Negociações entre Parlamento Europeu e Conselho sobre orçamento da UE suspensas

  • Lusa
  • 8 Outubro 2020

A sétima ronda de negociações entre Parlamento Europeu, Conselho e Comissão foi interrompida devido à insatisfação da assembleia europeia com a proposta da atual presidência alemã da UE.

As negociações entre o Parlamento Europeu e o Conselho sobre o orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo foram suspensas, com a assembleia europeia, que tem a palavra final, a criticar a inexistência de “propostas viáveis”.

“As conversações sobre o Quadro Financeiro Plurianual e os recursos próprios foram interrompidas. Sem uma proposta viável da presidência alemã do Conselho para aumentar os tetos máximos é impossível de seguir em frente”, afirmou o porta-voz da assembleia europeia, Jaume Duch, numa publicação na rede social Twitter.

“As margens e a flexibilidade devem ser usadas para eventuais necessidades, não para truques orçamentais”, adiantou.

Em causa está uma sétima ronda de negociações entre os negociadores do Parlamento Europeu, Conselho e Comissão – esta última como mediadora –, que esta noite foi interrompida devido à insatisfação da assembleia europeia face à proposta apresentada pela atual presidência alemã da UE.

“Suspendemos a reunião porque não dava para avançar com base numa proposta inaceitável, baseada na reciclagem do dinheiro e que previa, no futuro, novos cortes”, explicou à agência Lusa o eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes, um dos negociadores do Parlamento Europeu.

O responsável frisou que a assembleia europeia quer que “programas europeus que têm um enorme valor acrescentado e que são necessários, como o Horizonte 2020, o programa para a saúde, o Erasmus e o InvestEU sejam reforçados com dinheiro novo”.

Isto é, “que sejam realmente reforçados” e não estejam dependentes de dinheiro retirado a outros programas”, acrescentou José Manuel Fernandes.

Acusando o Conselho de ter “tentando enganar a opinião pública”, o eleito social-democrata insistiu que “cada euro do orçamento tem de ser usado, não pode ser perdido”, devendo existir flexibilidade para tal.

Posição semelhante manifestou a eurodeputada do PS Margarida Marques, que criticou em declarações à Lusa o facto de “não haver uma proposta clara em cima da mesa”, que levou os negociadores do Parlamento Europeu a dizer que “não estavam em condições de negociar”.

“Estamos a tentar que os programas europeus com maior valor acrescentado vejam o seu financiamento aumentado”, ao mesmo tempo que se salvaguarda que “os envelopes nacionais não sejam modificados”, acrescentou a negociadora da assembleia europeia.

Margarida Marques adiantou que o objetivo desta “posição mais dura” tomada é que, até final do mês de outubro, “haja um acordo político”, tanto relativamente ao Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, como sobre o Fundo de Recuperação pós-crise da covid-19.

“Não podemos menosprezar o orçamento, que vai desempenhar um papel importante, nomeadamente após o Fundo de Recuperação”, concluiu a eleita socialista.

Assente ficou então que as negociações em trílogo ficarão suspensas até a presidência alemã do Conselho apresentar uma nova proposta, o que deverá acontecer nos próximos dias.

Em julho passado, o Conselho Europeu aprovou um Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 de 1,074 biliões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões para fazer face à crise gerada pela covid-19.

O Parlamento Europeu, a quem cabe a palavra final nas negociações, tem vindo a reiterar que não irá aceitar cortes injustificados no orçamento da União, insistindo também na questão dos recursos próprios.

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Como Portugal, há 42 outros países com mais de 1.000 casos diários de Covid

  • ECO
  • 8 Outubro 2020

Portugal voltou a registar mais de mil novas infeções diárias esta quinta-feira, o segundo pior dia desde o início da pandemia. Mas outros 42 países também registam aumentos diários acima do milhar.

A pandemia de Covid-19 continua a fazer vítimas em todo o mundo e nem o reforço das medidas tomadas por diversos governos tem travado eficazmente a propagação do novo coronavírus. Esta quinta-feira, Portugal destacou-se pela negativa, ultrapassando novamente a barreira das mil novas infeções diárias.

A Direção-Geral da Saúde detetou 1.278 novos casos de Covid-19, um máximo de 10 de abril. Foi o segundo pior dia desde o início do surto em termos de novas infeções, mas há mais 42 países que, por estarem numa situação mais grave ou por terem populações numericamente superiores, também registaram aumentos diários acima do milhar.

