Jantar na vinha, olaria e vindima. Novo projeto turístico no Norte oferece experiências adaptadas à pandemia

  • Lusa
  • 10 Agosto 2020

O projeto para valorização turística no Norte é apoiado com fundos europeus. As primeiras experiências arrancam em setembro.

O ‘Just Like Us’ é um novo projeto apoiado com fundos europeus para valorização turística no Norte que arranca em setembro com experiências em pequena escala, encaixando-se no contexto da pandemia e distanciamento social, revela fonte da empresa.

A ‘Just Like Us – Travel & Experiences’ é uma plataforma de turismo de “experiências locais”, direcionada ao Norte de Portugal com “propostas personalizadas e variadas de gastronomia”, em “comunhão com a natureza” e que pretende divulgar “saberes ancestrais”, avançou esta segunda-feira à agência Lusa Alexandra Sotto Maior, sócia e gerente da empresa, referindo que a empresa acabou de ver aprovada a sua candidatura à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, com um “investimento total elegível de 91.166 euros”.

Conseguir ver aprovada a candidatura aos fundos europeus em junho, veio permitir iniciar a realização de “alguns investimentos necessários e fundamentais ao arranque da atividade” para dar o “pontapé de saída” já no próximo mês de setembro, explica Alexandra Sotto Maior, referindo que as experiências turísticas foram sempre pensadas para grupos em pequena escala, um facto que se adequa à época de pandemia de covid-19 que se vive no país e no mundo, em que as pessoas preferem estar longe dos ajuntamentos.

“Em setembro deste mesmo ano, finda a época balnear, será efetuado o ‘kick off’ das primeiras experiências, sendo a experiência em destaque o ‘Jantar na Vinha’, unindo gastronomia, prova de vinhos e a passagem de conhecimento sobre os trabalhos agrícolas, no próprio local onde tudo acontece”, revela Alexandra Sotto Maior, que contou com a participação informal de duas amigas, uma formada em Gestão Hoteleira e formadora de profissionais de Turismo e outra a trabalhar na área dos seguros na qualidade de Customer Relationship Management, para pôr em prática um sonho de juventude, alimentado com o “forte relacionamento com o território nortenho, através de laços familiares próximos”.

“Um Dia no Campo”, “Vinho e a Vinha”, “Terra e Fogo”, “Agricultores do Mar” são outras experiências turísticas especiais que estão a ser trabalhadas para avançarem no próximo mês.

“Um Dia no Campo” é uma experiência de oito horas de duração onde se propõe ao turista começar o dia por ir fazer compras para o almoço aos pequenos produtores locais”, aprendendo como se fazem as alheiras ou o queijo fresco de vaca. Confecionar uma feijoada no pote de ferro e apanhar fruta para a sobremesa, vindimar ou apanhar azeitona são trabalhos ancestrais e que se podem fazer dependendo da estação do ano. A experiência só se realiza com o mínimo de quatro pessoas.

O “Vinho e a Vinha” é uma experiência de seis horas de duração e o foco é nas lides da vinha onde se vai aprender a enxertar, podar, amarra ou vindimar conforme a altura do ano. Fazer um piquenique no meio da vinha para degustar iguarias regionais, fazer provas de vinhos e dar passeio a bordo de um jipe para apreciar as videiras e as diferentes castas faz parte do pacote.

A experiência da “Terra e Fogo” é outra das propostas com seis horas de duração e com enfoque no barro negro de Bisalhães, uma técnica de olaria património cultural da Unesco e tradição da zona de Vila Real, em Trás-os-Montes, e que vai permitir que os participantes façam uma peça de olaria com a ajuda de um artesão.

“Agricultores do Mar” é outra experiência que se desenrola na província do Minho e onde se pretende dar a conhecer o trabalho dos sargaceiros, que são as gentes que lavram as ondas para retirar o sargaço (algas). Tem a duração de quatro horas e tem direito a uma degustação dessas hortícolas que depois de seca retém um sabor a mar especial.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 727 mil mortos e infetou mais de 19,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.756 pessoas das 52.668 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal fora da lista de países que querem proibir uso de “robôs assassinos” em conflitos militares

  • Lusa
  • 10 Agosto 2020

Há cada vez mais países a reconhecerem o dever de salvar a humanidade de armas totalmente autónomas. Portugal apoia a realização de negociações, mas está fora da lista formal de apoiantes.

Um número crescente de países reconhece o dever de salvar a humanidade de armas totalmente autónomas, porque os sistemas de armamento que selecionam e atacam alvos sem controlo humano são “inaceitáveis e devem ser evitados”, defendeu a Human Rights Watch.

Esta é a ideia central de um relatório de 55 páginas divulgado hoje pela Human Rights Watch (HRW), intitulado “Stop Killer Robots: Country Positions on Banning Fully Autonomous Weapons and Reing Human Control”, que analisa as políticas dos 97 países, incluindo Portugal e Brasil, que têm elaborado publicamente as suas opiniões sobre robôs assassinos desde 2013.

Para a HRW, há um apoio “crescente” a uma “proibição de preocupações partilhadas”, em que o desejo de controlo humano “deve impulsionar a regulação” do setor. A grande maioria dos Estados, lê-se no documento, considera o controlo humano e a tomada de decisões “cruciais para a aceitabilidade e legalidade dos sistemas de armas”.

