Como funciona a vacina contra a Covid? Quem a pode tomar? E há riscos? EMA tira as dúvidas

  • ECO
  • 24 Dezembro 2020

Comirnaty é o nome da primeira vacina contra a Covid-19 a ser aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Para combater a desinformação, a EMA divulgou uma série de questões e respostas.

Esta segunda-feira a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) autorizou o uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech na União Europeia. É a primeira vacina contra o vírus e foi conseguida num período recorde. A autorização foi dada com um princípio simples: a análise dos dados mostra que os benefícios são superiores aos riscos.

A vacina chama-se Comirnaty e começará oficialmente a ser utilizada este domingo, 27 de dezembro, em toda a União Europeia. No caso de Portugal, haverá 9.750 doses que nesse dia poderão ser administradas a profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo que até ao final do ano chegarão ainda mais 70.200 doses, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela ministra da Saúde, Marta Temido.

Com a aproximação do início da vacinação nos países europeus, Agência Europeia de Medicamentos divulgou esta quinta-feira um Q&A com dúvidas sobre a vacina em todas as línguas dos Estados-membros. Aqui pode tirar as suas dúvidas sobre as alergias, os efeitos secundários, o modo de funcionamento da vacina e o que ainda se desconhece sobre a vacina.

O que é Comirnaty e para que é utilizado?

Comirnaty é uma vacina para a prevenção da doença provocada por coronavírus 2019 (COVID-19) em pessoas com idade igual ou superior a 16 anos. Comirnaty contém uma molécula denominada ARN mensageiro (ARNm) com instruções para produzir uma proteína do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19. Comirnaty não contém o vírus em si e não pode causar a Covid-19.

Como se utiliza Comirnaty?

Comirnaty é administrado sob a forma de duas injeções, normalmente no músculo do braço, com um intervalo de pelo menos 21 dias. As disposições para o fornecimento da vacina serão da responsabilidade das autoridades nacionais. Para mais informações sobre a utilização de Comirnaty, consulte o Folheto Informativo ou contacte um profissional de saúde.

Como funciona Comirnaty?

Comirnaty funciona ao preparar o organismo para se defender da Covid-19. Contém uma molécula denominada ARN mensageiro (ARNm) que tem instruções para produzir a proteína S. Trata-se de uma proteína na superfície do SARS-CoV-2 que o vírus utiliza para penetrar nas células do organismo. Quando uma pessoa recebe a vacina, algumas das suas células leem as instruções do ARNm e produzem temporariamente a proteína S. O sistema imunitário da pessoa reconhecerá então essa proteína como estranha e produzirá anticorpos e ativará células T (glóbulos brancos) para a atacar. Se, numa fase posterior, a pessoa entrar em contacto com o SARS-CoV-2, o seu sistema imunitário reconhecê-lo-á e estará pronto a defender o organismo contra ele. O ARNm da vacina não permanece no organismo, sendo decomposto pouco tempo após a vacinação.

Quais os benefícios demonstrados por Comirnaty durante os estudos?

Um ensaio clínico de grandes dimensões demonstrou que Comirnaty foi eficaz na prevenção da Covid-19 em pessoas a partir dos 16 anos de idade. O ensaio incluiu cerca de 44.000 pessoas no total. Metade das pessoas incluídas no ensaio recebeu a vacina e a outra metade recebeu uma injeção simulada. As pessoas não sabiam se tinham recebido a vacina ou a injeção simulada. A eficácia foi calculada em mais de 36.000 pessoas a partir dos 16 anos de idade (incluindo pessoas com mais de 75 anos) que não apresentavam sinais de infeção prévia. O estudo mostrou uma redução de 95 % no número de casos sintomáticos de Covid-19 em pessoas que receberam a vacina (8 casos em 18.198 apresentaram sintomas de Covid-19) em comparação com as pessoas que receberam uma injeção simulada (162 casos em 18 325 apresentaram sintomas de Covid-19). Isto significa que a vacina demonstrou uma eficácia de 95 % no ensaio. O ensaio mostrou igualmente uma eficácia de cerca de 95 % nos participantes com risco de desenvolver formas graves de Covid-19, incluindo doentes com asma, doença pulmonar crónica, diabetes, tensão arterial alta ou um índice de massa corporal ≥ 30kg/m2.

Podem as pessoas que já tenham tido Covid-19 ser vacinadas com Comirnaty?

Não se verificaram efeitos secundários adicionais nas 545 pessoas que receberam Comirnaty no ensaio e que já tinham tido Covid-19. Não foram reunidos dados suficientes do ensaio que permitam concluir sobre a eficácia de Comirnaty nas pessoas que já tenham tido Covid-19.

Comirnaty pode reduzir a transmissão do vírus de uma pessoa para outra?

Desconhece-se ainda o impacto da vacinação com Comirnaty na disseminação do SARS-CoV-2 na comunidade. Não é ainda conhecido o número de pessoas vacinadas que podem ainda transportar e espalhar o vírus.

Quanto tempo dura a proteção de Comirnaty?

Desconhece-se atualmente a duração da proteção conferida por Comirnaty. As pessoas vacinadas no ensaio clínico continuarão a ser seguidas durante 2 anos para reunir mais informações sobre a duração da proteção.

As crianças podem ser vacinadas com Comirnaty?

Comirnaty não é atualmente recomendado em crianças com menos de 16 anos de idade. A EMA e a empresa acordaram um plano de ensaio da vacina em crianças numa fase posterior.

