Chefe do governo regional catalão quer reunir com Pedro Sánchez para resolver crise
Depois de cinco noites de conflitos violentos em protesto pela independência da Catalunha, Quim Torra pediu ao primeiro-ministro espanhol uma reunião para tentar resolver a crise separatista.
O chefe do governo regional catalão, Quim Torra, pediu, este sábado, ao primeiro-ministro espanhol em funções, Pedro Sánchez, que fixe a data da reunião que vai abrir “conversações e negociações imediatas” para encontrar uma solução política para a situação da Catalunha e pediu um protesto pacífico.
Quim Torra, que esta manhã se deslocou ao gabinete que monitoriza os distúrbios na Catalunha, após o quinto dia de protestos violentos, pediu também que os protestos sejam pacíficos, afirmando: “A violência não é nossa bandeira”.
O chefe do governo regional catalão lembrou que “há muito tempo” foi solicitada uma reunião para encontrar uma solução política para o conflito, encontro que disse ser “agora mais urgente do que nunca”, e assegurou que a “causa de liberdades e direitos” dos independentistas é “imparável”, porque o “povo catalão vai tão longe quanto quiser”.
Depois de cinco noites de conflitos violentos, Quim Torra pediu “calma” e que os protestos sejam pacíficos: “Nenhuma forma de violência nos representa”, afirmou, destacando que o movimento pela independência foi “transversal, massivo, ético e pacífico”.
Pouco depois deste pedido público, o governo espanhol respondeu ao presidente da Generalitat, Quim Torra, acerca da fixação da data para uma reunião com o chefe do executivo, Pedro Sánchez, afirmando que “deve condenar veementemente a violência, o que ainda não fez”, embora não tenha havido conversa entre os dois líderes, informaram à agência espanhola Efe fontes do Palácio da Moncloa, sede do Governo espanhol.
Fontes da Generalitat adiantaram à EFE que durante a tarde entrariam em contato com Quim Torra e, enquanto isso, o executivo pediu a Torra “que reconhecesse o trabalho da FCSE [forças e órgãos de segurança do Estado] e dos Mossos e demonstrasse solidariedade com a polícia ferida”, lembrando que o governo “sempre foi a favor do diálogo dentro da lei”.
Esta manhã, um tweet publicado por políticos independentes mostrava o seu apoio à declaração institucional lida sábado pelo presidente da Generalitat, Quim Torra, e pelo vice-presidente Pere Aragonès, no qual o governo é solicitado a dialogar e se rejeitam ações de violência. “Diálogo, negociação e solução política são a maneira de resolver o conflito”, afirmam na mensagem, adiantando que “nenhuma violência” os representa e concluindo com esta mensagem de apoio: “Ao lado do nosso governo”.
Esta manhã, após o quinto dia de violentos protestos registados especialmente em Barcelona, o presidente catalão apareceu junto com o vice-presidente Pere Aragonès e os prefeitos de Girona, Tarragona e Lleida, para ler uma declaração institucional.
Pere Aragonès censurou Pedro Sánchez por, enquanto lhe pediam uma reunião, “apenas enviar o ministro do Interior”, Fernando Grande-Marlaska, que no sábado se mudou para a Catalunha para visitar os agentes internados nos hospitais e se encontrar com o ministro do interior da Generalitat, Miquel Buch.
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