Mediterrâneo será destino de meio milhão de toneladas de plástico por ano em 2040

Se nada for feito, e com base num aumento anual de 4% na produção global de plástico, daqui a 20 anos o Mediterrâneo pode tornar-se no caixote do lixo para meio milhão de toneladas de plástico por ano

O Mar Mediterrâneo está a ser inundado de plástico: por dia são cerca de 500 contentores marítimos de carga, o que ao fim de um ano equivale a 229 mil toneladas de plásticos que acabam nas águas deste mar que banha o sul da Península Ibérica. Até agora, mais de um milhão de toneladas de plástico já se acumularam no Mar Mediterrâneo.

A conclusão é do mais recente relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) — Mare Plasticum: O Mediterrâneo” –, que aponta a má gestão de resíduos como a principal origem de todo plástico que acaba por ir parar ao mar e alerta acima de tudo para o perigo deste número duplicar até 2040.

Ou seja, se nada for feito, e com base num aumento anual de 4% na produção global de plástico, daqui a 20 anos o Mediterrâneo pode tornar-se no caixote do lixo para meio milhão de toneladas de plástico por ano.

Com base em dados recolhidos no terreno e analisados segundo a metodologia da “pegada plástica marinha” da IUCN, o relatório desenvolvido em parceria com a organização suíça EA – Ação Ambiental, estima que existam fluxos de plástico de 33 países diferentes a desaguar na bacia do Mediterrâneo.

A principal conclusão deste estudo revela que os plásticos resultantes da má gestão de resíduos representam 94% das descargas no mar. Já no Mediterrâneo, este plástico deposita-se nos sedimentos sob a forma de microplásticos (partículas inferiores a 5 mm).

“A poluição causa pelo plástico pode causar danos a longo prazo aos ecossistemas terrestres, marinhos e à biodiversidade. Os animais podem ficar presos ou engolir resíduos de plástico e, em última análise, morrer de exaustão e fome. Além disso, os resíduos de plástico libertam substâncias químicas que podem ser prejudiciais à saúde humana (pela sua introdução na cadeia alimentar), especialmente num mar semifechado como o Mediterrâneo. Como este relatório deixa claro, as medidas em vigor não são suficientes travar este impacto, disse Minna Epps, diretora do Programa Global Marinho e Polar da IUCN, citada em comunicado.

De acordo com o relatório, o Egito (com cerca de 74.000 toneladas/ano), a Itália (34.000 toneladas/ano) e a Turquia (24.000 toneladas/ano) são os países com as maiores taxas de descarga de plástico no Mediterrâneo, principalmente devido às elevadas quantidades de resíduos mal geridos e populações costeiras muito densas.

Per capita, países como o Montenegro (8 kg por ano ano, por pessoa), Albânia, Bósnia e Herzegovina e Macedónia (cada um contribuindo com cerca de 3 kg por ano, por pessoa) têm os níveis mais altos de poluição marítima.

No caso dos microplásticos primários – aqueles que entram nos oceanos já sob a forma de pequenas partículas, ao contrário dos resíduos plásticos de maior dimensão que se degradam na água – são 13.000 as toneladas que acabam no Mediterrâneo a cada ano. Estes têm origem em pneus (53%), têxteis (33%), microesferas em cosméticos (12%) e granulados (2%).

“Governos, setor privado, instituições de pesquisa, indústrias e consumidores têm de trabalhar em conjunto para redesenhar processos e cadeias de abastecimento, investir em inovação e adotar padrões de consumo sustentável ​​e melhores práticas de gestão de resíduos para fechar a torneira do plástico”, disse Antonio Troya, diretor do Centro de Cooperação do Mediterrâneo daIUCN, citado no mesmo comunicado.

Para travar este cenário, a melhor aposta passa então por melhorar a recolha e gestão de resíduos. De acordo com o relatório, mais de 50.000 toneladas de plástico por ano podiam ser travadas e não acabar no Mediterrâneo se a gestão de resíduos fosse melhorada de acordo com as melhores práticas globais. Além disso, o relatório destaca que “as proibições podem ser eficazes se forem amplamente implementadas”.

O documento dá um exemplo que pode ser posto em prática: A proibição global do uso de sacos de plástico nos países banhados pelo Mediterrâneo reduziria ainda mais a poluição em cerca de 50.000 toneladas extra por ano.

