Governo deu ok a compra de golas por ajuste direto. Recomendação da empresa veio de adjunto do secretário de Estado

  • ECO
  • 29 Julho 2019

O Código dos Contratos Públicos obriga a que compras acima de 20 mil euros sejam feitas por concurso público, mas as golas e kits de proteção não cumpriram a regra devido à urgência.

O Governo autorizou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a comprar as golas e kits de autoproteção por ajuste direto. Apesar de o montante superar largamente o previsto pela lei, a urgência e os acontecimentos imprevisíveis justificaram a decisão, segundo noticia a TSF (acesso livre).

O Código dos Contratos Públicos indica que os ajustes diretos estão limitados a compras até 20 mil euros. O contrato das golas custou ao Estado 102 mil euros e o dos kits outros 165 mil euros, mas foram adjudicados por ajuste direto. Questionada pela TSF, a ANEPC explicou que a Resolução do Conselho de Ministros de fevereiro de 2018 permitiu vários ajustes diretos, entre os quais os das golas e dos kits, ao abrigo dos programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”.

A Resolução em questão indica que o Código dos Contratos Públicos pode ser ignorado dados “motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis” para a entidade adjudicante que levaram a que não se pudessem cumprir os prazos dos habituais concursos públicos.

A revista Sábado tinha já avançado que as golas antifumo distribuídas pela Proteção Civil, que afinal tinham sido produzidas com material inflamável, foram fabricadas por uma empresa detida pelo marido da presidente de junta de Longos, Guimarães, a socialista Isilda Silva.

A empresa em causa chama-se Foxtrot – Aventura, Unipessoal Lda e tem fins de “turismo de natureza”, de “exploração de parques de campismo e caravanismo, exploração de estabelecimentos de restauração e de bebidas, nomeadamente bares e restaurantes” e de “exploração de minimercados, comércio, importação e exportação de produtos alimentares, bebidas e tabaco”.

O Jornal de Notícias acrescenta, esta segunda-feira, que quem recomendou a empresa foi Francisco José Ferreira. Este é presidente da concelhia do PS em Arouca e adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, José Neves, sendo que foi esta secretaria deu o ok para a compra.

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Aeroporto ameaça aves no Montijo. Impacte na população pode ser minimizado

  • Lusa
  • 29 Julho 2019

Estudo de Impacte Ambiental aponta um impacte "muito significativo" para uma espécie de ave, "moderadamente significativo" para 9 espécies e "pouco significativo" para 18 outras.

O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do futuro aeroporto do Montijo, que entrou em consulta pública, aponta diversas ameaças para a avifauna e efeitos negativos sobre a saúde da população por causa do ruído.

Do conjunto da documentação disponibilizada no ‘site’ da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) consta um aditamento entregue este mês em que se reconhece um impacte “muito significativo” para uma espécie de ave (fuselo – Limosa lapponica), “moderadamente significativo” para nove espécies e “pouco significativo” para 18 outras.

Contudo, do ponto de vista do impacto global previsto para a avifauna, os responsáveis pelo documento consideram que “é, em geral, pouco significativo a moderado para a comunidade estudada, e não ‘muito significativo’, como mencionado no Parecer ao EIA”.

“De referir ainda que, o impacte global é muito significativo apenas para uma espécie, o que representa apenas cerca de 4% do elenco em causa”, acrescentam.

A caracterização efetuada para a fauna permitiu elencar 260 espécies para a área abrangida pelo estudo. Das espécies identificadas, 45 aves apresentam estatuto de proteção.

O EIA diz que os impactes mais importantes na fase de exploração são para as aves e decorrem da circulação de aeronaves sobre o Estuário do Tejo, em especial para norte, e “que irá causar uma elevada perturbação ao nível do ruído nos habitats de alimentação e refúgio para este grupo”.

“Estes impactes são mesmo considerados como os mais significativos do projeto”, referem os autores do documento, que dizem, no entanto, que uma vez que está em causa a afetação de habitats de refúgio/alimentação de várias espécies importantes, “é proposto um conjunto de medidas de compensação/mitigação que visa a beneficiação de habitats” e que permite “reduzir a significância do impacte identificado”.

os impactes sobre a mortalidade de aves por colisão com aeronaves (bird strike), concluem que “para o elenco estudado, nenhuma das espécies terá as suas populações afetadas de forma importante pela mortalidade imposta por bird strike”.

