Bélgica, Itália e Hong Kong suspendem voos com o Reino Unido

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

A Bélgica vai suspender as ligações aéreas e marítimas provenientes do Reino Unido. Itália e Hong Kong também anunciaram, posteriormente, a suspensão dos voos.

A Bélgica vai suspender as ligações aéreas e marítimas provenientes do Reino Unido após a descoberta de uma nova estirpe da covid-19 no sul de Inglaterra. Horas mais tarde, Itália também anunciou a suspensão dos voos e a Alemanha também está a ponderar seguir a mesma decisão. Já esta segunda-feira, o Governo de Hong Kong anunciou também a suspensão dos voos de passageiros vindos do Reino Unido.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, indicou à cadeia de televisão VRT que a suspensão será pelo menos de 24 horas, podendo, porém, ser prolongada, e que começa às 23h00 de hoje.

Poucas horas depois, o Governo italiano também anunciou vai suspender os voos com o Reino Unido, sendo que a decisão já foi comunicada às autoridades londrinas, afirmou nas redes sociais o o chefe da diplomacia italiana, Luigi Di Maio.

“Como Governo temos o dever de proteger os italianos e por isso, depois de notificarmos o Governo inglês, estamos prestes a assinar uma medida com o ministro da Saúde para suspender os voos com a Grã-Bretanha”, explicou Di Maio.

Já o Governo de Hong Kong anunciou, esta segunda-feira, a suspensão dos voos de passageiros vindos do Reino Unido devido ao surgimento nesse país de uma nova variante do novo coronavírus, que causa a doença Covid-19.

“A partir da meia-noite, nenhum voo de passageiros chegará a Hong Kong procedente do Reino Unido”, disse a secretária de Saúde de Hong Kong, Sophia Chan, aos jornalistas.

Em Berlim, fonte do Ministério da Saúde alemão indicou que o Governo está a encarar “seriamente” a suspensão dos voos provenientes do Reino Unido e ainda da África do Sul, o país africano com maior número de infeções, podendo juntar-se também aos Países Baixos cuja decisão foi igualmente tomada hoje e que se prolonga até 01 de janeiro.

As restrições do tráfego aéreo proveniente do Reino Unido e da África do Sul “são uma séria opção” que está a ser analisada por Berlim, acrescentou a fonte.

Nos Países Baixos, num comunicado, o Ministério da Saúde holandês recomenda que qualquer introdução desta variante do vírus proveniente do Reino Unido seja limitada tanto quanto possível, “limitando e/ou controlando o movimento de passageiros do Reino Unido”.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

O Reino Unido está na lista dos 10 países mais afetados pela pandemia, ao somar mais de dois milhões de casos de infeção e 67.075 mortes.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.675.362 mortos resultantes de mais de 75,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

(Notícia atualizada às 11h13 com posição de Hong Kong)

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Nova variante detetada no Reino Unido “não é provável que afete eficácia da vacina”, diz especialista

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

Especialista em saúde pública diz que a nova variante do coronavírus responsável pela covid-19 detetada no sudeste do Reino Unido não deverá diminuir a eficácia da vacina.

A nova variante do coronavírus responsável pela covid-19 detetada no sudeste do Reino Unido mesmo sendo mais facilmente transmissível não deverá diminuir a eficácia da vacina, disse à Lusa Constantino Sakellarides, especialista em saúde pública.

“Pelo que se sabe, não é provável que afete a eficácia da vacina, desde que não interfira com o antigénio que está na coroa, o antigénio que estimula a reação imunitária”, disse o antigo diretor da Direção-Geral da Saúde e atual membro do Conselho Nacional de Saúde Pública.

Tudo isto é sob reserva, porque a informação que temos é escassa, mas desde que não haja interferência com esse antigénio, não há razão para pensar que a vacina não servirá na mesma para esta nova variante”, disse Constantino Sakellarides.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante, que se espalha com maior velocidade.

Para o especialista em saúde pública, este facto significa que esta variante do coronavírus está “mais bem adaptada à espécie humana” e, portanto, “exige mais cuidados no controlo da transmissão de pessoa para pessoa”.

“Isso já se nota no Reino Unido, porque foram tomadas medidas para tentar o possível para limitar a sua expansão para o conjunto do Reino Unido. Há a preocupação clara de tomar medidas mais intensas, para impedir a sua transmissão”, frisou.

