China nega ataques informáticos a empresas subcontratadas da Airbus
O Governo chinês garante que o país é "um forte defensor da segurança da rede", negando que piratas informáticos chineses tenham realizado operações de espionagem a fornecedores da Airbus.
O Governo chinês rejeitou esta sexta-feira as alegações de que piratas informáticos chineses tenham realizado operações de espionagem industrial a empresas subcontratadas da fabricante europeia Airbus ao longo dos últimos doze meses.
“Posso garantir que a China é um forte defensor da segurança da rede e opõe-se firmemente a qualquer forma de ataque informático“, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang.
A agência France-Presse noticiou na quinta-feira que quatro grandes ataques atingiram empresas subcontratadas da fabricante europeia.
Os subempreiteiros em causa são o grupo francês de consultoria tecnológica Expleo, o fabricante britânico de motores Rolls Royce e outras duas empresas francesas.
As fontes anónimas citadas pela AFP disseram suspeitar que os piratas informáticos, um grupo com o nome de código APT10, atuaram ao serviço da China.
“Houve recentemente vários relatos de ataques cibernéticos e, sem qualquer evidência, há quem esteja a tentar sujar a imagem da China”, acusou o porta-voz. “Isto não é profissional nem responsável“, disse.
Segundo as fontes citadas pela AFP, os piratas informáticos tinham como alvo documentos de certificação técnica, um procedimento formal que garante que os vários elementos de uma aeronave atendem aos requisitos de segurança.
A China tenta desenvolver há vários anos o seu primeiro avião de passageiros de dimensão média, o C919, mas até agora sem sucesso.
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