Este ano há menos vinho verde, mas qualidade poderá render 45 milhões
Estima-se que sejam produzidos 70 milhões de litros na região do vinho verde, um processo que envolve cerca de mil produtores e mais de 1500 pessoas. As uvas desta região valem mais de 45 milhões.
A apanha das uvas na região Norte já começou no início de setembro e deve terminar a 5 de outubro. No Minho estão mais de 15 mil pessoas a vindimar cerca de 100 mil toneladas de uva. Estima-se que sejam produzidos cerca de 70 milhões de litros de vinho verde, este ano, o que corresponde a 45 milhões de euros, adianta ao ECO o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro.
Se as previsões se vierem a confirmar, a produção de vinho verde sofrerá um decréscimo de cerca de 10% face ao ano anterior. A “instabilidade climatérica foi o principal motivo para este decréscimo”, refere Manuel Pinheiro. Apesar da diminuição está otimista, pois considera que as “uvas têm muito potencial” e que, “mesmo com uma produção inferior, é possível obter mais faturação, tendo em conta a qualidade das uvas“.
Segundo o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, o objetivo fundamental “é aumentar a qualidade e o valor do vinho e não necessariamente o volume”. Refere que a vindima deste ano “tem ótimas condições de maturação”, as “uvas têm muita qualidade” e está certo que vão ser produzidos “ótimos vinhos verdes”. Manuel Pinheiro destaca que as uvas são pagas ao agricultor a 0,45 cêntimos por quilo. Embora este seja o preço médio existem exceções mediante a qualidade das uvas: “A uva alvarinho tem um preço superior a um euro por quilo”, exemplifica.
O ano passado foram exportados cerca de 63 milhões de euros em vinho verde, para mais de 100 países. Ou seja, 52% da produção é direcionada ao mercado externo, sendo os EUA (21%) o principal mercado, ao representar cerca de 13 milhões de euros, seguido da Alemanha (18%) e França (10%). Manuel Pinheiro salienta que o Japão é um mercado importante para Portugal, tendo em conta que “compram vinhos de maior valor acrescentado”, assim como o Brasil.
O vinho verde é característico do norte de Portugal e os turistas procuram provar o que é tipicamente português.
O presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, adianta ao ECO que no próximo ano vão ser investidos cerca de 3,5 milhões de euros de forma a apostar na promoção do vinho verde além-fronteiras. Refere que uma das finalidades é continuar a apostar na exportação, principalmente em mercados como o Japão e a Rússia.
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