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Portugueses passam 129 minutos por dia nas redes sociais

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

Os portugueses passam, em média, 129 minutos por dia nas redes sociais, sendo Portugal o quinto país da UE com maior utilização destas plataformas, segundo o relatório do Centro Comum de Investigação

Os portugueses passam, em média, 129 minutos por dia nas redes sociais, sendo Portugal o quinto país da União Europeia (UE) com maior utilização destas plataformas e, por conseguinte, dos mais expostos a fenómenos como desinformação e propagação política.

Os dados constam de um relatório divulgado esta terça-feira pelo Centro Comum de Investigação (CCI), o serviço científico interno da Comissão Europeia, sobre “Tecnologia e democracia”, realizado por investigadores comunitários para “compreender a influência das tecnologias digitais no comportamento político e na tomada de decisões”.

Segundo o documento, no ano passado, “48% dos cidadãos da UE utilizavam redes de sociais todos os dias ou quase todos os dias”, sendo que “o tempo médio diário de utilização – através de qualquer dispositivo – variou entre os 129 minutos por dia em Portugal e os 64 minutos na Alemanha”.

“As redes sociais tornaram-se uma característica omnipresente da vida”, já que através dessas plataformas digitais “é possível saber tudo, desde eventos familiares e aventuras de amigos a desenvolvimentos políticos, apenas verificando os murais do Facebook, Instagram ou Twitter”, assinala o CCI no relatório.

No que toca ao peso das redes sociais na utilização digital dos cidadãos da UE, Portugal ocupava em janeiro de 2020 o quinto lugar entre os Estados-membros que mais utilizavam estas plataformas, antecedido por Malta, Chipre, Eslovénia e Dinamarca, segundo os dados apresentados no documento.

De acordo com a mesma informação, entre julho de 2019 e julho de 2020, a quase totalidade (98,5%) da utilização das redes sociais em toda a UE assentava sobre cinco plataformas, todas elas norte-americanas: Facebook (75,66%), Pinterest (8,78%), Twitter (7,61%), Instagram (4,47%) e YouTube (1,14%).

Analisando estes dados bem como as suas consequências, o CCI chegou à conclusão, neste relatório, que “há provas científicas de que as redes sociais mudam o comportamento político das pessoas no offline, o que inclui o incitamento a comportamentos perigosos, tais como crimes de ódio”.

Isto porque foram “identificados quatro pontos de pressão que emergem quando as pessoas e o ambiente online são postos em contacto sem grande controlo público ou governação democrática”, sendo eles economia da atenção, definições de escolha, algoritmo personalizado e as designadas fake news (notícias falsas).

No que toca às fake news, o CCI explica que as redes sociais reúnem as “condições perfeitas para a propagação da desinformação”, desde logo por ali haver “algoritmos que promovem conteúdos atraentes” e “forte predisposição das pessoas para se orientarem para notícias negativas, uma vez que a maioria das notícias falsas tende a evocar emoções negativas tais como medo, raiva e indignação”.

Relativamente à política, os peritos alertam que “os espaços online isolados podem funcionar como laboratórios que desenvolvem pontos de conversa extremistas”.

Reagindo a estas conclusões, a comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, observa em comunicado que as redes sociais podem, realmente, ser usadas para “difundir mensagens polarizadoras e informação enganosa, o que pode dificultar a capacidade de tomar decisões políticas informadas”. Por isso, adianta que ser necessário “tomar as ações certas para salvaguardar um futuro participativo e democrático em benefício de todos os cidadãos europeus”.

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“Este OE não basta. Falha onde não pode falhar”, diz Mortágua

Arranca o debate da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para o próximo ano, que será votada na generalidade esta quarta-feira. Viabilização está garantida.

Os deputados da Assembleia da República começam esta terça-feira a debater o Orçamento do Estado (OE) para 2021. Cabe ao primeiro-ministro, António Costa, abrir o debate sobre a proposta entregue pelo Governo. A discussão vai continuar quarta-feira, quando será votado o documento na generalidade.

A proposta do Executivo já tem aprovação garantida nesta fase, sendo que se seguirá depois a fase de especialidade, onde os deputados poderão introduzir mudanças ao Orçamento. Após as alterações na especialidade, dá-se a votação final global, altura em que está ainda em aberto a viabilização.