O professor catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública defende que “há que saber mais sobre como vai evoluir” esta variante. “Estas são as primeiras observações que existem, mas temos de saber mais para poder estimar a extensão das implicações que vai ter no controlo da pandemia“, afirmou.

Por enquanto, continua a ser necessário “defender-nos a todo o custo enquanto a vacina não atingir uma parte substancial da população”.

“As medidas de defesa contra esta variante são do mesmo tipo das que foram adotadas até agora. Simplesmente, caso se verifique a expansão desta nova variante rapidamente, quando ela aparecer, uma vez que a transmissão é mais fácil, os cuidados têm de ser redobrados enquanto não se chega ao patamar da imunidade de grupo que a vacina vai proporcionar”, conclui Constantino Sakellarides.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,6 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 6.063 em Portugal.

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23 gráficos que mostram o choque da Covid-19 em Portugal e na UE

  • ECO
  • 20 Dezembro 2020

O Eurostat publicou um conjunto de 23 indicadores económicos que mostram o impacto da Covid-19 em Portugal e na União Europeia (UE). Da economia às empresas, até às pessoas.

As ondas de choque da pandemia fizeram-se sentir em toda a economia. O Produto Interno Bruto dos países afundou, o sentimento económico degradou-se e a inflação recuou para terreno negativo. Milhões de pessoas perderam o emprego e setores como o do turismo ficaram em estado de congelação.

Esta crise não teve precedentes. Os registos dos diferentes indicadores económicos ficarão para a história e serão motivo de estudo por economistas e académicos daqui a muitos anos. Alguns deles estão expostos num conjunto de 23 gráficos publicado pelo Eurostat.

O gabinete oficial de estatística da União Europeia mediu o pulso à economia e apresentou um painel com 23 conjuntos de dados que podem ser observados e analisados por qualquer um. O ECO compilou os gráficos do Eurostat nas fotogalerias abaixo, referindo-se à economia e aos preços, aos negócios e ao comércio, e às pessoas e ao trabalho.

A linha de Portugal surge a rosa e a média da União Europeia está representada na linha azul. Estes gráficos mostram o impacto da Covid-19 em diferentes indicadores económicos do país.

Economia e preços

Estes sete gráficos mostram o impacto da pandemia de Covid-19 em indicadores como o crescimento económico e a inflação. Recorde-se: a linha rosa representa Portugal e a linha azul representa a média da União Europeia.

 

Empresas e comércio

Estes oito gráficos mostram o impacto da pandemia nas empresas e no comércio. Medem, por exemplo, a evolução da produção industrial, das exportações e das importações. Uma vez mais, a linha rosa representa Portugal e a linha azul representa a média da União Europeia.

 

Pessoas e trabalho

A Covid-19 infetou e matou até ao momento milhões de pessoas em todo o mundo e deixou outras tantas sem emprego. Com setores como o dos serviços e do turismo totalmente paralisados durante vários meses, estes gráficos mostram o impacto do vírus e dos confinamentos nas pessoas e no trabalho. Portugal é a linha rosa, a União Europeia é a linha azul.

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Nova variante do coronavírus está “fora de controlo”, alerta o secretário de Estado da Saúde britânico

  • ECO
  • 20 Dezembro 2020

O secretário de Estado da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, sugeriu que algumas regiões de Inglaterra poderão ficar sob elevadas restrições até ao lançamento de uma vacina.

O secretário de Estado da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, alertou que a nova variante do coronavírus está “fora de controlo” e sugeriu que algumas regiões de Inglaterra poderão ficar sob elevadas restrições até à vacinação.

Mais de 16 milhões de britânicos estão obrigados a ficar em casa depois de o primeiro-ministro Boris Johnson ter anunciado este sábado um confinamento obrigatório em Londres e no sudeste do Reino Unido, impondo medidas mas restritivas para o período de Natal, numa tentativa de controlar o crescimento da nova variante do vírus.

“Os casos dispararam, então temos um longo caminho a percorrer”, referiu Hancock este domingo em entrevista à Sky, citado pela agência Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês). “Acho que será muito difícil manter a situação sob controlo até que a vacina seja lançada“, acrescentou o ministro.

