Exportações portuguesas de cortiça subiram 50% em dez anos

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Tendo França como principal mercado, as exportações portuguesas de cortiça subiram, nos últimos dez anos, 50%, para mais de mil milhões de euros.

As exportações portuguesas de cortiça subiram 50% na última década, para mais de mil milhões de euros, com França a ser o principal mercado, segundo um estudo da Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR).

“Na última década, as exportações portuguesas de cortiça aumentaram mais de 50%, tendo superado os mil milhões de euros”, lê-se no estudo A fileira da cortiça: da floresta ao consumidor.

França é o principal mercado para as exportações, representando 18,3%, “mas tem vindo a perder quota” para os Estados Unidos da América (17,4%) e Espanha (15,4%).

Por produto, as rolhas representam mais de 70% das exportações. Em valor, as rolhas de cortiça natural representam 59% das exportações de rolhas, tendo perdido, na última década, 10 pontos percentuais para as rolhas técnicas.

De acordo com o estudo, Espanha é o principal mercado para as exportações portuguesas de materiais de construção em cortiça, que mais do que quadruplicaram (350%) na última década, neste país.

Por sua vez, as importações aumentaram 136% desde 2009, impulsionadas pela cortiça natural. Espanha é o principal fornecedor de Portugal (70%), sendo a restante percentagem distribuída por Itália e pelo Norte de África.

“A cortiça representa 1,84% das exportações portuguesas de mercadorias, mas apenas 0,29% das correspondentes importações. Em 2018, o comércio internacional de cortiça gerou, para Portugal, um excedente comercial que excedeu os 850 milhões de euros, um dos mais elevados de toda a economia nacional, tendo aumentado 41% desde 2009”, revelou a Apcor.

O estudo apontou ainda que, anualmente, a indústria da cortiça efetua investimentos de mais de 40 milhões de euros, alavancados pelos sistemas de incentivos, como o Compete 2020, dados que se baseiam nas demonstrações financeiras de 478 empresas que estiveram em atividade contínua de 2014 a 2018.

No documento, foram apontadas como as principais ameaças para o setor: as alterações climáticas, a degradação da floresta e do sobreiro, a redução do consumo do álcool e o desinteresse pelo potencial da cortiça.

Já no que concerne às oportunidades, inclui-se a aplicação da cortiça na construção, a apetência do mercado por produtos sustentáveis, a possibilidade de recurso a fundos ambientais e o desenvolvimento tecnológico.

Este estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto Cork_Inov, com o apoio de fundos comunitários, num investimento total de 649.797,99 euros, comparticipado em 85%.

Fundada em 1956, a APCOR é a única associação patronal do setor em Portugal, representando 270 empresas.

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EDP fecha compra da Viesgo e soma mais 500MW de eólicas em Espanha

Com esta operação, a EDP vai gerir e consolidar os ativos de distribuição da Viesgo Distribución, Begasa e E-Redes. Juntas têm mais de 52 mil km de redes e 1,3 milhões de pontos de distribuição.

A EDP e a Macquarie Super Core Infrastructure Fund anunciaram esta quarta-feira que concluíram a operação no valor de 2,7 mil milhões de euros, anunciada em julho, para a aquisição dos ativos da espanhola Viesgo, que entretanto já tinha recebido a aprovação final da Comissão Europeia e do Conselho de Ministros espanhol.

Este acordo inclui a aquisição por parte da EDP dos ativos de distribuição de energia elétrica da Viesgo: 0,5 GW de energia renovável e ainda duas centrais termoelétricas em processo de desmantelamento, com potenciais pontos de ligação à rede para o desenvolvimento de projetos renováveis.

Ainda no âmbito desta transação, a EDP Renováveis aproveita também para adquirir os 0,5 GW de ativos renováveis da Viesgo na Península Ibérica, na sua maioria, eólicos.

“Concluímos uma operação estratégica para a EDP, que contribui para alcançar os objetivos com que nos comprometemos para 2022, através do crescimento em energias renováveis e redes de distribuição. Continuamos a criar valor com os nossos investimentos, ao mesmo tempo que reforçamos a aposta nos nossos clientes e em novos produtos e serviços, como é o caso do autoconsumo de energia e da mobilidade elétrica, vetores que nos vão permitir acelerar a transição energética”, destaca Rui Teixeira, presidente da EDP Espanha e CEO interino da EDP Renováveis.