Por outro lado, a maioria dos 97 Estados examinados manifestou o desejo de um novo tratado para que se possa manter o controlo humano sobre o uso da força, incluindo 30 que procuram explicitamente proibir armas totalmente autónomas.

“Remover o controlo humano do uso da força é hoje amplamente considerado como uma séria ameaça à humanidade que, tal como as alterações climáticas, merece uma ação multilateral urgente”, disse Mary Wareham, diretora de advocacia da Divisão de Armas da Human Rights Watch. “Um tratado de proibição internacional é a única forma eficaz de lidar com os sérios desafios colocados pelas armas totalmente autónomas”, acrescentou a também coordenadora da “Campanha para Parar os Robôs Assassinos”.

Desde que a HRW e outras organizações não-governamentais começaram a campanha, em 2013, a necessidade de abordar as preocupações sobre os sistemas de armas autónomos letais, “mais um termo para armas totalmente autónomas”, tem vindo a estar cada vez mais presente na agenda internacional.

De acordo com o relatório, um número crescente de decisores políticos, especialistas em inteligência artificial, empresas privadas, organizações internacionais e domésticas e indivíduos comuns apoiou o apelo à proibição de armas totalmente autónomas.

“O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tem insistido repetidamente em que os países proíbam sistemas de armamento que podem, por si só, visar e atacar os seres humanos, considerando as armas ‘moralmente repugnantes e politicamente inaceitáveis’”, acrescenta-se no documento.

“É bastante claro que manter um controlo humano significativo sobre o uso da força é um imperativo ético, uma necessidade legal e uma obrigação moral. Todos os países precisam de responder com urgência, abrindo negociações sobre um novo tratado internacional de interdição”, defendeu Wareham.

A HRW lembra que os 97 países participaram nas oito reuniões da Convenção sobre Armas Convencionais (CAC) sobre sistemas de armas autónomos letais de 2014 a 2019, com a Áustria, Brasil e Chile a proporem negociações sobre um instrumento juridicamente vinculativo para garantir um controlo humano significativo sobre as funções críticas dos sistemas de armamento.

“No entanto, um pequeno número de potências militares – nomeadamente a Rússia e os Estados Unidos – bloqueia o processo de regulação, enquanto investem fortemente em aplicações militares de inteligência artificial e no desenvolvimento de sistemas e armas autónomas aéreas, terrestres e marítimas”, adverte-se no documento da HRW.

As decisões na CAC são aprovadas por consenso, o que permite que apenas alguns, ou mesmo um único país, possam bloquear um acordo procurado pela maioria, refere a Human Rights Watch.

No entanto, refere a organização, a pandemia de covid-19 forçou agora o adiamento da primeira reunião de 2020 sobre robôs assassinos da CAC, que deveria começar esta segunda-feira, nas Nações Unidas em Genebra (Suíça).

Os 30 países que pedem a proibição de robôs assassinos são a Argélia, Argentina, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, China (uso apenas), Colômbia, Costa Rica, Cuba, Djibuti, Egito, El Salvador, Equador, Gana, Guatemala, Iraque, Jordânia, Marrocos, México, Namíbia, Nicarágua, Palestina, Panamá, Paquistão, Peru, Uganda, Vaticano, Venezuela e Zimbabué.

A “Campanha para Parar Robôs Assassinos” engloba uma coligação de mais de 160 organizações não-governamentais em 65 países, que está a trabalhar para proibir totalmente as armas autónomas e para manter o controlo humano. “Muitos governos partilham as mesmas preocupações sérias sobre permitir que as máquinas tirem a vida humana no campo de batalha, e o seu desejo de controlo humano fornece uma base sólida para a ação coletiva”, sublinhou Wareham.

“Embora a pandemia tenha atrasado a diplomacia, está demonstrada a importância de se estar preparado e responder com urgência às ameaças existenciais à humanidade, como os robôs assassinos”, concluiu a coordenadora da campanha.

Portugal fora da lista de países que querem proibir “robôs assassinos”

Portugal, apesar de apoiar a realização de negociações para o fim do uso de robôs assassinos em conflitos militares, está fora da lista de países que procuram explicitamente proibir armas totalmente autónomas, indica um estudo da HRW.

A constatação consta de um relatório de 55 páginas divulgado pela Human Rights Watch (HRW), intitulado “Stop Killer Robots: Country Positions on Banning Fully Autonomous Weapons and Reing Human Control”, que analisa as políticas dos 97 países, incluindo também o Brasil, que têm elaborado publicamente as suas opiniões sobre robôs assassinos desde 2013.

No documento, a HRW lembra que os 97 países participaram todos nas oito reuniões da Convenção sobre Armas Convencionais (CAC) sobre sistemas de armas autónomos letais de 2014 a 2019, com a Áustria, Brasil e Chile a proporem negociações sobre um instrumento juridicamente vinculativo para garantir um controlo humano significativo sobre as funções críticas dos sistemas de armamento.

Na parte referente a Portugal, que, a par do Brasil, são os dois únicos países lusófonos analisados no relatório, é referido que, em 2014, na Assembleia Geral da ONU, Lisboa apoiou a ideia de se continuarem as negociações sobre a regulação dos sistemas de armas autónomas. “Portugal referiu [então] que partilha preocupações humanitárias, morais e legais em relação a esse tipo de armas e que defende a necessidade de haver um controlo humano sobre funções críticas dos sistemas de armamento”, lê-se na análise da organização de defesa e promoção dos direitos humanos.