As pessoas imunocomprometidas podem ser vacinadas com Comirnaty?

Os dados em pessoas imunocomprometidas (pessoas com o sistema imunitário enfraquecido) são limitados. Embora as pessoas imunocomprometidas possam não responder tão bem à vacina, não existem preocupações específicas de segurança. As pessoas imunocomprometidas podem continuar a ser vacinadas, uma vez que podem estar expostas a maiores riscos com a Covid-19.

Podem as mulheres grávidas ou a amamentar ser vacinadas com Comirnaty?

Os estudos realizados em animais não revelam efeitos nocivos na gravidez. No entanto, os dados sobre a utilização de Comirnaty durante a gravidez são muito limitados. Apesar de não existirem estudos sobre a amamentação, não se prevê qualquer risco na amamentação. A decisão sobre a utilização da vacina em mulheres grávidas deve ser tomada em estreita consulta com um profissional de saúde, depois de os benefícios e os riscos terem sido considerados.

As pessoas com alergias podem ser vacinadas com Comirnaty?

As pessoas que já sabem que têm uma alergia a um dos componentes da vacina indicados na secção 6 do Folheto Informativo não devem receber a vacina. Foram observadas reações alérgicas (hipersensibilidade) em pessoas que receberam a vacina. Ocorreu um número muito reduzido de casos de anafilaxia (reação alérgica grave) desde que a vacina começou a ser utilizada em campanhas de vacinação. Por conseguinte, à semelhança de todas as vacinas, Comirnaty deve ser administrado sob supervisão médica rigorosa, com tratamento médico adequado disponível. As pessoas que tenham uma reação alérgica grave ao receber a primeira dose de Comirnaty não devem receber a segunda dose.

Como funciona Comirnaty em pessoas de etnias e géneros diferentes?

O ensaio principal incluiu pessoas de etnias e géneros diferentes. Foi mantida uma eficácia de cerca de 95% entre todos os géneros, grupos raciais e étnicos.

Quais são os riscos associados a Comirnaty?

Os efeitos secundários mais frequentes associados a Comirnaty no ensaio foram, geralmente, ligeiros a moderados e melhoraram alguns dias após a vacinação. Estes incluíram dor e inchaço no local da injeção, fadiga (cansaço), dores de cabeça, dores musculares e nas articulações, arrepios e febre. Afetaram mais de 1 em cada 10 pessoas. Ocorreram vermelhidão no local da injeção e náuseas em menos de 1 em cada 10 pessoas. Comichão no local da injeção, dor nos membros, dilatação dos gânglios linfáticos, dificuldade em adormecer e sensação de indisposição (mal-estar) foram efeitos secundários pouco frequentes (afetaram menos de 1 em cada 100 pessoas). A fraqueza muscular num dos lados da face (paralisia facial periférica aguda ou paralisia facial) ocorreu raramente em menos de 1 em cada 1000 pessoas. Durante as campanhas de vacinação com Comirnaty, ocorreram reações alérgicas, incluindo um número muito reduzido de casos de reações alérgicas graves (anafilaxia). Tal como para todas as vacinas, Comirnaty deve ser administrado sob supervisão médica rigorosa, com tratamento médico adequado disponível.

Porque está Comirnaty autorizado na UE?

Comirnaty proporciona um elevado nível de proteção contra a Covid-19, o que constitui uma necessidade crítica na atual pandemia. O ensaio principal mostrou que a vacina tem uma eficácia de 95 %. A maioria dos efeitos secundários são de gravidade ligeira a moderada e desaparecem no prazo de alguns dias. A Agência concluiu que os benefícios de Comirnaty são superiores aos seus riscos e a vacina pode ser autorizada para utilização na UE. Foi concedida a Comirnaty uma Autorização de Introdução no Mercado condicional. Isto significa que se aguardam dados adicionais sobre a vacina, que a empresa está obrigada a fornecer. A Agência procederá à análise de novas informações disponíveis e, se necessário, à atualização do presente resumo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Executivo tem de governar melhor” em 2021, avisa Rui Rio na mensagem de Natal

Na mensagem de Natal, Rui Rio deixou vários alertas ao Executivo de António Costa, sobretudo na forma como está a agir ao nível do SNS, mas também nos dossiers TAP e Novo Banco.

“O Governo tem de governar melhor do que tem vindo a fazer”, alerta o presidente do PSD na sua mensagem de Natal. Os alertas de Rui Rio vão não só para a forma como o Executivo tem gerido o Serviço Nacional de Saúde, porque é preciso reduzir a taxa de mortalidade em Portugal que não está apenas associada à Covid-19, mas também para os dossiers TAP e Novo Banco.

Rui Rio, numa mensagem gravada em vídeo, relembra que o PSD,” desde o princípio”, tem “cooperado com o Governo no combate à pandemia, mas há outros dossiers onde o Governo tem de melhorar como por exemplo o caso da TAP e do Novo Banco”, frisou. “Porque são milhões de impostos que têm sido despejados em cima da TAP e do Novo Banco por erros de gestão e de opções políticas”, justificou.