Ao todo, só nas últimas 24 horas, foram registados mais de 343 mil novos casos de infeção por Covid-19 em todo o mundo, segundo a atualização feita esta manhã pelo WorldOmeter, um site de motorização ao minuto dos dados da Covid-19.

A Índia foi o país que reportou o maior número de novas infeções, mais precisamente 78.809, o que a coloca como o segundo país com o maior número de casos confirmados até ao momento. Contas feitas, a Índia teve quase um quarto do total de novas infeções (22,9%), sendo também um dos países com maior população.

No segundo lugar surgem os EUA com mais de 48 mil novas infeções. São cerca de 14% do total de novos casos detetados. O país continua a ser o mais fustigado pela pandemia e, no total, já foram encontradas mais de sete milhões de pessoas infetadas, das quais mais de 216 mil acabaram por morrer pelas complicações provocadas pela doença.

Na América do Sul, o Brasil contabilizou 31.404 novos casos nas últimas 24 horas, mantendo-se como o terceiro país com mais casos detetados a nível mundial. Logo depois, em quarto lugar, surge França, que voltou a ultrapassar a fasquia dos 18 mil novos casos de Covid-19 esta quinta-feira.

A Argentina contabilizou mais 16.447 novos casos, sendo, por isso, o quinto país com mais casos detetados nas últimas 24 horas e o oitavo com o maior registo de casos confirmados do mundo (824.468). Logo depois está o Reino Unido, com mais de 18 mil infeções detetadas face ao dia anterior. Em destaque, pela negativa, está ainda a Rússia, outro dos países de maiores dimensões, que ultrapassou os 11 mil novos casos confirmados.

A partir daqui, os restantes 36 países que reportaram mais de mil casos nas últimas 24 horas, têm registado sempre números inferiores a sete mil novos casos diários. Na lista encontram-se vários países da Europa, como Espanha, República Checa, Alemanha e Holanda, mas também de outros continentes, como a Colômbia, Indonésia ou África do Sul.

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Lloyd’s lança seguro paramétrico para falhas de TI em PME

  • ECO Seguros
  • 8 Outubro 2020

O Lloyd’s of London, hub de referência global na subscrição de seguros, anunciou o lançamento de um seguro paramétrico para interrupção de negócio, por falhas de TI, em pequenas e médias empresas.

Designada Parametrix Insurance, a Lloyd’s of London lançou uma nova apólice correspondente ao produto desenvolvido pela insurtech de origem israelita Parametrix, e foi anunciada como a primeira e “única no género”, desenhada especificamente para proteger as PME contra perturbações ou paragens nos seus sistemas de informação, ou TI (Tecnologias de Informação).

Na comunicação que anuncia a nova solução, Trevor Maynard, diretor de Inovação do Lloyd’s, referiu: “Sabemos que os produtos e serviços de seguros têm de evoluir para responder aos desafios da pandemia de Covid-19 e ajudar os nossos clientes a cobrir riscos novos ou acrescidos que possam encontrar agora ou no futuro”.

A nova solução substitui o gatilho de indemnização (indemnity trigger), tradicionalmente utilizado pela maioria das apólices de seguros, por um gatilho paramétrico, significando que o pagamento faz instantaneamente, sempre que os serviços críticos de TI de um cliente, incluindo falhas na nuvem, comércio eletrónico ou os sistemas de pagamento, sofram perturbação.

Citado no comunicado do Lloyd’s of London, o co-fundador e CEO da Parametrix Insurance, Yonatan Hatzor, afirmou: “As empresas passaram a gerir a maior parte das suas operações críticas de TI utilizando fornecedores de serviços de terceiros, aumentando assim a sua vulnerabilidade à perturbação. Como resultado, o tempo de paragem de tecnologia crítica tornou-se atualmente o risco com crescimento mais rápido para as empresas, quer se trate ou não de uma empresa de tecnologia. Além disso, o processo de reclamações existente no terreno é complicado, dispendioso e demorado”.

O novo produto do Lloyd’s é liderado pela Tokio Marine Kiln (TMK), beneficiando ainda do apoio de outros membros da Lloyd’s Product Innovation Facility, incluindo a Renaissance Re.

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Sindicato da construção pede testes “em 15 dias” aos trabalhadores

  • Lusa
  • 8 Outubro 2020

Sindicato exige que "as autoridades competentes realizem, nos próximos 15 dias, testes em todo o país no setor da construção”. "Se forem feitos esses testes os números de infetados aumentam".

