Retalho anima Wall Street. Incertezas da Fed pressionam
Os lucros das empresas do retalho norte-americano continuam a animar Wall Street. Os investidores estão expectantes quanto à política da Fed de voltar ou não a cortar os juros.
Os bons resultados das gigantes do retalho norte-americano continuam a sustentar a praça nova-iorquina, que arrancou a penúltima sessão da semana em terreno positivo. Os sinais de que o consumo privado ainda está em níveis robustos estão a animar os investidores, que se mantêm, por outro lado, expectantes quanto ao discurso de Jerome Powell e às pistas que o presidente da Reserva Federal norte-americana deixará sobre novos cortes nas taxas de juro num futuro próximo.
O índice de referência S&P 500 está a valorizar 0,22% para 2.930,94 pontos. Igual tendência está a ser registada pelo industrial Dow Jones, que sobe 0,26% para 26.271,64 pontos e pelo tecnológico Nasdaq, que soma 0,23% para 8.038,79 pontos.
Os investidores estão animados face aos bons resultados verificados pelas empresas do setor do retalho norte-americano. As maiores companhias do setor verificaram uma subida dos seus lucros e vendas, no segundo trimestre do ano, o que demonstra que o consumo privado se mantém em níveis sólidos.
Nesse sentido, os títulos da Nordstrom estão a valorizar 9,81% para 29,11 dólares, os da Target somam 0,87% para 104,03 dólares e os da Lowe sobem 0,13% para 108,18 dólares.
A pesar sobre Wall Street está, por outro lado, a expectativa sentida em relação a futuros cortes das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana. De acordo com as atas divulgadas na quarta-feira, o corte das taxas de juro levado a cabo em julho não foram fruto de uma decisão consensual e os responsáveis quiseram garantir que não passavam uma mensagem de que iriam avançar com novos cortes no futuro.
Os investidores estão, por isso, à espera que o discurso de Jerome Powell agendado para esta sexta-feira traga mais alguns sinais sobre o futuro das taxas de juro.
O Presidente dos Estados Unidos têm vindo a insistir reiteradamente que a Reserva Federal tem de voltar a cortar os juros, mas os responsáveis do banco central não parecem ser da mesma opinião e querem mesmo deixar claro que qualquer decisão futura terá de ser ponderada com base em mais informação económica e as expectativas para a economia norte-americana.
De acordo com o analista Jeffrey Halley, citado pela Reuters, há uma grande probabilidade que Jerome Powell não sinalize novos cortes nos juros no futuro próximo, tendo em conta que a divisão dos responsáveis da Fed notada nas atas referidas.
A praça bolsista nova-iorquina está ainda a ser pressionada pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com Pequim a sublinhar que se Washington avançar com novas tarifas as tensões entre as duas potências serão agravadas, esperando, por isso, que os americanos não sigam esse caminho.
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