Para o presidente, esses milhões fazem falta “em muito outro sitio como saúde, educação e também na redução ou não aumento da dívida pública”. Rio recorda que o facto de a dívida continuar vai “penalizar” o país no futuro. O Estado português endividou-se em mais 3.258 milhões de euros até outubro face ao que tinha acontecido até à mesma altura do ano passado, segundo um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Reconhecendo que desde 2019 que o Executivo não tem “manifestamente” sido capaz de responder aos desafios que se colocam ao SNS, Rio espera que, “em 2021, o Governo consiga reorganizar o SNS de modo a que a taxa de mortalidade regresse ao normal”, ou seja “para que não morram mais portugueses porque a assistência é mais deficiente do que normalmente o é”.

Este é “um Natal diferente por causa da pandemia” — reconhece Rio — mas “vamos ter esperança de que, em 2021, vamos conseguir voltar a relançar o país”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diretora-executiva da EMA preocupada com hesitação em relação à vacina

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2020

“A hesitação quanto à vacina preocupa-me, e um trabalho que agora podemos fazer juntos é combater a desinformação através de uma comunicação clara, oportuna e proativa, disse Emer Cooke.

A nova diretora-executiva da Agência Europeia de Medicamentos admitiu que a hesitação em relação à vacina contra a Covid-19 a preocupa e defendeu que é preciso combater a desinformação e responder às “preocupações legítimas” dos cidadãos.

A hesitação quanto à vacina preocupa-me, e um trabalho que agora podemos fazer juntos é combater a desinformação através de uma comunicação clara, oportuna e proativa”, defendeu Emer Cooke em entrevista ao Infarmed Notícias, publicada esta quinta-feira.

Para a responsável da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), é necessário “responder às preocupações legítimas dos cidadãos e construir confiança com eles”. “Talvez isso implique a utilização das redes sociais ou qualquer outro canal que nos ajude a alcançar as pessoas e melhor direcionar a informação”, advogou Emer Cooke, que assumiu funções a 16 de novembro, ao jornal oficial da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Na entrevista, Emer Cooke traça as principais prioridades do seu mandato, afirmando que, no âmbito da Covid-19, “o que é realmente importante […] é garantir a disponibilidade de medicamentos e dispositivos médicos, bem como apoiar o acesso rápido a tratamentos, vacinas e diagnósticos inovadores onde existam lacunas terapêuticas”.

“Em última análise, não importa o quão inovador ou antigo é o medicamento, se efetivamente ele não chega ao doente, por razões de preço, de abastecimento ou de mercado. É um trabalho que a EMA não pode fazer sozinha, mas acredito que este é um tema em que precisamos de focar a nossa atenção”, afirmou.

Apesar de a pandemia dominar hoje uma boa parte das discussões, Emer Cooke observa que “não é a única ameaça à saúde pública” que o mundo enfrenta. “A resistência antimicrobiana ainda é um problema importante, e eu estou empenhada em enfrentá-lo, não apenas ao nível da EMA, mas também através do trabalho conjunto com as autoridades nacionais”, defendeu.

Emer Cooker reconheceu ainda que assumir a liderança da EMA num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia é “bastante desafiante”. “As coisas estão a mudar rapidamente. Todavia, um aspeto que não mudou, nem mudará, é a importância do trabalho da EMA, lado a lado com os reguladores nacionais como o Infarmed, que, esse, tenho a certeza, vai continuar”, assegurou.

Por isso, sustentou, não constituirá “nenhuma surpresa que a minha primeira prioridade seja o trabalho em conjunto, nos próximos meses e talvez anos, enquanto enfrentamos a Covid-19”.“Em meu entendimento devemos ser também uma rede de aprendizagem e garantir que possamos retirar as necessárias lições da pandemia de Covid-19”, disse, sublinhando que todos mobilizaram “recursos de uma forma sem precedentes para apoiar o desenvolvimento e a avaliação de vacinas e tratamentos seguros e eficazes”.

“E para mim é claro que existem partes desta experiência que podem vir a ser utilizadas no nosso quotidiano normal”, sustentou.

No final da entrevista, Emer Cooke deixou uma mensagem sobre como garantir que a EMA não se torne numa “torre de marfim”: “É importante para mim ouvir e compreender as necessidades e os pontos fortes dos Estados membros, as vozes dos doentes e dos profissionais de saúde, as relações entre a saúde humana e animal”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Visabeira compra através da Constructel duas empresas alemã e belga por 35 milhões

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2020

A Visabeira comprou, através da holding Constructel, as empresas alemã Franz-Josef Braun e a belga Oude Markt Voerlieden, num negócio avaliado em 35 milhões de euros.

A Visabeira comprou através da Constructel, holding que agrega o negócio de telecomunicações e energia, as empresas alemã Franz-Josef Braun e a belga Oude Markt Voerlieden, por 35 milhões de euros, anunciou o grupo.

“A Constructel tem-se destacado como um dos principais prestadores de serviços dos operadores europeus na área das telecomunicações e energia em Portugal, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Reino Unido e Dinamarca”, refere a Visabeira.

A holding do grupo Visabeira que agrega os negócios na área das telecomunicações conta com um volume de negócios de 600 milhões de euros este ano, 5.500 colaboradores e um investimento total em 2020 de 60 milhões de euros.

A empresa alemã agora adquirida, a Franz-Josef Braun foi fundada em 1988 e a sua atividade assenta “na prestação de serviços ligados à construção e expansão de redes de telecomunicações para operadores nacionais, à instalação de redes de fibra ótica para o segmento doméstico e empresarial e à construção de redes de eletricidade”.