O Sindicato da Construção de Portugal exigiu esta quinta-feira que “as autoridades competentes realizem, nos próximos 15 dias, testes em todo o país no setor da construção”, para perceber se “é um setor saudável ou infetado”, referiu, num comunicado.

A estrutura sindical alertou para o facto de que “cerca de 40% dos trabalhadores da construção são clandestinos”, realçando que “trabalham diariamente na reabilitação urbana em todo o país e viajam em carrinhas superlotadas, sem a utilização de máscaras e não respeitando o distanciamento que se impõe”.

O sindicato acredita que “se forem feitos testes aos trabalhadores a nível nacional”, os números de infetados por Covid-19 terão “um aumento exponencial”.

Em junho, a organização alertou para as centenas ou mesmo milhares de casos de infeção pela Covid-19 por identificar no setor, voltando a solicitar ao Governo a realização de testes de despiste.

“Estamos certos que há centenas para não dizer milhares de trabalhadores a nível nacional infetados e para confirmarmos se o que dizemos corresponde à verdade faça-se os testes a todos os mais de 400 mil trabalhadores a nível nacional e aí ficaremos a saber da gravidade que existe no setor”, apontou, em comunicado, o Sindicato da Construção de Portugal.

A estrutura afeta à CGTP lamentou, nessa altura, não ter sido ouvida pelo Governo sobre esta matéria, embora considere ser a organização do setor “que melhor pode trabalhar com o Ministério da Saúde” dada a sua atividade, convidando ainda a ministra da Saúde, Marta Temido, a visitar a maior obra, o plano eletroprodutor do Alto do Tâmega, e a verificar que as práticas de higiene e segurança estão a ser cumpridas.

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Ageas reforça promoção de seguros saúde, auto e multiriscos

  • ECO Seguros
  • 8 Outubro 2020

Até ao fim do ano 31 de dezembro, os novos contratos vão ganhar uma bicicleta na compra de um seguro Multirriscos Habitação e Automóvel ou de Saúde.

A Ageas Seguros lançou uma nova campanha promocional para os clientes que comprarem em simultâneo um seguro Multirriscos Habitação e Automóvel ou um seguro de Saúde, podem ganhar uma bicicleta se subscreverem os seguros até 31 de dezembro.

“Esta nova campanha promocional permite-nos continuar a apostar na proteção dos nossos clientes e simultaneamente promover hábitos saudáveis” explica Alexandra Catalão, diretora de Marketing da Ageas Seguros.

A campanha promocional dirige-se a seguros novos (excluem-se as apólices de riscos já seguros na Ageas Seguros), subscritos por clientes particulares que comprem pelo menos 1 seguro multirriscos habitação e 1 seguro automóvel, ou 1 ou mais seguros de Saúde. As apólices em vigor com data de início e emissão no período da campanha, de 1 de outubro e 31 de dezembro de 2020, pagas até 31 de janeiro de 2021, por débito em conta.

Os seguros em campanha são o Casa Segura e seguro Multirriscos Habitação das Ordens e Associações e Profissionais com quem a Ageas Seguros tem protocolo e com valor total pago igual ou superior a 100 euros.
No automóvel é o Protec Ligeiros e automóvel das Ordens e Associações Profissionais com quem a companhia tem protocolo e veículos ligeiros com valor total pago igual ou superior a 100 euros. No caso da doença os produtos abrangidos são Saúde Família, Saúde Sénior ou Saúde Exclusive com valor total mínimo 200 euros.

A Ageas Seguros vai lançar uma operação de comunicação para suporte da campanha, designou-a “Para o seu mundo andar sobre rodas”, e conta com Filomena Cautela ,a cara habitual da marca a marcar presença em TV, Rádio e em meios digitais. A criatividade da Havas e estratégia de meios da Arena, foram ainda criados suportes de comunicação no sentido de realçar dicas de prevenção para andar de bicicleta em segurança.

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Angolana ENSA obtém 9,1 milhões de euros de lucros até junho

  • ECO Seguros
  • 8 Outubro 2020

O desempenho da seguradora angolana reflete resultados da implementação do Plano Estratégico 2020-2022, enquanto avança o processo de privatização da companhia.