A HRW afirma que Portugal, que participou em todas as reuniões da CAC, “não apoiou as propostas para a proibição total do armamento autónomo” e que, em vez disso, sugeriu em março de 2019 que os países devem focar-se na análise à forma como a lei internacional de pode aplicar a tais armas.

Em relação ao Brasil, a HRW lembra que as autoridades brasileiras expressaram, na reunião que permitiu fundar a CAC, em 2013, que decorreu durante imã sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, as preocupações sobre os sistemas de armamento autónomo letais.

“[As preocupações] incluíram as consequências de um baixo custo humano em conflitos como forma de banalizar os conflitos e as incertezas quanto a apreciação das mortes provocadas por armas autónomas”, lê-se no documento.

Segundo o HRW, o Brasil, que também participou em todas as reuniões da CAC, argumentou e avisou que “a tecnologia nem sem é a melhor solução para os desafios” de todos, e levantou sérias objeções éticas, legais e morais” quanto à utilização de robôs assassinos.

Nesse sentido, em novembro de 2017, lembra o HRW, as autoridades brasileiras apelaram a uma proibição total, alegando que alguns sistemas de armamento com capacidades autónomas “irão comprovar que são incompatíveis” com as leis internacionais humanitária e sobre direitos humanos.

A organização de defesa dos Direitos Humanos destacou a proposta apresentada formalmente em agosto de 2018 pelo Brasil, em conjunto com a Áustria e Chile, por para a negociação de um instrumento legalmente vinculativo para garantir um controlo humano “significativo” nas “funções críticas” dos sistemas de armas autónomos.

Na globalidade, o relatório da HRW é referido que um número crescente de países reconhece o dever de salvar a humanidade de armas totalmente autónomas, uma vez que os sistemas de armamento que selecionam e atacam alvos sem controlo humano significativo são “inaceitáveis e devem ser evitados”.

Para a HRW, há um apoio “crescente” a uma “proibição de preocupações partilhadas”, em que o desejo de controlo humano “deve impulsionar a regulação” do setor.

A grande maioria dos Estados, lê-se no documento, considera o controlo humano e a tomada de decisões “cruciais para a aceitabilidade e legalidade dos sistemas de armas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria das economias da OCDE continua a recuperar da crise, mas ainda abaixo dos níveis pré-Covid

  • Lusa
  • 10 Agosto 2020

A maioria das economias da OCDE continuou a recuperar da crise em julho, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia da Covid-19. Indicador para Portugal subiu 0,04 pontos percentuais, para 95,02 pontos.

Os Indicadores Compósitos Avançados da OCDE continuaram a recuperar em julho dos mínimos da crise da Covid-19 na maioria das economias, mas mantêm-se abaixo da média de longo prazo e dos níveis verificados antes do início da pandemia.

Assim, o Indicador Compósito Avançado do conjunto da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) subiu para 97,98 pontos, mais 0,98 pontos que em junho, enquanto o da zona euro avançou para 97,29, mais 0,64 pontos. Em relação ao indicador para Portugal, a OCDE indica que este subiu para 95,02 pontos em julho, mais 0,04 pontos que no mês anterior.

Depois do forte crescimento em junho, a subida dos indicadores, que antecipam inflexões dos ciclos económicos e cuja média de longo prazo é 100 pontos, desacelerou na maioria das economias em julho, refere a OCDE, sublinhando que para a China, os sinais de recuperação registados em junho reverteram-se em julho.

Tendo em conta “a incerteza que persiste em torno da possibilidade de futuras medidas de mitigação”, a OCDE sublinha que a interpretação dos Indicadores Compósitos Avançados deve ser cautelosa e que, como sempre, a magnitude dos indicadores deve ser vista como uma indicação da oscilação do ciclo económico e não como uma medida do grau do crescimento ou declínio da atividade económica.

Em julho, os indicadores aumentaram significativamente nos Estados Unidos (+1,54 pontos para 97,47 pontos), no Reino Unido (+1,52 para 98,97), mas também na Alemanha (+0,97 para 98,85) ou em França (+0,88 para 97,94). Entre os poucos Estados que viram os números cair estão a Espanha (-0,63 pontos para 93,72), o México (-0,11 pontos para 98,13), Austrália (-0,09 para 98,44), Eslováquia (-0,24 para 92,77) ou Eslovénia (-0,25 para 93,08).

Quanto às principais economias emergentes, que não fazem parte da OCDE, a tendência ascendente também dominou, com crescimento para o Brasil (+0,69 pontos a 99,98 pontos), China (+0,36 a 97,94 pontos) e sobretudo Índia (+1,54 a 95,71) e Indonésia (+2,63 a 94,12).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Real Vida Seguros cresce perto de 20% em prémios até junho

  • ECO Seguros e Lusa
  • 10 Agosto 2020

A SGPS que detém o capital da seguradora apurou 20,8 milhões de euros em receitas nos seis meses até junho, tendo mais do que duplicado o ganho operacional de igual semestre em 2019.

A Patris Investimentos, sociedade gestora participações sociais que controla a Real Vida Seguros/Real Vida Pensões, teve lucros de 1,4 milhões de euros no primeiro semestre, mais do que a duplicar os 549 mil euros apurados em idêntico período de 2019, anunciou a empresa em comunicado.

O volume de negócios atingiu os 20,8 milhões de euros, sendo que os prémios da seguradora Real Vida Seguros (que detém na totalidade) ultrapassaram os 17 milhões de euros no semestre (mais quase 20% face a período homólogo de 2019).

