“Rio tem a eleição ganha”, antecipa Marques Mendes
O antigo presidente do PSD considera que os resultados dos três candidatos à liderança do partido ficaram aquém das expectativas, mas "politicamente" tudo aponta para a vitória de Rio à segunda volta
Rui Rio não conseguiu a vitória à primeira volta nas eleições diretas do PSD, “ficou resvés”, mas a dinâmica de vitória é dele, defende Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC. No entanto, os pesos pesados de Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro estão, neste momento, reunidos em Coimbra para “concertar posições de apoio conjugado”, revelou.
“Rio ganhou e esteva a um palmo de ganhar” a maioria, mas faltaram 344 votos para garantir a vitória à segunda volta, Marques Mendes admite que pode acontecer “uma surpresa” na segunda volta — “aritmeticamente é possível, mas politicamente é muito difícil”, afirma. “Na segunda volta começa tudo de novo, não e um jogo que está no intervalo, mas Rui Rio está à frente. Tem uma dinâmica de vitória”, explica. “Só por um azar dos Távoras é que poderá não ganhar esta eleição“, acrescenta.
Mas, uma segunda volta traz sempre dificuldades, alerta o comentador. Desde logo garantir que os eleitores de Montenegro e Rui Rio vão todos votar no próximo dia 18 de janeiro. Por outro lado, “é natural que os votos de Miguel Pinto Luz passem para Montenegro, os defensores da mudança”, mas nada garante que a totalidade dos votos de um passe para para o outro apesar da reunião desta noite em Coimbra. Aliás Mauro Xavier, apoiante de Pinto Luz, na noite de sábado, em comentário aos resultados eleitorais do PSD, na TVI24, revelava que iria votar em branco na segunda volta.
A terceira variável, que Marques Mendes considera a mais importante, é a dos militantes inscritos (8.8859) que pagaram as quotas mas não foram votar. O comportamento dessas nove mil pessoas pode alterar tudo, e não foi inocente a referência de Rui Rio às mesmas no seu discurso de sábado, tendo memos pedido “mais um esforço “aos militantes que têm de se deslocar novamente, no sábado, às urnas de voto.
“A dinâmica é clarissimamente favorável a Rui Rio, sejamos objetivos”, disse o comentador. “Mas a história das segundas voltas em Portugal é cheia de surpresas”, recordou dando como exemplo a segunda volta das presidenciais que opôs Freitas do Amaral a Mário Soares, em 1986, há 33 anos, e que apesar da vantagem inicial de Freitas, acabou por ser o candidato do PS que venceu as eleições.
No entanto, o comentador considera que “os resultados para os três candidatos ficaram todos um pouco aquém das expectativas”: Miguel Pinto Luz gostaria de ter ficado acima de 10%, mas, “acabou por ser vítima da polarização” nos últimos dias; Montenegro esperava ter ficado “ou à frente de Rio ou taco a taco, mas está cada vez mais longe de atingir o seu objetivo e Rui Rio, apesar de quase ter conseguido a vitória — faltou-lhe 0,56% para a maioria — acabou por não ter conseguido ganhar à primeira volta
(Notícia atualizada)
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