A ENSA – Seguros de Angola (ENSA) regressou aos lucros com um resultado líquido de 1,68 mil milhões de kwanzas (AOA) no semestre encerrado a 30 de junho, um aumento de 150% com o lucro a equivaler a 9,1 milhões de euros ao câmbio corrente. O resultado reflete 33% de crescimento no volume de prémios, para AOA 53 mil milhões (ou cerca de 287,3 milhões de euros), “apesar de menos apólices novas, fruto da crise económica provocada pela pandemia”, explica a seguradora de capitais públicos que integra a lista de ativos incluídos num programa de privatizações em curso.

Citado em comunicado, Carlos Duarte, presidente do conselho de administração da ENSA, salienta: “Os bons resultados do primeiro semestre de 2020 são já o reflexo do Plano Estratégico 2020-2022 e das suas medidas de saneamento financeiro. No segundo semestre manteremos como objetivo a melhoria destes resultados, uma maior capacitação dos nossos colaboradores e a preparação da ENSA para uma privatização bem-sucedida. Os impactos transversais da pandemia são enormes, mas cremos estar no bom caminho para reforçar a solidez e sustentabilidade da ENSA com uma equipa extremamente motivada e focada nas melhores soluções para o cliente”.

A ENSA mantém-se com posição destacada, liderando o mercado angolano com uma quota de 35%, “sendo os seguros de saúde, acidentes de trabalho e automóvel aqueles que mais peso têm na carteira” e que lhe conferem liderança de mercado.

A taxa de sinistralidade recuou, de 44% em 2019 para 33% em 2020, registando-se ligeiro aumento de 1% dos custos com sinistros, “explicado essencialmente pelo impacto da inflação”. Os custos técnicos aumentaram 20% no semestre devido ao reforço das provisões e à abordagem mais conservadora da ENSA em relação às suas responsabilidades.

Os custos operacionais aumentaram 19% “por influência da reestruturação em curso, prevendo-se ainda assim que em 2020 fiquem abaixo do ano anterior“.

O rácio de cobertura das provisões técnicas “situa-se nos 130%, fruto de um esforço para acautelar imparidades e provisões em antecipação dos efeitos do saneamento financeiro em execução do referido Plano Estratégico”, complementa a fonte.

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ASAE apreende mais de um milhão de máscaras em oito meses

  • Lusa
  • 8 Outubro 2020

ASAE apreendeu mais de um milhão de máscaras desde o início da pandemia da Covid-19 no âmbito das várias ações de fiscalização.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu mais de um milhão de máscaras desde o início da pandemia da Covid-19 no âmbito das várias ações de fiscalização realizadas em todo o país, anunciou esta quinta-feira aquela autoridade.

Em comunicado, a ASAE refere que apreendeu, desde meados de março e até ao momento, um total de 1.123.093 de máscaras em resultado das diversas ações de fiscalização realizadas em todo o país e no âmbito da supervisão e vigilância do mercado no contexto da pandemia da Covid-19.

Segundo a ASAE, estas ações de fiscalização realizadas desde o início da pandemia foram direcionadas para a verificação das obrigações decorrentes da legislação de harmonização da União Europeia (UE), designadamente do cumprimento dos requisitos essenciais de segurança por parte dos operadores económicos ao longo do circuito comercial, bem como das inerentes aos direitos de propriedade industrial.

A ASAE destaca a recente operação de fiscalização realizada em todo o país e que incidiu sobre a comercialização de semimáscaras filtrantes para proteção contra partículas (máscaras de proteção respiratória/adultos), quer comercializadas em estabelecimentos físicos, quer em lojas virtuais.

Desta ação resultou a apreensão de cerca de 280 mil semi-máscaras EPI, por incumprimento dos requisitos essenciais de segurança, por parte dos operadores económicos, ao longo do circuito comercial, no valor aproximado de 470 mil euros.

A ASAE indica que as principais infrações detetadas foram o incumprimento dos deveres de distribuidor e do importador, a falta de tradução para a língua portuguesa de instruções e informações de segurança, a aposição de marcação CE indevidamente e em produtos não conformes com a legislação de harmonização da UE e violação das regras de aposição de marcação CE em EPI, entre outras.

Portugal voltou esta quinta-feira a ultrapassar a barreira das 1.000 infeções diárias por Covid-19, atingindo 1.278 casos, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, em março, este é o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril com 1.516.

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Grupo Future adquire 65% da Compta que se passa a chamar FUTURECompta

  • Lusa
  • 8 Outubro 2020

"Vamos transformar por completo a engenharia clássica com esta integração", defende João Andrade, presidente executivo do Future.

