BCP cai mais de 3% com research negativo e pressiona Lisboa
A bolsa portuguesa desvalorizou esta segunda-feira, pressionada por uma queda de mais de 3% protagonizada pelo BCP. Analistas antecipam queda nos lucros do banco.
A bolsa de Lisboa seguiu a tendência das principais congéneres europeias, tendo fechado em baixa. O principal índice nacional foi pressionado por uma desvalorização expressiva das ações do BCP.
O PSI-20 recuou 0,15%, para 5.282,06 pontos, com o banco liderado por Miguel Maya a registar o pior desempenho entre as 18 cotadas do índice. O deslize chegou aos 3,49%, perante uma nota de research do BPI/CaixaBank que prevê que os lucros terão caído para 283 milhões no ano passado, num contexto de juros negativos nos mercados financeiros.
Os analistas também cortaram o preço-alvo do BCP, de 27 cêntimos para 25 cêntimos por ação, um valor que, ainda assim, é superior à cotação de fecho do banco esta segunda-feira: 18,8 cêntimos.
Cotação do BCP na bolsa de Lisboa
A bolsa portuguesa também foi pressionada pela desvalorização da Nos. Os títulos da operadora cederam 2,8%, para 4,442 euros, no dia em que a Anacom revelou que espera arrecadar, pelo menos, 238 milhões de euros com o leilão de frequências para o 5G.
Em sentido inverso, a EDP e a Jerónimo Martins impediram uma desvalorização maior do PSI-20. A elétrica nacional ganhou 1,31%, para 4,646 euros, enquanto a retalhista dona do Pingo Doce valorizou 2,04%, para 16,23 euros.
Tal como a bolsa portuguesa, outras praças do Velho Continente registaram perdas neste arranque de semana. É o caso do alemão DAX, que caiu 0,18%; do francês CAC-40, que recuou 0,22%; ou mesmo do irlandês ISEQ, que perdeu 1,2% no rescaldo das eleições no país.
Ainda assim, o Stoxx 600 fechou acima da linha de água, tendo valorizado 0,06%, condicionado pelos receios em torno da epidemia de coronavírus, que já provocou mais de 900 mortos em todo o mundo, principalmente na China.
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