Outros dos impactes negativos esperado para a fase de exploração do futuro aeroporto do Montijo está associado à perturbação pelo ruído decorrente do atravessamento de aeronaves numa parte do território do Barreiro e da Moita, “que poderá condicionar a expansão urbanística prevista para este território”, refere o EIA, que prevê que o concelho mais afetado seja o da Moita.

Contudo, prevê igualmente que, “com a aplicação de medidas ambientais adequadas e indicadas para o Ambiente Sonoro, o impacte possa ser, de certa forma, minimizado”.

Sublinham que, atualmente, a população desta zona “está maioritariamente exposta ao ruído do tráfego rodoviário e, em menor escala, do tráfego da linha ferroviária do Sado, de movimentação de pessoas em zona de lazer e outras, do tráfego fluvial, de atividades agrícolas e industriais, e das operações aéreas militares da BA6 (Base Aérea n,º6).

“Estimam-se que, dados os níveis sonoros atuais a que a população se encontra exposta, já ocorrem efeitos negativos na saúde”, refere o documento, explicando que, dos cerca de 94.000 adultos residentes na área de estudo, se estima que “cerca de 11 a 12% possam sofrer de elevada incomodidade, 17% de incomodidade e cerca de 3% de elevadas perturbações do sono”.

“A incomodidade é entendida como um conjunto de reações negativas como irritação, insatisfação, raiva, ansiedade, agitação ou distração, que ocorre quando o ruído perturba as atividades diárias de um dado indivíduo (…)” e as perturbações do sono abrangem o “adormecer, despertar, duração reduzida do sono, alterações das fases e profundidade do sono, e aumento do número de movimentos corporais durante o sono”, explicam também.

Preveem que na fase da construção haja impactes negativos na população da zona envolvente tanto sob o ponto de vista da “elevada incomodidade” como elevadas perturbações do sono.

Já na fase de exploração, por causa do aumento dos níveis sonoros nas aterragens e descolagens, preveem “um aumento da população afetada no que diz respeito ao parâmetro Elevadas Perturbações do Sono, em que se prevê a potencial afetação de 6.555 (2022) a 7.744 (2042) adultos, e ao parâmetro Elevada Incomodidade”, com “uma potencial afetação de 12.455 (2062) a 13.723 (2022) adultos”.

“Os impactes que decorrem desta afetação resultam em pouco significativos a significativos, sendo os concelhos mais afetados a Moita e o Barreiro”, esclarecem.

Ainda na Fase de Exploração, devido à acessibilidade de passageiros ao Aeroporto por via rodoviária e à presença e funcionamento dos novos Acessos, “estima-se que exista um aumento da população afetada no que diz respeito ao parâmetro Elevadas Perturbações do Sono, entre 1.200 (em 2022) a 1.400 (em 2042) adultos, que se traduz num impacte negativo pouco significativo a muito significativo”, refere o documento.

O estudo diz ainda que, no que diz respeito ao parâmetro ‘Elevada Incomodidade’, se prevê “a potencial afetação de cerca de 3.300 (2022) e de 4.200 (2042) adultos, que se traduz num impacte negativo pouco significativo a significativo nos concelhos do Montijo e Alcochete”.

Apesar destes impactes negativos sob a saúde da população, o documento diz que “as medidas ambientais propostas para o Ambiente Sonoro servirão também para minimizar os impactes identificados na Saúde Humana devido aos efeitos do ruído”.

A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo no novo aeroporto de Lisboa.

O projeto do Aeroporto do Montijo e respetivas acessibilidades, para além da construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, engloba também a construção de um novo acesso rodoviário, que permitirá estabelecer a ligação do futuro aeroporto à A12.

O futuro aeroporto do Montijo deverá ser implantado dentro dos limites da Base Aérea 6, na margem esquerda do rio Tejo, a 25 quilómetros de Lisboa, na sua quase totalidade no concelho do Montijo, na União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. Uma pequena área da Base aèrea 6, a nordeste, fica integrada no concelho de Alcochete, na freguesia do Samouco, mas que não será afetada pela construção do Aeroporto.

O primeiro-ministro, António Costa, já disse que apenas aguarda o EIA para a escolha da localização do novo aeroporto ser “irreversível”.