Hancock referiu que os habitantes que vivem nas regiões de nível de gravidade 4 devem adotar comportamentos bastante rígidos. “Devem comportar-se como se tivessem o vírus”, referiu.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

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Países Baixos suspendem voos oriundos do Reino Unido até 1 de janeiro

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

O Ministério da Saúde holandês “recomenda que qualquer introdução desta variante do vírus proveniente do Reino Unido seja limitada tanto quanto possível".

O Governo dos Países Baixos suspendeu este domingo todos os voos de passageiros oriundos do Reino Unido até 01 de janeiro, após ter sido detetada a nova variante do coronavírus que provoca a covid-19 originalmente identificada em solo britânico.

Em comunicado, o Ministério da Saúde holandês “recomenda que qualquer introdução desta variante do vírus proveniente do Reino Unido seja limitada tanto quanto possível, limitando e/ou controlando o movimento de passageiros do Reino Unido”.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

O Reino Unido está na lista dos dez países mais afetados pela pandemia, ao somar mais de dois milhões de casos de infeção e 67.075 mortes.​​​​​​​

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.675.362 mortos resultantes de mais de 75,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Cuatrecasas conseguiu receita de 316,4 milhões em 2019

O 'El País' revela que a sociedade ibérica, fundada em Barcelona, e com escritório em Lisboa, arrecadou uma receita total de 316,4 milhões de euros no ano passado.

A sociedade de advogados ibérica Cuatrecasas — com escritórios também em Portugal — divulgou as remunerações dos membros do seu conselho de administração. Segundo o ‘El País’, o escritório presidido por Rafael Fontana e os seus 12 membros do board receberam 11,5 milhões de euros em 2019. O que significa um aumento de 8,5% comparativamente ao ano anterior, segundo fonte do escritório. O salário médio dos administradores é assim de 962 mil euros,

Mas os valores variam conforme a antiguidade na firma espanhola. Sendo que os membros do conselho de administração receberam 9,084 milhões de euros em 2019 “pelos serviços profissionais prestados”, de acordo com a informação divulgada pela Cuatrecasas, sendo que 2.021 milhões de euros foram a título de dividendos.

No ano anterior, os sócios arrecadaram praticamente o mesmo montante em dividendos e juros, porém menos um milhão de euros pelos serviços profissionais prestados à sociedade. Adicionalmente, contaram uma apólice de seguro de responsabilidade civil de administradores e executivos no valor de 36.622 euros.

Em abril de 2019, a Cuatrecasas elegeu Rafael Fontana como presidente e Jorge Badía como novo CEO. Até z essa data, Rafael Fontana desempenhava o cargo de presidente executivo da firma e Jorge Badía o de director-geral. As nomeações, que foram submetidas a votação durante a assembleia geral de sócios que decorreu em Barcelona nos dias 4 e 5 de Abril, enquadram-se no processo de sucessão nos órgãos de governo da firma.

Rafael Fontana foi nomeado presidente executivo em Julho de 2014 e oito meses mais tarde, em Março de 2015, designou Jorge Badía como director-geral. Os novos presidente e CEO receberam um amplo apoio dos sócios para continuarem à frente da firma durante os quatro anos seguintes e darem continuidade à linha de gestão e liderança que têm vindo a desenvolver nos últimos cinco anos. Com esta mudança, Rafael Fontana, que permaneceu na presidência do Conselho de Administração, adquiriu peso institucional e Jorge Badía ganhou mais poder executivo.

Em Lisboa, o escritório é dirigido pela sócia e managing partner, Maria João Ricou.

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Com a crise, mais ricos travam no consumo e aumentam as poupanças

Crise pandémica levou a uma maior queda do consumo por parte dos mais ricos e a um aumento da poupança deste grupo. Facto é explicado pelo maior recurso ao teletrabalho e pela estrutura de despesa.

O vírus pode afetar todos, mas a crise não tem o mesmo impacto. No boletim económico de dezembro divulgado esta segunda-feira, o Banco de Portugal fez uma análise à evolução do consumo de diferentes grupos de consumidores e conclui que os gastos dos mais ricos registaram uma queda maior e a poupança uma subida superior à das camadas mais pobres.

A redução da despesa foi mais acentuada no grupo de consumo mais alto e a recuperação subsequente mais lenta (variações de -35,9% e -0,4%, respetivamente, em abril e setembro)”, afirmam os economistas do banco central com base nos dados da SIBS sobre a despesa realizada com cartões bancários. Já no grupo de consumo mais baixo, a despesa caiu 21,8% e 8,8%, respetivamente, em abril e setembro.

