ASF revê em baixa lucros das seguradoras que supervisiona para 383,1 milhões em 2018
Das 41 empresas supervisionadas apenas cinco tiveram prejuízos. Já em 27 empresas os lucros foram inferiores aos registados em 2017.
As seguradoras supervisionadas pela Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) lucraram, no total, 383,1 milhões de euros em 2018, segundo o regulador de seguros, que corrigiu o valor divulgado anteriormente de 486 milhões de euros.
No relatório Análise de Riscos do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões, divulgado esta quinta-feira, é referido que, “em 2018, o mercado sob supervisão prudencial da ASF registou um crescimento dos resultados globais de 18,2% para 383,1 milhões de euros”.
Das 41 empresas supervisionadas apenas cinco tiveram prejuízos. Já em 27 empresas os lucros foram inferiores aos registados em 2017.
O valor esta semana divulgado para os lucros de 2018 é diferente do conhecido em fevereiro, quando a ASF indicou que as seguradoras por si supervisionadas tiveram lucros de 486 milhões de euros em 2018, mais 50,2% face a 2017.
A Lusa questionou fonte oficial do regulador, que indicou que o valor de fevereiro era “provisório” e que “os valores corretos são os que agora constam do relatório”. Já sobre a diferença considerável de mais de 100 milhões de euros entre os dois valores, a mesma fonte não deu justificação até ao momento.
A 1 de agosto, a Autoridade da Concorrência (AdC) concluiu a investigação à existência de um cartel no setor segurador com a condenação da Lusitania e da Zurich, dois administradores e dois diretores ao pagamento de uma coima de 42 milhões de euros.
A este valor juntam-se 12 milhões de euros já pagos pela Fidelidade e Multicare, no âmbito do mesmo processo.
Este foi o primeiro cartel sancionado pela Concorrência no setor financeiro português e tem a coima mais elevada de sempre.
Segundo a ADC, as empresas envolvidas no cartel “combinavam entre si os valores que apresentavam a grandes clientes empresariais na contratação de seguros de acidentes de trabalho, saúde e automóvel, apresentando sempre valores mais altos, de modo a que a seguradora incumbente mantivesse sempre o cliente”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
ASF revê em baixa lucros das seguradoras que supervisiona para 383,1 milhões em 2018
{{ noCommentsLabel }}