O grupo de engenharia Future adquiriu 65% da tecnológica Compta, que se passa a denominar FUTURECompta, uma operação que permitirá à empresa de tecnologia acelerar o seu processo de internacionalização, disseram à Lusa os seus responsáveis.

“Não há fusão, nem nunca esteve no nosso horizonte fundir as duas empresas, queríamos agregar mais uma empresa ao nosso grupo”, afirmou à Lusa João Andrade, presidente executivo do Future, grupo de empresas de engenharia clássica. Um dos pilares deste grupo, explicou, “é a integração das tecnologias de informação com a engenharia clássica” e o objetivo foi “encontrar uma empresa que permitisse fazer essa evolução”, que neste caso é a Compta.

“Vamos transformar por completo a engenharia clássica com esta integração”, acrescentou João Andrade, referindo que a Compta também irá ter “o seu próprio projeto enquanto empresa de tecnologias de informação”.

O grupo Future passa a deter 65% da Compta, mantendo-se os acionistas de referência, e o valor do negócio não foi revelado. Antes desta integração, que segundo João Andrade, vai levar a tecnológica “a um patamar bem acima do que está”, a Compta era detida em 93,81% pela Broadloop (controlada por Armindo Lourenço Monteiro e por Francisco Maria Balsemão”.

O presidente executivo da Compta, Alberto Ferreira, adiantou que a FUTURECompta tem um “objetivo de crescimento muito ambicioso para o próximo triénio”, quer em pessoas, quer em volume de negócios. “Diria que em três anos deveremos seguramente dobrar o número de colaboradores da Compta” – atualmente emprega 220 pessoas – e “triplicar a faturação”, afirmou.

Relativamente ao volume de negócios, Alberto Ferreira disse que a tecnológica pretende alcançar “os 100 milhões [de euros]” no triénio. Sobre o investimento feito na compra da participação, João Andrade não referiu valores. “O investimento que fizemos terá retorno rapidamente, mas todos nós valorizamos muito mais o que podemos construir em conjunto, o que vamos ganhar [com esta integração] vai ser imenso comparado com o investimento feito”, salientou o gestor.

“A Compta é uma empresa com nome no mercado e, quando surgiu a hipótese, descobrimos que havia interesse mútuo, os acionistas de referência [da altura] identificaram-se com o projeto Future e perceberam que era a solução que procuravam de expansão internacional” para a tecnológica “dar o salto”, explicou o presidente executivo do grupo de engenharia.

O grupo Future é português, tem cerca de dois anos e meio de existência, agrega várias empresas, sendo “o maior grupo de engenharia com sede em Portugal”, segundo João Andrade. Está presente nos países de língua portuguesa e a “dar passos” para entrar em São Tomé e Príncipe. Não está ainda presente em Timor. “Queremos ajudar e contribuir muito para o desenvolvimento destes países”, salientou.

Marca presença em África em países como Senegal, Benim, Gana, Guiné Equatorial e África do Sul e, na América Latina, no Brasil, Panamá, Bolívia e México (onde vão abrir escritório em breve). Ao todo, são 25 os países onde o grupo está presente, sendo que Angola e Brasil são dois mercados importantes. Na Ásia, estão em Hong Kong e Pequim. Também está presente na Europa e está neste momento a entrar na Suécia.

O volume de negócios do grupo em período de crise, apenas na área de engenharia clássica, é próxima dos 50 milhões de euros, adiantou. “Num ano normal, [o grupo] fatura acima dos 120 milhões de euros”, acrescentou.

Por sua vez, o presidente executivo da Compta, Alberto Ferreira, destacou que com esta integração a tecnológica “ganha a internacionalização”, porque a partir de hoje “tem forças de vendas em todos os escritórios do grupo Future”. Ou seja, passa a ter a ter “força de vendas em Angola, no Brasil e na Ásia e já estamos hoje a trabalhar com eles”, salientou o gestor.

“As internacionalizações são sempre muito difíceis e fica fácil tendo estruturas implementadas começar a estabelecer os produtos Compta”, disse, salientando que a tecnológica tem uma oferta de Internet das Coisas (IoT) na área portuária, por exemplo, já que o Future é um “dos maiores fornecedores de engenharia” nesta área.

“Temos um grupo que nos traz um músculo diferente, não só financeiro, mas também músculo de visão e de ambição, e a partir de hoje somos verdadeiramente internacionais”, salientou Alberto Ferreira.