O que justifica esta diferença? Não, o rendimento não terá caído mais entre os mais ricos. De acordo com a análise do Banco de Portugal, tal poderá estar associado ao teletrabalho mais frequente nas profissões de quem é mais rico, evitando gastos fora de casa com cartões. Além disso, a estrutura de consumo deste grupo e as restrições da pandemia explicam o resto: os bens essenciais pesam menos no orçamento destes cidadãos, ao contrário dos bens duradouros (e mais caros) cuja aquisição acabou por estar mais limitada pelas restrições.

Boletim económico de dezembro do Banco de Portugal.

Assim, este grupo de consumo mais alto registou um aumento “significativo” da poupança agregada no segundo trimestre, o que explica a maior parte do aumento da taxa de poupança na economia portuguesa dado que este grupo “tradicionalmente concentra a maior parte da poupança das famílias”. “Tal sugere que as razões associadas à perda de rendimento não serão as mais relevantes para explicar a redução do consumo agregado”, escrevem os economistas, comparando com crise anteriores onde a relação entre rendimento e consumo foi mais forte.

Entre os mais pobres, o peso dos bens essenciais no orçamento familiar é maior, o que explica a menor redução da despesa dado que estes são bens de que não podem prescindir. A análise do banco central revela ainda que houve “uma evolução mais favorável da despesa deste grupo, em particular em bens duradouros” na retoma do verão. “Tal aponta para a eficácia das medidas de proteção do rendimento e de apoio às famílias mais vulneráveis no período recente”, sugerem.

Os economistas argumentam que o apoio aos grupos mais expostos à crise pandémica tem de continuar e deve ser focado. “As perspetivas setoriais e regionais para a atividade deverão permanecer diferenciadas até a pandemia estar controlada, o que aconselha uma abordagem direcionada nas políticas de apoio às empresas e às famílias”, aconselham. Só com essa ajuda, em conjunto com a vacina, é que haverá uma “recuperação sustentada do consumo privado”.

Além da diferença entre grupos sociais, o Banco de Portugal analisa também as diferenças regionais. O impacto da pandemia no consumo foi superior na Área Metropolitana de Lisboa, registando-se uma maior queda (-41,7% face à média nacional de -33,4%) face a outras regiões e posteriormente uma menor recuperação.

Boletim económico de dezembro do Banco de Portugal.

“Recorde-se que as medidas de contenção se mantiveram mais restritivas por um período mais longo nesta região e que o peso do setor de serviços é superior ao das restantes regiões”, explicam os economistas, acrescentando que “a evidência mostra também que os municípios de maior rendimento apresentaram uma evolução mais desfavorável do que os restantes“.

O estudo confirma ainda o que já tinha sido antecipado por vários números, inclusive os do PIB: a pandemia teve efeitos no cabaz de bens e serviços “consumidos” pelos portugueses, com o consumo de bens alimentares a crescer 26,1% entre março e maio. Já “os bens duradouros – que pela sua natureza permitem que a sua aquisição possa ser mais facilmente adiada – registaram uma redução acentuada mas também uma recuperação marcada”.

Nos setores de serviços, que requerem interação social e para os quais é difícil a substituição intertemporal do consumo, a despesa caiu fortemente e a recuperação tem sido lenta (quedas de 59% em abril e 8,6% em setembro)“, concluem.

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Londres e sudeste de Inglaterra com novo confinamento

  • Lusa e ECO
  • 19 Dezembro 2020

Londres e o sudeste de Inglaterra vão entrar novamente em confinamento, sendo proibidas as reuniões natalícias e encerrado o comércio não essencial para travar a propagação da covid-19.

O primeiro-ministro britânico anunciou que Londres e o sudeste de Inglaterra vão entrar novamente em confinamento a partir de domingo, sendo proibidas as reuniões natalícias e encerrado o comércio não essencial para travar a propagação da covid-19 nas duas regiões.

Segundo Boris Johnson, o aumento do número de casos do novo coronavírus obrigou a subir o nível de alerta de 3 para 4, o mais elevado imposto desde o início da pandemia, o que implica o encerramento do comércio não essencial, como cabeleireiros e locais de lazer internos, que terão de fechar após o final do horário comercial no sábado.