Em comunicado, a EDP informa que, com esta operação, vai gerir e consolidar os ativos de distribuição da Viesgo Distribución, da Begasa e também da E-Redes – anteriormente detida em 100% pela EDP -, através de uma nova parceria estratégica de longo prazo detida em 75,1% pela EDP e em 24,9% pela Macquarie. Juntas, estas três distribuidoras de energia elétrica têm mais de 52 mil quilómetros de redes e 1,3 milhões de pontos de distribuição.

“A Viesgo está focada no futuro da energia. Com este acordo de longo prazo com a EDP, garantimos que a infraestrutura de redes e que o fornecimento de eletricidade se mantêm de forma segura, fiável e sustentável”, diz Juan Caño, responsável da Macquarie na Península Ibérica e membro do Conselho de Administração da Viesgo.

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Obrigações da TAP desvalorizam face à possibilidade de perdas para os credores

Os títulos de dívida da companhia aérea foram emitidos há um ano junto de investidores institucionais e de retalho. Estão a cair depois de o Governo admitir que pode haver perdas para os credores.

As obrigações da TAP estão a perder valor face à possibilidade de perdas para os credores com a reestruturação da companhia aérea.

A possibilidade foi admitida esta terça-feira no Parlamento pelo ministro Pedro Nuno Santos, que já tinha afirmado na semana passada que o tema está nas mãos de Bruxelas. Os títulos de dívida emitidos em junho junto de investidores institucionais e de retalho desvalorizam 0,5%.

Sim, já assumiram perdas e vamos trabalhar com credores e Bruxelas para que assumam mais.” Foi assim que o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, admitiu maiores perdas para os credores da TAP, durante uma audição parlamentar. Na apresentação do plano de reestruturação, na semana passada, o governante já tinha dito que iria discutir com a Comissão Europeia eventuais perdas para os obrigacionistas.

A TAP fechou, em junho de 2019, a sua primeira emissão de obrigações para o mercado retalhista, com a companhia aérea a captar 200 milhões de euros em obrigações. A companhia aérea oferecia uma taxa de juro de 4,375% aos investidores e agora chegou a altura de lhes retribuir. Na altura, a oferta foi subscrita por 6.092 investidores de retalho (52,5% do total) e 35 institucionais portugueses e estrangeiros.

Os obrigacionistas poderão já não ser os mesmos, pois os títulos transacionam em mercado secundário, onde têm perdido valor face aos mil euros por obrigação no momento da emissão. Em reação às declarações do ministro, as obrigações aceleraram essa tendência de queda esta quarta-feira e já só valem 81,25% do montante inicial.

Em maio, chegaram a negociar na bolsa de Lisboa com apenas 68% do valor, mas acabaram por recuperar com o anúncio do apoio público à companhia aérea. O Estado já garantiu um empréstimo de 1,2 mil milhões de euros e poderá vir a injetar outros dois mil milhões. A rede de segurança — que obriga a um duro plano de reestruturação — tem sido a principal razão para a recuperação do valor dos títulos.

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Grupo EDP sobe 2% e mantém PSI-20 no verde

O praça lisboeta fechou em alta, seguindo os passos das bolsas europeias. Foi o setor energético a dar gás à negociação bolsista nesta quarta-feira.

Num dia em que sete cotadas desvalorizaram e oito subiram, foi o grupo EDP a garantir a subida do PSI-20. A EDP e a EDP Renováveis valorizaram cerca de 2% e levaram a uma subida de 0,42% para os 4.796,08 pontos do principal índice português.

A subida do PSI-20, que se segue a uma queda ligeira na sessão anterior, acompanha as valorizações registadas nas principais praças europeias. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,6%. A beneficiar a negociação a nível internacional está a esperança da vacinação, nomeadamente a decisão do regulador europeu de tomar uma decisão a 21 de dezembro, antecipando o potencial início das injeções.

O setor energético foi essencial para esta subida da praça lisboeta com destaque para o grupo EDP. A EDP Renováveis, que tem beneficiado da aceleração da transição energética, subiu 1,75% para os 19,78 euros — renovando um recorde a apenas dois cêntimos de tocar nos 20 euros por ação — e a casa-mãe EDP valorizou 2,06% para os 4,845 euros. A REN também subiu ligeiramente. Ontem a EDP Renováveis informou a CMVM de que concluiu a venda de ativos eólicos em Espanha.