Quem tem contestado a realização do EIA é a associação ambientalista Zero, que em março interpôs uma ação judicial contra a APA para que seja efetuada uma Avaliação Ambiental Estratégica ao novo aeroporto do Montijo, um instrumento mais detalhado, que seria, no entender desta associação, a forma mais eficaz de avaliar verdadeiramente quais os efeitos deste nas questões do ordenamento do território, do ruído e da interferência com as espécies animais.

Pretendem igualmente que esta avaliação ambiental estratégica evidencie todas as alternativas, incluindo a não construção de um novo aeroporto.

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Lucros do BCP na Polónia encolhem com a compra do Euro Bank

Banco detido em 50,1% pelo BCP fechou o primeiro semestre de 2019 com lucros de 334 milhões de zlótis. Apresentou uma quebra de 5,3%.

O banco do BCP na Polónia lucrou menos no primeiro semestre do ano. O impacto da compra do Euro Bank e as contribuições para o Fundo de Resolução levaram o resultado líquido do Bank Millennium a ceder 5,3% para 334 milhões de zlótis (77,9 milhões de euros), em comparação com o mesmo período de 2018.

“O resultado líquido no primeiro semestre de 2019 atingiu 334 milhões de zlótis, com um impacto líquido das imparidades iniciais do Euro Bank de 65 milhões de zlótis (15,2 milhões de euros)”, explicou o BCP, em comunicado, sobre o banco detido em 50,1% do capital e com sede em Varsóvia.

Os custos operacionais foram “influenciados pela aquisição do Euro Bank e pelas contribuições obrigatórias para o fundo de resolução e FGD [Fundo de Garantias de Depósitos]“. Este segmento registou um aumento de 19,6% em termos homólogos, enquanto sem o fundo de resolução, o FGD e a aquisição do Euro Bank teria subido apenas 10,9%.

O resultado líquido, excluindo itens não habituais, atingiu 411 milhões de zlótis (95 milhões de euros), tendo aumentado 12% face ao mesmo período de 2018. A margem financeira cresceu 21,5%, em termos homólogos, sendo que excluindo o Euro Bank, aumentou 14,7%.

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Burlas nos contratos de luz disparam. ERSE abre 7 processos

A ERSE quase duplicou os processos relacionados com burlas nos contratos de energia, de janeiro a julho. Práticas desleais e mudança de empresa sem autorização do clientes são as mais recorrentes.

As reclamações nos contratos de energia não param de aumentar. No Portal da Queixa foram registadas 161 reclamações de janeiro a julho deste ano, face a 155 no total do ano passado, enquanto a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) quase duplicou os processo de contraordenação por burlas nos contratos de energia porta-a-porta ou via online.

Enquanto o Portal da Queixa vê as reclamações dispararem, a ERSE tem já em curso sete processos de contraordenação relacionadas com mudanças indevidas de comercializadores e mais sete queixas devido a práticas comerciais desleais. No total são 14 processos, quando em janeiro de 2019 eram nove.

“Na maioria das burlas, os consumidores relatam situações em que aparece uma pessoa à porta ou ao telefone, que tenta (ou consegue mesmo) mudar o contrato e só depois percebem que se trata de outra empresa que não o atual fornecedor. Geralmente fazem-se passar por funcionários da EDP”, refere fonte do Portal da Queixa, segundo avança o Diário de Notícias (acesso pago).

A Endesa (84) e a Iberdrola (36) são as empresas com mais reclamações até julho deste ano. A Endesa só em 2018 somou 126 queixas e a Iberdrola 29. Segundo informações do Portal da Queixa “apesar de a Endesa ter mais reclamações, a marca apresenta 94,5 de índice de satisfação e uma taxa de solução das reclamações de 90,4%. Já a Iberdrola possui um baixo índice de satisfação (6,2) e uma taxa de solução de apenas de 5,5%”.

De forma a combater estas burlas, o governo espanhol proibiu no final do ano passado, a realização de contratos de energia realizados porta a porta. Em Portugal, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos está atenta a esta situação e já emitiu vários alertas de más práticas.

A EDP, Endesa, Iberdrola e Goldenergy foram contactadas pelo DN, mas nenhuma confirmou ser alvo dos processos de contraordenação da ERSE.

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Deutsche Bank mais pessimista sobre Jerónimo Martins. Retalhista afunda 3% e arrasta bolsa de Lisboa

Num dia cheio de resultados para o PSI-20, é o corte na recomendação das ações da Jerónimo Martins que está a marcar a abertura da sessão. Com o tombo da retalhista, o índice abriu a perder 0,30%.