“Em Inglaterra, quem vive em áreas de grau 4 não deve conviver com ninguém de fora da sua família próxima no Natal, embora se mantenham bolhas de apoio para os que estão em risco especial de solidão ou isolamento”, declarou Boris Johnson numa declaração feita este sábado.

“No resto do país, as regras de Natal permitindo até três agregados familiares juntarem-se serão limitadas exclusivamente ao dia de Natal apenas, em vez dos cinco dias anteriormente fixados”, acrescentou.

A prevista “flexibilização” de cinco dias nas restrições de socialização, o que vai permitir que até três famílias se reúnam no Natal, está cancelada nas zonas onde entrará em vigor o nível 4.

O primeiro-ministro britânico salientou também que o sudeste de Inglaterra, onde foi detetada uma nova variante da covid-19, seguirá os mesmos passos e regras do confinamento em Londres, pelo que serão reforçadas as restrições durante o período natalício.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante, que se espalha com maior velocidade, embora não haja evidências de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas contra acovid-19, embora este ponto esteja ainda a ser avaliado “com urgência para confirmação”.

O Reino Unido está incluído na lista dos 10 países com maior número de infeções e de mortes associadas ao novo coronavírus – mais de 1,9 milhões de casos, 66.541 óbitos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.662.792 mortos resultantes de mais de 74,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Google Trends: Futebol e estrelas Michelin em destaque

  • Tiago Lopes
  • 19 Dezembro 2020

FC Porto, Benfica e Braga conheceram os adversários nas competições europeias. Lá fora, Macron testou positivo à Covid-19. Nos negócios, Hi Fly despediu-se do A380 com um coração frente a Portugal.

O desporto rei volta a ser tema de destaque em mais uma rubrica das trends do Google. O sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões e dos 16 avos de final da Liga Europa captaram a atenção dos portugueses.

A notícia da morte de Nuno Moreira foi outro dos temas muito pesquisados pelos internautas portugueses. O top 3 dos assuntos mais pesquisados no Google fecha com a atribuição de mais duas estelas Michelin a restaurantes portugueses.

Cá dentro

No top de conteúdos mais procurados no Google na semana passada pelos portugueses o futebol volta a estar em destaque, numa semana em que o FC Porto ficou a conhecer o adversário nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, enquanto o Benfica e o Braga conheceram os próximos adversários na Liga Europa.

Assim, o atual campeão nacional vai defrontar a equipa italiana da Juventus onde atua o internacional português Cristiano Ronaldo. Já o Benfica também terá certamente uma tarefa complicada uma vez que vai defrontar os ingleses do Arsenal. O Braga joga os 16 avos de final com a Roma.

No jogo que decidia o acesso à ‘final four’ da Taça da Liga, o Benfica esteve praticamente eliminado da competição, mas um golo já perto do final levou a equipa para o desempate através das grandes penalidades, onde acabou por ser mais forte que o Vitória de Guimarães, juntando-se assim ao FC Porto e Sporting na grande final da competição a ser disputada em janeiro de 2021.

A notícia da morte de Nuno Moreira, dirigente do CDS e filho de Adriano Moreira, ex-presidente do partido, aos 47 anos, depois de sofrer um enfarte, foi outro dos temas mais pesquisados no Google.

A notícia foi avançada pelo CDS Lisboa através de uma publicação nas redes sociais. “O Nuno era um homem bom, amigo, leal. Connosco partilhou inúmeros desafios em nome do CDS, em particular na freguesia da Ajuda, onde era autarca. Um militante de princípios, respeitoso e um lutador incansável por tudo aquilo em que acreditava. Um homem bom e honesto que a política e a amizade nos deu a conhecer”.

O top das notícias mais pesquisadas fecha com a atribuição de duas novas estrelas Michelin a restaurantes portugueses, o 100 Maneiras de Ljubomir Stanisic, no Bairro Alto, e Eneko Lisboa de Eneko Atxa e Lucas Bernardes no antigo Alcântara Café.