Os resultados antes de impostos foram de 2,5 milhões de euros, mais do dobro dos 1,2 milhões de euros dos mesmos seis meses de 2019.

Em virtude de Gonçalo Pereira Coutinho deter a totalidade do capital social da CIMAFI -Consultoria Internacional de Marketing e Finanças (Cimafi), “este passou a deter diretamente e indiretamente uma participação na PATRIS INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. de 60,64%”. Mas, esta participação não tem expressão equivalente nos direitos de voto, uma vez que, por deliberação em Assembleia Geral da Patris SGPS, de 8 de janeiro de 2019, “nenhum acionista poderá deter mais de 30% dos direitos de voto nesta sociedade”, pelo que, atualmente a Cimafi e o seu proprietário detêm um total de 30% dos direitos de voto da Patris Investimentos SGPS, esclarece informação divulgada pela empresa a 29 de junho.

Além da sua atividade original (Real Seguros), a Real Vida Seguros integrou, em 2016 (por aquisição), os negócios que pertenceram às extintas Banif Pensões e Finibanco Vida. Por seu lado, a Patris é também responsável pela gestão do fundo de recuperação dos lesados do papel comercial vendido pelo BES.

O grupo Patris foi constituído em 2006 e tem atualmente cerca de 300 colaboradores nas diferentes empresas que o constituem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desconfinamento não tem trazido “valores mínimos de sobrevivência” às empresas, avisa Saraiva

"O desconfinamento gradual e assimétrico não traz às empresas o volume esperado de faturação de receitas que se chegou a admitir que traria", avisa António Saraiva.

O desconfinamento “gradual e assimétrico” do país não tem garantido às empresas o volume de faturação que se tinha estimado, nem “valores mínimos de sobrevivência”, avisa o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Em declarações à RTP 3, António Saraiva salienta que a maioria das pequenas e médias empresas estão atualmente numa “situação aflitiva”, sendo urgentes apoios à tesouraria a fundo perdido.

Para o líder da CIP, todas as medidas que sejam adotadas no sentido de salvar postos de trabalho e “manter vivo o tecido empresarial” português são bem-vindas. Por isso mesmo, os patrões têm apresentado propostas a dois níveis: de efeito imediato e de efeito mais tardio, para acompanhar a evolução da crise pandémica. “O Governo tem absorvido algumas das nossas propostas”, assegura Saraiva, que defende, por exemplo, apoios a fundo perdido para as empresas com bons modelos de negócio. “As empresas têm de ter alguns estímulos para esta travessia do deserto, no qual não há recursos“, acrescenta.

Sobre os atrasos nos vários apoios, o responsável adianta que o Executivo tem aprendido com os “erros”, mas frisa que persistem algumas dificuldades burocráticas a lamentar. A propósito, António Saraiva afirma que a Justiça deveria ser mais célere de modo a facilitar a vida às empresas, o que fica em linha com o próprio plano do Governo.

Esta segunda-feira, o Jornal de Negócios avançou que, neste sentido, as empresas em dificuldades vão beneficiar de prazos muito curtos em tribunal, bem como de redução ou isenção de juros de mora no pagamento de dívidas ao Fisco e à Segurança Social. Isto no quadro do novo Processo Extraordinário de Viabilização de Empresas

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro das Finanças da Alemanha é candidato a chanceler pelo SPD

  • Lusa
  • 10 Agosto 2020

Os sociais-democratas alemães escolheram Olaf Scholz como candidato a chanceler nas eleições previstas para 2021. O partido é, atualmente, aliado de Angela Merkel no Governo.

O partido social-democrata alemão (SPD), aliado de Angela Merkel no Governo, escolheu o ministro das Finanças e vice-chanceler, Olaf Scholz, como candidato a chefe do Governo nas legislativas previstas para 2021.

“Já é público. A proposta dos nossos presidentes Saskia Esken e Norbert Walter-Borjans, a presidência e o conselho do SPD acabam de nomear-me candidato de forma unânime. Espero com alegria uma campanha fantástica, justa e de sucesso numa forte equipa”, escreveu o próprio Scholz na sua conta do Twitter.

Esken e Walter-Borjans, por seu lado, qualificaram Scholz como “parceiro de confiança orientado para o trabalho em equipa, que pode e quer lutar por uma política social-democrata” na Alemanha, e com quem partilham “a visão de uma sociedade justa”.

Antigo presidente da Câmara de Hamburgo, no norte da Alemanha, Olaf Scholz, 62 anos, é vice-chanceler desde março de 2018 no governo de coligação com os conservadores de Angela Merkel, que termina no próximo ano o seu quarto e último mandato.

O partido social-democrata, que vive uma crise existencial há vários anos, surge como terceira força política, com 14% das intenções de voto, segundo uma sondagem difundida no sábado pelo grupo de media RTL.

A coligação entre os democratas-cristãos (CDU) de Merkel e o partido aliado bávaro CSU mantém-se como primeira força na Alemanha, com 38% das intenções de voto, enquanto os Verdes recolhem 18% das preferências, segundo a mesma sondagem. A Esquerda e Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, somam 8% dos apoios cada e os liberais 6%.