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Quer melhorar as políticas de recursos humanos em contexto de pandemia? Participe neste estudo

  • Trabalho
  • 8 Outubro 2020

Até 26 de outubro estão abertas as inscrições para a 2.ª edição do estudo da ONRH, para medir a perceção dos trabalhadores sobre a adaptação dos sistemas de recursos humanos ao contexto da Covid-19.

Quer saber o que pensam os seus trabalhadores sobre a forma como os recursos humanos se estão a adaptar em contexto de pandemia? O Observatório Nacional de Recursos Humanos (ONRH) convida as organizações a participar na 2.ª edição do estudo sobre a “Resposta das organizações em Portugal na adaptação dos sistemas de recursos humanos à situação decorrente da pandemia de Covid-19”, que tem como principal objetivo auscultar os trabalhadores para ajudar as empresas. Pode inscrever a sua empresa até 26 de outubro.

O objetivo é ajudar as organizações a adaptarem-se ao contexto atual da pandemia, promovendo a satisfação e o envolvimento dos trabalhadores, através da análise das respostas dos trabalhadores ao questionário. Pode escolher entre quatro modalidades diferentes de questionário, que variam entre a versão base e uma versão à medida, personalizada e adaptada à realidade de cada empresa.

Os resultados são tratados de forma confidencial e, para efeitos de benchmarking, os dados da organização serão comparados, de forma anónima, com os valores máximo, média e mínimo do agregado das entidades estudadas. Os questionários serão enviados até 6 de novembro e podem ser completados até 27 de novembro. Depois de recolhidas as respostas, os relatórios serão elaborados até 31 de dezembro.

Fundado em 2002, fruto de uma parceria entre a APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade e as empresas Qmetrics e Qual, o Observatório Nacional de Recursos Humanos tem como principal missão medir, compreender e explicar a satisfação, lealdade e envolvimento dos colaboradores das organizações públicas e privadas em Portugal.

As inscrições podem ser submetidas no site oficial do ONRH.

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CDS avança com alterações para revisão da contratação pública. Reduz limiares para procedimentos com consulta prévia

O partido tem um conjunto de alterações a fazer à proposta do Governo, que dizem, em alguns casos, ser prejudicial ou desconsiderar regras europeias.

O CDS avançou com um conjunto de propostas de alteração à revisão do Código de Contratação Pública feita pelo Governo, que prevê, nomeadamente, reduzir os limiares para os procedimentos com consulta prévia, bem como manter o modelo de avaliação em caso de adjudicação de proposta com preço superior ao preço base.

Uma das propostas de alteração sugeridas pelo CDS prende-se com a redução dos limiares propostos pelo Governo para os procedimentos com consulta prévia, com o partido a argumentar que o texto do Executivo está a “desconsiderar as regras europeias de contratação pública”. Isto já que “não se pode, pois, por exemplo, promover empreitadas de obras públicas com os valores propostos pelo Governo, isto é, de até 5.350.000 euros, sem um procedimento concorrencial, que a consulta prévia – ainda que com convite a cinco entidades – certamente não assegura”.

Assim, o CDS propõe que sejam necessários procedimentos de consulta prévia, com convite a pelo menos cinco entidades, quando o valor do contrato for inferior: a um milhão para os contratos de concessão de serviços públicos e de obras públicas, bem como para os contratos de empreitadas de obras públicas; a 120 mil euros para os contratos de públicos de locação ou de aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços e a 150 mil para os outros contratos. Já quando o valor do contrato for igual ou inferior a dez mil euros, propõe “iniciar procedimentos de ajuste direto simplificado”.

Neste campo, o partido defende também a inclusão da manutenção das restrições à contração, evitando adjudicações sucessivas aos mesmos operadores económicos. O CDS aponta que não se deve “derrogar a aplicação das limitações”, com a consequência de “vermos sucessivas adjudicações, sejam de um milhão de euros ou de 5,35 milhões de euros, sempre aos mesmos operadores económicos”.

Outra alteração que o partido sugere é amanutenção do modelo de avaliação da proposta em caso de adjudicação de proposta com preço superior ao preço base”, bem como um “limite de 5% no desvio ao preço base”. Por um lado, existe uma questão técnica, que se prende com o risco de haver uma adjudicação a uma proposta menos vantajosa, se, num modelo de avaliação multifator, houver uma exclusão de todas as propostas e o preço passe a ser o único fator em conta.