Já a Galp Energia faz parte das cotadas que desceram nesta sessão, com uma desvalorização de quase 1%. As maiores quedas foram protagonizadas pelos CTT e pelo BCP: as ações desceram 1,37% para os 2,52 euros e 1,57% para os 12,5 cêntimos, respetivamente.

No caso dos CTT, a cotada poderá estar a ser influenciada pelas declarações de Pedro Nuno Santos, o ministro das Infraestruturas, que disse que o contrato de concessão vai ser prorrogado. O ministro também não excluiu que o Estado possa vir a ter uma posição maioritária nos correios.

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Alojamento local com quebras de faturação de 70%

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Graças à pandemia de Covid-19, o alojamento local português teve quebras de faturação de cerca de 70% durante o presente ano.

O alojamento local teve quebras de faturação de cerca de 70% em Portugal, durante este ano, devido à pandemia, sendo que foram as cidades aquelas que mais sofreram com a falta de turistas, indicou esta quarta-feira a associação que representa o setor.

“Tivemos quebras na ordem média dos 60 a 70 e poucos por cento este ano, mas com diferenças regionais importantes, ou seja, o Algarve teve um pouco menos”, avançou à agência Lusa o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).

De acordo com Eduardo Miranda, o setor ainda se encontra numa situação “bastante complicada”, prevendo que esta se prolongue por “uns bons meses”.

“As zonas de cidade continuam a não ter nenhuma recuperação. As cidades, os centros urbanos, tiveram quebras de 80% a 90% e em quase todos os destinos se agravou a partir de outubro, ou seja, as próprias zonas de praia já têm uma quebra a acrescentar a esta crise”, indicou.

Recordando as quebras na procura devido ao turismo internacional, o presidente da ALEP explicou que os operadores não foram obrigados a “fechar administrativamente”, mas sim por falta de clientes.

“O próprio turismo nacional – que já representa 30% – foi talvez um pequeno balão de oxigénio nos meses de agosto e setembro, mas também caiu”, realçou Eduardo Miranda, relembrando que “houve restrições grandes durante esse período”.

Questionado sobre o encerramento de espaços por causa da crise pandémica, o presidente da ALEP avançou que houve casos de empresários que migraram para o setor do arrendamento e outros que deixaram os negócios.

“Tivemos uma boa parte que migrou para o arrendamento, não é uma parte significativa e é importante que não seja, porque a nossa principal missão é manter a maior parte das operadoras no turismo. O alojamento local representa 40% das dormidas turísticas nacionais e nos centros urbanos representa 50% ou mais”, disse.

O presidente da ALEP explicou que as guest houses [hotéis de baixo custo] e os ‘hostels’ estão numa situação delicada de sobrevivência.

“É preciso equilibrar, mas alguns não conseguem. Infelizmente, não conseguem recuperar depois de um ano praticamente sem faturação”, lamentou, acrescentando que têm surgido apoios, como o microcrédito e o lay-off.

Eduardo Miranda precisou que, desde março, a ALEP tem estado envolvida com a Confederação do Turismo para procurar soluções e apoios para o setor. Segundo o dirigente, o lay-off foi fundamental para a sobrevivência das empresas.

“Houve uma série de programas — e ainda há — que sem eles seria quase inviável manter a atividade, não só a de alojamento local, mas outras atividades. Agora é a fase de ser mais seletivo e ajudar quem realmente precisa”, explicou, observando que os pequenos espaços sem funcionários não tiveram acesso a qualquer microcrédito do Turismo de Portugal.

O presidente da ALEP defendeu que os empresários em nome individual em geral têm um papel muito importante no turismo e na economia.

Relembrando as declarações proferidas à Lusa em 5 de junho, em que o empresário vislumbrava “uma luz ao fundo do túnel” na época de verão, Eduardo Miranda afirmou que a retoma vai ser muito gradual e essa luz não virá no Natal e no Ano Novo.

“No início da pandemia havia um excesso de otimismo ingénuo de que as coisas a partir do verão iam começar a melhorar. O que se registou é que, sim, houve o tal balão de oxigénio, mas só durante algumas semanas – três ou quatro semanas -, entre meados de agosto e início de setembro, que foi importante especialmente para zonas de praia e no interior, não tendo impacto nas cidades”, lembrou.

Eduardo Miranda acrescentou que as cidades continuaram a ter quebras “enormes”, porque “estiveram praticamente paralisadas”.