Lá fora

  • Macron com Covid-19. O presidente francês, Emmanuel Macron, testou positivo à Covid-19, informou um comunicado oficial do Eliseu. A notícia foi conhecida um dia depois do primeiro-ministro António Costa ter estado reunido com Macron, em Paris. “O Primeiro-Ministro encontra-se em isolamento profilático preventivo até avaliação do grau de risco por parte das autoridades de saúde”, referiu o Gabinete de António Costa em comunicado.
  • Rússia excluída dos Jogos Olímpicos. O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) excluiu a Rússia por dois anos das principais competições desportivas mundiais, entre as quais os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021, por incumprimento das regras antidoping.
  • Espanha aprova legalização da eutanásia. Espanha aprovou a legalização da eutanásia. A medida proposta pelo PSOE foi aprovada com 198 votos a favor, 138 votos contra e duas abstenções.

Nos negócios

  • Ex-mulher de Bezos doou três mil milhões de euros. MacKenzie Scott, ex-mulher de Jeff Bezos, publicou um texto no seu blogue onde deu a conhecer que nos últimos quatros meses doou mais de quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,2 mil milhões de euros) a centenas de instituições de solidariedade.
  • A380 da Hi Fly despede-se com um coração. A companhia área portuguesa Hi Fly despediu-se na última quinta-feira do maior avião de passageiros do mundo, o A380, com um voo que partiu de Beja com destino a Toulouse, França. Pelo meio ficou desenhado nos céu uma mensagem em forma de coração

Nota: A Google Trends é uma rubrica semanal, publicada aos fins de semana, que resume os temas mais populares da internet com base na ferramenta homónima da Google. É assinada pelo jornalista do ECO Tiago Lopes.

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Sindicato denuncia despedimento coletivo na Ryanair envolvendo seis tripulantes

  • ECO
  • 19 Dezembro 2020

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil diz que a Ryanair resolveu iniciar "um novo processo de despedimento coletivo, agora na Base de Lisboa, envolvendo seis tripulantes".

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) denunciou este sábado que a Ryanair resolveu iniciar “um novo processo de despedimento coletivo, agora na Base de Lisboa, envolvendo seis tripulantes” da companhia aérea de baixo custo.

“Curiosamente”, prossegue o SNPVAC, são os mesmos seis tripulantes que “recusaram assinar, apesar da pressão da Ryanair, uma adenda, como o sindicato alertou na altura, ilegal”.

Para o sindicato, “este processo não passa de uma represália aos tripulantes envolvidos, e refuta completamente o argumento que haja um excesso de tripulantes nas bases em Portugal, e relembra, mais uma vez, que a companhia, poderia optar por medidas previstas na lei, tal como o fez em abril e maio, e que atenuariam os seus custos, sem ter que recorrer ao despedimento”.

O SNPVAC lembra que no dia 1 de dezembro a Ryanair retomou “o processo do despedimento coletivo dos tripulantes de cabine na Base do Porto, que atinge 23 tripulantes”.

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Este ano o Natal é diferente. E a publicidade também

  • Tiago Lopes
  • 19 Dezembro 2020

Um ano diferente, um Natal diferente. Esta é a mensagem que a maior parte das marcas está a passar nos tradicionais anúncios de Natal.

2020 tem sido um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus. Desde o dia 2 de março, altura em que foram identificados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal, que a realidade a que estávamos habituados mudou radicalmente.

Com o Natal a aproximar-se cada vez mais, as marcas têm aproveitado prestar homenagem aos profissionais de saúde que têm dedicado todo o seu tempo para tratar aqueles que foram infetados.

Mas utilizam estas campanhas também para passar uma mensagem de esperança e união numa altura em que as famílias portuguesas estão mais afastadas que nunca para se evitarem os contágios.

“Este Natal vai ser diferente para que volte a ser igual”

Exemplo disso é o anúncio da livraria Bertrand que ultrapassou fronteiras. “Não é preciso falar a língua para perceber a emoção deste anúncio”, escreveu um jornal da Nova Zelândia que destacou o anúncio como um dos 10 melhores até ao momento.

O vídeo da campanha de Natal da Bertrand Livreiros mostra a filha de um médico a contar os dias que faltam para o dia 24 de dezembro, altura em que poderá voltar a abraçar o pai, de quem tem estado separada por estar a tratar doentes com Covid-19 no hospital.

“É Natal sempre que damos aos outros o amor que temos pelos nossos”

Também a Vodafone trabalhou o seu tradicional anúncio de Natal para prestar uma homenagem aos profissionais de saúde que neste momento estão na linha da frente na luta contra a pandemia de Covid-19 e que abdicam de grande parte do tempo familiar para ajudar quem mais precisa.

