Boris Johnson pede adiamento do Brexit… mas não o quer

  • ECO
  • 19 Outubro 2019

Boris Johnson enviou uma carta à União Europeia a pedir um novo adiamento do Brexit, até 31 de janeiro. Mas enviou uma segunda missiva a explicar que não quer essa adiamento.

Depois de um dia “louco” no parlamento inglês, o primeiro-ministro Boris Johnson confirmou este sábado ao fim do dia que enviaria uma carta a Donald Tusk a pedir um novo adiamento do Brexit, agendado para 31 de outubro. E agora pede um adiamento até 31 de janeiro. Mas neste “super sábado”, não seguiu apenas uma carta, seguiram duas, e na segunda, o primeiro-ministro inglês esclarece os líderes europeus que não quer adiamento nenhum? Confusos? É simplesmente o Brexit.

O que deveria ser o dia de votação do novo acordo negociado entre Boris Johnson e os líderes europeus acabou por frustrar as expectativas do primeiro-ministro inglês. Os deputados britânicos deram “luz verde”, este sábado, a uma emenda ao novo acordo do Brexit, o que suspende a aprovação desses termos até que toda a legislação necessária para a sua aplicação esteja preparada. Em reação, Boris Johnson decidiu retirar das votações o novo acordo negociado entre Londres e Bruxelas, mas adiantou que não iria negociar o novo adiamento do divórcio, a que a lei o obriga. Mas ao fim do dia, acabou por admitir que vai mesmo pedir um novo adiamento do Brexit. E pediu, até 31 de janeiro. Mas segundo a imprensa inglesa, a carta não foi assinada por ninguém. E as ideias de Johnson são outras.

A lei obriga o primeiro-ministro a pedir este adiamento, mas de acordo com as notícias da imprensa britânica, Johnson não quer um adiamento do prazo previsto, 31 de outubro, apenas cumprir uma formalidade legal. E, portanto, apresentará na próxima semana a legislação necessária para garantir uma nova data de votação no parlamento, a tempo de 31 de outubro.

De Bruxelas, para já, não há reações. Tusk vai começar a contactar os líderes europeus para avaliar uma resposta à missiva do primeiro-ministro inglês.

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Jerónimo avisa que PCP se vai posicionar em função das “opções do PS”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2019

Jerónimo de Sousa garante que o PCP se vai posicionar em função das opções do PS e dos instrumentos orçamentais que apresentar, mantendo a sua independência política.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, avisou este sábado, no Porto, que o Partido Comunista vai intervir com “inteira independência política”, e que se vai posicionar em função das “opções do PS” e dos “instrumentos orçamentais que apresentar”.

“Mantendo o PCP a sua iniciativa e intervenção, tal como aconteceu nos últimos quatro anos, será em função das opções do PS, dos instrumentos orçamentais que apresentar e do conteúdo do que legislar que o PCP determinará, como sempre com inteira independência política, o seu posicionamento”, declarou o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), durante um discurso de cinco páginas que fez na desse do PCP na cidade do Porto.

Na intervenção que fez no âmbito do “Encontro Regional de Quadros”, onde foi anunciada a adesão de mais “mil trabalhadores ao Partido”, Jerónimo de Sousa anunciou que as “frentes de luta” pelas quais o PCP se vai “bater com toda a determinação” prendem-se com o “aumento geral dos salários”, “o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros”, bem como o “combate à precariedade e revogação das normas gravosas da legislação laboral”.

O ”direito à habitação”, o “reforço do Serviço Nacional de Saúde”, o “investimento nos transportes públicos” e “a luta por 1% do Orçamento para a Cultura” fazem parte das “frentes de luta” que o PCP pretende anunciar e por que se vai “bater, com toda a determinação”.

À lista das “frentes de luta”, Jerónimo de Sousa acrescentou ainda a luta por uma “política fiscal justa”, o “alargamento dos apoios sociais”, a “dignificação da Administração Pública” e a “proteção da natureza”.

Todo o caminho de avanço e de adoção de medidas que correspondam a direitos e aspirações dos trabalhadores e do povo contará sempre com a intervenção do PCP. Assim como todas e quaisquer medidas contrárias aos seus interesses terão a firme oposição do PCP”, prometeu Jerónimo de Sousa, reconhecendo que “são grandes e exigentes as tarefas que a atual situação coloca ao PCP”.

O secretário-geral do PCP foi aplaudido pela plateia, composta por cerca de 300 pessoas, quando referiu que os votos que os trabalhadores e o povo confiaram ao PCP e à CDU vão ser “uma força que vai contar para fazer avançar as condições de vida e o desenvolvimento do país”.