A atividade “estende-se, desde o distrito de Aachen, a região de Eifel, o distrito de Düren, até à área de fronteira do distrito de Rhein-Sieg” e “alia competências técnicas e humanas, tradição e conhecimento detalhado do modus operandi na Alemanha, reforçando assim a forte capacidade que a Constructel já assegura no país, nomeadamente no que diz respeito á construção de redes de última geração, fixas e móveis”.

Em comunicado, a Constructel “considera esta aquisição da Franz-Josef Braun GmbH & Co. KG como mais um passo estratégico que contribui decisivamente para a consolidação e posicionamento” da holding “como um dos mais importantes ‘players’ no mercado alemão, constituindo-se como parceiro de referência junto da Deutsche Telekom”.

Também na Bélgica, a Constructel reforça a sua posição com a compra da belga Oude Markt Voerlieden Natie NV (O.M.V. Natie). “A O.M.V. Natie é uma empresa fundada em 1968, sediada na cidade de Antuérpia e cuja atividade se concentra na prestação de serviços de telecomunicações, nomeadamente atividades de ‘customer connections’, (residencial e empresarial High-Speed Internet)”.

Esta empresa “é altamente qualificada e certificada, sendo um parceiro de referência dos principais operadores de telecomunicações do país, e com a entrada da Constructel no seu capital irá crescer nos projetos de construção de redes FTTH [fibra]”.

“A aquisição por parte da Constructel da O.M.V Natie é um passo estratégico que contribui decisivamente para o reforço da posição da Constructel como um dos principais parceiros da Proximus (Belgacom)”, refere.

Assim, “é com entusiasmo que as empresas envolvidas acolhem esta nova fase, convictas que, no reforço de competências e recursos técnicos e na otimização de sinergias serão alcançados resultados que assegurarão a dinâmica e o contínuo sucesso da Constructel no mercado europeu”, lê-se no comunicado. A Constructel Visabeira está presente em sete países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: pensões, Trump e Alibaba

  • ECO
  • 24 Dezembro 2020

Espanha pondera aumentar em 4% as pensões por cada ano em que os trabalhadores adiem a reforma. Do outro lado do Atlântico, Trump vetou diploma sobre o orçamento do Pentágono.

Em Espanha, a Segurança Social está a estudar aumentar em 4% as pensões por cada ano em que os trabalhadores adiem a reforma. Já em França o ministro da Economia anunciou o lançamento de um novo pacote de ajudas dirigido a apoiar as empresas do setor aeronáutico. A marcar o dia está ainda a notícia de que Donald Trump vetou o diploma aprovado pelo Congresso que contempla o orçamento para a Defesa do país para o próximo ano, de 740 mil milhões de dólares. Ao mesmo tempo, os reguladores chineses abriram uma investigação à Alibaba.

Cinco Dias

Segurança Social aumenta os incentivos para trabalhadores que adiem a reforma

Em Espanha, a Segurança Social está a estudar aumentar em 4% as pensões por cada ano que o trabalhador adie a sua reforma para além da idade legal de reforma. Além disso, está também em estudo um prémio para os trabalhadores que decidam continuar a trabalhar depois de completa a sua carreira contributiva ou ainda a combinação de ambas as medidas. A reforma que o Executivo espanhol está a preparar, para aproximar a idade efetiva de reforma (64,5 anos) da idade definida (65 anos e dez meses em 2020), passa ainda por penalizar as reformas antecipadas ou parciais.

Leia a notícia completa no Cinco Dias (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Les Echos

França cria novo pacote de ajudas para setor aeronáutico

Os fornecedores da Airbus vão poder beneficiar de empréstimos com garantia de Estado dedicados para ajudar a suportar os custos dos stocks de peças acumuladas. Poderão mesmo revender uma parte desses stocks. Depois de ter montado, em junho, um plano de ajuda de 15 mil milhões de euros, onde se incluem os sete mil milhões à Air France, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, anunciou o lançamento de um novo pacote de ajudas direcionado às empresas cujo volume de negócios é 15% dependente do setor aeronáutico. Os juros destas linhas de crédito não deverão ultrapassar os 0,5% no primeiro ano e contam com uma garantia de Estado de 90%.

Leia a notícia completa no Les Echos (acesso livre, conteúdo em francês)

CNBC

Trump veta e devolve ao Congresso diploma sobre o orçamento do Pentágono

O Presidente cessante dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, vetou o diploma que contempla o orçamento para a Defesa do país em 2021, de 740 mil milhões de dólares, que foi aprovado pelo Congresso e que agora terá de reapreciar o documento. “Infelizmente, este projeto-lei não incluiu medidas críticas para a segurança nacional. Vai contra os esforços do meu Governo para colocar os Estados Unidos em primeiro lugar na segurança nacional e política externa”, atentou Trump na mensagem endereçada ao Congresso norte-americano. O chefe de Estado cessante considerou também que o orçamento para a Defesa, nos moldes em que foi aprovado, é um “presente para a China e para a Rússia”.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Reguladores chineses anunciam investigação antimonopólio ao grupo Alibaba

Os reguladores chineses anunciaram uma investigação antimonopólio ao gigante do comércio eletrónico Alibaba, intensificando os esforços para aumentar o controlo sobre as indústrias de tecnologia em rápido crescimento da China. O regulador do mercado disse que está a analisar a política do Alibaba “escolher um dos dois”, que exige que os parceiros de negócios evitem negociar com concorrentes. O comunicado não refere possíveis penalidades ou uma data para anunciar resultados da investigação. Os líderes chineses apontaram anteriormente que uma das prioridades para o próximo ano é intensificar a fiscalização antimonopólio.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Moderna espera a sua vacina proteja contra a variante detetada no Reino Unido