Nas eleições gerais de setembro de 2017, a coligação conservadora recolheu 32,9% dos votos, os sociais-democratas 20,5%, os liberais 10,7%, os Verdes 8,9%, a Esquerda 9,2% e a AfD 12,6%. Embora não tenham ainda data marcada, as eleições legislativas na Alemanha deverão decorrer entre 25 de agosto e 24 de outubro de 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro da Allianz encolhe 29% até junho. AGCS apura prejuízo

  • ECO Seguros
  • 10 Agosto 2020

A seguradora alemã apresentou receitas estabilizadas, mas a pandemia teve efeito negativo importante, sobretudo no negócio não Vida e na AGCS, unidade de riscos globais e soluções empresariais

A Allianz SE consolidou 73,5 mil milhões de euros em receitas no primeiro semestre, um desempenho “estável” face a período homólogo do ano anterior, apesar de um declínio de quase 7% entre abril e junho, período em que volume de negócios totalizou 30,9 mil milhões de euros.

Por causa do “considerável impacto negativo da Covid19” no negócio segurador, o resultado operacional caiu 20,5%, para os 4,9 mil milhões de euros. A refletir a evolução do resultado operacional, o lucro líquido diminuiu 28,8%, para os 2,9 mil milhões de euros, anunciou a companhia germânica em comunicado.

De acordo com Oliver Bäte, CEO da instituição, a “Allianz alcançou resultados robustos e mostrou resiliência notável nos primeiros seis meses de 2020. Isto deixa-nos confiantes de que apresentaremos um desempenho financeiro igualmente sólido na segunda metade do ano”, afirmou Bätes.

Porém, “devido à continuação das incertezas”, a Allianz não adianta perspetivas atualizadas do resultado operacional para o conjunto do exercício, lê-se no documento em que a entidade afirma ter concluído o semestre com nível de capitalização “bom”, a corresponder a um rácio de 187% (Sovência II), depois de 190% apresentado no final do primeiro trimestre.

Detalhando a evolução por áreas operacionais, a atividade P&C (propriedade e danos) foi, como para a generalidade das seguradoras globais, afetada pelo impacto da pandemia. Apesar de estabilização na receita total (13,5 mil milhões de euros no segundo trimestre), o negócio caiu 1,6% e termos orgânicos, refletindo o andamento do negócio da Allianz Partners no Reino Unido, insuficientemente compensado pelo crescimento da AGCS na Alemanha e no mercado Ásia Pacífico. Assim, o resultado operacional na área P&C caiu 17,4%, para os 1,1 mil milhões de euros.

No negocio Vida e Saúde, onde o resultado operacional ascendeu a 1 000 milhões, a companhia assinala a quebra em novo negócio devido ao impacto da pandemia na generalidade dos países em que a Allianz opera.

Por fim, na gestão de ativos, o volume total de recursos (de terceiras partes) sob gestão aumentou em 6,5% (ou 101 mil milhões de euros), alcançando 1,66 biliões no segundo trimestre. Com esta evolução a carteira total de ativos sob gestão da companhia ascendeu aos 2,25 biliões. Neste negócio, o resultado operacional recuou 5,7%, para os 640 milhões de euros, a refletir sobretudo decréscimo em comissões.

AGCS: Covid19 gera prejuízo e pressiona eficiência

A AGCS, subsidiária do grupo Allianz especialista em riscos globais e soluções corporate, registou incremento de 11,3% em prémios brutos, para um total de 5,52 mil milhões de euros no semestre, impulsionado sobretudo pela linha Capital Solutions, mas também pelo desempenho (renovações e novos negócios) em linhas como propriedade, aviação, financeira e responsabilidade civil.

Devido a menor retorno em investimento e diminuição na atividade de subscrição, devidos ao efeito da pandemia, o resultado operacional da AGCS foi negativo em 295 milhões de euros, um recuo superior a 480 milhões face a 185 milhões de lucro alcançado nos primeiros seis meses de 2019.

Antecipando quase 490 milhões de euros em gastos com sinistros Covid19 (e outras perdas já incorridas com a pandemia), sobretudo em coberturas da linha Entretenimento, em parte mitigados por melhor gestão de outras despesas, a AGCS fechou o semestre com um rácio combinado nos 117,2%, apresentando eficiência deteriorada face aos já pouco confortáveis 100,4% de um ano antes.

Excluindo o impacto da pandemia, a entidade teria concluído o semestre com lucro operacional de 213 milhões, mais 28 milhões de euros do que o alcançado um ano antes, revela o comunicado da AGCS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dois terços dos gestores estão otimistas e acreditam na rápida recuperação da Europa

Um estudo alargado a 500 executivos, a nível mundial, concluiu que 66% dos inquiridos acredita numa rápida recuperação do mercado europeu face à pandemia de Covid-19.

Dois terços (66%) dos líderes empresariais em todo o mundo mostram-se otimistas e acreditam na rápida recuperação do mercado europeu face à crise económica provocada pela pandemia do novo coronavírus. Três em cada dez entrevistados (29%) esperam que a recuperação da Europa seja bastante rápida, enquanto 37% dos inquiridos preveem que seja mais lenta mas constante, revela estudo da Accenture.

O setor mais otimista é o da Saúde, com 34% dos líderes empresariais a esperar um aumento da procura na Europa como resultado da pandemia. O segundo setor mais confiante é o das comunicações, media e entretenimento, com 52% dos entrevistados a prever uma recuperação em forma de V nos seus mercados europeus, uma perspetiva partilhada por 47% dos inquiridos do setor dos seguros. Contrariamente, os setores mais afetados por esta pandemia são o automóvel e a aviação, turismo e transportes, com apenas 7% e 12% dos entrevistados, respetivamente, a esperar uma recuperação célere da economia europeia.