Acompanhe aqui o debate:

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Governo altera regras do Fundo Social Europeu para reembolsar encargos com formação

  • Lusa e ECO
  • 27 Outubro 2020

Taxas de apoio são menores face a outras ações e beneficiários da formação apoiada pelo Fundo Social Europeu, devido às limitações das regras de auxílios de Estado tinham dupla penalização.

O Governo voltou a alterar as normas do Fundo Social Europeu, para que os encargos com as remunerações dos empregados em formação possam ser também reembolsados nas empresas abrangidas por auxílios do Estado.

“Nas operações de caráter formativo cujos destinatários sejam trabalhadores de empresas abrangidas pelas regras de auxílios de estado e sempre que os benefícios intervenham na qualidade de entidades empregadoras ou de outros operadores […] são elegíveis e reembolsados os encargos com remunerações dos ativos empregados em formação durante o período normal do trabalho”, lê-se num diploma publicado esta terça-feira em Diário da República.

De acordo com a portaria, assinada pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza, esta nova alteração pretende trazer “maior equidade ao esforço financeiro exigido às empresas”, uma vez que as taxas de apoio são “substancialmente reduzidas face a outras ações e beneficiários da formação apoiada pelo FSE [Fundo Social Europeu]” devido às limitações das regras de auxílios de Estado aplicáveis, “resultando assim numa dupla penalização para as empresas”.

Para o Executivo, esta situação afetava a capacidade de intervenção das empresas na qualificação dos seus trabalhadores.

“No presente contexto, decorrente da crise provocada pela Covid-19, que trouxe sérias consequências ao nível do desenvolvimento das atividades económicas, importa assegurar a articulação dos tempos de produção e dos tempos de formação, assumindo assim importância acrescida o reforço das políticas de qualificação dos ativos das empresas, sendo crucial criar condições adequadas à prossecução destes objetivos”, apontou.

O FSE é um instrumento de promoção do emprego com dez mil milhões de euros de financiamento anual.

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“Retoma do caminho da disciplina financeira é muito importante”, diz Artur Santos Silva

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

Presidente do conselho do BPI considera “positivo” que, depois da política expansionista que o combate à pandemia impôs em 2020, o exercício de 2021 procure retomar o caminho da disciplina financeira.

O presidente honorário do Conselho de Administração do Banco BPI, Artur Santos Silva, salientou esta terça-feira a intenção da proposta de OE2021 em retomar o caminho da disciplina financeira, sublinhado a importância de este se manter nos anos seguintes.

Falando na conferência sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), organizada pela sociedade de Advogados Rogério Fernandes Ferreira (RFF e associados), que hoje decorreu em Lisboa, Artur Santos Silva considerou “positivo” que, depois da política expansionista que o combate à pandemia impôs em 2020, o exercício de 2021 procure retomar o caminho da disciplina financeira.

“[É] muito positivo que, depois de uma política que necessariamente tinha de ser expansionista no primeiro em que se verificou a pandemia, este exercício de 2021 seja já um exercício que procura ser neutral e que procura corrigir o trajeto que tivemos [em 2020] e que altera muito o caminho que vínhamos seguindo de disciplina financeira”, precisou o presidente honorário do Conselho de Administração do Banco BPI e também curador da Fundação ‘La Caixa’.

Neste contexto assinalou as metas de redução do défice e da dívida pública enunciadas no relatório que acompanha a proposta do OE2021, referindo a importância da retoma e continuação deste caminho, “porque só assim a fatura dos juros é uma fatura suportável”.

No cenário macroeconómico que inscreveu no OE2021, o Governo espera para 2020 um défice de 7,3% e que o rácio da dívida pública aumente para 134,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2021, a projeções apontam para um défice de 4,3% e que a dívida recue para 130,9% do PIB.

Durante a sua intervenção, Artur Santos Silva classificou ainda como positivo o facto de a proposta orçamental para 2021 apostar na estabilidade fiscal, ao não avançar com grandes mudanças nos impostos, mas apontou também algumas ausências.

Uma dessas ausências ou áreas “que não estão suficientemente refletidas” tem a ver com a ciência e o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D). Nesta vertente o OE2021 é “ambicioso” sem que contenha os estímulos suficientes para o reforço do investimento privado, nomeadamente ao nível de medidas fiscais.

Olhando para o futuro, Artur Santos Silva salientou também a necessidade de serem criadas soluções que permitam relançar o mercado de capitais, assinalando que as cerca de cinco dezenas de empresas que atualmente estão cotadas na bolsa de Lisboa correspondem a cerca de um terço das cotadas no final da década de 1990.

