Perfis de IT serão os mais requisitados no setor de finanças e contabilidade
Em 2020, os perfis especializados em IT, business intelligence e big data vão ser os mais procurados no setor de contabilidade e finanças. Os salários vão subir, mas só nos cargos executivos.
O mercado de trabalho do setor de finanças e contabilidade é um dos mais competitivos. Em 2020, os perfis big data serão os mais requisitados e os salários vão subir, mas só para os cargos executivos de CFOs, diretores financeiros, head of controlling, consolidation managers e strategy consultants, com mais de 10 anos de experiência, aponta a Robert Walters. A oferta aumentou ao longo do ano e a procura deverá crescer no último trimestre de 2019, antecipa a consultora.
“O mercado de profissionais continua a ser um dos mais competitivos e as empresas centram-se cada vez mais em perfis muito especializados (por exemplo nas áreas de risco e controlo) e menos em perfis generalistas”, refere a consultora de recrutamento. Este ano, as cidades que perderam mais profissionais de contabilidade e finanças foram Castelo Branco, Loulé e Leiria, sendo que Lisboa, Porto e Braga foram as que atraíram mais talento.
Profissionais de big data lideram procura
No próximo ano, revela a Robert Walters, os perfis com experiência em big data serão altamente solicitados e tornar-se-ão os novos must hire nas empresas. A ascensão do big data e o seu crescente envolvimento com as funções de finanças e contabilidade será a grande revolução do setor e permitirá “maior controlo de riscos, a otimização de recursos internos, deteção de padrões de fraude, assim como a simplificação de due diligences (terminologia utilizada no âmbito de aquisições corporativas para se referir ao processo de busca de informação sobre uma empresa)”.
Setores com maior potencial de crescimento
Em 2019, a oferta de emprego para estes profissionais cresceu nos setores de International Affairs, internet, energias renováveis e ambiente, outsourcing/offshoring, venture capital & private equity, indústria química e IT. Estes são os mesmos que mais procuram este tipo de profissionais, além dos setores de manufatura elétrica e eletrónica, o turismo, farmacêutica, papel, plástico, embalagens, tabaqueira, produtos desportivos e consumer electronics, serviços de informação e software.
Os setores industriais foram aqueles que mais procuraram este tipo de perfis “na busca contínua de otimização e implementação de boas práticas de contabilidade”, destaca a Robert Walters. Por outro lado, os setores com maior volume de ofertas de emprego para profissionais desta área são a banca, serviços financeiros, IT, real estate, marketing e publicidade e contabilidade.
Perfis e competências mais procurados
Em 2020, os perfis com conhecimentos em IT, business intelligence e big data e com uma visão estratégica de negócio vão ser os mais procurados, refere a Robert Walters. Neste setor, procuram-se candidatos com um nível elevado de inglês, e uma terceira língua como o francês, alemão ou espanhol. No caso dos perfis mais juniores, o setor está à procura de jovens com mestrados e MBA.
"Os setores industriais foram aqueles que mais procuraram este tipo de perfis na busca contínua de otimização e implementação de boas práticas de contabilidade.”
As empresas procuram profissionais com “capacidades analíticas, conhecimentos de finanças e contabilidade, análise financeira e de dados, business planning, controlling e financial reporting“. Quanto aos cargos, os profissionais mais procurados atualmente são controllers financeiros, CFOs, auditores, especialistas financeiros, contabilistas e analistas de risco. Para os perfis mais júniores, o setor está à procura de jovens com mestrados e MBA.
Este ano, registou-se uma “diminuição no número de perfis em busca de um novo desafio profissional“, o que pode ser “sinal da boa saúde do setor, mas sinónimo de certa tensão no mercado de recrutamento”, alerta a consultora.
Retenção de talento
Os profissionais de accounting & finance seguem a tendência geral do mercado de trabalho: dão prioridade a um projeto com perspetivas de crescimento e opções reais de progressão, além de exigirem benefícios sociais crescentes. A remuneração continua a ser um elemento essencial na atração de talento neste setor, destacando-se “o interesse dos profissionais em ter também remuneração variável com base no seu desempenho.”
Em 2020, o setor vai continuar a apostar em centros de excelência e serviços partilhados, devido à “incerteza ligada ao Brexit, a atratividade do mercado português (qualidade de vida, custo da mão-de-obra, clima social estável, qualidade das infraestruturas de telecomunicações e transportes) e a boa formação académica e linguística dos profissionais portugueses”, explica a consultora.
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