A farmacêutica Moderna espera que a vacina que está a desenvolver contra a Covid-19 seja eficaz contra a variante detetada no Reino Unido. Nesse contexto, a empresa anunciou que pretende realizar testes adicionais à vacina contra a covid-19 para assegurar a eficácia contra as variantes que têm surgido nos últimos dias. “Já testámos soros de animais e humanos vacinados com a vacina Moderna COVID-19 contra uma série de variantes anteriores do vírus Sars-CoV-2 que surgiram desde o primeiro surto da pandemia e descobrimos que nossa vacina continua igualmente eficaz”, assegura. A vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana já recebeu “luz verde” para o uso de emergência nos EUA, estando a aguardar a aprovação do regulador europeu, com a decisão a ser conhecida a 12 de janeiro.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estados Unidos interessados no lítio português

  • ECO
  • 24 Dezembro 2020

Os Estados Unidos querem que as empresas norte-americanas invistam na produção de lítio em Portugal, caso se venha a verificar que existem reservas em larga escala deste “ouro branco”.

Os Estados Unidos querem que as empresas norte-americanas invistam na produção de lítio em Portugal, caso se venha a verificar que existem reservas em larga escala deste “ouro branco”. Subsecretário adjunto para os Recursos Enérgicos da Administração norte-americana encontrou-se recentemente com o Governo português e setor privado, com o intuito de apresentar uma aliança constituída por vários países, para garantir “investimentos que vão encontro das melhores práticas” ambientais, revelou o próprio em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago).

“Estou em Portugal dado o seu potencial em termos de recursos [lítio], e dada a ambição do Governo em agarrar esta oportunidade no momento da presidência da União Europeia (UE)”, confirmou Francis Fannon, defendendo que “Portugal está numa posição de liderança para demonstrar ao mundo o que é uma cadeia de abastecimento responsável”. Para o responsável, esta é uma oportunidade “incrível”, acrescendo ainda que há “outras áreas do setor energético” em que os americanos querem “trabalhar com Portugal”, dado como exemplo o hidrogénio verde. “Há muitas empresas norte-americanas interessadas nisto, há muitas áreas que podemos aprofundar”, sinaliza.

Quanto aos encontros com o Executivo, Francis Fannon revela que ainda não há “datas específicas” sobre as metas para Portugal estar a produzir lítio em grande escala, tendo o Governo apenas assegurado que “o seu nível de compromisso para o fazer da forma certa é muito elevado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ganhos do BCP e Ramada sustentam o PSI-20

As bolsas europeias arrancam a sessão em alta ligeira, animadas pela possibilidade de haver um acordo do Brexit. Na praça nacional, os ganhos do BCP, e da Ramada sustentam o PSI-20.

As bolsa de Lisboa arranca a última sessão da semana em alta ligeira, em linha com a generalidade das praças europeias. Apesar de ainda não existir “fumo branco” sobre o Brexit, os investidores estão confinantes de que Reino Unido e União Europeia poderão chegar a um acordo nas próximas horas. Na praça nacional, o BCP, a subir mais de 1%, e a Ramada a disparar mais de 4%, sustentam o PSI-20.

Na Europa, o Stoxx 600 avança 0,17%, enquanto o francês CAC-40 ganha 0,27%, o espanhol Ibex-35 valoriza 0,22% e o britânico FTSE 100 soma 0,14%. Os investidores estão confiantes relativamente a uma recuperação económica, numa altura em que há a expectativa de a UE alcançar um acordo com o Reino Unido e do arranque da vacinação contra a Covid-19 está prestes a arrancar no bloco comunitário.

Numa sessão mais curta do que o habitual, Lisboa acompanha o sentimento positivo vivido na Europa, negociando acima da linha de água. O PSI-20 avança 0,03% para os 4.826,760 pontos. A puxar pelo índice de referência nacional estão o BCP e a Ramada, mais expostas ao contexto internacional. Assim, o banco liderado por Miguel Maya avança 1,64% para os 12,41 cêntimos por ação, ao passo que a Ramada soma 4,58% para os 5,02 euros.

Entre os “pesos-pesados”, a petrolífera portuguesa soma 0,72% para os 8,7160 euros, beneficiando da subida das cotações de petróleo nos mercados internacionais. O O Brent, de referência europeia, avança 0,59% para os 51,50 dólares, ao passo que o WTI está a ganhar 0,46% para os 48,34 dólares em Nova Iorque.

Ainda no setor energético, nota positiva para os títulos da EDP, que prolonga os ganhos da sessão anterior, ainda com menor intensidade. A elétrica avança 0,35% para os 5,1260 euros. Em contrapartida, a subsidiária EDP Renováveis, que abriu a sessão a ganhar, está a corrigir máximos da sessão anterior, desvalorizando 0,23% para os 22,10 euros.

Nota positiva ainda para a NOS a ganhar 0,91% para os 2,8760 euros. A evitar ganhos mais expressivos do índice nacional, estão ainda as quedas da Jerónimo Martins, que recua 0,15% para os 13,6950 euros e dos CTT, que caem 0,42% para os 2,36 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 23 mil portugueses fizeram o teste à Covid-19 num só dia

  • ECO
  • 24 Dezembro 2020

A procura por testes à Covid-19 tem disparado nos último dias. Só na quarta-feira, mais de 23 mil portugueses foram testados, um número que inclui os testes PCR e testes rápidos.