A luz ao fundo do túnel vem das vacinas. Acreditamos que vai ser uma coisa muito gradual, porque a vacinação é primeiro para aquelas camadas mais fragilizadas, que não são o público-alvo de viagens”, concluiu.

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CDS desafia PS a pedir ao TdC fiscalização à indemnização a David Neeleman

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

David Neeleman, ex-acionista da TAP, deve ter sido “o único empresário do mundo na aviação a ter proveitos no meio da pandemia”, disse deputado centrista João Gonçalves Pereira.

O CDS-PP desafiou, esta quarta-feira, o PS a pedir ao Tribunal de Contas que fiscalize o pagamento de 55 milhões de euros ao antigo acionista da TAP David Neeleman, defendendo que, pela legislação comunitária, “não deveria ter recebido um tostão”.

Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado democrata-cristão João Gonçalves Pereira citou legislação da União Europeia, segundo a qual “os acionistas históricos devem suportar na íntegra as perdas passadas”. “Ou seja, não devia ter recebido um único tostão”, defendeu, afirmando que Neeleman deve ter sido “o único empresário do mundo na aviação a ter proveitos no meio da pandemia”.

O deputado acusou o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, de funcionar como “um rei Midas ao contrário, que em tudo o que toca o contribuinte paga” e desafiou o PS a enviar o contrato ao Tribunal de Contas para que este o possa fiscalizar.

O PS não respondeu ao repto, com o deputado Hugo Costa a desafiar, por seu lado, o CDS a dizer se “é ou não a favor da manutenção da empresa”. “Será que o CDS tem orgulho na privatização que foi feita em cima das eleições, aí sim é que a empresa foi entregue a David Neeleman”, criticou Hugo Costa, acusando de “populismo” quem diz – como o presidente do PSD, Rui Rio – que a TAP vai custar 300 euros a cada contribuinte.

Bruno Dias, pelo PCP, classificou como “negócio criminoso” a privatização feita por PSD e CDS-PP em 2015 e acusou estes partidos de estarem a assumir uma “atitude de total displicência em relação ao futuro da companhia”.

Na mesma linha, a deputada do BE Isabel Pires insistiu que “a forma como a direita tem feito o debate da TAP denota falta de seriedade” e que os recentes “resultados desastrosos” da companhia resultam da privatização feita por PSD e CDS-PP.

Pelo contrário, o deputado do PSD Carlos Silva defendeu a privatização feita em 2015, considerando que o Governo liderado por Pedro Passos Coelho “retirou a TAP da falência antecipada”. “Em 2016, o Governo socialista nacionalizou, chegou a pandemia e a TAP se estava mal, pior ficou (…) A TAP é uma espécie de tragédia grega sem fim à vista”, avisou, defendendo que os contribuintes portugueses não têm garantias de que a empresa será viável mesmo depois da injeção de 3,7 mil milhões de euros até 2024.

Pelo PAN, o deputado e porta-voz André Silva lamentou que o CDS-PP tenha votado contra propostas do seu partido que exigiam contrapartidas ambientais à TAP no âmbito do plano de reestruturação.

No final do debate, o deputado do CDS-PP João Gonçalves lamentou que o seu repto tenha ficado sem resposta, considerando que “há um total conforto” dos partidos à esquerda com a posição do Governo em entregar 55 milhões de euros a David Neeleman.

Na quarta-feira, em audição parlamentar, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou que o acionista David Neeleman “não tinha um euro para meter na TAP” e que o Governo quis ser “senhor” do plano de reestruturação.

Assim, prosseguiu, o Governo preferiu pagar 55 milhões de euros ao antigo acionista David Neeleman para sair da companhia e abdicar das prestações acessórias a que tinha direito, tornando-se, assim, “senhor do plano de reestruturação”, em vez de deixar essa responsabilidade a um privado que “mais cedo ou mais tarde” sairia da estrutura acionista.

O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou o ministro, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas. O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia.

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Investimento: “Why Portugal”? Macedo Vitorino responde

Macedo Vitorino & Associados publica pelo oitavo ano "Why Portugal": um guia pensado para o investidor estrangeiro.

A Macedo Vitorino lançou uma nova edição do seu relatório «Why Portugal». “2020 tem sido um ano de desafios, confinamentos e teletrabalho. Famílias e empresas tiveram de se adaptar para sobreviver a uma prolongada pandemia. A Covid-19 foi responsável pela perda de muitas vidas, empregos e falência de empresas, assim como por muitas mudanças na forma como trabalhamos e interagimos uns com os outros”, explica o escritório, em comunicado.

