BBVA vê economia a crescer mais em 2019 e 2020. Prevê crescimento de 1,7%
O banco subiu em duas décimas as estimativas para o crescimento da economia nacional em 2019 e 2020. Iguala as previsões da Comissão Europeia, FMI e BdP, e aproxima-se dos 1,9% previstos pelo Governo.
O BBVA melhorou a sua estimativa para o crescimento da economia portuguesa para 2019 e 2020. O banco espanhol antevê um crescimento de 1,7% nos dois anos, aproximando-se da estimativa de 1,9% do Governo, antevendo que o investimento, as exportações, a política monetária mais acomodatícia e os preços do petróleo mais baixos, contribuam para essa evolução positiva.
Num research divulgado nesta segunda-feira, o banco começa por fazer um balanço positivo do desempenho da economia portuguesa na primeira metade do ano. “O PIB de Portugal surpreendeu pela positiva no primeiro trimestre do ano, crescendo 0,5% trimestre/trimestre, duas décimas acima do esperado pelo BBVA Research e do progresso trimestral médio observado no 2.º semestre de 2018″, diz, lembrando que a aceleração do crescimento da economia portuguesa na primeira metade do ano “foi sustentada pelo forte aumento na formação bruta de capital, que compensou não só a aceleração das contribuições negativas do setor externo como as despesas de consumo nacional”.
Tendo em conta os dados mais recentes, o BBVA estima que o crescimento da economia portuguesa se tenha situado em cerca de 0,4% no segundo trimestre deste ano quando comparado com o anterior, “resultado do aumento da procura interna e de melhorias no setor externo”. E prevê também que a recuperação continue a contribuir para a redução do défice público até alcançar um equilíbrio (0,0% do PIB) no final do ano.
A expectativa do banco é que esse quadro melhore ainda mais daqui em diante, antecipando que “a forte queda observada nas taxas de juro que alimentam a economia portuguesa melhore o custo do financiamento às famílias, empresas e setor público”, considerando que tal “deveria apoiar o crescimento da procura interna durante os próximos trimestres“.
Tendo em conta esse cenário, a instituição financeira decidiu melhorar em duas décimas as suas anteriores estimativas para o crescimento da economia portuguesa, fixando-a em 1,7%, tanto neste como no próximo ano.
“Em 2019, espera-se que a desaceleração do consumo seja compensada pelo aumento observado no investimento, enquanto que para o ano seguinte se prevê que a melhoria no setor das exportações se mantenha em contexto de recuperação da procura global”, diz o banco para justificar a expectativa para a evolução do PIB nacional. Inclui ainda a política monetária mais acomodatícia e preços do petróleo mais baixos como fatores determinantes para essa evolução, esperando que “favoreçam a contribuição da procura externa para o crescimento”.
A nova estimativa do banco espanhol fica mais próxima da previsão do Governo que vê a economia nacional a crescer 1,9% tanto neste como no próximo ano. Iguala ainda a estimativa de crescimento antecipada para o mesmo período pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco de Portugal.
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