto o concurso público para a construção de um edifício junto à Fundação Champalimaud, que funcionará como um hospital e um centro de investigação focado no cancro do pâncreas.
O projeto de expansão da Fundação Champalimaud foi classificado pela câmara de Lisboa como uma obra de “interesse excecional para a cidade” mas, mesmo assim, ainda estará em consulta pública até à próxima semana. A expansão passa pela construção de um edifício com 12 mil metros quadrados junto à fundação, que deverá estar concluído em outubro de 2020.
A zona ribeirinha de Pedrouços, em Lisboa, deverá ganhar mais vida em breve. Até à próxima terça-feira está em debate público a ampliação da Fundação Champalimaud, avança o Público (acesso condicionado) e, se tudo correr bem, o Botton-Champalimaud Pancreatic Centre vai nascer. Isto porque, dado que se trata de uma construção nova na zona ribeirinha, o projeto estaria, desde logo, condenado, a não ser que a câmara o classificasse como “interesse excecional para a cidade”. O que já aconteceu.
O novo edifício vai ser construído num terreno cedido pela Administração do Porto de Lisboa e que é usado atualmente como parque de estacionamento. O Botton-Champalimaud Pancreatic Centre terá três pisos à superfície, com 153 metros de altura, e funcionará como um centro hospitalar com 48 camas, postos de quimioterapia, gabinetes médicos, salas de exames, laboratórios e ainda um centro cirúrgico, avança o Público.
Além disso, o imóvel prevê dois pisos subterrâneos que terão 366 lugares de estacionamento e aéreas técnicas, totalizando 821 espaços para automóveis. Assim, aos 34.721 metros quadrados já existentes, somar-se-ão outros 12 mil.
A expansão da fundação acontece na sequência de uma parceria entre a Fundação Champalimaud e Mauricio e Chalotte Botton, que vão contribuir com cerca de 50 milhões de euros para a construção deste novo centro.
Tal como acontece com o edifício principal da fundação, este aumento ficará numa zona com “elevada” vulnerabilidade às inundações e “muito elevada” vulnerabilidade sísmica. Durante a reunião da Câmara de Lisboa a 11 de abril, o Bloco de Esquerda foi o único partido a abster-se de votar a favor do projeto, com o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, a mostrar-se reticente quanto à construção nesta zona, que “deve ser mais ponderada”.
O projeto vai estar disponível para consulta pública até 11 de julho e, passada essa fase, decorrerá a fase de licenciamento.
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