Segundo este estudo a recuperação mais veloz vai acontecer nas economias alemã, nórdica e britânica, seguidas por França, Espanha e Itália. Os líderes empresariais europeus estão ainda otimistas em relação à competitividade da Europa, sendo que quatro em cada dez entrevistados (39%) acredita que as empresas europeias serão mais competitivas em relação aos seus pares nos EUA do que eram antes da crise. Quando comparadas às empresas chinesas, 43% dos inquiridos referiu acreditar na maior competitividade das empresas europeias.

“Este otimismo em relação à recuperação económica e à competitividade da Europa “oferece às empresas europeias uma oportunidade única de reforçar sua liderança e de diminuir a distância em relação aos seus concorrentes americanos e asiáticos. No entanto, esta meta dependerá das ações inovadoras que surgirem como reflexo desse otimismo. O maior risco é de que os líderes empresariais europeus confiem demasiado no apoio do governo, permaneçam na defensiva e não invistam na inovação, que muda paradigmas – porque a concorrência global não vai esperar”, destaca o CEO da Accenture na Europa, Jean-Marc Ollagnier, citado em comunicado.

Europeus mais cautelosos em comparação ao empresários da América do Norte e Ásia-Pacífico

O estudo da Accenture indica que existe o risco dos executivos europeus serem excessivamente cautelosos em relação à forma como se preparam para a recuperação, em comparação com os da América do Norte e Ásia-Pacífico.

Mais da metade (53%) dos entrevistados europeus assumiram uma diminuição dos investimentos em inovação, afirmando que não vão relançar nenhuma iniciativa nos próximos seis meses, em comparação com 33% dos entrevistados na América do Norte e 49% na região Ásia-Pacífico. Ainda na Europa, apenas uma em sete empresas (16%) apresenta investimentos em iniciativas que permitam uma maior agilidade para a recuperação, em comparação com uma em cada quatro (25%) na Ásia-Pacífico e uma em três (34%) na América do Norte.

Os líderes de negócio na Europa têm menor probabilidade de colaborar com outras empresas para mitigar o impacto da crise e acelerar a recuperação do que os da América do Norte e Ásia-Pacífico (48% dos europeus, em comparação com 53% na América do Norte e 55% na Ásia-Pacífico).

“Os líderes empresariais da Europa devem começar já hoje a reinventar-se para a sobrevivência num mundo pós Covid-19″, refere o CEO da Accenture na Europa. Este é o momento para “pensar e agir de forma diferente e assumir riscos equilibrados que permitam a criação de resiliência a longo prazo. É urgente que se renovem modelos de crescimento capazes de se adaptar ao que chamamos de ‘novo normal”, refere o CEO da Accenture na Europa.

Gestores europeus têm que acelerar o ritmo de transformação digital

Este relatório destaca áreas críticas nas quais as empresas europeias precisam de se concentrar para diminuir ou mesmo anular a lacuna de competitividade com os seus pares norte-americanos e asiáticos.

As empresas com recursos digitais mais avançados mostraram-se mais resilientes durante a pandemia, por isso mesmo os executivos europeus veem a necessidade de aumentar a velocidade da transição digital. Dois terços (63%) dos inquiridos referiram que as suas empresas vão acelerar a transformação digital, incluindo o uso de plataformas na cloud.

Para criar resiliência operacional de longo prazo, reinventar os seus modelos de negócios e criar novos fluxos de receita, as empresas devem aproveitar tecnologias digitais avançadas, como modelagem preditiva, gémeos digitais e computação de ponta, entre outras. Com 42% dos entrevistados europeus a planeiam acelerar o investimento em transformação digital, em comparação com apenas 32% e 30% na América do Norte e na Ásia, respetivamente, há uma oportunidade para as empresas europeias assumirem a liderança no setor industrial.

“A Europa está numa encruzilhada; os seus líderes de negócio podem seguir caminhos estratégicos e operacionais bem trilhados, ou podem explorar um novo caminho, baseado em inovação e tecnologia de alto potencial, numa combinação com os pontos fortes tradicionais da Europa: sustentabilidade, solidariedade e propósito. Chegou a hora da Europa tomar medidas ousadas e aproveitar essas oportunidades para finalmente eliminar a lacuna de competitividade”, destaca Jean-Marc Ollagnier.

Este estudo da Accenture tem por base uma pesquisa feita com quase 500 executivos na Europa, América do Norte e Ásia-Pacífico, provenientes de 15 setores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Volume de negócios nos serviços e indústria cai mais de 25% com a pandemia

Em junho já se registou um abrandamento das quebras no volume de negócios nos serviços e indústria, com a atividade económica no país a recuperar.

No segundo trimestre do ano, o período mais crítico da pandemia, verificaram-se quebras expressivas no volume de negócios nos serviços, de 30,5%, e nas vendas na indústria, de 25,7%, comparativamente com o mesmo período de 2019. Ainda assim, em junho já se registou um abrandamento das quedas nestes setores, com a atividade económica a recuperar, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

No que diz respeito aos serviços, a queda homóloga no volume de negócios foi de 23,2% em junho, depois de ter diminuído 31% no mês precedente. Para esta quebra contribuíram, principalmente, o comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos (que contraiu 15,4%), bem como o alojamento, restauração e similares (que caiu 60,8%), uma das áreas mais prejudicadas pela pandemia.

