Queixas dos transportes públicos estão a aumentar. Foram mais de 32 mil no primeiro semestre
Estão a aumentar as queixas por causa dos transportes públicos. Foram recebidas 32.639 reclamações, um número que representa um aumento de 6,2% face às 30.729 recebidas no mesmo período de 2018.
Estão a aumentar as queixas por causa dos transportes públicos. De acordo com o Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes, da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), nos primeiros seis meses do ano foram registadas 8.713 reclamações no Livro de Reclamações, a que se somam quase 24 mil outras recebidas diretamente pelos operadores.
“Foram registadas e tratadas pela AMT 8.713 reclamações, das quais 7.666 dizem respeito a reclamações inscritas no Livro de Reclamações dos diversos operadores e prestadores de serviços do setor da mobilidade e dos transportes, tendo as restantes 1.047 outras origens”, diz a AMT. A estas é preciso juntar 23.926 queixas recebidas pelos mesmos por outras vias que não o livro de reclamações, nomeadamente através dos seus sites de internet, correio eletrónico e call centers.
Assim, no total, nos primeiros seis meses de 2019 foram contabilizadas 32.639 reclamações, um número que representa um aumento de 6,2% face às 30.729 recebidas no mesmo período do ano passado. Face à segunda metade do ano passado houve, contudo, uma diminuição, tendo em conta que nesse período as queixas totais ascenderam a 46.116, nota a AMT.
Rodovia e ferrovia representam 90% das queixas
Do total de reclamações registadas pela AMT no primeiro de 2019 por setor de atividade, “os setores rodoviário e ferroviário representam cerca de 90% do total das reclamações, com o peso relativo na ordem dos 54% e 36%, respetivamente”, refere o Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes, isto considerando apenas as queixas no Livro de Reclamações.
“Esta posição dominante resulta do facto de serem os principais setores aos quais os operadores, utentes e consumidores recorrem para assegurarem a sua mobilidade dentro do território nacional serem o rodoviário e ferroviário”, acrescenta.
Olhando para as restantes queixas, a Comboios de Portugal (ferrovia) destaca-se, contabilizando-se 8.405 reclamações no primeiro semestre, seguindo-se duas empresas do setor rodoviário, a Carris, com 2.849 queixas, e a TST, com 1.935.
A Soflusa conta com 619 queixas realizadas através através dos seus sites de internet, correio eletrónico e call centers. É um número reduzido face às registadas no setor da rodovia e ferrovia, mas representa um forte crescimento. Considerando as queixas no Livro de Reclamações, estas passaram de 155 para 399 na primeira metade deste ano, ou seja, quase triplicaram num período marcado por greves que deixaram muitos utilizadores sem barco.
Bilhetes lideram reclamações
Tanto no caso das queixas recebidas através do Livro de Reclamações como registadas diretamente junto dos operadores, o principal motivo de queixa dos clientes tem a ver com os bilhetes, seja o preço, seja o sistema de bilhética, revela a AMT.
No caso das queixas recebidas no Livro de Reclamações, 27,1% tiveram por base os bilhetes, sendo esta causa responsáveis por 35,6% das queixas enviadas aos operadores. Contudo, neste último caso, “verifica-se um aumento de 10,2% nas reclamações sobre o ‘Cumprimento defeituoso / Não conforme o contrato / Incumprimento'”, diz a AMT. Nas queixas oficiais, o peso desta reclamação encolheu, passando a representar 21%.
(Notícia atualizada às 9h49 com mais informação)
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