O gestor defendeu ainda a necessidade de “políticas fiscais agressivas” que estimulem o investimento no interior e reduzam as assimetrias com o litoral, assinalando também que o pacote de fundos comunitários de que Portugal vai dispor nos próximos anos devem ser aproveitados para fazer “reformas de fundo” no setor público.

Esta reforma do funcionamento da máquina do Estado (a nível central e local) deve ser feita, defendeu, com gradualismo, mas também com determinação.

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MAI rejeita que Governo tenha “vários pesos e várias medidas”

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

Ministro da Administração Interna rejeitou que o Governo tenha “vários pesos e várias medidas” tendo em conta as exceções à circulação dos cidadãos entre concelhos entre 30 de outubro e 3 de novembro.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, rejeitou que o Governo tenha “vários pesos e várias medidas” tendo em conta as exceções à circulação dos cidadãos entre concelhos entre 30 de outubro e 03 de novembro.

“O Governo o que faz é um criterioso equilíbrio entre aquilo que é um apelo aos cidadãos para termos vida em comunidade num quadro de preocupação com a saúde pública. O apelo a que fiquem em casa a não ser exatamente para um conjunto de razoes essenciais: ir a uma escola, local de trabalho uma farmácia ou comprar bem essenciais”, disse Eduardo Cabrita, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da 41.ª esquadra da Alta de Lisboa.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira passada uma resolução que determina a proibição de circulação entre diferentes concelhos do território para evitar propagação da covid-19, entre as 00h00 de dia 30 de outubro e as 06h00 de dia 03 de novembro, mas tem exceções e o fim da proibição foi antecipado.

Existem várias exceções de circulação, estando também isentas de limitações as deslocações para assistir a espetáculos culturais, se a deslocação se realizar entre concelhos limítrofes ao da residência habitual ou na mesma Área Metropolitana e desde que munidos do respetivo bilhete e o retorno à residência habitual.

Questionado se o Governo não tem “vários pesos e várias medidas” e se não será incoerente permitir que se assista a um concerto ou outra atividade cultural e que não se permita a deslocação dos cidadãos até cemitérios onde estão os familiares, Eduardo Cabrita respondeu que o bilhete “foi previamente comprado”, lembrando que “está sujeito a regras e limitações já conhecidas”.

“Temos de ter um equilíbrio muito rigoroso entre aquilo que é a salvaguarda da saúde pública como prioridade absoluta mas a manutenção, dentro de tudo o que é possível, da vida em sociedade e das atividades económicas. O primeiro conselho é que permaneçam em casa”, afirmou.

Eduardo Cabrita avançou que não haverá intensificação de meios das forças de segurança para fiscalizações sobre o uso obrigatório de máscaras e da proibição de circulação entre concelhos.

“Há mais de 40 mil homens e mulheres que, desde março, têm sido peças fundamentais naquilo que é uma resposta garante para a autoridade democrática e é assegurada para garantir a segurança e saúde das populações”, acrescentou o ministro.

Eduardo Cabrita reconheceu que, até ao momento, tem havido em Portugal “um quadro de adesão generalizada das populações [às regras que têm vindo a ser impostas desde o início da pandemia]”, frisando, igualmente, não haver “qualquer quadro de abuso de autoridade”.

“A resposta dos dispositivos das forças de segurança será adequada ao quadro em que o essencial da resposta depende fundamentalmente dos cidadãos, ou seja, não ser necessária a tomada de medidas adicionais”, considerou.

O ministro da Administração Interna reforçou ainda que devem ser “equilibradas as restrições [de circulação] com a manutenção do trabalho, do estudo e da atividade cultural que tem decorrido de uma forma exemplar”, considerando que os teatros e cinemas, todo o setor cultural, “tem cuidado na manutenção tendo em conta a situação sanitária”.

“É pena que estas medidas sejam necessárias, mas estão sempre em avaliação”, afirmou Eduardo Cabrita, reconhecendo que Portugal tem seguido outros países e outras cidades europeias.

“Deixo aqui o meu apelo ao sentido de responsabilidade e de cidadania”, concluiu.

Além da restrição na circulação entre concelhos, já a partir de quarta-feira é obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos e o não cumprimento desta imposição é punido com multas que vão até aos 500 euros.