Esta é mais uma razão para perguntar: Porquê Portugal? O guia do investidor «Why Portugal 2020» responde a esta pergunta fornecendo informação a empresários que consideram investir em Portugal: sobre a criação e organização das sociedades, contratos de parceria, direito do trabalho, direito fiscal, propriedade intelectual, imobiliário e contencioso.

“Estamos muito felizes por apresentar, mais uma vez, o nosso guia para investidores. A edição de 2020 do guia «Why Portugal» assinala a capacidade da Macedo Vitorino para, como é o caso de muitas outras sociedades de advogados e empresas, trabalhar em condições adversas”, disse António Macedo Vitorino, sócio responsável pelo projeto «Why Portugal» desde o seu início em 2013.
“Apesar da pandemia ou por causa dela, temos de duplicar os nossos esforços para promover o investimento” acrescentou António Vitorino. “Estes são tempos difíceis para todos, mas sabemos que em circunstâncias excecionais, as pessoas com visão a longo prazo são as que conseguem vingar. Temos de olhar em frente e fazer o nosso trabalho”.

Este guia analisa os aspetos principais a serem considerados por investidores estrangeiros que olham para Portugal como um país no qual investir: como criar uma empresa, incentivos governamentais, emprego, sistema fiscal, proteção de propriedade intelectual e sistema judicial.

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Eurogrupo valida pareceres de Bruxelas sobre planos orçamentais para 2021

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

O Eurogrupo concordou com os pareceres da Comissão Europeia sobre os projetos orçamentais dos Estados-membros para o próximo ano, incluindo o Orçamento do Estado de Portugal.

Os ministros das Finanças da zona euro concordaram com os pareceres da Comissão Europeia sobre os projetos orçamentais dos Estados-membros para 2021, incluindo o Orçamento de Estado português, entretanto aprovado no parlamento.

Na última reunião do ano do Eurogrupo, realizada por videoconferência, os ministros das Finanças adotaram no final uma declaração sobre os projetos orçamentais dos países da Zona Euro, na qual indicam estar “de acordo com a avaliação da Comissão de que os planos orçamentais estão de uma forma geral em linha com a recomendação de política orçamental” do Conselho.

O Eurogrupo assinala também que, “dada a aplicação da cláusula de salvaguarda do Pacto de Estabilidade e Crescimento”, que suspendeu temporariamente as regras orçamentais de modo a permitir aos Estados-membros fazer face à crise da Covid-19, “a Comissão avaliou igualmente a natureza temporária das medidas previstas nos Estados-membros”, e também neste caso os ministros concordam com a opinião do executivo comunitário de que a generalidade das medidas tem efetivamente um cariz temporário.

“O Eurogrupo toma nota da avaliação da Comissão de que, para os Estados-membros que já apresentavam elevados níveis de dívida pública e grandes desafios de sustentabilidade a médio prazo anteriores à pandemia da Covid-19, é importante assegurar que, ao tomarem medidas orçamentais de apoio, a sustentabilidade orçamental no médio prazo seja preservada”, lê-se na declaração do Eurogrupo.

Os ministros das Finanças reforçam que, nesta fase, os Estados-membros “devem continuar a coordenar ações para lidar de forma eficaz com a pandemia, sustentar a economia e apoiar uma recuperação sustentável”, mas, assim que as condições epidemiológica e económica o permitirem, “devem gradualmente abandonar as medidas de emergência, combatendo ao mesmo tempo o impacto da crise a nível social e no mercado de trabalho”.

Em 18 de novembro, a Comissão Europeia emitiu os seus pareceres sobre os projetos orçamentais dos Estados-membros, e, relativamente a Portugal, considerou que o projeto de OE2021 estava “globalmente em conformidade” com as recomendações do Conselho, ainda que aconselhando cautelas face ao elevado nível de défice e dívida pública.

Na sua opinião sobre os planos orçamentais dos Estados-membros da zona euro para o próximo ano, elaborados num contexto extraordinário face à crise económica provocada pela pandemia da Covid-19, Bruxelas aponta que “a maior parte das medidas previstas no projeto de plano orçamental de Portugal estão a apoiar a atividade económica num cenário de grande incerteza” e são sobretudo de natureza temporária.