“É Natal sempre que damos aos outros o amor que temos pelos nossos”, ouve-se no final do vídeo que mostra uma mãe a dirigir-se para um hospital enquanto canta ao telefone para adormecer a filha, que está em casa com o pai. O filme mostra “uma cidade onde vários intervenientes da sociedade cumprem os seus deveres profissionais, abdicando da alegria e conforto da noite natalícia vivida em casa e em família, para se dedicarem aos outros”, explicou a operadora numa nota de imprensa.

“Neste Natal, nada nos pode separar”

O vídeo da Nos fala de separação, do afastamento de um avô da sua neta num Natal marcado pelo distanciamento social e de como a tecnologia pode ajudar a aproximar quem está tão longe e termina com uma mensagem. “Neste Natal, nada nos pode separar”.

“O Natal é, por tradição, a altura do ano em que todos queremos estar junto da nossa família e dos nossos amigos, partilhando momentos de alegria e cumplicidade. Este ano, particularmente difícil para todos, mais sentido faz sentirmo-nos ligados às pessoas de quem mais gostamos”, diz a operadora.

“O Natal será sempre do tamanho que o seu coração quiser”

O vídeo da cadeia de supermercados Intermarché começa com uma conversa em família. “Este ano o Natal vai ter de ser cada um em sua casa. É triste, mas tem de ser”, diz o avô para a neta através de uma videochamada.

Desiludida, a criança inicia um processo criativo onde, com recursos a smartphones e tablets, monta um jantar de Natal virtual.

“Haverá sempre Natal”

O Continente assinala a chegada do Natal com uma mensagem de esperança num vídeo que junta o grupo de música tradicional Cantares de Manhouce “numa alusão à importância de manter as raízes nesta época, defendendo a portugalidade e a união familiar”.

“Apesar de estarmos a atravessar um contexto difícil, queremos sobretudo transmitir uma mensagem de esperança e dar alento aos portugueses”, explica Tiago Simões, diretor de marketing da Sonae MC.

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China introduz novas regras de segurança para investidores estrangeiros

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2020

Segundo as novas regras, os investimentos estrangeiros nas indústrias chinesas ligadas ao setor militar serão automaticamente alvo de uma análise “aprofundada”.

A China indicou que vai introduzir no próximo ano novas regras para os investidores estrangeiros em indústrias como a de Defesa ou da Tecnologia para assegurar que as atividades não atentem contra a segurança nacional.

Segundo a Agência de Planificação Económica chinesa, segundo as novas regras, os investimentos estrangeiros nas indústrias chinesas ligadas ao setor militar serão automaticamente alvo de uma análise “aprofundada”.

Os investimentos na agricultura, energia, transportes, novas tecnologias e serviços financeiros serão também analisados apenas se implicarem a aquisição de 50% ou ais de uma empresa chinesa ou se afetaram significativamente a atividade nesses setores.

Nesses casos, os investidores terão de passar por uma inspeção do Governo para determinar se as suas operações “afetam a segurança nacional”, refere a agência, que não especificou quais as atividades que seriam consideradas para esse efeito.

O anúncio da agência ocorre quase um ano após a introdução de uma nova lei, a que desde 01 de janeiro deve garantir um tratamento justo aos investidores estrangeiros na China.

A Agência de Planificação Económica chinesa explicou que as novas regras, que entrarão em vigor a 18 de janeiro de 2021, visam “prevenir de forma eficaz e eliminar os riscos para a segurança nacional”, encorajando “ativamente” o investimento estrangeiro.

Na sexta-feira, Pequim indicou que o acordo de proteção ao investimento que a China e a União Europeia (UE) têm estado a negociar nos últimos sete anos está “na reta final”, já que os dois lados definiram uma meta a ser concluída este ano.

Lançadas em novembro de 2013, as negociações visam proteger mutuamente os investimentos europeus na China e os investimentos chineses na UE.

A União Europeia, que acredita ter aberto amplamente o seu mercado a Pequim, quer que os negócios das suas empresas sejam tratados da mesma forma na China. Os 27 exigem um maior respeito pela propriedade intelectual, o fim das transferências de tecnologia impostas a empresas estrangeiras na China e dos excessivos subsídios a empresas estatais chinesas.

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