Já era conhecido que muitos portugueses estavam a marcar testes à Covid-19 para os dias que antecedem o Natal para poderem reunir-se com a família com maior segurança. Só esta quarta-feira, mais de 23 mil portugueses foram testados, um número que inclui os testes PCR e testes rápidos, de acordo com os dados fornecidos pelas maiores redes de laboratórios do país e pela Cruz Vermelha Portuguesa ao Público (acesso condicionado).

A título de exemplo, só na Unilabs foram realizados mais de 7.500 testes ao novo coronavírus, revela o jornal. Nos 23 mil testes realizados esta quarta-feira não se incluem números de outros laboratórios, bem como de farmácias, que também vendem testes rápidos. Não obstante revelam que a procura tem disparado nos últimos dias, com as amostras recolhidas em alguns laboratórios nesse dia a representarem quase 50% das processadas no dia com mais testes desde o início da pandemia.

Este valor ganha ainda mais peso se for comparado com o dia em que foram realizados mais testes em Portugal. A 13 de novembro foram realizados 49 mil testes em território nacional, segundos os dados da Direção-Geral da Saúde. Ainda assim, nos últimos dias, os especialistas têm alertado que um teste negativo não significa que se descurem as restantes medidas, como a etiqueta respiratória, higienização das mãos e distanciamento social.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Manuel Vicente implica Eduardo dos Santos na corrupção da Sonangol

  • ECO
  • 24 Dezembro 2020

Eduardo dos Santos terá sido o responsável pelo negócio multimilionário que envolveu a Sonangol e o CIF, mas também pela compra de uma frota de Airbus e jatos executivos pelo consórcio China-Sonangol.

O ex-vice-presidente angolano, Manuel Vicente entregou documentos que atribuem ao ex-Presidente José Eduardo dos Santos a autoria de negócios suspeitos de corrupção na Sonangol, numa audiência no palácio presidencial, revela o Expresso (acesso pago) esta sexta-feira.

José Eduardo dos Santos terá sido o responsável pelo negócio multimilionário que envolveu a Sonangol e o CIF, do empresário sino-britânico Sam Pa; pela compra de uma frota de Airbus e jatos executivos pelo consórcio China-Sonangol, que tem uma participação angolana de 30%, que voa sem o controlo das autoridades de Luanda e ainda de alegadamente ter sido o mandatário da operação que deu origem à construção, com fundos da petrolífera angolana, dos três edifícios que estavam na posse de algumas figuras da Sonangol e que entretanto foram nacionalizados.

Com estas provas poderão ter sido esclarecidas algumas das suspeitas de corrupção que recaem sobre o próprio Manuel Vicente e sobre o general Hélder Vieira Dias (Kopelipa), antigo chefe da Casa Militar, acrescenta o Expresso. José Eduardo dos Santos em reação tentou contactar com João Lourenço e quer falar com procurador-geral

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Sonangol, testes à Covid e vacina

  • ECO
  • 24 Dezembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ex-vice-presidente angolano, Manuel Vicente entregou documentos que atribuem a autoria de negócios suspeitos na Sonangol a Eduardo dos Santos. A marcar o dia está ainda a notícia de que a procura por testes de despiste à Covid-19 antes do Natal disparou. Só na quarta-feira, foram realizados mais de 23 mil testes, incluindo PCR e testes rápidos. Ainda no plano da pandemia, o Hospital de São João, no Porto, está a preparar-se para uma terceira vaga já em janeiro e com o plano de vacinação a arrancar nos próximos dias, a GNR já identificou cerca de 50 mil idosos em situação vulnerável e que são um potencial alvo de burla com a vacina contra a Covid-19.

Manuel Vicente implica Eduardo dos Santos na corrupção da Sonangol

O ex-vice-presidente angolano, Manuel Vicente entregou documentos que atribuem a autoria de negócios suspeitos ao ex-Presidente, numa deslocação ao palácio presidencial. Com estas provas poderão ter sido esclarecidas algumas das suspeitas de corrupção que recaem sobre o próprio Manuel Vicente e sobre o general Hélder Vieira Dias (Kopelipa), antigo chefe da Casa Militar. José Eduardo dos Santos em reação tentou contactar com João Lourenço e quer falar com o procurador-geral. Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Estados Unidos de olho no lítio português

Os Estados Unidos querem que as empresas norte-americanas invistam na produção de lítio em Portugal, caso se venha a verificar que existem reservas em larga escala deste “ouro branco”. O subsecretário adjunto para os Recursos Energéticos do Departamento de Estado dos EUA teve recentemente reuniões com o Governo português e com o setor privado, com o intuito de apresentar uma aliança constituída por vários países, com o intuito de garantir “investimentos que vão encontro das melhores práticas” ambientais. “Há outras áreas no setor energético em que queremos trabalhar com Portugal, como no hidrogénio verde, há muitas empresas norte-americanas interessadas nisto, há muitas áreas que podemos aprofundar”, disse Francis Fannon. Leia a entrevista completa no Jornal Económico (acesso pago).

