Galp avisa Governo que transição energética tem de ser “socialmente justa”
Petrolífera portuguesa alerta para os efeitos económicos de electrificar a economia para cumprir as metas de descarbonização assumidas pelo Governo.
Numa altura em que vários países declararam o estado de emergência climática, a Galp deixou um alerta sobre os efeitos económicos de eletrificar a economia para cumprir as metas de descarbonização assumidas pelo Governo. A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva considera que esta estratégia poderá afetar “a viabilidade” da indústria de refinação em Portugal, lembrando ainda para a ameaça que a transição energética pode representar para a justiça social, avança o Público (acesso condicionado) nesta terça-feira.
Essa posição surge numa altura em que o Governo antecipa a eletrificação quase total dos consumos energéticos até 2050. O Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC 2050), aprovado em Conselho de Ministros, em julho, indica um caminho para chegar à década de 50 com menos 98% de emissões poluentes no setor dos transportes (que hoje representam 25% do total) e que passa essencialmente pela eletrificação de frotas e pela introdução de tecnologias como o hidrogénio no transporte rodoviário pesado de mercadorias.
Em declarações ao Público, a Galp considera que essa estratégia poderá afetar “a viabilidade” da indústria de refinação, a maior exportadora do país, apelando para que esse processo de transição seja levado a cabo com alguns cuidados, chamando ainda a atenção para os respetivos efeitos sociais.
A petrolífera liderada por Calos Gomes da Silva defende assim que “uma transição das fontes de energia primária” que seja “economicamente viável e socialmente justa” e “garanta a segurança de abastecimento sem disrupções” terá sempre de “ser gradual”. De salientar que o petróleo representa atualmente cerca de 40% da energia primária consumida em Portugal.
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