A Jerónimo Martins viu um corte na recomendação sobre as ações do Deutsche Bank e afunda na abertura da sessão em bolsa. Os analistas do banco de investimento passaram a recomendar “manter” as ações, em vez de “vender” por considerarem que o rácio entre risco e retorno está mais equilibrado e a retalhista dona do Pingo Doce afunda 2,96% para 14,43 euros.

O tombo arrastou o PSI-20, que abriu a perder 0,30% para 5.125,74 pontos, num dia cheio em termos de resultados empresariais e em que a energia e a banca são os grandes destaques.

A Galp Energia anunciou antes da abertura do mercado que fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 303 milhões de euros, uma quebra face aos resultados líquidos do mesmo período do ano passado que resulta, em grande medida, de eventos não recorrentes e do efeito de stocks no segundo trimestre. O EBITDA cresceu, tendo a petrolífera revisto em alta a projeção para o total do ano. A cotada segue a perder 0,46% para 14,02 euros.

A EDP Renováveis chegou a acordo com uma filial da Actis, um investidor de private equity em mercados em crescimento, para a venda da participação acionista total num projeto de tecnologia eólica onshore com 137 MW de capacidade instalada. Recebe 155 milhões de euros, mas o impacto para a empresa liderada por Manso Neto chega aos 285 milhões. O plano de quatro mil milhões de euros de rotação de ativos até 2022 fica assim completo em 25%.

Assim, os títulos do grupo EDP estão entre os que contrariam a tendência negativa no índice. A eólica segue a subir 0,54% para 9,30 euros, enquanto a casa-mãe ganham 0,27% para 3,37 euros.

Já o BCP, que apresenta contas ao mercado após o fecho do mercado, comunicou também os resultados do negócio na Polónia. O Bank Millennium registou um resultado líquido no primeiro semestre de 334 milhões de zlótis (77,9 milhões de euros), o que representa uma quebra de 5,3% face ao período homólogo. O banco liderado por Miguel Maya desvaloriza 0,44% para 0,25 euros por ação.

Além da recomendação negativa e quebras nos lucros, o PSI-20 está também a ser penalizado pelo sentimento nas pares europeias. As principais bolsas abriram também em queda, com o Euro Stoxx 600 a recuar 0,2%.

(Notícia atualizada às 8h15)

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Hoje nas notícias: Burlas, golas inflamáveis e ISP

  • ECO
  • 29 Julho 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As polémicas golas inflamáveis para proteção das populações em caso de incêndio continuam a dominar as notícias esta segunda-feira. O disparo nos processos de contraordenação por burlas nos contratos da luz, créditos sem garantia no Montepio que o Banco de Portugal deixou passar, benefícios fiscais a combustíveis fósseis e o programa eleitoral do PCP também estão em destaque.

Adjunto do secretário de Estado é que indicou empresa de golas

Francisco José Ferreira, presidente da concelhia do PS em Arouca, foi quem indicou a empresa que acabou por fabricar golas antifumo inflamáveis para a população se proteger em caso de incêndio. O político é também adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, José Neves, sendo que foi esta secretaria que adjudicou o contrato para a compra dos kits inflamáveis. Já se sabia ainda que essa mesma empresa é detida pelo marido da presidente da junta de Longos, Guimarães. Leia a notícia completo no Jornal de Notícias (link indisponível).

Burlas nos contratos da luz quase duplicam

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) quase duplicou o número de processos de contraordenação por burlas nos contratos da luz. Em causa estão mudanças de empresa sem autorização dos clientes e práticas comerciais desleais. No Portal da Queixa também estão a disparar as reclamações relativas a burlas nos novos contratos de energia, seja nas vendas porta a porta ou via telemarketing. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Banco de Portugal deixa passar crédito sem garantia no Montepio

O Banco Montepio incluiu nas suas contas um crédito proteção válida ao longo de quatro anos (entre meados de 2014 e início de 2019). O empréstimo era a José Guilherme e assumia como válida uma garantia bancária emitida pelo Finibanco Angola que deixara de a reconhecer em 2015. O Banco de Portugal interveio apenas no ano passado. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Benefícios fiscais a combustíveis fósseis custam 430 milhões este ano

Os benefícios fiscais associados ao Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP) vão custar 436 milhões de euros este ano aos cofres do Estado. O montante representa uma acréscimo de 3% face ao ano anterior. O principal foi atribuído para o uso de combustíveis fósseis na produção de eletricidade e calor, sendo que está previsto o corte progressivo das isenções no uso de combustíveis fósseis na produção de eletricidade. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