Volume de negócios nos serviçosINE

Já os negócios na indústria caíram 11,7% em junho, “o que traduz uma recuperação de 19,2 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior”, sinaliza o INE. Tanto o mercado externo como interno tiveram variações menos negativas que as observadas em maio, sendo que foi no externo que se verificou a melhoria mais intensa, passando de uma quebra de 41,3% em maio para uma diminuição de 15,1% em junho.

O setor da energia registou a diminuição homóloga mais intensa, de 19,0% no sexto mês do ano, pesando no índice de volume de negócios. Seguiram-se os bens intermédios, com uma contração de 11,4%.

Já no que toca aos índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário, nos serviços, estes “apresentaram variações homólogas de -8,3%, -9,1% e -17,3%, respetivamente”, aponta o INE. Estes indicadores registaram uma melhoria face ao mês anterior, mas pouco pronunciada.

Na indústria, o emprego, as remunerações e as horas trabalhadas registaram quedas homólogas de 2,9%, 2,7% e 9,5%, o que representa uma desaceleração face a maio, quando as variações foram de -3,5% -6,0% e -21,4%, respetivamente.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos têm até 15 de dezembro para entregar declaração do adicional de solidariedade

O Ministério das Finanças publicou a portaria que aprova o modelo da declaração do adicional de solidariedade sobre o setor bancário. Medida foi criada no âmbito do Orçamento Suplementar.

As instituições do setor bancário têm até 15 de dezembro para entregar a declaração relativa ao adicional de solidariedade devido este ano, de acordo com a portaria publicada, esta segunda-feira, pelo Ministério das Finanças em Diário da República. Esta nova taxa foi criada no âmbito do Orçamento Suplementar.

Foi no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) que o Governo anunciou, pela primeira vez, a criação do adicional de solidariedade sobre o bancário, com vista a “contribuir para suportar os custos da resposta pública à atual crise, através da sua consignação ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social”.

A medida acabou, depois, por ganhar forma no Orçamento Suplementar, tendo como destinatários as instituições de crédito com sede principal e efetiva da administração em Portugal e as filiais ou sucursais de instituições de crédito sem sede em território nacional.

Apesar de o Orçamento Suplementar já estar em vigor há mais de duas semanas, faltava uma portaria para concretizar esta nova taxa. Esse diploma foi publicado, esta segunda-feira, e aprova o modelo oficial do adicional de solidariedade sobre o setor bancário (a declaração modelo 57), bem como as respetivas instruções de preenchimento (que pode consultar no pdf abaixo) e os prazos de entregue.

Segundo essa portaria, as instituições têm de apresentar, por via eletrónica, a declaração em causa até 15 de dezembro, no caso do adicional devido este ano. No próximo ano, o prazo também será 15 de dezembro. No futuro, os bancos terão até ao último dia de junho do ano seguinte ao das contas a que respeita o adicional, independentemente de ser útil ou não. Por exemplo, em relação ao adicional de 2022, a declaração deverá ser entregue até ao final de junho de 2023.

De acordo com o Orçamento Suplementar, a taxa aplicável é de 0,2% sobre o passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido, quando aplicável, dos elementos do passivo que integram os fundos próprios, dos depósitos abrangidos pela garantia do Fundo de Garantia de Depósitos, pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo ou por um sistema de garantia de depósito. Segundo antecipou no PEES, o Governo espera arrecadar cerca de 33 milhões de euros por esta vida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O futuro na experiência do colaborador

  • Conteúdo Patrocinado
  • 10 Agosto 2020

Patrícia Vicente, Manager EY, People Advisory Services explica a importância de as empresas refletirem sobre a estratégia de promoção de experiências durante o ciclo de vida do colaborador.

Temos acompanhado, nos últimos anos, uma preocupação crescente por parte das empresas com a experiência do colaborador, acompanhando o ciclo das pessoas nas empresas. Há uma crescente preocupação com a necessidade de criar experiências positivas ao longo desse percurso, reconhecendo-se nestas um forte impacto na atração e retenção de talento, processo que vai desde o onboarding até ao último dia do colaborador na organização.

Naturalmente que os efeitos da atual pandemia estão a refletir-se neste processo. Por um lado, com forte impacto na integração dos novos colaboradores, que agora têm o seu primeiro dia numa nova empresa mas num formato diferente do habitual, na maior parte das vezes remoto, não existindo contacto presencial com a equipa, com os recursos humanos, com o espaço e com a liderança. A ausência de um acompanhamento estruturado e presente pode refletir-se negativamente a curto prazo. Por outro lado, há toda uma experiência contínua do colaborador que é afetada e que não pode ser esquecida, por forma a manter e até reforçar a permanente preocupação da empresa com o bem-estar, com os estímulos ao desenvolvimento e à criatividade e com o “espaço de trabalho” do colaborador, com as ferramentas a utilizar, que no final do dia, sabemos que têm forte impacto no desempenho e na produtividade individual e coletiva.

"Neste contexto [pandemia], o futuro remete-nos para uma experiência do colaborador mais “energizante”, mesmo que remota. Uma energia positiva que fomente um ambiente de trabalho saudável.”