Mais de 23 mil portugueses fizeram o teste à Covid-19 ontem

Já era conhecido que muitos portugueses estavam a marcar testes à Covid-19 para os dias que antecedem o Natal para poderem reunir-se com a família. Só esta quarta-feira, mais de 23 mil portugueses foram testados, um número que inclui os testes PCR e testes rápidos, de acordo com os dados fornecidos pelas maiores redes de laboratórios do país e pela Cruz Vermelha Portuguesa ao Público. As amostras recolhidas em alguns laboratórios ontem representam quase 50% das processadas no dia com mais testes desde o início da pandemia. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Hospital de São João prepara-se para terceira vaga em janeiro

O Hospital de São João, no Porto, está a preparar-se para uma terceira vaga da Covid-19 já em janeiro. “É previsível que possa haver uma terceira vaga. Esperemos que não, mas estamos a preparar-nos claramente para uma terceira vaga”, revela o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Porto, em entrevista à Renascença / Público. A poucos dias de arrancar o plano de vacinação em Portugal, Fernando Araújo prevê que a vacinação de cerca de dois mil profissionais demore dez horas e fique concluída logo no domingo. Leia a entrevista na Renascença (acesso livre) / Público (acesso livre).

Cinquenta mil idosos em risco de ser alvo de burla com a vacina da Covid-19

A Guarda Nacional República (GNR) já identificou, desde outubro, cerca de 50 mil idosos em situação vulnerável e que são um potencial alvo de burla com a vacina contra a Covid-19. Com a vacinação a arrancar dia 27 a GNR tem redobrado as ações de sensibilização com a população mais idosa. “Há inúmeras burlas na internet e pode haver apetência para comprá-las aí. Mas é importante que se perceba que estas doses não são verdadeiras. Recomendamos que não comprem absolutamente nada, neste âmbito, na internet”, alerta Chitas Soares, responsável pela célula de Segurança da sala de situação do plano de vacinação contra a Covid-19. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Num dia de menor liquidez nos mercados, poderá haver novidades do Brexit e dos estímulos nos EUA.

A véspera de Natal é um dia, tipicamente, mais calmo para investidores e empresas. No entanto, este ano poderá não ser assim, com as negociações tanto para o acordo do Brexit como para novos estímulos orçamentais nos EUA na reta final. Nas bolsas, a sessão é a meio gás, enquanto, na pandemia, há novo estado de emergência e recolher obrigatório com horário alargado.

Recolher obrigatório alargado até às 2h

Na véspera de Natal, e tal como acontece no dia 25 de dezembro, o habitual recolher obrigatório é alargado até às 2h00, nos concelhos de risco “elevado”, “muito elevado” e “extremo” de transmissão do novo coronavírus, onde vigoram limitações à circulação na via pública. Ao mesmo tempo, também há um alargamento dos horários para o setor da restauração, com estes espaços a poderem receber clientes até à 1h00 nessas duas noites.

Começa novo estado de emergência

As medidas específicas para o Natal suspendem as restrições que estavam em vigor, mas ainda assim arranca esta quinta-feira novo estado de emergência, que se prolonga até 7 de janeiro. Ou seja, na prática, as restrições aplicam-se apenas a 27 de dezembro. Há 30 concelhos considerados de risco “extremo”, isto é, que têm uma taxa de incidência de casos de Covid-19 superior a 960 por cada 100 mil habitantes no acumulado dos últimos 14 dias, revelam os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Bolsas fecham mais cedo

Os investidores vão celebrar o Natal e o dia é mais curto para as bolsas europeias. Com vários índices — incluindo o PSI-20 — a fecharem às 13h, este será um dia de liquidez mais reduzida. Numa época em que o “rally” do Pai Natal costuma deixar valorizações acionistas no sapatinho dos investidores, este ano não desiludiu, graças aos estímulos monetários e orçamentais bem como à expectativa face ao sucesso das várias vacinas contra a Covid-19. Depois desta quinta-feira, as bolsas voltam na terça-feira para uma nova semana com apenas duas sessões e meia.

Acordo no Brexit pode estar próximo

A Comissão Europeia e o Reino Unido poderão estar próximos de alcançar um acordo para o Brexit. A notícia foi avançada esta quarta-feira pela RTE News, que apontava para a véspera de Natal como data indicativa para um acordo. Este já virá, ainda assim, fora de tempo dado que os dois lados extrapolaram o prazo. O Reino Unido abandonou a União Europeia a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam a 31 de dezembro. O acesso dos navios de pesca da União Europeia a águas britânicas é um dos grandes entraves a um acordo.

EUA negoceiam novos estímulos

O Senado norte-americano está a tentar aprovar um pacote de emergência com 2,3 biliões de dólares (1,8 biliões de euros) em financiamento público até setembro de 2021, mas a proposta foi rejeitada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pediu mudanças na proposta de lei. A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, anunciou que os democratas não estão contra as alterações pedidas e incentivou que o acordo seja fechado até ao meio da véspera de Natal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nestes 34 concelhos, cai o recolher obrigatório às 13h. Mas há 109 de alto risco

Entra esta quinta-feira em vigor o novo estado de emergência, que conta com 109 concelhos nos dois níveis de risco mais elevados.

Na revisão da lista de concelhos feita pelo Governo, há 34 que deixaram de estar nos dois níveis de risco mais elevado, deixando assim de estar sujeitos a medidas como o recolher obrigatório às 13h nos fins de semana, como é o caso de Loures ou Aveiro. Contudo, continuam a ser 109 os concelhos de risco muito elevado ou extremo.