“Se alterarmos o IRC, os supermercados fogem? Não”

Líder parlamentar do PCP, João Oliveira, diz em entrevista ao Público que o programa eleitoral do partido não querem aumentar a carga fiscal, mas mudar a forma de tributação. Entre as principais propostas estão a redução da taxa de IVA e o aumento dos escalões de IRS, conseguidas através da subida da taxa de IRC para grandes empresas, englobamento obrigatório no IRS dos rendimentos de mercados de capitais e imposto sobre transações financeiras. Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

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EDPR encaixa 155 milhões com ativos eólicos no Brasil

Operação, que se inclui no plano de rotação de ativos, está avaliada em 285 milhões de euros, permitindo à empresa liderada por Manso Neto alcançar 25% do programa total.

A EDP Renováveis chegou a acordo com uma filial da Actis, um investidor de private equity em mercados em crescimento, para a venda da participação acionista total num projeto de tecnologia eólica onshore com 137 MW de capacidade instalada. Recebe 155 milhões de euros, mas o impacto para a empresa liderada por Manso Neto chega aos 285 milhões.

Em comunicado enviado pela EDP Renováveis à CMVM revela que a venda do parque eólico de Babilonia, de 137 MW, localizado no estado de Bahia, Brasil, foi realizada “por cerca de 650 milhões de reais” brasileiros, sendo este referente ao valor do capital próprio, ficando “sujeito a ajustes aquando da conclusão”.

Com base no no preço da transação deste parque em operação desde o quarto trimestre de 2018, mas também no da “dívida líquida externa, o valor total implícito do enterprise value, para 100% dos ativos, ascende a 1,2 mil milhões de reais”, equivalente a 285 milhões de euros.

“A alienação anunciada hoje faz parte da estratégia de rotação de ativos, ou seja a venda de participações maioritárias em projetos operacionais ou em desenvolvimento, o que permite à EDP Renováveis acelerar a criação de valor e reciclar capital para reinvestir em crescimento adicional”, nota a empresa.

“Incluindo a transação anunciada hoje, a EDP Renováveis já alcançou cerca de 25% do objetivo de quatro mil milhões de euros de rotação de ativos para 2019-22, conforme anunciado no Strategic update de 12 de março de 2019″, conclui.

(Notícia atualizada às 7h54 com mais informação)

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Carrinhas Bedford estão na moda no Douro para trabalho e turismo

  • Lusa
  • 29 Julho 2019

As carrinhas Bedford usados durante décadas para transpor o terreno íngreme do Douro voltam a estar na moda. São usadas para o trabalho nas vinhas e também como meio de transporte para turismo.

As antigas carrinhas Bedford voltam a estar na moda no Douro, depois de terem caído em desuso, e são usadas para o trabalho nas vinhas de encostas íngremes e como meio de transporte para turistas em quintas.

São veículos robustos e de muita força e foram usados durante décadas para transpor o terreno íngreme do Douro, conseguindo aguentar toneladas de uvas, vinho, material ou trabalhadores.

Com o tempo foram caindo em desuso, abandonadas em garagens ou terrenos agrícolas e agora voltam a “estar na moda”.

Há oficinas que as recuperam e os proprietários usam-nas para o transporte de turistas ou para o trabalho na vinha. Há quem lhes chame os “clássicos do Douro” e são cuidadas como peças de coleção.

“Esta carrinha sobe em qualquer lado. Onde as outras se negam esta não se nega. Com quatro mil quilos sai de qualquer lado. Posso parar ao cimo, dou-lhe gás e toca a andar”, afirmou à agência Lusa José Estável, de 76 anos e viticultor em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira.

Esta freguesia é uma das maiores produtoras de vinho do Porto da região demarcada e chegou a ter cerca de meia centena destas viaturas, que foram produzidas na Inglaterra, pela Bedford, entre o final dos anos 50 até meados dos anos 80, do século passado.

José Estável contou que pagou “80 contos” (400 euros) pela carrinha há cerca de 30 anos. Já era usada. “Andei e andei com ela e depois, coitada, começou a avariar e encostei-a num cardenho”, referiu.

Foi o filho que pegou nela anos mais tarde e a recuperou. Está pintada de verde e confunde-se com as folhas das videiras.

