Um quarto dos investidores portugueses receia não estar a poupar o suficiente para a reforma
Do total de investidores nacionais inquiridos, 23% mostram-se preocupados com a sua capacidade de poupança para a reforma. Mas mesmo tempo, não se inibem em ir retirar dinheiro às suas poupanças.
Uma proporção elevada de investidores portugueses está preocupada com a sua capacidade de poupar para a reforma, mas ao mesmo tempo, não se inibem em ir retirar dinheiro às suas poupanças com esse fim. A conclusão é do Global Investors Study da Schroders, estudo que inquiriu mais de 25 mil investidores a nível global de 32 locais do mundo.
De acordo com esta análise, 23% dos investidores portugueses mostraram-se preocupados por não conseguir poupar o suficiente para a reforma. Este valor está em linha com os 24% revelados pela média dos investidores a nível global.
Apesar desse nível de preocupação, os investidores dizem-se capazes de conseguir retirar, em média, 10,3% das suas poupanças de reforma todos os anos, sem ficar sem dinheiro, revelando assim um desencontro entre as suas provisões e aquilo que esperam gastar na reforma. Em Portugal, a discrepância ainda é maior, com os inquiridos a preverem poder retirar 10,7% das poupanças de reforma todos os anos, sem que tal implique ficar sem dinheiro.
“Estas conclusões indicam que há um desencontro significativo entre a confiança das pessoas em relação às suas poupanças e a quantidade de dinheiro que esperam conseguir retirar quando se reformarem“, defende Carla Bergareche, diretora geral da Schroders Espanha e Portugal, considerando ainda que “esta discrepância é preocupante e indica que a sociedade global não é realista em relação ao estilo de vida que quer ter na reforma”.
Já no que diz respeito ao esforço de poupança para a reforma, Portugal surge alinhado com a média europeia. A população inquirida diz conseguir poupar cerca de 15,3% do seu rendimento atual, valor que inclui as contribuições dos empregadores.
Em termos geracionais, o estudo da Schroders aponta ainda para um dado encorajador que é o facto de os millennials (entre 18 e 37 anos) estarem a poupar a mais alta proporção dos seus rendimentos anuais quando comparados com as gerações mais avançadas. Em Portugal, os millennials inquiridos revelaram poupar 17,1% do seu rendimento para a reforma, enquanto as restantes faixas etárias apontaram para uma média de poupança de 11,8% do rendimento. A nível global, os millennials também apresentam a mais alta proporção de poupança face aos seus rendimentos anuais (15,9%).
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