“Os últimos quatro anos que corresponderam ao que se designou de nova fase da vida política nacional não foram um tempo percorrido em vão”, observou, relembrando que, nesse período, com a intervenção do PCP se abriu “um caminho de defesa, reposição e conquista de direitos que alguns julgavam impossível”.

O Encontro Regional de Quadros do PCP no Porto decorre de uma iniciativa do Comité Central, para que se promovam, no pós-ciclo eleitoral, “espaços de análise e de debate sobre a situação atual e sobre o trabalho e a intervenção do partido para o futuro”, explicou Jerónimo de Sousa.

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BE assume que relação com PS “nunca foi fácil” e recusa que falta de acordo seja uma derrota

  • Lusa
  • 19 Outubro 2019

O PS decidiu formar Executivo sem ter por base qualquer acordo escrito com outra bancada parlamentar. O Bloco de Esquerda recusa encarar tal decisão como uma derrota.

O Bloco de Esquerda assumiu, este sábado, que a relação com o PS “nunca foi fácil” e recusou que a perda de votos e a falta de um acordo de maioria parlamentar possam ser encarados como uma derrota do partido.

No final da reunião da Mesa Nacional, órgão máximo do partido entre Convenções, a coordenadora do BE, Catarina Martins, reconheceu que o partido teria preferido a repetição de uma maioria parlamentar negociada para quatro anos, como existiu na anterior legislatura.

“Como sabem, o BE propôs um acordo de maioria parlamentar, provou ser um instrumento útil capaz de ultrapassar turbulências políticas e capaz de ter horizontes de recuperação de rendimentos. Essa não foi a vontade do PS, que prefere negociar caso a caso, pode fazê-lo, teve votos para o fazer”, afirmou.

Questionada por várias vezes se a falta de um acordo formal de legislatura tornará mais difícil a relação com o PS, a líder do BE nunca respondeu diretamente. “O PS e o BE são partidos muito diferentes, que trabalharam em conjunto. Nunca foi fácil essa relação e nunca deixámos de assumir a necessidade da convergência quando foi para responder ao que é importante”, afirmou.

Catarina Martins rejeitou, no entanto, a leitura de que o resultado das eleições – com reforço do PS, perda de cerca de 50 mil votos e a falta de um acordo de maioria – possa “saber a derrota” para o BE.

“Não o vimos assim na mesa nacional do BE, muito pelo contrário. O PS não teve maioria absoluta e, num cenário em que o BE com o desgaste de ter estado numa solução de maioria parlamentar, consegue manter meio milhão de votos e afirmar-se como terceira força política em todo o país”, afirmou.

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Hotel mais luxuoso do mundo fica na Turquia. Mas há 26 portugueses na lista

Portugal continua a dar cartas no setor hoteleiro. Entre os hotéis mais luxuosos do mundo, nomeados pelos The World Luxury Hotel Awards, 26 estão estão localizados em Portugal.

É na costa sudoeste da Turquia que está o hotel mais luxuoso do mundo. Os hóspedes têm direito a praia privada, vários restaurantes gourmet e vistas de cortar a respiração. Mas Portugal também tem hotéis luxuosos, e bastantes. Os hotéis portugueses destacaram-se no segmento de luxo dos The World Luxury Hotel Awards com 26 hotéis.

O Mandarin Oriental, em Bodrum, levou para casa o prémio de hotel mais luxuoso do mundo da 13.ª edição dos The World Luxury Hotel Awards, que decorreu este sábado em Rovaniemi, na Finlândia, destronando o australiano Gaia Retreat and Spa, vencedor no ano passado.

Este hotel de cinco estrelas, “onde os sonhos se tornam realidade”, oferece aos hóspedes uma praia privada, restaurantes gourmet, quartos, suítes e vilas. E os preços? Nem são muito elevados, tendo em conta que foi considerado o hotel mais luxuoso do mundo. Aqui, o preço de uma noite começa nos 350 euros com pequeno-almoço, e pode ir até aos 990 euros no caso de uma suíte oriental com vista para o mar.

Mandarin Oriental Bodrum, na Turquia, foi eleito o hotel mais luxuoso do mundo

Num total de 722 hotéis premiados, entre mais de 100 categorias, foram vários os países que se destacaram: desde Holanda, Sri Lanka, Tailândia, Grécia, Estados Unidos, Austrália, Nova Guiné e até Japão. Na hora de escolher os melhores, foram tidos em conta fatores como a prestação de serviços, o luxo e a apresentação, deixando de fora o tamanho da unidade hoteleira, explica a organização.