A Comissão alertava, no entanto, que, “dado o nível da dívida pública portuguesa e os grandes desafios de sustentabilidade a médio prazo” verificados ainda antes do surto da covid-19, “é importante para Portugal assegurar que, ao tomar medidas de apoio orçamental, preserve a sustentabilidade orçamental no médio prazo”. Idêntica recomendação foi dada a França, Espanha, Itália, Bélgica e Grécia.

A Comissão Europeia convidou por isso Portugal a “rever regularmente a utilização, eficácia e adequabilidade das medidas de apoio e a estar pronto a adaptá-las na medida das necessidades face à evolução das circunstâncias”, uma recomendação que é dirigida, de resto, a todos os Estados-membros.

Este ano, e devido à suspensão das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, os pareceres da Comissão tiveram em conta a “natureza qualitativa” das recomendações económicas aos Estados-membros emitidas pelo Conselho em julho passado e focaram-se sobretudo em avaliar “se as medidas de apoio orçamental previstas para 2021 são temporárias ou não”.

Para que os Estados-membros possam apoiar as suas economias face à crise gerada pela covid-19, que mergulhou a Europa na maior contração desde a II Guerra Mundial, a Comissão Europeia propôs uma suspensão inédita das regras de disciplina orçamental, através de uma ativação da cláusula geral de salvaguarda, aprovada pelos ministros das Finanças da UE, e que vigorará pelo menos até final de 2021.

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Descida do preço da luz em 2021 travada pelos impostos, diz APREN

Os produtores de renováveis lembram que "as taxas e impostos representam ainda cerca de 25% na tarifa de venda ao cliente final", e não se trata apenas do IVA.

Em reação às tarifas de energia elétrica apresentadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) esta quarta-feira, de acordo com as quais os preços de venda a clientes finais no mercado regulado vão afinal descer 0,6% em 2021 (em vez de ficarem iguais a este ano, como chegou a propor o regulador em outubro), a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) veio agora sublinhar que esta descida não é mais acentuada muito por culpa da elevada carga fiscal, e não tanto por causa do sobrecusto com as renováveis

“De uma forma global, o consumidor final verá as tarifas e preços da energia elétrica praticamente inalterados no próximo ano. A APREN defende, porém, que a fiscalidade em vigor não contribui positivamente para a descarbonização da economia”, disse a associação em comunicado.

Nas contas da ERSE para chegar aos preços da luz para 2021 destacam-se duas componentes: a tarifa de energia e a tarifa de uso global do sistema. No que diz respeito à primeira, diz a APREN, prevê-se para uma redução em 14,4% face a 2020 por causa da crise económica que resultou da pandemia de Covid-19 e que teve já um impacto significativo no preço médio do mercado spot na Península Ibérica (-30 % do que em 2019).

Quanto à Tarifa de Uso Global do Sistema está previsto um aumento de 6,2 % em 2021. Esta componente integra os Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), dentro dos quais está o sobrecusto com a aquisição de energia a produtores em regime especial (PRE), entre outros, tais como os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), os Custos de Aquisição de Energia (CAE) a recuperar pela tarifa.

“De facto, nas tarifas e preços para 2021, verificou-se um aumento substancial da componente dos CIEG, em 34,7%, totalizando 2012 milhões de euros. Este aumento deveu-se essencialmente a um incremento do diferencial de custo da PRE, que resultou da redução do preço de energia elétrica em mercado e por sua vez da necessidade de um significativo aumento dos ajustamentos de anos anteriores”, referiu a APREN em comunicado.

A associação que representa o setor sublinha que em 2020 a geração renovável em Portugal irá representar cerca de 62%, valor mais alto registado desde 2016, lembrando que, “tipicamente, o impacto que a incorporação de PRE tem na redução do preço de mercado, suplanta os custos inerentes ao diferencial de custo”.

“Independentemente destas variações, a tarifa de venda de eletricidade ao cliente final manteve-se quase inalterada, pela decisão [do Governo] do prolongamento da aplicação do mecanismo de alisamento do custo de energia adquirida à PRE por um período máximo de 5 anos“, disse ainda a APREN no mesmo comunicado.

Quanto aos impostos, os produtores de renováveis lembram que as taxas e impostos representam ainda cerca de 25% na tarifa de venda ao cliente final, não só o IVA, mas também a contribuição audiovisual e o imposto especial para a eletricidade”.