Patrícia Vicente

Manager EY, People Advisory Services

O futuro do trabalho é aqui e agora e sabemos que mudou bastante nos últimos meses. Primeiro com novas metodologias de trabalho imprevistas, maioritariamente remotas, que nos mostraram quão bem-sucedido o trabalho remoto pode ser. Depois, a transformação da vida nos escritórios e nos espaços de trabalho também foi alterada, para necessariamente adaptar-se a uma nova realidade: por um lado às novas metodologias de trabalho, com formatos mistos ou totalmente remotos e, por outro, através de uma otimização dos espaços que assegure o distanciamento social e garanta, fundamentalmente, a saúde de todos. O fluxo de viagens em trabalho também foi reduzido (e naturalmente revisto), remetido para um fluxo de trabalho mais digital com plataformas que promovam um ambiente igualmente próximo e produtivo.

Tudo isto remete a uma reflexão das empresas e das equipas que gerem as pessoas, sobre aquela que é a estratégia de promoção de experiências durante o ciclo de vida do colaborador, que logicamente necessita de ser revista e exige um processo mais humano e mais próximo em alguns casos, a começar pelo já referido onboarding, onde tudo é novo e desconhecido – e não há segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão!

Se uma parte significativa das experiências do colaborador se ligam habitualmente ao espaço físico, este deverá ser o primeiro ponto de reflexão, no sentido de garantir que aqueles que trabalham remotamente não são colocados de parte neste processo.

Neste momento, embora em Portugal estejamos a acompanhar ao regresso de alguma normalidade nas empresas, as medidas e planos de emergência continuam e necessitam de ser continuadas. Vão naturalmente ser permanentes até podermos olhar para trás e dizer que esta pandemia é “coisa do passado”.

Neste contexto, o futuro remete-nos para uma experiência do colaborador mais “energizante”, mesmo que remota. Uma energia positiva que fomente um ambiente de trabalho saudável, com base num plano assente nas dinâmicas e ferramentas disponíveis, promovendo o entusiasmo e a motivação, que, num cenário de incerteza social, imprimem uma maior atenção e exigência. Uma experiência mais presente e humana, em que os colaboradores se sintam acompanhados, de forma individual e em equipa, e onde as suas questões, dúvidas e inseguranças são respondidas e levadas a análise. Investir nas pessoas continua a ser essencial e a chave do sucesso, para uma empresa que se queira posicionar de forma diferenciadora, com equipas orgulhosas por dela fazerem parte.

Se tem interesse em receber comunicação da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc), por favor clique aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Britânica BJSS entra em Portugal. Quer contratar 150 consultores de TI

  • Lusa
  • 10 Agosto 2020

É a primeira expansão internacional da consultora britânica de tecnologia e engenharia fora dos EUA. Vai investir 12 milhões de euros e quer contratar até 150 consultores de tecnologias de informação.

A consultora britânica BJSS anunciou esta segunda-feira a entrada no mercado português, a primeira expansão internacional da empresa fora da América do Norte, com um investimento inicial superior a 12 milhões de euros em 18 meses. O objetivo da operação em Portugal, com sede em Lisboa, passa ainda pela contratação de até 150 consultores de tecnologias de informação (TI) para suportar, entre outras, a tecnologia, engenharia, consultoria e os serviços de cloud da BJSS.

“A BJSS, consultora britânica de tecnologia e engenharia, anuncia hoje a sua expansão para Portugal. O investimento inicial na região excederá os 12 milhões de euros em 18 meses e marca a primeira expansão internacional da empresa fora da América do Norte”, anunciou, em comunicado, a empresa.

Segundo a empresa, o recrutamento destes especialistas será feito, essencialmente, em Lisboa, e inclui engenheiros de software full-stack, especialistas em interface do utilizador e websites, engenheiros de teste, desenvolvedores de aplicações móveis, engenheiros de dados e consultores de experiência de utilizador.

À frente da operação ficará Pedro Ferreira, que, de acordo com a BJSS, tem uma “vasta experiência” de liderança de projetos e equipas.

“A BJSS é conhecida pelo seu foco em serviços que promovem uma transformação digital mais ampla. Muitas organizações ibéricas estão atualmente a enfrentar este problema e estamos muito satisfeitos por beneficiarmos do conhecimento local e da experiência do Pedro [Ferreira]”, notou, em comunicado, o chefe da expansão internacional da consultora, Amir Soufizadeh.

A expansão da BJSS “fortalecerá ainda mais a nossa reputação como centro europeu de inovação e apoiará o caminho de uma nação de startups [empresas com rápido potencial de crescimento económico] para uma nação digital”, afirmou o secretário de Estado da Transição Digital, citado no mesmo documento.

André de Aragão Azevedo sublinhou ainda que Portugal é um líder em inovação entre os países do sul da Europa e faz parte do “forte grupo de inovadores”. Para o governante, este investimento demonstra também a competitividade do país no que concerne a atrair empresas que geram postos de trabalho qualificados.

“Esta é uma oportunidade para um grupo de centenas de pessoas talentosas em TI mostrarem o seu potencial no nosso país”, apontou.

Já o diretor-geral da BJSS assegurou que a expansão internacional é uma “estratégia de crescimento essencial” para a empresa.

“A decisão de expandir para Lisboa […] é um passo lógico nessa estratégia. Significa que podemos estabelecer laços ainda mais estreitos com os nossos clientes europeus, fortalecendo as nossas capacidades de serviço nos mercados ibéricos em rápido crescimento”, concluiu Stuart Bullock.

Fundada em 1993 em Leeds, no Reino Unido, a BJSS conta com mais de 1.500 trabalhadores. Lisboa é a 13.ª localização da empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.