E porque o que é nacional é bom, e porque o país tem vindo a ganhar destaque no setor hoteleiro, Portugal também brilhou nesta edição dos The World Luxury Hotel Awards ao ver na lista final dos hotéis mais luxuosos do mundo 26 unidades hoteleiras (menos cinco do que as conseguidas no ano passado). E nem todas estão em Lisboa ou no Algarve… o Porto e até Fátima têm distinções.

Embora não sejam atribuídas classificações, da lista nacional fazem parte nomes como Pine Cliffs, A Luxury Collection Resort, Bussaco Palace Hotel, Cascade Wellness Resort, Corinthia Hotel Lisbon, Opus One Luxury Guest House ou Dunas Douradas Beach Club. O ECO preparou uma fotogaleria com as unidades nacionais mais luxuosas do mundo.

Os 26 hotéis portugueses mais luxuosos do mundo

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PS acusa PSD de “desprezo” pelos votos da emigração e pede indeferimento do recurso ao TC

  • Lusa
  • 19 Outubro 2019

Os socialistas consideram "incompreensível e inaceitável" o pedido de revisão dos resultados da emigração apresentado pelo PSD, acusando o partido de Rui Rio de "desprezo" por esses círculos.

O PS considerou, este sábado, “incompreensível e inaceitável” o pedido de revisão dos resultados da emigração apresentado pelo PSD, acusando os sociais-democratas de “má fé” e de “absoluto desprezo” pelos votos dos emigrantes.

Em declarações à Lusa, o deputado socialista Paulo Pisco, que foi novamente reeleito pelo círculo da Europa, explicou que o PS já respondeu ao Tribunal Constitucional (TC) sobre o pedido do PSD, pedindo o seu indeferimento. “O recurso que é apresentado pelo PSD é completamente incompreensível na medida em que está a tentar anular uma decisão que deliberadamente assumiu durante a noite do escrutínio eleitoral”, acusou.

Em causa, o pedido dos sociais-democratas, entregue na quinta-feira ao TC, que pede que os votos da emigração que foram considerados nulos por não estarem acompanhados de uma cópia do Cartão do Cidadão (CC) sejam contabilizados como abstenção.

Na perspetiva do deputado do PS Paulo Pisco, não só tal interpretação não é possível, como nem sequer esses votos deveriam ter sido considerados nulos. “Se neste momento existem 33 mil e tal votos anulados, esses devem-se exclusivamente à intransigência do PSD em mandar anular todos os votos que não traziam copia do CC”, defendeu.

Questionado sobre o motivo que o PS entende estar na base da atitude do PSD, Paulo Pisco atribuiu-lhe um significado político. “Aquilo que o PSD temia é que, como o número do aumento de votos podia ser favorável ao PS, quiseram anular o maior número de votos possível, esta é a única explicação política para o que aconteceu naquela noite”, considerou.

Na noite do escrutínio, que decorreu entre 16 e 17 de outubro, o PS fez uma reclamação formal, na qual defendia que, devido à alteração tecnológica introduzida desde as eleições para o Parlamento Europeu, já é possível identificar os cidadãos eleitores através da leitura ótica do código de barras que acompanha o envelope do voto.

Não houve uma alteração da lei eleitoral, mas houve uma deliberação da Comissão Nacional de Eleições que abria a possibilidade de haver flexibilidade das mesas”, afirmou Paulo Pisco, defendendo que o Cartão de Cidadão apenas funcionava como “reforço”.

O deputado explicou que, durante a pré-campanha, se apercebeu que havia resistência de muitos emigrantes em enviarem a cópia do CC, por não saberem o uso que lhe seria dado.

“No PS considerámos que não era necessária haver uma dupla identificação do eleitor, sendo feita a leitura do código de barras. Ou seja, se não estivesse a cópia do cartão não seria motivo para anular o voto”, disse, referindo que houve mesas que tiveram esse entendimento. No entanto, nessa noite, acusou, os elementos do PSD presentes “andaram a fazer ‘bullying’ junto dos membros das mesas” para que anulassem os votos nessas condições. “O que o PSD está a querer fazer é apagar, eliminar, o que foi uma atitude vergonhosa de mandar anular perto de 35 mil votos. Querem passá-los para a abstenção e assim apagam a sua atitude”, criticou.

Para o deputado socialista, o pedido do PSD só poderá ser considerado “improcedente” pelo TC, com os socialistas a pedirem aos juízes uma “condenação por litigância de má-fé do ora recorrente, ou em alternativa, o indeferimento liminar do presente recurso.”

Todos nós andámos a fazer uma campanha muito grande para que as pessoas participem civicamente votando e esta atitude do PSD acaba por ser uma forte machada em todo este esforço”, criticou, acusando os sociais-democratas de manifestarem “um absoluto desprezo” pelos votos dos cidadãos, mandando “para o lixo” votos que estavam suficientemente identificados.

