BPI deixa Zona Franca da Madeira até final do ano
O BPI Madeira foi colocado em liquidação e encerrará até final do ano. Isto numa altura em que a zona franca madeirense está na mira das autoridades europeias.
O BPI vai sair da Zona Franca da Madeira até final do ano, tendo colocado em liquidação a empresa que detém naquele centro de negócios que está na mira de Bruxelas.
Em causa está a dissolução do BPI Madeira, SGPS, uma entidade do grupo BPI, detido pelos espanhóis do CaixaBank. Já foram nomeados os liquidatários para concluir o processo: João Avides Moreira (secretário do BPI) e Pedro Bissaia Barreto (chairman do BPI Madeira). Estão mandatados para, até 31 de dezembro, praticar todos os atos e assinar quaisquer documentos e/ou requerimentos necessários à plena execução da deliberação onde foi aprovada a proposta de dissolução da sociedade.
Ao ECO, a instituição liderado por Pablo Forero justifica que o BPI Madeira “deixou de ser necessária para a atividade do banco e o seu encerramento inscreve-se na simplificação do grupo BPI que tem
vindo a ser feita nos últimos anos”.
Este encerramento em nada tem a ver com a atividade comercial do BPI na Região Autónoma da Madeira. Apesar da saída da Zona Franca, conhecida pelos benefícios fiscais, o banco mantém-se de portas abertas na ilha madeirense, onde está presente com nove balcões.
A liquidação do BPI Madeira surge depois de o banco ter liquidado em 2018 o BPI Cayman e a BPI Capital Africa, duas sociedades que eram integralmente detidas por aquela entidade madeirense.
Há um ano, o Novo Banco também abandonou a Zona Franca da Madeira.
O regime da Zona Franca da Madeira está na mira da Comissão Europeia. Em 2018, Bruxelas abriu uma investigação aprofundada por suspeitas de que os benefícios fiscais atribuídos às empresas lá registadas não resultaram na criação de riqueza nem de empregos na região.
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