Sánchez intensifica batalha ao centro em busca de votos em debate decisivo
Nova abordagem de Pedro Sánchez centrada na Catalunha visa "roubar" votos ao Ciduadanos de modo a garantir os 140 assentos necessários para garantir a permanência no Palácio da Mocloa.
No embate que colocou frente a frente Sánchez, Casado, Abascal, Iglesias e Rivera emergiu um novo posicionamento estratégico de Pedro Sánchez rumo às legislativas de 10 de novembro. O líder do PSOE, e atual primeiro-ministro de Espanha, deixou o eixo da esquerda para intensificar a batalha ao centro em busca de votos “órfãos” do Ciudadanos. Para isso intensificou a competição com o PP e o Ciudadanos com a proposta de reformas legais severas, como por exemplo a recuperação da criminalização da convocação de referendos ilegais, noticia o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol) nesta terça-feira.
A nova abordagem de Pedro Sánchez centrada na Catalunha visa “roubar” votos ao Ciduadanos de modo a garantir nas eleições do próximo fim de semana os 140 assentos necessários para garantir a permanência no Palácio da Mocloa, sede da presidência do Governo de Espanha.
Essa postura mereceu críticas por parte dos candidatos à direita que acusou Sánchez de entrar no seu terreno. Já Pablo Iglesias, líder do Podemos, lhe pediu que não abandonasse o seu bloco e não fosse atrás da direita “ignorante e agressiva” e que assumisse que o problema catalão apenas se resolverá com diálogo.
A Catalunha esteve assim no centro do debate, com o atual primeiro-ministro de Espanha a acusar o PP de ter sido brando e de ter “deixado escapar Puidgemont” e de permitir a realização de dois referendos.
Mas houve outras “guerras” paralelas. Nomeadamente, um confronto entre Casado e Rivera também foi duro, ao ponto de o líder dos populares ter referido dois conselheiros catalães do PP, mortos às mãos da ETA, para pedir ao líder do Ciudadanos que parasse de “lhe dar lições”. Já o líder do Vox, Santiago Abascal, criticou todos e prometeu ilegalizar os partidos independentistas e prender Quim Torra, atual presidente da Generalitat, o Governo da Catalunha.
Uma sondagem divulgada pelo El Mundo, esta segunda-feira ainda antes do embate político entre os candidatos às legislativas do próximo fim-de-semana, apenas dez assentos parlamentares separam a esquerda da direita, havendo ainda 35% de eleitores indecisos. Os socialistas do PSOE surgem com 27,9% das intenções de voto, seguidos pelos populares do PP com 20,3%. Já o Unidas Podemos deverá tornar-se a terceira força política, com 13,5% das intenções de voto, seguido pelo Vox (extrema direita) e pelo Ciudadanos com 13,2% e 8,9%, respetivamente.
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