“A fiscalidade que incide atualmente no setor da eletricidade, desde a geração à comercialização, não contribui positivamente para o cumprimento dos desígnios de descarbonização, no qual a eletrificação direta e indireta dos consumos são os motores chave para alcançar a neutralidade carbónica em 2050. Torna-se essencial adaptar a atual fiscalidade a este novo paradigma da economia”, remata a APREN.

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Sócia Alexandra Mota Gomes sai da PLMJ

Este é o 12º sócio a sair da PLMJ desde 2018. Desde então, entraram cinco novos sócios e foram promovidos dois advogados a sócios.

Depois de Filipa Cotta e Tiago Mendonça de Castro, que deixaram a PLMJ em Julho, agora é a vez da sócia Alexandra Mota Gomes sair do escritório. Estava como advogada no escritório há muitos anos mas tinha sido promovida a sócia apenas em 2018.

Desde outubro de 2018, entraram na PLMJ cinco novos sócios e foram promovidos dois advogados a sócios. Medidas que se inserem numa política de reorganização do escritório, menos virada para os clientes privados e para processos mediáticos.

Em contrapartida, desde finais de 2018 que vários advogados ‘históricos’ PLMJ saíram do escritório. Doze sócios desde outubro de 2018 – entre eles João Medeiros, advogado de António Mexia e que coordenava a área de Alexandra Mota Gomes.

A advogada era até agora sócia na área de Resolução de Litígios. Com cerca de 20 anos de experiência, o seu trabalho centra-se sobretudo na área da criminalidade organizada, crimes económicos e de “colarinho-branco”, com especial enfoque na prevenção da corrupção, do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. “A PLMJ deseja os maiores sucessos profissionais à Alexandra Mota Gomes e, em comunicado interno, agradeceu o seu contributo para o escritório”, segundo disse fonte oficial da PLMJ à Advocatus.

Tem também experiência no domínio das contraordenações, em especial no âmbito do direito bancário, mercado de capitais, farmacêutico, ambiente, construção civil, energia, telecomunicações, publicidade e economia.

É licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, pós-graduada em Arbitragem pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e possui ainda a frequência do Curso de pós-graduação em Direito Penal Económico-Financeiro pelo Instituto de Direito Penal e Ciências Criminais da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e do curso avançado em Cooperação Judiciária Internacional e Europeia em Matéria Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Saídas da PLMJ desde 2018

  • José Ricardo Gonçalves do escritório da PLMJ do Porto e especialista em direito penal;
  • Pedro Melo trocou a PLMJ pela Miranda & Associados, onde integra a equipa de coordenação da área de Direito Público e Regulatório;
  • Nuno Cunha Barnabé coordenava a área de fiscal e patrimónios familiares e da swiss desk há cerca de 20 anos e saiu para integrar a equipa da Abreu Advogados;
  • João Magalhães Ramalho pertencia ao departamento de fiscal e era o responsável pelo desenvolvimento das relações com o mercado brasileiro. Integrou a Telles:
  • Tomás Pessanha, que era sócio desde 2007 do escritório do Porto, com especialização em fusões e aquisições, foi para a Garrigues, no Porto;
  • Manuel Santos Vítor era um dos ‘históricos’ da PLMJ onde estava desde 1989 e foi managing partner durante mais de 15 anos. Foi o sócio responsável pelo desenvolvimento da área internacional da PLMJ e agora está na Abreu;
  • João Medeiros, advogado de António Mexia no caso EDP e da Benfica SAD, é agora sócio na VdA; Especialista na área de contencioso;
  • Maria João Ribeiro Mata deixou a área de direito societário e M&A (fusões e aquisições) para ir para a Miranda & Associados;
  • Daniel Reis trocou a PLMJ, depois de duas décadas ao serviço do escritório, pela DLA Piper ABBC. Era sócio na área de tecnologia e privacidade e fez carreira nos sectores do software, comunicações eletrónicas, media, comércio eletrónico, propriedade intelectual, direito do consumidor e publicidade;
  • Filipa Cotta, especialista em contencioso, mudou-se para a VdA;
  • Tiago Mendonça de Castro integra atualmente a Abreu. O advogado estava na PLMJ há 25 anos e era coordenador do departamento de imobiliário.
  • Alexandra Mota Gomes. É sócia desde 2018 da área de Resolução de Litígios.