“Agora, tem-se enchido de trabalhar na mão dele e eu quando preciso também a vou buscar”, afirmou.

Na margem oposta do rio Douro, em Gouvinhas, Sabrosa, a Quinta do Crasto utiliza uma Bedford azul para ir buscar os turistas à estação ferroviária ou ao cais fluvial do Ferrão. Na caixa aberta da carrinha foram colocados bancos e escadas de madeira.

“O protagonismo que esta carrinha ganhou aqui dentro superou até as minhas melhores expectativas. Tudo começou com uma paixão minha pela Bedford, que é um carro que eu sempre vi a circular aqui no Douro”, afirmou à Lusa o administrador Tomás Roquette.

As visitas às vinhas são também feitas na carrinha, que, apesar de ter sido adaptada para turismo, ainda é utilizada para trabalho na propriedade.

Tomás Roquette adiantou ter a intenção de adquirir pelo menos mais uma destas viaturas para aumentar a oferta turística. “Acho que as Bedford se vão tornar cada vez mais numa relíquia”, afirmou.

A Quinta do Crasto foi considerada recentemente uma das melhores propriedades vinícolas do mundo, ocupando o quarto lugar do top 50 da lista “The World’s Best Vineyards”. Aqui chegam cerca de 5.500 visitantes por ano.

Manuel Bastardo tem uma oficina em Ervedosa onde concilia o trabalho do dia-a-dia com a recuperação das antigas viaturas. Tem 50 anos e a Bedford que recuperou para si é mais velha dois meses.

“Comecei a trabalhar nisto aos 15 anos. Naquela altura havia cá muitas Bedford”, referiu.

Depois, contou, os veículos começaram a ser encostados, nos terrenos ou nas garagens e outros foram para a sucata. “Até pagavam para as tirar de cá e agora anda tudo atrás disto. Voltam a estar na moda”, sublinhou.

Segundo o mecânico, antigamente “não havia dinheiro para comprar carros novos e estes eram acessíveis”. Frisando que “agora até estão mais caros”, frisou.

Na principal avenida do Pinhão, concelho de Alijó, António Marques tem uma oficina onde se dedica quase em exclusivo ao restauro de carrinhas Bedford.

Foi num destes veículos que aprendeu a conduzir e há uns anos foi desafiado por um amigo para recuperar uma que estava em “péssimo estado”. Na antiga oficina que era do pai havia peças e embarcou numa aventura que já vai em “oito viaturas recuperadas”, umas para turismo, outras para o trabalho e outras ainda apenas “para coleção”.

António Marques trabalha na parte mecânica (travões ou motor) e depois recorre a um pintor e a um chapeiro para concluir o trabalho que pode demorar entre dois a seis meses e se tudo correr bem.

“Já começamos a ter alguns problemas em arranjar materiais, como jogos de juntas ou farolins. Onde temos arranjado material agora é na Índia”, referiu.

Este é, na sua opinião, um “carro muito identificativo” do Douro e, que agora, com o aumento da procura, “já começa a escassear”.

Depois de recuperados podem atingir, segundo os mecânicos, os 10 mil e 13 mil euros.

A 04 de agosto realiza-se um passeio de carros antigos a partir de Ervedosa, que tem como cabeça de cartaz as Bedford. Francisco Pinto pertence à organização do evento e afirmou que estas carrinhas se transformaram “numa atração turística” do Douro.

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Trabalhadores dos Registos em greve contra sistema remuneratório e de carreira

  • Lusa
  • 29 Julho 2019

Os trabalhadores do Sindicato Nacional dos Registos estão em greve devido ao sistema remuneratório, progressão e promoções na carreira e abertura de novos concursos internos e externos.

Os trabalhadores do Sindicato Nacional dos Registos (SNR) realizam esta segunda-feira uma greve durante todo dia, devido ao sistema remuneratório, progressão e promoções na carreira e abertura de novos concursos internos e externos.

Tendo por base estas reivindicações ligadas ao estatuto remuneratório e à reforma dos serviços, o SNR agendou ainda greves para 05, 16 e 26 de agosto e 02, 09, 16 e 30 de setembro próximos.

O SNR decidiu manter estas greves por considerar que o novo estatuto remuneratório dos conservadores de registos e oficiais de registo “reforça as abismais assimetrias salariais” e “mantém os cálculos mal efetuados e processados nas contas dos vencimentos, atualmente pagos”.

