Malparado está a encolher. DBRS vê meta dos 5% em Portugal até 2021
A agência de notação financeira aplaude a redução de créditos não produtos no balanço dos bancos nacionais, mas diz que é preciso mais. Meta dos 5% de malparado chegará até 2021.
Limpar, limpar e limpar. Tem sido esta a receita dos bancos portugueses perante os milhares de milhões de euros de créditos não produtivos que mancham os balanços. Um esforço que tem sido frutífero, mas que continua a ser necessário. A DBRS aplaude a redução do peso do malparado na banca nacional, apesar de alertar que é preciso continuar a trabalhar. Diz que a meta de 5% de malparado poderá ser alcançada a médio prazo.
“Os bancos europeus têm reduzido significativamente o malparado desde meados de 2014 para 658 mil milhões de euros no final de 2018”. Houve uma redução de 44%, sendo que praticamente dois terços desta limpeza foi feita por bancos de Espanha, Irlanda, Itália, Portugal e Grécia, nota a DBRS numa nota sobre créditos não produtivos na banca do Velho Continente. Ainda assim, separa Espanha e Irlanda de Portugal, Itália e Grécia neste processo, com os primeiros mais perto da média de 3,2% de rácio de malparado.
“Portugal e Grécia ainda tinham [no final de 2018] rácios de malparado que eram significativamente mais elevados do que a média dos bancos europeus”, refere a agência de notação financeira. “Ainda que os bancos de Portugal e Itália tenham feito progressos notáveis na redução do malparado, os progressos na Grécia têm sido mais lentos”, diz.
“É preciso trabalhar mais na redução do malparado na maioria dos bancos de Itália, Portugal e Grécia e, na perspetiva da DBRS, serão necessários mais dois a cincos, pelo menos”, de esforços para que as instituições financeiras destes países se aproximem da média do setor europeu.
Este período temporal de dois a cinco anos varia consoante os países, sendo mais curto no caso de Itália e Portugal. Enquanto em Espanha “a maioria dos bancos já atingiu a meta dos 5% no final do ano passado”, em Itália esse nível de malparado será alcançado em 2020 ou 2021. No caso de Portugal, a DBRS diz que “a maioria dos bancos portugueses chegará aos 5% no final de 2020-2021”.
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