Entradas/Promoções na PLMJ

  • Filipe Avides Moreira que vinha da Cuatrecasas, onde era sócio e diretor do escritório do Porto. Tem experiência em operações de fusões e aquisições, capital de risco e reestruturações e passou a coordenar a área de corporate da PLMJ no Porto.
  • Pedro Lomba, da área de Saúde, Ciências da Vida e Farmacêutico passou a sócio;
    Raquel Azevedo, especializada em Financeiro e Bancário, foi promovida a sócia:
  • Isaque Ramos integrou o departamento de direito fiscal. Deixou a McKinsey International onde foi responsável pela gestão fiscal e jurídica de projetos em Portugal e África;
  • João Tiago Morais Antunes reforçou a área de contencioso. O advogado estava na SLCM – Serra Lopes, Cortes Martins & Associados;
  • Joaquim Shearman de Macedo entrou em junho como coordenador da área de contencioso, depois de anos na CMS Rui Pena & Arnaut;
  • João Marques Mendes passou a fazer parte da área de direito público na PLMJ e largou a equipa da CMS Rui Pena & Arnaut. É especialista em energia e recursos naturais.

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Presidência portuguesa da UE quer lançar estratégia europeia para turismo até 2050

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, o Governo pretende lançar a Estratégia Europeia para o setor turístico até 2050, avançou a secretária de Estado do Turismo.

A secretária de Estado do Turismo disse que o Governo quer lançar a Estratégia Europeia para o setor do Turismo até 2050, durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

“Temos uma missão na PPUE21, que é, durante a nossa presidência, podermos lançar a estratégia europeia para o setor do turismo” até 2050, disse Rita Marques, que falava numa audição da comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República.

“Esta presidência portuguesa do Conselho Europeu é uma oportunidade que nós não gostaríamos de desperdiçar, muito pelo contrário. Esta presidência permite colocar também o turismo mais uma vez na agenda europeia”, acrescentou a governante.

A secretária de Estado assumiu que “seria muito positivo” se Portugal conseguisse, durante a sua presidência, garantir a manutenção do destino turístico europeu como “o mais competitivo do mundo”.

A presidência portuguesa funcionará num modelo híbrido, devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. Ainda assim, a secretária de Estado do Turismo considera que será possível trabalhar no sentido de “mostrar que Portugal, além de ser um país competitivo a nível do turismo, pensa o futuro e está preocupado, mais do que preocupado, quer agir e tomar a liderança no que toca ao turismo de futuro”.

A governante adiantou também que está já agendada para o início de janeiro uma reunião do Conselho Estratégico para a Promoção Turística Externa (CEPT), um órgão consultivo da secretaria de Estado do Turismo, onde será apresentada a estratégia de promoção turística, com prioridade para os “mercados que serão objeto de um forte investimento internacional”.

Segundo Rita Marques, esta estratégia tem quatro vertentes: mercados estratégicos, mercados de aposta, mercados em crescimento e mercados emissores seletivos.

“Anunciaremos a nossa estratégia de promoção, que tem de estar a pleno vapor antes da Páscoa”, concluiu.

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Administração da TAP chamada ao Parlamento

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Os deputados daquela comissão aprovaram esta quarta-feira por unanimidade o “requerimento apresentado pelo IL para audição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da TAP”.

A Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação aprovou esta quarta-feira a audição no parlamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da TAP e de representantes de quatro sindicatos, requerida pela Iniciativa Liberal (IL). Os deputados daquela comissão aprovaram esta quarta-feira por unanimidade o “requerimento apresentado pelo IL para audição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da TAP”, disse à Lusa fonte oficial do partido.

A comissão parlamentar aprovou também a audição de representantes do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e do porta-voz da Plataforma de Sindicatos de Terra do Grupo TAP, André Teives.

Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, foi ouvido no parlamento, a pedido do Bloco de Esquerda (BE), sobre o plano de reestruturação da TAP. Na ocasião, o governante afirmou que as propostas dos sindicatos que representam os trabalhadores da TAP foram consideradas na elaboração do plano de reestruturação e que continuam a ser.

Pedro Nuno Santos disse, ainda, que o plano de reestruturação entregue na semana passada à Comissão Europeia não é definitivo e que ainda pode sofrer alterações. O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou o ministro na sexta-feira, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.

O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões. Já os órgãos sociais da companhia aérea, que incluem o Conselho de Administração e a Comissão Executiva, vão ter um corte salarial de 30%.

Como a Lusa noticiou em novembro, a TAP vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial. Numa comunicação enviada então aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração referia já que “quanto maior for a adesão, menor será a necessidade de outras medidas a decidir futuramente”.

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