Lisboa perde mais uma cotada. Compta sai da bolsa nacional
A CMVM deliberou perda da qualidade de sociedade aberta da Compta. Esta sexta-feira foi a última sessão em que os títulos estiveram cotados no mercado de capitais português.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou perda da qualidade de sociedade aberta da Compta – Equipamentos e Serviços de Informática. Esta sexta-feira foi a última sessão em que os títulos estiveram cotados no mercado de capitais português, ficando a empresa obrigada a adquirir os títulos dos acionistas que não votaram a favor da retirada da bolsa por um valor de 2,48 euros, cada.
A tecnológica já tinha anunciado, em abril, a intenção de deixar de ser cotada no PSI Geral da Euronext Lisboa. Os acionistas da Compta mandataram, no verão, o Conselho de Administração para avançar com a saída de bolsa da empresa, mas faltava a fixação da contrapartida por parte de um auditor independente. No início do mês, o auditor independente determinou que a contrapartida seria de 2,48 euros. Na última sessão em que transacionaram, as ações valiam 10 cêntimos.
Agora, o regulador do mercado de capitais vem dar “luz verde” para a saída do mercado. “Foi deliberado pelo seu Conselho de Administração, em 15 de novembro de 2019, deferir, com efeitos a esta data, o pedido de perda da qualidade de sociedade aberta”, refere a CMVM, salientando que a Compta irá, agora, adquirir, nos próximos três meses, as ações detidas pelos acionistas que não tenham votado favoravelmente a esta decisão de sair de bolsa.
“A presente publicação da decisão da CMVM sobre a perda da qualidade de sociedade aberta da Compta implica (…) ‘a imediata exclusão da negociação em mercado regulamentado das ações da sociedade e dos valores mobiliários que dão direito à sua subscrição ou aquisição, finando vedada a sua readmissão pelo prazo de um ano’”.
A Compta junta-se à SAG, mas também à Toyota Caetano na saída do mercado de capitais, todas este ano. Com mais esta saída, a bolsa de Lisboa, gerida pela Euronext, vai ficar com apenas 52 cotadas, o número mais baixo de sempre, isto num ano em que ainda não houve qualquer admissão. É expectável, contudo, que tal venha a acontecer até 31 de dezembro. A Merlin revelou recentemente que quer pôr ações na bolsa de Lisboa até ao final do ano.
(Notícia atualizada às 19h37 com mais informação)
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