O sindicato entende ainda que o diploma aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros “nega direitos legalmente protegidos, como a atualização indiciária desde 2000, como o pagamento do abono para falhas, os emolumentos pessoais, bem como o incumprimento e progressão dos trabalhadores desde 01 de janeiro de 2018″, em incumprimento de legislação vigente.

“Este Governo mente e mentiu ao assumir e comprometer-se com os trabalhadores e com os parlamentares da Assembleia da República, em ter a reforma dos registos e notariado finalizada até ao final do primeiro semestre, quando ainda falta ouvir os sindicatos quanto à portaria que contém adaptações ao sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP)”, diz o SNR, acusando o Governo de “intencionalmente promover nos serviços públicos de Registos e Notariado o descontentamento social e a revolta”.

Como proposta de serviços mínimos durante o período de de greve e a realização de testamentos em iminência de morte.

Outra estrutura sindical, o Sindicato dos Trabalhadores dogreve, o SNR propõe a realização de casamentos civis urgentes, em situação de iminência de parto ou em caso de morte iminente, bem como realização de casamentos civis agendados antes do aviso de Registos e Notariado (STRN), também recusa a proposta do Governo para o estatuto remuneratório destes trabalhadores e anunciou uma greve de cinco dias com início a 12 de agosto.

Para a mesma semana, está também marcada uma greve da Associação Sindical dos Conservadores dos Registos (ASCR) em protesto contra o incumprimento pela tutela dos compromissos assumidos em assuntos como o sistema remuneratório.

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Sem efeitos extraordinários, lucro do BPI afunda 63%

Banco liderado por Pablo Forero registou resultados líquidos de 134,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Comparação é negativa dada a ausência de efeitos extraordinários.

O BPI apresentou um resultado consolidado positivo de 134,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Registou uma forte quebra nos lucros, mas esta é explicada com operações extraordinárias registadas no arranque do ano passado, bem como à alteração de contabilização do BFA.

“Na comparação com o semestre homólogo de 2018, deverá ter-se em consideração que a evolução do resultado consolidado (-63%) é muito influenciada por impactos positivos extraordinários registados no primeiro semestre de 2018 (+118 milhões de euros, essencialmente ganhos com a venda de participações) e que não se repetiram em 2019“, refere o banco liderado por Pablo Forero.

A instituição do CaixaBank explica também esta quebra com “a alteração da classificação contabilística do BFA no final de 2018, pelo que o resultado consolidado passa a refletir apenas os dividendos do BFA”. E nestes primeiros seis meses, o banco angolano contribuiu co 38,1 milhões, mais do que os 9,5 milhões referentes à à participação financeira do BPI em Moçambique, no BCI.

O banco nota que o “lucro líquido recorrente da atividade registada em Portugal alcançou os 86,9 milhões de euros, o que corresponde a uma redução homóloga de 17% muito explicada por imparidades de 11 milhões de euros em fundos de recuperação e redução em 5 milhões dos lucros em operações financeiras e outros proveitos”.

Mais crédito, mais depósitos (e mais margem)

O BPI revela que a “carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 336 milhões de euros no primeiro semestre de 2019″, tendo crescido 1,4% para 23.823 milhões de euros”, evolução que permitiu ao banco apresentar uma melhoria de 3,7%, em termos homólogos, na margem financeira.

“O volume total de crédito a empresas em Portugal registou um crescimento de 6,8% para 9.424 milhões de euros”, diz o banco, notando que a variação da carteira líquida de crédito às empresas ascendeu a 135 milhões de euros neste primeiro semestre (+1,5%)”.

Nos particulares, a carteira de crédito à habitação encolheu 0,5% para 11.112 milhões de euros, apesar do crescimento de 26% da nova concessão. Já a “carteira de crédito ao consumo cresceu 7,5% face a dezembro de 2018, alcançando 1.491 milhões. A contratação de novo crédito ao consumo registou uma subida de +17% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior”, conclui.

(Notícia atualizada às 8h11 com mais informação)

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Galp lucra menos. Revê previsões de resultados em alta

A petrolífera encerrou os primeiros seis meses do ano com lucros de 303 milhões de euros. Apresentou uma quebra, explicada com os resultados alcançados no segundo trimestre.

A Galp Energia fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 303 milhões de euros, uma quebra face aos resultados líquidos do mesmo período do ano passado que resulta, em grande medida, de eventos não recorrentes e do efeito de stocks no segundo trimestre. O EBITDA cresceu, tendo a petrolífera revisto em alta a sua projeção para o total do ano.