O número de votantes nas legislativas nos círculos da emigração aumentou em quase 130 mil, em virtude do recenseamento automático dos não residentes, mas a taxa de abstenção foi mais alta do que em 2015. Apesar de o número de votantes no estrangeiro ter passado de 28.354, em 2015, para 158.252, nas eleições de 06 de outubro (+129.898), a taxa de abstenção subiu ligeiramente, situando-se em 89,2% face aos 88,3% do sufrágio anterior.

Já a taxa de votos nulos foi de 22,3%, o que corresponde a 35.331 votos. Nas eleições legislativas do passado dia 06, no conjunto dos dois círculos eleitorais da emigração (Europa e Fora da Europa), o PS venceu com 41.525 votos contra 37.060 do PSD. Os socialistas ganharam no círculo da Europa e os sociais-democratas no círculo Fora da Europa.

Em termos de mandatos nos círculos da emigração, o PS elegeu dois deputados, tantos como o PSD (em 2015, os sociais-democratas tinham conseguido três deputados, contra um dos socialistas).

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Morreu Miguel Geraldes, ex-diretor de mercados da Euronext

  • ECO
  • 19 Outubro 2019

Miguel Geraldes antigo direitor de mercados da Euronext e sócio da Optimal Investments, morreu esta sexta-feira, vítima de cancro.

Miguel Geraldes, antigo diretor de mercados da Euronext e sócio da Optimal Investments, morreu esta sexta-feira, aos 53 ano, vítima de cancro. A missa de corpo presente realiza-se segunda-feira às 10h00 na Basílica da Estrela, em Lisboa.

Miguel Geraldes começou com trader na Bolsa de Valores de Lisboa em 1992, depois de ter concluído uma licenciatura em Gestão no Instituto Superior de Línguas e Administração. Durante a sua carreira de mais de 25 anos, passou por diversos cargos, entre os quais o papel de direito de mercados da Euronext, em 2000.

Miguel Geraldes chegou mesmo a ser apontado para presidente da bolsa portuguesa, mas tal acabou por nunca aconteceu. Em julho de 2016, deixou a bolsa nacional por um novo desafio profissional. Era atualmente sócio da Optimal Investments, criada por Jorge Tomé e José Maria Ricciardi em 2017.

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Chefe do governo regional catalão quer reunir com Pedro Sánchez para resolver crise

  • Lusa
  • 19 Outubro 2019

Depois de cinco noites de conflitos violentos em protesto pela independência da Catalunha, Quim Torra pediu ao primeiro-ministro espanhol uma reunião para tentar resolver a crise separatista.

O chefe do governo regional catalão, Quim Torra, pediu, este sábado, ao primeiro-ministro espanhol em funções, Pedro Sánchez, que fixe a data da reunião que vai abrir “conversações e negociações imediatas” para encontrar uma solução política para a situação da Catalunha e pediu um protesto pacífico.

Quim Torra, que esta manhã se deslocou ao gabinete que monitoriza os distúrbios na Catalunha, após o quinto dia de protestos violentos, pediu também que os protestos sejam pacíficos, afirmando: “A violência não é nossa bandeira”.

O chefe do governo regional catalão lembrou que “há muito tempo” foi solicitada uma reunião para encontrar uma solução política para o conflito, encontro que disse ser “agora mais urgente do que nunca”, e assegurou que a “causa de liberdades e direitos” dos independentistas é “imparável”, porque o “povo catalão vai tão longe quanto quiser”.

Depois de cinco noites de conflitos violentos, Quim Torra pediu “calma” e que os protestos sejam pacíficos: “Nenhuma forma de violência nos representa”, afirmou, destacando que o movimento pela independência foi “transversal, massivo, ético e pacífico”.

Pouco depois deste pedido público, o governo espanhol respondeu ao presidente da Generalitat, Quim Torra, acerca da fixação da data para uma reunião com o chefe do executivo, Pedro Sánchez, afirmando que “deve condenar veementemente a violência, o que ainda não fez”, embora não tenha havido conversa entre os dois líderes, informaram à agência espanhola Efe fontes do Palácio da Moncloa, sede do Governo espanhol.

Fontes da Generalitat adiantaram à EFE que durante a tarde entrariam em contato com Quim Torra e, enquanto isso, o executivo pediu a Torra “que reconhecesse o trabalho da FCSE [forças e órgãos de segurança do Estado] e dos Mossos e demonstrasse solidariedade com a polícia ferida”, lembrando que o governo “sempre foi a favor do diálogo dentro da lei”.