Por outro lado, de um ponto de vista económico, o partido defende que “um desvio de até 20% do preço base apresenta-se como exagerado face aos riscos que acarreta, de sucessivas propostas com preços sempre acima do preço base, com a garantia de que poderá haver adjudicação”.

A terceira proposta de alteração do CDS prevê aexcecionalidade das empreitadas de obras públicas em que o caderno de encargos inclua um projeto de execução”. Isto porque a Proposta de Lei apresentada pelo Governo, que “quer fazer regra de as empreitadas de obras públicas terem um caderno de encargos que inclui um projeto de execução”, é “prejudicial”.

Líder do CDS critica “arranjinho” do PS e PSD

O presidente do CDS-PP apontou, esta quinta-feira, que há um novo “arranjinho” entre PS e PSD, desta vez em torno do diploma do Governo para mudar as regras da contratação pública, considerando que as novas regras poderão “legalizar a corrupção”.

Em declarações aos jornalistas na sede do CDS, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que, “depois de terem acordado o fim dos debates quinzenais e após terem feito um arranjinho para as CCDR, os partidos do centrão voltaram a entender-se para substituir Vítor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas”.

De seguida, o presidente do CDS considerou que PS e PSD estão a preparar outro “arranjinho” que visa a aplicação dos fundos europeus e advogou que as novas regras propostas passam a “legalizar corrupção”, vão “legitimar esta sede de ir ao pote dos milhões da Europa” e permitem que “passe a valer quase tudo no âmbito da contratação pública”. “Parece que querem sentar à mesa do Orçamento os amigos de sempre”, criticou.

Francisco Rodrigues dos Santos pediu “transparência na aplicação destes dinheiros, para que eles sejam aplicados onde são realmente precisos, e para que não vão parar às mãos de alguns privilegiados e dos mesmos de sempre”.

(Notícia atualizada com mais informação às 19h18)

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Dívida pública aumentou 8,4 mil milhões num ano, mas despesa com juros baixou

  • Lusa
  • 8 Outubro 2020

A dívida pública aumentou 8,4 mil milhões de euros no espaço de um ano, mas a despesa com juros baixou devido à redução na taxa de juro implícita na dívida pública, revela relatório da UTAO.

A dívida pública aumentou 8,4 mil milhões de euros entre o final do primeiro semestre de 2019 e o de 2020, mas a despesa com juros baixou, segundo um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) divulgado esta quinta-feira.

“Entre o final do 1.º semestre de 2019 e o final do 1.º semestre de 2020, a dívida pública aumentou 8,4 mil ME [milhões de euros] em termos nominais. Este aumento correspondeu a um acréscimo de 5,9 p.p. [pontos percentuais] do rácio de dívida pública, para 126,1% do PIB, uma evolução para a qual contribuiu também a redução registada pelo PIB nominal“, pode ler-se no documento a que a Lusa teve acesso.

Segundo o documento que versa sobre as contas das Administrações Públicas, em contabilidade nacional (ótica dos compromissos), no primeiro semestre do ano, apesar do aumento da dívida, a despesa com juros diminuiu.

“A despesa com juros verificou no 1.º semestre uma redução em termos nominais face ao período homólogo, mantendo, no entanto, o seu peso no PIB inalterado“, pode ler-se no texto da unidade técnica que dá apoio à Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia da República (AR).

De acordo com a UTAO, “a redução verificada pela despesa com juros na execução do 1.º semestre de 2020 esteve associada a uma redução na taxa de juro implícita na dívida pública, que se reduziu em 0,2 p.p., para 2,5%“.

O saldo primário (sem despesa de juros), em termos ajustados (excluindo medidas temporárias) passou de um excedente do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% no primeiro semestre de 2019 para -1,3% do PIB no mesmo período de 2020.

“A redução do saldo primário ajustado em percentagem do PIB observada na primeira metade do ano resultou da combinação de uma queda da receita total com um aumento da despesa primária, em virtude das medidas de resposta à pandemia COVID-19 e da queda da atividade económica”, justificam assim os técnicos do parlamento.

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Noutros aspetos tratados no relatório referente ao primeiro semestre, a UTAO realça que sem contar com medidas temporárias e não recorrentes, como as injeções no Novo Banco (1.035 ME), e a transferência do Fundo de Garantia da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo para o Fundo de Garantia de Depósitos (80 ME), o saldo orçamental teria sido de -4,2% do PIB, e não de 5,4% como foi reportado no total orçamental.