A nova lista, apresentada pelo Governo na semana passada, entra em vigor esta quinta-feira, o primeiro dia do novo estado de emergência. Este estado vai decorrer até dia 7 de janeiro.

Há 29 concelhos, que deixaram de estar abrangidos pelos dois níveis mais elevados, ou seja, que têm menos de 480 casos por 100 mil habitantes, onde deixa assim de existir o recolher obrigatório aos fins de semana às 13h. Ficam, no entanto, no nível elevado, onde continua a verificar-se a proibição de circulação na rua entre as 23h e as 5h.

  • Alandroal
  • Alcanena
  • Alijó
  • Aveiro
  • Belmonte
  • Cabeceiras de Basto
  • Cantanhede
  • Cartaxo
  • Castelo de Paiva
  • Celorico de Basto
  • Condeixa-a-Nova
  • Covilhã
  • Figueira da Foz
  • Gouveia
  • Loures
  • Macedo de Cavaleiros
  • Manteigas
  • Mirandela
  • Nisa
  • Oliveira do Bairro
  • Rio Maior
  • Sátão
  • Soure
  • Tarouca
  • Torres Vedras
  • Vale de Cambra
  • Valença
  • Viana do Castelo
  • Vizela

Já outros cinco concelhos passaram de ter uma incidência do vírus muito elevada ou extrema, no início do mês, para agora se fixarem no nível de risco moderado, onde vigoram as medidas mais básicas, aplicadas a todo o território continental. São eles:

  • Arcos de Valdevez
  • Cuba
  • Pampilhosa da Serra
  • Sardoal
  • Vila Nova de Paiva

Apesar destes concelhos terem deixado de estar nos níveis mais elevados, existe uma série de medidas comuns a todo o país, definidas para a época do Natal e do Ano Novo. No Natal não existirá proibição de circulação entre concelhos e o recolher é às 2h nos dias 24 e 25, e às 23h no dia 26. Já no Ano Novo as restrições são mais apertadas, sendo que não se pode circular entre concelhos e há recolher às 23h dia 31 e às 13h nos dias 1,2 e 3.

Atualmente, há 77 concelhos de risco moderado, o mais baixo de todos, sendo que anteriormente eram 73. Já no nível de risco elevado contam-se 92 municípios, o mesmo que na lista antiga. São 79 aqueles onde o risco é muito elevado, menos um do que no início do mês, e 30 concelhos em risco extremo de contágio, menos cinco.

Estes são os concelhos de risco muito elevado, onde se contam mais de 480 casos por 100 mil habitantes:

  1. Águeda
  2. Albergaria-a-Velha
  3. Alenquer
  4. Alfândega da Fé
  5. Almada
  6. Almeida
  7. Amarante
  8. Amares
  9. Anadia
  10. Ansião
  11. Arouca
  12. Azambuja
  13. Baião
  14. Barreiro
  15. Boticas
  16. Braga
  17. Caminha
  18. Castelo Branco
  19. Chamusca
  20. Cinfães
  21. Espinho
  22. Estarreja
  23. Évora
  24. Fafe
  25. Felgueiras
  26. Figueira de Castelo Rodrigo
  27. Figueiró dos Vinhos
  28. Freixo de Espada à Cinta
  29. Gondomar
  30. Grândola
  31. Guarda
  32. Idanha-a-Nova
  33. Ílhavo
  34. Lamego
  35. Lisboa
  36. Lousada
  37. Maia
  38. Marco de Canaveses
  39. Matosinhos
  40. Mealhada
  41. Mértola
  42. Mesão Frio
  43. Miranda do Corvo
  44. Miranda do Douro
  45. Moita
  46. Monção
  47. Montalegre
  48. Montemor-o-Novo
  49. Montijo
  50. Murça
  51. Murtosa
  52. Nelas
  53. Oliveira do Hospital
  54. Ovar
  55. Paços de Ferreira
  56. Paredes
  57. Penacova
  58. Penafiel
  59. Peso da Régua
  60. Ponte da Barca
  61. Ponte de Lima
  62. Portalegre
  63. Porto
  64. Porto de Mós
  65. Resende
  66. Sabugal
  67. Santa Maria da Feira
  68. Santo Tirso
  69. São João da Madeira
  70. Seia
  71. Sernancelhe
  72. Serpa
  73. Terras de Bouro
  74. Torre de Moncorvo
  75. Valongo
  76. Vila Nova de Gaia
  77. Vila Real
  78. Vila Verde
  79. Viseu

E estes são aqueles de risco extremo, ou seja, com uma incidência do vírus superior a 960 casos por 100 mil habitantes:

  1. Aguiar da Beira
  2. Alter do Chão
  3. Armamar
  4. Barcelos
  5. Bragança
  6. Castelo de Vide
  7. Chaves
  8. Crato
  9. Esposende
  10. Gavião
  11. Guimarães
  12. Marvão
  13. Mondim de Basto
  14. Monforte
  15. Mortágua
  16. Mourão
  17. Oliveira de Azeméis
  18. Penamacor
  19. Pinhel
  20. Póvoa de Lanhoso
  21. Póvoa de Varzim
  22. Santa Marta de Penaguião
  23. Tabuaço
  24. Trofa
  25. Valpaços
  26. Vieira do Minho
  27. Vila do Conde
  28. Vila Nova de Famalicão
  29. Vila Pouca de Aguiar
  30. Vimioso

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.