Farfetch tomba 40%. Receios da guerra comercial voltam a pesar em Wall Street
Índices norte-americanos em queda após duas sessões de recuperação, com a Huawei a voltar a ser um dos focos de atenção e as tecnológicas a estarem sobre pressão.
Wall Street entrou com o pé esquerdo na última sessão da semana. Os principais índices bolsistas estão no vermelho após dois dias de recuperação, com a sombra da guerra comercial a fazer reemergir os receios dos investidores relativamente à saúde da economia. A Huawei volta a ser um dos focos de atenção, com as tecnológicas sobre pressão. Uber e Farfetch registam fortes perdas em bolsa.
O S&P 500 perde 0,26%, para os 2.930,51 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq recuam 0,16% e 0,52%, respetivamente, para os 26.337,09 e 7.997,19 pontos.
Esses desempenhos acontecem numa altura em que as preocupações relativamente ao risco de recessão voltaram a surgir, já que a guerra comercia entre os EUA e a China não dá sinais de alívio.
Ações da Farfetch não resistem ao agravamento dos prejuízos
Exemplo disso, são os relatos de que Washington estará a adiar a decisão de permitir que as empresas dos EUA usem produtos da chinesa Huawei. As ações dos fabricantes de chips e outros títulos sensíveis às tarifas comerciais estão assim ser pressionadas nesta sessão.
Empresas como a Micron Technology, Nvidia e Intel sofrem perdas entre 1% e 2%, enquanto a Apple desliza 0,9%.
No campo das perdas há duas empresas em destaque: a Uber e a Farfetch. A empresa de transporte privado de passageiros derrapa perto de 9% em bolsa, depois de ter multiplicado por seis os seus prejuízos no segundo trimestre do ano. Estes ascenderam a 5,24 mil milhões de dólares, em grande medida devido aos custos do IPO que decorreu no início do ano.
Mais acentuada é a queda registada pela Farfetch. As ações tombam 40%, depois de a empresa de comércio online de artigos de luxo também ter multiplicado por cinco vezes os registados há um ano, para 89,6 milhões de dólares.
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