Esta manhã, um tweet publicado por políticos independentes mostrava o seu apoio à declaração institucional lida sábado pelo presidente da Generalitat, Quim Torra, e pelo vice-presidente Pere Aragonès, no qual o governo é solicitado a dialogar e se rejeitam ações de violência. “Diálogo, negociação e solução política são a maneira de resolver o conflito”, afirmam na mensagem, adiantando que “nenhuma violência” os representa e concluindo com esta mensagem de apoio: “Ao lado do nosso governo”.

Esta manhã, após o quinto dia de violentos protestos registados especialmente em Barcelona, o presidente catalão apareceu junto com o vice-presidente Pere Aragonès e os prefeitos de Girona, Tarragona e Lleida, para ler uma declaração institucional.

Pere Aragonès censurou Pedro Sánchez por, enquanto lhe pediam uma reunião, “apenas enviar o ministro do Interior”, Fernando Grande-Marlaska, que no sábado se mudou para a Catalunha para visitar os agentes internados nos hospitais e se encontrar com o ministro do interior da Generalitat, Miquel Buch.

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Cruzeiros do Douro com lotação esgotada na passagem de ano. Preços variam entre 132 e 2.750 euros

Na noite da passagem de ano a taxa de ocupação para os cruzeiros no Rio Douro é de 100%. Em algumas empresas os bilhetes já esgotaram este mês e os preços variam entre os 132 e os 2.750 euros.

Faltam mais de dois meses para a noite da passagem de ano e os cruzeiros do Douro já estão esgotados. Navegar nas águas do Rio Douro e assistir ao fogo de artifício com vistas privilegiadas para a Ponte Dom Luís pode custar entre 132 e 2.750 euros.

É um destino cada vez mais apetecível e existem programas para todos os gostos e para todas as carteiras. Pode optar por um programa de um dia ou de uma semana.

A Tomaz do Douro tem disponível dois navios para a noite da passagem de ano com capacidade total para 520 pessoas e a Rota do Douro tem quatro navios com capacidade para 710 passageiros. Ambos com o preço de 132 euros.

Por outro lado, a Douro Azul, que foi considera a melhor empresa de cruzeiros da Europa pela quinta vez consecutiva, oferece uma opção mais glamorosa: um programa de uma semana com tudo incluído a bordo de um navio com capacidade para 130 pessoas. Os preços podem oscilar entre os 2.150 e os 2.750 euros por pessoa.

No total, estas três empresas disponibilizam sete navios e 1.360 lugares; todavia os bilhetes já estão esgotados. Na Rota do Douro os bilhetes já estão esgotados desde março e tanto na Douro Azul como na Tomaz do Douro os bilhetes esgotaram este mês.

“Sentimos que esgotámos a capacidade das embarcações mais rapidamente em comparação a outros anos. Este ano esgotámos a lotação em março, enquanto que no ano passado foi dois meses mais tarde”, explica a responsável de marketing da Rota do Douro.

Sentimos que esgotámos a capacidade das embarcações mais rapidamente em comparação a outros anos. Este ano esgotámos a lotação em março, enquanto que no ano passado foi dois meses mais tarde.

Patrícia Silva

Responsável de marketing da Rota do Douro

“A taxa de ocupação situa-se sempre nos 100%. Todos os anos temos de recusar pedidos, visto já termos atingido o limite de conforto para um cruzeiro destes”, destaca Célia Lima, diretora de marketing da Tomaz do Douro. Acrescenta que a adesão é idêntica: “todos os anos esgotamos a disponibilidade”, refere.

Célia Lima, diretora de marketing da Tomaz do Douro explica que estes programas têm “sobretudo passageiros de Portugal, seguido do Brasil e de Espanha”. Patrícia Silva, responsável de marketing da Rota do Douro, concorda e refere que os passageiros da Rota do Douro também são em grande maioria portugueses, seguidos dos brasileiros.

A taxa de ocupação situa-se sempre nos 100%. Todos os anos temos de recusar pedidos.

Célia Lima

Diretora de marketing da Tomaz do Douro

Mário Ferreira refere que para além da Douro Azul receber “turistas de mais de 80 países diferentes ao longo da época” são os passageiros alemães que mais optam por este tipo de programa na passagem de ano.

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Grupo Vila Galé quer investir 22 milhões em dois hotéis em Beja

  • Lusa e ECO
  • 19 Outubro 2019

De acordo com Jorge Rebelo de Almeida, o Grupo Vila Galé quer investir 22 milhões de euros em dois novos hotéis em Beja: um para casais e outro para crianças. Há também 3,5 milhões para um lagar.