Enquanto nos seis meses os lucros encolheram 22%, face aos 386 milhões do período homólogo, no segundo trimestre houve uma quebra dos resultados para 200 milhões, o que compara com os 251 milhões um ano antes. “O resultado líquido IFRS foi de 231 milhões, considerando eventos não recorrentes de 14 milhões e efeito de stock de 17 milhões”, diz a empresa.

O EBITDA aumentou 11%, em termos homólogos, para 782 milhões, “suportado pelo aumento da produção no período, pela valorização do dólar face ao euro e refletindo também a implementação da norma IFRS 16″, diz a Galp Energia, notando, no entanto, que “os resultados operacionais foram impactados pelos menores preços do petróleo”.

O crescimento do EBITDA vai continuar. Na atualização às perspetivas para este ano, a empresa diz que o EBITDA esperado deverá ficar “acima de 2,2 mil milhões (anteriormente 2,1 – 2,2 mil milhões), considerando a performance operacional durante o primeiro semestre e a envolvente macroeconómica esperada”.

A produção média de petróleo “no primeiro semestre de 2019 foi de 112,2 mil barris de petróleo por dia, um aumento de 6% em termos homólogos, suportado pelo início de produção do bloco 32, em Angola, e pelo progresso do campo Lula, no Brasil, apesar do impacto da unitização”. Em termos líquidos, após impostos, a produção da Galp Energia “aumentou 5% para 110,3 mil barris”.

A empresa manteve a sua estimativa de aumento da produção da matéria-prima “entre 8% a 12%”, em termos homólogos, apontando, ao mesmo tempo, para um preço do petróleo mais elevado. A Galp Energia aumentou o pressuposto para o preço do barril de Brent de 60 para 65 dólares, mas a margem de refinação agora assumida é de 4 dólares, contra 5 a 6 dólares, anteriormente.

(Notícia atualizada às 8h05 com mais informação)

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Estudo de impacte ambiental viabiliza aeroporto do Montijo. Entra em consulta pública

  • Lusa
  • 29 Julho 2019

O estudo de impacte ambiental ao aeroporto do Montijo entra esta segunda-feira em consulta pública até 19 de setembro. Agência Portuguesa de Ambiente irá aprovar ou chumbar o projeto.

O estudo de impacte ambiental ao aeroporto do Montijo entra esta segunda-feira em consulta pública, que se prolonga até 19 de setembro, podendo os interessados participar para que os contributos sejam considerados no parecer da Agência Portuguesa de Ambiente.

No sábado, a ANA – Aeroportos de Portugal informou ter recebido da Agência Portuguesa de Ambiente (APA) a declaração de conformidade do Estudo de Impacte Ambiental do aeroporto do Montijo e respetivas acessibilidades, e o arranque do processo de consulta pública.

Nesta fase o objetivo é recolher contributos, opiniões, críticas de interessados, sejam cidadãos ou entidades, como organizações não-governamentais do ambiente.

A informação recolhida na consulta pública ajudará à tomada de decisão sobre a avaliação de impacte ambiental, um instrumento que ausculta as preocupações e prováveis consequências ambientais do novo aeroporto.

A APA irá emitir então a Declaração de Impacte Ambiental, um parecer que aprova ou chumba o projeto.

A ANA disse no sábado que esta consulta pública será suportada no ‘site’ da EPA, mas que irá lançar um ‘site’ com informação sobre o projeto, desde logo parceria com as câmaras municipais dos concelhos envolvidos no novo aeroporto.

Em 13 de julho, a ANA adiantou que tinha enviado à APA informação adicional pedida por esta no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental do aeroporto do Montijo.

Após a consulta pública, a APA irá fazer a análise da informação que lhe chegará e poderá pedir mais elementos até à emissão da decisão de provar ou chumbar o projeto.

A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo no novo aeroporto de Lisboa.

Em 04 de janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que serão integralmente cumpridas eventuais medidas de mitigação definidas no Estudo de Impacto Ambiental.

O primeiro-ministro, António Costa, já disse que apenas aguarda o EIA para a escolha da localização do novo aeroporto ser “irreversível” e admitiu que não há plano B” para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa caso o EIA chumbe a localização no Montijo.

António Costa garantiu também que “não haverá aeroporto no Montijo” se o EIA não o permitir.

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