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Morreram mais 28 pessoas com Covid-19. Há 3.299 novos casos

  • ECO
  • 27 Outubro 2020

Nas últimas 24 horas foram identificados 3.299 novos casos de coronavírus em Portugal. O número total de pessoas recuperadas sobe para 72.344.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.299 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 124.432 o número de infetados desde o início da pandemia. O número total de vítimas mortais subiu para 2.371, depois de terem sido registadas mais 28 mortes nas últimas 24 horas.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 1.747 (+75) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 253 (+13) nos cuidados intensivos. Há mais de 60 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que foi detetado em Portugal, no início de março, já se contam 72.344 pessoas recuperadas, 2.388 das quais nas últimas 24 horas.

Boletim epidemiológico de 27 de outubro

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (54.373 casos de infeção e 947 mortes), à frente do Norte (54.008 casos e 1.042 mortes), do Centro (10.319 casos e 300 mortes), do Algarve (2.526 casos e 25 mortes) e do Alentejo (2.448 casos e 42 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 348 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 410 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 14h31 com mais informação)

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Fronteiras terrestres com Espanha mantêm-se abertas no fim-de-semana

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira passada uma resolução que determina a proibição de circulação entre diferentes concelhos do território para evitar propagação da covid-19.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou hoje que as fronteiras terrestres com Espanha não vão ser fechadas durante o próximo fim de semana, aquando das restrições de circulação entre concelhos.

“O que consta desta resolução de Conselho de Ministros que entrará em vigor na sexta-feira é que os cidadãos não residentes deverão a vir a Portugal apenas e exclusivamente para este quadro de circulação autorizado: trabalho, assistência de saúde, e estudar se for caso disso”, explicou Eduardo Cabrita aos jornalistas à margem da inauguração da 41.ª esquadra da Alta de Lisboa.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira passada uma resolução que determina a proibição de circulação entre diferentes concelhos do território para evitar propagação da covid-19, entre as 00h de dia 30 de outubro e as 06h00 de dia 03 de novembro, mas tem exceções e o fim da proibição foi antecipado.

A resolução antecipa para as 06h00 o final da proibição da circulação (era até às 23h59 de dia 3 de novembro). No início de abril, o Governo decidiu limitar a circulação no período da Páscoa devido à pandemia, nessa altura, os cidadãos não podiam circular para fora do concelho de residência, “salvo por motivos de saúde ou por outros motivos de urgência imperiosa”.

Uma das exceções agora da resolução é o facto de as pessoas que trabalham nos concelhos limítrofes da residência ou nas Áreas Metropolitana não precisarem de uma declaração da entidade patronal, bastando uma “declaração de compromisso de honra”.

A proibição não se aplica “às deslocações para efeitos de atividades profissionais ou equiparadas, desde que: seja prestada uma declaração, sob compromisso de honra, se a deslocação se realizar entre concelhos limítrofes ao da residência habitual ou na mesma Área Metropolitana” ou se estiverem “munidos de uma declaração da entidade empregadora”, caso trabalhe numa localidade diferente da que mora.

A restrição nas deslocações entre concelhos não se aplicam também aos profissionais de saúde e outros trabalhadores de instituições de saúde e de apoio social, bem como ao pessoal docente e não docente dos estabelecimentos escolares, aos agentes de proteção civil, às forças e serviços de segurança, militares, militarizados e pessoal civil das Forças Armadas e aos inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Não se aplica também às deslocações de menores e seus acompanhantes para estabelecimentos escolares, creches e atividades de tempos livres, bem como às deslocações de estudantes para instituições de ensino superior ou outros estabelecimentos escolares. Também não se aplica às deslocações dos utentes e seus acompanhantes para Centros de Atividades Ocupacionais e Centros de Dia e para a frequência de formação e realização de provas e exames, bem como de inspeções.

Segundo a resolução, a restrição não se aplica também às deslocações para participação em atos processuais junto das entidades judiciárias ou em atos da competência de notários, advogados, solicitadores, conservadores e oficiais de registos, bem como para atendimento em serviços públicos, desde que munidos de um comprovativo do respetivo agendamento, a saída de território nacional continental e as deslocações de cidadãos não residentes para locais de permanência comprovada.

Estão também isentas de limitações as deslocações para assistir a espetáculos culturais, se a deslocação se realizar entre concelhos limítrofes ao da residência habitual ou na mesma Área Metropolitana e desde que munidos do respetivo bilhete e o retorno à residência habitual.