O Vila Galé quer construir dois hotéis em Beja, um para casais e outro para crianças, num investimento total estimado em 22 milhões de euros, revelou, este sábado, à agência Lusa o presidente do grupo. Segundo Jorge Rebelo de Almeida, trata-se de dois hotéis com os quais o Vila Galé quer reforçar a oferta do projeto turístico e agrícola que o grupo tem numa propriedade no concelho de Beja.

Os dois hotéis “estão em fase de aprovação”, junto da Câmara de Beja e de outras entidades, disse, referindo que o grupo espera “chegar ao final do ano com os projetos aprovados para os pôr em execução no próximo ano”. “As contas” relativas aos investimentos necessários para construção dos dois hotéis “ainda não estão feitas”, afirmou, estimando, no entanto, que o hotel para casais poderá implicar um investimento de sete milhões de euros e o hotel para crianças 15 milhões de euros.

Na propriedade, com 1.620 hectares e composta por várias herdades, o grupo tem o hotel rural Vila Galé Clube de Campo e a empresa Casa Santa Vitória, que produz e comercializa vinhos e azeites e tem 127 hectares de vinha e uma adega e cerca de 200 hectares de olival e um lagar de azeite, que foi inaugurado, este sábado.

O Vila Galé Clube de Campo “é mais diversificado e muito virado para famílias com crianças” e a “ideia” do grupo é construir na herdade “um hotel exclusivo para casais” e outro “exclusivamente para crianças” e que “é um projeto antigo”, explicou.

O hotel para casais será “de pequena dimensão, na ordem dos 40 quartos”, e o hotel “exclusivamente virado para crianças” e no qual “só entrarão adultos acompanhados com crianças” terá várias atrações infantis, nomeadamente “um parque aquático”, disse.

O hotel para crianças será “mais uma aposta” do grupo “no segmento das famílias e crianças”, disse, lembrando que o Vila Galé tem o Clube Nep para crianças dos quatro aos 12 anos, que “tem vindo a ganhar notoriedade” e tem personagens próprias e está disponível em várias unidades hoteleiras do grupo.

3,5 milhões de euros investidos em lagar no Alentejo

A empresa Casa Santa Vitória, do grupo Vila Galé, inaugurou, este sábado, um lagar para produzir os seus próprios azeites, no concelho de Beja, que implicou um investimento de 3,5 milhões de euros.

O lagar, “um desejo antigo”, vai permitir à Casa Santa Vitória transformar as azeitonas do seu olival e produzir os próprios azeites, que, antes, eram produzidos noutros lagares, disse à agência Lusa o presidente do Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida.

Desta forma, frisou, o lagar, “muito bem equipado e moderno”, também vai permitir “reforçar a qualidade” e “introduzir inovações” na oferta dos azeites da marca Santa Vitória, que “já estavam num patamar elevado e bastante cotados”.

O lagar está numa propriedade no concelho de Beja, com 1.620 hectares e composta por várias herdades, onde o grupo tem o hotel rural Vila Galé Clube de Campo e a Casa Santa Vitória, que produz e comercializa vinhos e azeites e tem 127 hectares de vinha e uma adega e cerca de 200 hectares de olival.

Com o lagar, a Casa Santa Vitória também “reforça a sua posição” nos setores da agricultura e do agroturismo, disse Jorge Rebelo de Almeida, explicando que o equipamento, além da função industrial de produção de azeite, também vai ter “uma função turística”.

À semelhança do que acontece com a adega, que desenvolve atividades de enoturismo, o lagar vai promover o olivoturismo, já que vai estar aberto ao público e pretende promover visitas guiadas e provas de azeite, mediante marcação prévia, e dispõe de uma sala de provas e de uma área preparada para receber grupos, eventos de empresas e demonstrações gastronómicas.

Segundo Jorge Rebelo de Almeida, o lagar, que já está a funcionar, além de transformar as azeitonas do olival e produzir os azeites da Casa Santa Vitória, vai prestar serviços a outros produtores de azeite que o queiram usar para transformar azeitona.

Na atual campanha olivícola, adiantou, o lagar deverá transformar um milhão e 100 mil quilos de azeitonas e produzir 200 mil litros de azeite só tendo em conta as azeitonas apanhadas do olival e a produção própria da Casa Santa Vitória e sem contabilizar eventuais prestações de serviços.

“Por ser extremamente mecanizado”, o lagar, que foi cofinanciado em 400 mil euros por fundos comunitários, sendo o resto assegurado por verbas do grupo, permitiu criar três novos postos de trabalho permanentes, número que poderá aumentar durante as campanhas olivícolas.

