Siza: “Temos de ser eficientes para que as poupanças sejam aplicadas no mercado de capitais”
O ministro Adjunto e da Economia lembrou que Portugal é um "país de capital escasso e onde houve grande destruição do capital", na entrega dos IRGAwards.
O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, acredita que continuam a ser necessários incentivos para que as poupanças das famílias sejam direcionadas para o financiamento do tecido empresarial. Lembrando a criação de novos instrumentos ao longo da legislatura que termina no próximo mês, sinalizou intenção de continuar o curso da inovação e mudanças regulatórias.
“O mercado de capitais passou por momentos de grande exuberância, mas também momentos difíceis de destruição. Este momento em que temos menos empresas no mercado e em que as poupanças dos portugueses têm dificuldade em direcionar-se para o mercado, é mais importante estar presente nestes prémios”, começou por dizer Siza Vieira.
O ministro falava na entrega dos Investor Relations & Governance Awards (os IRGAwards) da Deloitte, numa iniciativa que teve lugar esta quinta-feira em Lisboa, e premeia a liderança empresarial. Segundo Siza Vieira, a transparência é uma das condições necessárias para a dinamização do mercado e captação de capitais.
“Portugal é um país de capital escasso e onde houve grande destruição do capital. Se queremos assegurar que as poupanças são aplicadas, temos de melhorar as condições do mercado e as condições de transparência“, referiu. “Temos de ser eficientes para que as poupanças dos portugueses sejam aplicadas no mercado de capitais. Espero que o exemplo possa fortificar para construir um mercado mais credível”.
O ministro sublinhou que o tecido empresarial em Portugal estão excessivamente dependentes da banca e que é necessário adaptar os instrumentos disponíveis para o financiamento das empresas, bem como simplificar a regulação.
Siza Vieira lembrou a criação das Sociedades de Investimento para o Fomento da Economia (SIMFE) e das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) — ambas iniciativas deste Governo –, bem como o crescimento do interesse na emissão de green bonds. “Todas estas são formas de encontrar formas de financiamento mais próximas do nosso tecido empresarial“, acrescentou.
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