Assim, só precisam de ter uma declaração assinada pelo empregador, os trabalhadores que trabalhem fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto ou não trabalhem num concelho limítrofe da sua habitação.

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Portugal já oficializou pedido de empréstimo à Europa para apoiar emprego. Espera receber três mil milhões este ano

Ministro das Finanças anunciou que assinou na segunda-feira o contrato que oficializa o pedido de empréstimo no quadro do instrumento SURE.

Portugal já oficializou o pedido de empréstimo financeiro à União Europeia (UE). O Ministro de Estado e das Finanças assinou esta segunda-feira o contrato no quadro do SURE – Temporary Support to mitigate Unemployment Risks in an Emergency, que irá ajudar a pagar medidas de apoio ao emprego na situação de emergência pandémica. No total, o país pediu 5,9 mil milhões de euros, esperando receber metade ainda este ano.

“O SURE é um passo muito importante de solidariedade ao nível da União Europeia e representa uma oportunidade única para Portugal diversificar as suas fontes de financiamento, com condições mais favoráveis e juros mais baixos para o país”, diz o ministro das Finanças João Leão, em comunicado.

O recurso a este empréstimo deverá gerar poupanças para Portugal com juros da dívida, já que a UE consegue emitir dívida com o mesmo prazo a condições mais favoráveis. A instituição europeia já foi aos mercados buscar o dinheiro que precisa para financiar o SURE, tendo conseguido um juro negativo na emissão. Esta é a referência para os custos dos empréstimos aos 17 Estados-membros que pediram apoio.

No anúncio de que o contrato assinado segunda-feira já foi remetido à Comissão Europeia, as Finanças explicam ainda que este dinheiro vai permitir o financiamento de medidas de apoio à manutenção dos contratos de trabalho e outra despesa relativa à saúde no trabalho, no âmbito da resposta à crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Acrescenta estimar que “cerca de metade dos fundos sejam desembolsados em 2020 (3 mil milhões de euros), diminuindo a necessidade de outras fontes de financiamento”. Até final de 2021, a instituição europeia irá emitir até 100 mil milhões de euros em social bonds para continuar a financiar o apoio aos países europeus, sendo que a expectativa do mercado é que beneficie de condições igualmente favoráveis.

(Notícia atualizada às 13h35)

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Imunidade adquirida por quem contraiu Covid-19 “diminui muito rapidamente”, diz estudo

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

Segundo o estudo, as pessoas assintomáticas "têm a probabilidade de perder os seus anticorpos detetáveis mais rapidamente" do que aquelas com sintomas.

Um estudo britânico revelou que a imunidade adquirida por pessoas que tiveram o novo coronavírus “diminui muito rapidamente”, especialmente em pacientes assintomáticos, e pode durar apenas alguns meses.

De 20 de junho a 28 de setembro, o Imperial College London e o Instituto Ipsos Mori acompanharam 350.000 pessoas selecionadas aleatoriamente na Inglaterra, testando-as regularmente para verificar se tinham anticorpos contra a covid-19.

“Durante este período, a proporção de pessoas com teste positivo para anticorpos covid-19 diminuiu 26,5%” o que, segundo o estudo, “sugere uma redução dos anticorpos nas semanas ou meses após a infeção”. “A imunidade diminui rapidamente”, disse Helen Ward, professora de saúde pública do Imperial College London.

Numa primeira fase, os investigadores descobriram que, entre o final de junho e início de julho, cerca de 60 em cada mil pessoas tinham anticorpos detetáveis. Mas nos testes realizados em setembro o valor já era bem diferente: apenas 44 por mil pessoas tinham os anticorpos. Estes dados sugerem que o número de pessoas com anticorpos diminuiu em mais de um quarto entre o verão e o outono.

O estudo também mostra que “as pessoas que não apresentaram sintomas relacionados com covid-19 têm a probabilidade de perder os seus anticorpos detetáveis mais rapidamente do que aquelas que apresentaram os sintomas”. A proporção de anticorpos em pessoas com teste positivo para o vírus diminuiu 22,3% ao longo dos três meses, quando essa redução chegou a 64% naquelas que não declararam ter sido atingidas pela covid-19.

Se todas as faixas etárias são afetadas por esse declínio da imunidade, mas principalmente os idosos: entre junho e setembro, a proporção de pessoas com mais de 75 anos com anticorpos diminuiu 39%, quando para os jovens entre os 18 e os 24 anos a redução foi de 14,9%.