O lagar dispõe de um pátio de receção de azeitona, com uma linha de limpeza e lavagem capaz de processar 50 toneladas de azeitonas por hora, uma sala com duas linhas de extração, capazes de transformar até 10 toneladas de azeitonas por hora, uma sala com 35 depósitos circulares com capacidades entre os 5.000 e os 30.000 litros e uma linha de engarrafamento, capsulagem e rotulagem com uma cadência de 1.200 garrafas por hora.

Segundo o responsável, “as boas práticas ambientais e a sustentabilidade” são “preocupações” da Santa Vitória, referindo que o caroço de azeitona que resulta da produção de azeite no lagar serve de combustível à caldeira de aquecimento de água e as águas residuais produzidas são encaminhadas para fossas de decantação e depois aproveitadas para uso agrícola.

A produção de azeites da empresa é comercializada sob a marca Santa Vitória nos hotéis Vila Galé existentes em Portugal e no Brasil e em grandes superfícies e lojas especializadas, sendo 80% vendida em Portugal e 20% exportada, sobretudo para o Brasil, mas também para Cabo Verde e Angola, disse Jorge Rebelo de Almeida.

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Milhares concentram-se em Londres contra a saída da União Europeia

  • Lusa
  • 19 Outubro 2019

Enquanto os deputados britânicos estão a debater o novo acordo para o Brexit negociado entre Londres e Bruxelas, milhares de pessoas estão nas ruas em protesto contra esse divórcio.

Milhares de pessoas que estão contra a saída do Reino Unido da União Europeia começaram, este sábado, a concentrar-se no centro de Londres a pedir para que o Reino Unido permaneça na UE.

As pessoas que enchem várias ruas da capital, estão a convergir para a Praça do Parlamento britânico, local onde se encontram os deputados a discutir os planos e a data de aplicação do Brexit’ apresentados pelo primeiro-ministro conservador Boris Johnson.

Segundo a Associated Press (AP), são muitos os cartazes que se veem nas ruas a pedir a suspensão do processo do Brexit, que começou com um referendo realizado em 2016 e no qual os eleitores britânicos apoiaram a retirada da Grã-Bretanha dos 28 Estados-membros da UE.

Entretanto, no Parlamento, Boris Johnson defendeu a urgência na conclusão do processo do Brexit, aprovando o novo acordo que foi negociado com a União Europeia (UE) esta semana. “É urgente seguir em frente, para construir um novo relacionamento com nossos amigos na UE com base num novo acordo, um acordo que pode curar a cisão na política britânica. Agora está na altura de esta grande Câmara dos Comuns se unir e unir o país”, afirmou, no início de uma sessão extraordinária no parlamento britânico.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, já disse que o principal partido da oposição vai votar contra por considerar que é prejudicial para a economia e para os trabalhadores.

Na quinta-feira, Boris Johnson concluiu negociações para alterações ao texto, sobretudo no protocolo relativo à Irlanda do Norte, removendo o mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira física com a vizinha República da Irlanda designado por backstop.

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“O futuro será 100% elétrico”. Conheça as novidades no Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

Mais de 60 veículos elétricos ou híbridos plug-in estão em exposição no Porto, em mais uma edição do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico. A opção é cada vez mais variada.

O Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico está de volta ao Porto. O evento já vai na terceira edição e decorre nos dias 18, 19 e 20 outubro na Alfândega do Porto. Mais do que uma exposição é um lugar para esclarecer dúvidas, deslumbrar o olhar com carros que ainda não estão no mercado e testar novos modelos, sejam eles elétricos ou híbridos plug-in. Desde carros topo de gama a veículos de duas rodas, há opções para todos os gostos e para todas as carteiras.

Veículos mais amigos do ambiente, com dois pedais, sem caixa de velocidades, estas são algumas mudanças neste paradigma da mobilidade. “O futuro será 100% elétrico e os carros híbridos surgem como uma fase de transição”, destaca o diretor do evento, José Oliveira. Considera que “a mudança do paradigma é inevitável e a aposta das marcas é clara“.

José Oliveira diz que “existe cada vez mais oferta” e explica ao ECO que em 2017 a exposição contava com pouco mais de 30 carros e hoje conta com mais de 60. Em relação ao ano passado a área de exposição duplicou, o que significa que “há o dobro dos modelos”. Acredita que para o próximo ano “ainda haverá mais oferta tendo em conta que muitas marcas estão a entrar no mercado. Estamos a assistir a uma transformação no setor automóvel a grande velocidade e que Portugal já está a preparar-se nesse sentido”.