Com o agravamento do saldo orçamental, e apesar do défice do primeiro semestre ter ficado 1,6 pontos percentuais do PIB “acima da meta anual de -7,0% do PIB prevista pelo Ministério das Finanças para 2020, poderá haver um agravamento na segunda metade do ano.

Segundo a UTAO, o défice ter ficado acima da meta anual “indicia a expectativa de uma deterioração dos resultados orçamentais na segunda metade do ano, face à verificada nos primeiros seis meses”.

Os técnicos do parlamento lembram que os números do primeiro semestre incluem “uma estimativa adicional de receita fiscal e contributiva de 2.000 ME, equivalente a 2,1% do PIB, devido às medidas de prorrogação do pagamento de impostos e contribuições sociais tomadas no contexto da pandemia covid-19”.

Assim, e devido a essa estimativa, no segundo semestre “haverá lugar a um ajustamento de sinal contrário, na medida em que o saldo global em contabilidade pública incluirá aquele montante de receita que se reporta ao 1.º semestre do ano”, e também poderá haver ajustamentos do Instituto Nacional de Estatística (INE) nas próximas publicações sobre o saldo das contas públicas.

“Com efeito, existe o risco de os montantes reconhecidos na receita em contas nacionais do 1.º semestre, por via deste ajustamento adicional, virem a não ser cobrados na totalidade, pelo facto de os contribuintes terem deixado de reunir condições para honrar o seu pagamento”, conclui a UTAO.

A unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras voltou ainda a queixar-se de falta de colaboração do Ministério das Finanças no envio de alguns dados para o seu trabalho, nomeadamente sobre dados da receita e despesa relacionados com a covid-19.

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OE tem “todas as condições” para ser rejeitado pela direita, diz Francisco Rodrigues dos Santos

  • Lusa
  • 8 Outubro 2020

O CDS aponta que a "receita" deste Orçamento apresentado pelo Governo "é investimento público à socialista, obras públicas a gosto e uma pitada de aumento da contratação de funcionários públicos”.

O presidente do CDS-PP considerou esta quinta-feira que o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) tem “todas as condições” para ser rejeitado pela direita e anunciou que o partido insistir na proposta para levantamento e eliminação de taxas cobradas.

Em conferência de imprensa na sede do CDS, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que “este orçamento tem todas a condições para ser ‘chumbado’ pelos partidos de direita, nomeadamente pelo CDS, dado que segue uma receita que já é bem conhecida pelos portugueses”.

“É uma receita de ontem, mais do mesmo com os mesmos de sempre a contribuírem para a sua construção, e a receita é simples, é investimento público à socialista, obras públicas a gosto e uma pitada de aumento da contratação de funcionários públicos”, criticou, lembrando que o orçamento “está a ser cozinhado à esquerda”.

O CDS “defende uma receita que é uma variação do menu a ser servido aos portugueses, que passava por mais investimento através da iniciativa privada e uma diminuição transversal de impostos para as famílias e para as empresas, de modo a que ter investimento reprodutivo e a criação de emprego em Portugal”. “E isto não está, de facto, a ser seguido pelo Governo”, lamentou Francisco Rodrigues dos Santos.

No final de uma reunião com a SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, o presidente do CDS anunciou que o partido “vai voltar a apresentar uma proposta no parlamento, em sede de discussão do próximo Orçamento do Estado, para que haja um levantamento de todas as taxas e taxinhas que são cobras pelos serviços da administração pública do Estado”.

O objetivo do partido é que “esse conjunto de taxas, que se estima que sejam mais de 4.300 em Portugal, sejam entregues ao parlamento” para que lhes seja dada “a devida publicidade e informação”, adiantou.

De seguida, seria feita uma avaliação para definir “quais destas taxas devem ser eliminadas” por não terem “uma correspondente contra prestação” e por conterem “uma manifesta desproporcionalidade entre o valor que é cobrado e serviço que é prestado pelo Estado”, explicou.

Já em 2016, o partido tinha proposto a publicação de todas as taxas que existem e que são cobradas pelo Estado no Portal do Cidadão, para tornar visível toda a informação relativa a cada taxa. Esta quinta-feira, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que “deve haver equidade na cobrança de taxas”, pedindo “mais justiça, mais equidade e mais liberdade económica”.

O Governo informou que pretende entregar a proposta de Orçamento do Estado na Assembleia da República na segunda-feira. A votação na generalidade do OE2021 está marcada para 28 de outubro e a votação final global para 27 de novembro.

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