“Este estudo é uma parte crucial da pesquisa, ajudando-nos a entender como os anticorpos covid-19 evoluem ao longo do tempo”, disse o secretário de Estado da Saúde James Bethell. No entanto, “ainda não se sabe se os anticorpos conferem um nível eficaz de imunidade ou, se essa imunidade existe, quanto tempo dura”, disseram os investigadores, enfatizando a importância de continuar a cumprir as diretrizes de saúde.

A virologista Wendy Barclay, do Imperial College London, explicou que “este novo coronavírus parece comportar-se de maneira bastante semelhante aos coronavírus sazonais que existem em humanos há décadas, senão centenas de milhares de anos”. Podemos ser “reinfetados a cada ano ou a cada dois anos” por esses coronavírus sazonais devido ao declínio da imunidade, frisou em declarações à Rádio Times.

Perante um possível risco de reinfecção pelo novo coronavírus, o professor não é favorável ao conceito de “passaportes de imunidade”, que visa permitir que pessoas curadas do novo coronavírus levem uma vida normal.

“No momento, esta não é uma boa ideia porque a qualidade da resposta do anticorpo pode variar de indivíduo para indivíduo”, disse o professor Barclay. O virologista disse ainda “estar otimista quanto às vacinas porque as vacinas funcionam de maneira diferente” e podem conferir imunidade mais longa.

A pandemia do SARS-CoV-2 já matou pelo menos 1.160.768 pessoas em todo o mundo desde que a doença foi identificada no final de dezembro, segundo os dados recolhidos hoje pela agência de notícias AFP de fontes oficiais. Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Faturas com QR Code novamente adiadas. Já só em janeiro de 2022

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

Impressão do código QR nas faturas, para comunicação ao Fisco sem número de contribuinte, e no momento da compra, através do telemóvel, foi adiada para janeiro de 2022.

A impressão do código QR nas faturas, para comunicação ao Fisco sem número de contribuinte, e no momento da compra, através do telemóvel, foi adiada para janeiro de 2022, devido aos encargos de adaptação e da pandemia Covid-19.

Num despacho assinado na sexta-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, determina que “a menção ao código único de documento (ATCUD) em todas as faturas e outros documentos fiscalmente relevantes […] apenas seja obrigatória a partir de 1 de janeiro de 2022”.

Há dois meses, em meados de agosto, uma portaria publicada para regulamentar os requisitos de criação do código de barras bidimensional, o conhecido QR code, e do código único do documento (ATCUD), definiu que a partir de janeiro de 2021 todas as faturas passariam a ter este código, tendo em vista o fim das faturas em papel e o respetivo registo automático no e-fatura, sem ser necessário a utilização do NIF – número de identificação fiscal.

Esta portaria entra em vigor em 1 de janeiro próximo, mas estabelece um regime transitório que obriga os sujeitos passivos, utilizadores de programas informáticos de faturação ou outros meios eletrónicos, relativamente às séries que pretendessem manter em utilização (dando continuidade à respetiva numeração sequencial), a comunicar esses elementos no próximo mês de dezembro.

“O regime transitório [previsto na portaria de agosto] deve ser ajustado no sentido de se permitir que a comunicação […] possa ser efetuada a partir do segundo semestre de 2021 e os documentos pré-impressos em tipografia autorizada sem a menção ao ATCUD possam ser utilizados até ao dia 31 de dezembro de 2021″, determina António Mendonça Mendes, no despacho assinado na sexta-feira.

O governante diz ainda, no despacho, que a Autoridade Tributária (AT) “deve permitir” aos sujeitos passivos a comunicação de séries documentais para obtenção de código de validação [prevista na portaria de agosto], “a partir do início do segundo semestre de 2021, de modo a possibilitar a adaptação” dos sujeitos passivos e dos respetivos meios de processamento de faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, como documentos de transporte ou recibos.

O despacho determina que a AT “deve reforçar todos os mecanismos de apoio” aos sujeitos passivos com vista à implementação do código QR, de modo a que o mesmo “seja incluído em todas as faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, a partir de 1 de janeiro de 2021”.

António Mendonça Mendes anuncia ainda, no diploma, a “publicação imediata” de orientações genéricas e esclarecimentos de dúvidas (FAQ) sobre a matéria e a realização de ações “de sensibilização e de apoio mais direto aos sujeitos passivos durante o corrente ano”.