A oferta é maior e os carros vão ficar mais acessíveis ao consumidor. “Cada vez existe mais oferta e o preço dos veículos tem vindo a diminuir e vai continuar nesse sentido”, destaca. “Eu diria que que começam já a surgir um conjunto de veículos mais adaptados à realidade do consumidor e com um preço mais enquadrado dentro daquilo que é a realidade socioeconómica do país”. Refere que hoje já é possível adquirir uma veículo mais amigo do ambiente por 29 mil euros, com autonomia de 300 quilómetros.

No caso da BMW, por exemplo, os preços variam entre os 41 e os 55 mil euros, isto no que respeita à gama mais baixa. Para gostos mais requintados e velocidades mais furiosas o consumidor pode optar pelo BMW i8, a partir de 185 mil euros.

O diretor do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico explica ao ECO que os carros associados à combustão representam mais de 100 anos de história. Considera que “a combustão provavelmente não desaparecerá na totalidade, a curto médio prazo, mas a tendência é ser substituída”. Dá o exemplo de mercados emergentes como a Noruega e a Suécia em que a taxa de adesão dos carros elétricos já ronda os 40%.

Eu acredito que o futuro será 100% elétrico. Os carros híbridos surgem como uma fase de transição.

José Oliveira

Diretor do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

E as fontes de abastecimento? José Oliveira explica que a fonte de abastecimento ainda é uma incógnita. “A fonte de abastecimento pode ser ou não as baterias, pode ser hidrogénio. Os carros de hidrogénio são sempre elétricos ao contrário do que muita gente pensa, têm é uma fonte de abastecimento diferente que não as baterias”.

Explica que é necessário investir em infraestruturas de rede de carregamentos “dentro das próprias casas” e que os postos de abastecimento devem ser encarados como “pontos de apoio”. Exemplifica: “Para fazermos uma viagem de 100 quilómetros gastamos um euro e meio de eletricidade, isto num veículo carregado a partir de casa”.

Qual o papel do Estado neste paradigma da mobilidade?

José Oliveira considera que a velocidade de mudança também vai depender do apoio do Estado. “Se o Estado investir mais a mudança será mais rápida, se investir menos está mudança será mais lenta”. Está consciente que atualmente os apoios são direcionados às empresas, referindo que “o apoio a particulares é residual, não há um grande apoio”. Mas não deixa de expressar que os preços estão a ficar mais acessíveis ao consumidor tendo em conta que este tipo de veículos estão a “começar a ser produzidos em grande escala”.

Veículos que promovem hábitos mais ecológicos é o foco deste certame que conta com mais de 13 mil visitantes e promete voltar para o ano, mais uma vez na Invicta, com mais novidades.

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Costa aposta em salários e emprego como chaves da governação

  • ECO
  • 19 Outubro 2019

António Costa quer dar centralidade à economia, nos próximos quatro anos, e fazer dos salários e do emprego duas das chaves da sua governação. "Mais Siza, menos Centeno", tinham pedido empresários.

Os empresários têm pedido a António Costa “mais Siza e menos Centeno” e, nos próximos quatro anos, o primeiro-ministro indigitado quer o mesmo: mais Economia e menos Finanças. Isto de acordo com o jornal Expresso (acesso pago), que avança, este sábado, que Costa quer dar centralidade à economia, no próximo mandato, e assumir os salários e os empregos como duas das chaves da sua governação.

Durante uma reunião com os empresários a 19 de setembro — ainda antes do arranque da campanha eleitoral –, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes pediu a António Costa que no próximo Governo houvesse “mais Siza Vieira, menos Centeno”. De acordo com o Expresso, o primeiro-ministro sorriu e confessou-se “feliz” por contar na sua equipa com “dois pontas de lança, um nas Finanças e outro na Economia”.

Na lista que entregou ao Presidente da República, António Costa escolheu, contudo, promover um desses “pontas de lança”, tendo passado o ministro Siza Vieira a número dois do Governo, enquanto Centeno caiu de quarto para quinto na hierarquia.

É que, escreve o Expresso, neste mandato, Costa quer o mesmo que os empresários: mais Economia e menos Finanças. Isto num contexto em que os ventos externos são mais incertos e em que o fator crítico para as empresas passou a ser a a escassez de mão-de-obra, em especial de trabalhadores qualificados. A resposta, tem dito o Governo, está na aposta na qualificação dos trabalhadores e no reforço dos salários.

Tal implica, desde já negociar na Concertação Social um acordo de legislatura para o aumento não só do salário mínimo como do nível geral das retribuições em Portugal, que tanto os sindicatos como o Governo reconhecem que é baixo. Mas tal também exige que as famílias tenham mais rendimento disponível, nomeadamente alargamento o número de escalões de IRS, promessa deixada pelo PS no seu programa eleitoral e muito defendida por António Costa.

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