No preâmbulo do despacho, o executivo explica ter decidido o adiamento por estar “ciente” que a adaptação dos meios de processamento das faturas, e demais documentos fiscalmente relevantes, implica encargos adicionais e obriga à adaptação dos sujeitos passivos a novas obrigações.

O executivo justifica ainda a medida com o atual contexto da pandemia da Covid-19, e a necessidade das empresas de mobilizar os seus recursos humanos, financeiros e informáticos para “outras necessidades mais prementes” que garantam o regular funcionamento da atividade num contexto de emergência de saúde pública.

E lembra ainda que os contribuintes têm de contar com o “devido apoio” por parte da AT, para assegurar as necessárias mudanças tecnológicas de modo a que a comunicação de séries documentais para obtenção do código de validação seja efetuada, sempre que possível, de forma automática, minimizando o impacto na normal utilização dos sistemas de faturação.

O decreto-lei que criou este regime de comunicação com código QR nas faturas data de fevereiro de 2019, altura em que os comerciantes puderam deixar de imprimir faturas e passar a emiti-las apenas por via eletrónica, desde que o consumidor estivesse de acordo, mas o número de contribuinte manteve-se indispensável para garantir que as despesas chegam à AT e são tidas em conta na atribuição de benefícios fiscais.

Só em 2022, segundo o despacho, o contribuinte vai poder fotografar e enviar para o seu e-fatura o código gerado na fatura, que obedece às especificações técnicas definidas pela Autoridade Tributária e Aduaneira, e a disponibilizar no Portal das Finanças, atribuindo a AT um código de validação da série, composto por uma cadeia de, pelo menos, oito carateres, e um código único do documento (ATCUD) composto pelos códigos de validação da série e pelo número sequencial do documento dentro da série.

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Siza Vieira está “muito otimista” com o turismo a médio prazo

O ministro Pedro Siza Vieira diz-se "muito otimista" quanto a uma recuperação do turismo a médio-prazo, acreditando que o bom momento que o turismo atravessava vai voltar.

O ministro da Economia acredita que o turismo vai voltar ao bom momento que atravessava, afirmando estar confiante numa recuperação a médio prazo. Em declarações durante um debate sobre o setor imobiliário, Pedro Siza Vieira falou ainda na importância de continuar a atrair investimento internacional, que apenas será possível com estabilidade política e um ambiente económico favorável.

“A minha perspetiva para o turismo a médio prazo é muito otimista”, começou por dizer o ministro da Economia esta terça-feira, durante a conferência online Lisbon Real Estate Investment Talks 2020. “Agora temos uma procura retraída, o que significa que as pessoas estão em casa. Mas o turismo vai voltar”. Mas, enquanto isso não acontece, continuou, é preciso “ajudar as empresas a atravessar este período de procura extremamente baixa”.

Pedro Siza Vieira notou que “manter os empregos é uma das medidas mais importantes”, mas reconheceu que, para isso, “as empresas têm de continuar a receber muito apoio”, principalmente para “estimular a procura internacional”.

“Estamos a usar fundos [europeus] para ajudar os rendimentos [dos profissionais do setor turístico] a aumentarem”, continuou, referindo que é necessário trabalhar “arduamente” para “dar a melhor experiência aos turistas”.

“Temos uma procura muito alta por imobiliário de qualidade”

Na mesma conferência, o ministro da Economia falou também no mercado imobiliário, e na importância de continuar a atrair investimento internacional. “Na minha opinião, a melhor forma de atrair investimento estrangeiro é dar estabilidade política e ter um ambiente económico que facilite o crescimento e o melhor retorno possível no investimento“, notou.

Pedro Siza Vieira recordou os anos anteriores, em que se assistiu a um “aumento da atividade económica” e à “atração de investimento e talento estrangeiro”, em que muitas pessoas vieram para território nacional trabalhar e viver, o que gerou muita procura por parte dos investidores.

Por isso, o ministro afirmou que “o que temos em Portugal é uma procura muito alta por mercado imobiliário de qualidade”, disse, afirmando que “isso vai continuar no futuro”. “Espero que tenhamos um forte crescimento nos próximos anos, depois do impacto provocado pela pandemia desaparecer. Vamos manter a estabilidade política e acredito que vamos continuar a estar nas preferências dos investidores“.

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