Coronavírus assusta bolsas europeias, mas Lisboa escapa
A epidemia do coronavírus levou as bolsas europeias a negociarem em baixa. Mas a praça portuguesa registou ganhos, suportados numa subida do preço das ações da EDP Renováveis.
O dia foi de perdas nas principais bolsas europeias, mas a praça lisboeta destacou-se pela positiva. O principal índice português fechou acima da linha de água, suportado por ganhos nos setores da energia e banca, num dia em que os mercados globais estão a ser penalizados pelos receios em torno do coronavírus.
O Stoxx 600 recuou 0,15%, enquanto o francês CAC-40 perdeu 0,36% e o alemão DAX caiu 0,16%. Mas, em sentido inverso, o PSI-20 valorizou 0,32%, para 5.331,96 pontos, com a EDP Renováveis a figurar no topo da tabela dos melhores desempenhos.
A empresa liderada por João Manso Neto viu as ações subirem 1,98%, para 12,36 euros, depois de ter anunciado a venda de um projeto eólico on shore no Brasil, por 126,6 milhões de euros. O comprador foi uma filial da Actis, um “investidor de private equity em mercados em crescimento”.
Cotação da EDP Renováveis na bolsa de Lisboa
O BCP também contribuiu para os ganhos na bolsa de Lisboa. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya avançaram 1,84%, para 19,35 cêntimos, recuperando da queda provocada pelo downgrade na avaliação por parte do BPI/Caixabank no início desta semana.
Pela negativa destacou-se a Nos. A operadora presidida por Miguel Almeida desvalorizou 1,03%, para 4,438 euros, numa altura em que está tudo a postos para o início da corrida ao 5G em Portugal. O projeto de regulamento do leilão de frequências está oficialmente em consulta pública.
Contas feitas, sete cotadas registaram ganhos, quatro permaneceram inalteradas e outras sete negociaram em baixa na bolsa nacional, num dia em que a China revelou uma subida expressiva no número de casos de infeção por uma nova estirpe de coronavírus.
Recorrendo a um novo método de diagnóstico, as autoridades chinesas confirmaram esta quinta-feira 14.840 novos casos, contra os pouco mais de 2.000 registados no dia anterior, suscitando novos receios em torno deste problema de saúde pública. Há mais de 40 mil pessoas infetadas e 1.300 mortes associadas ao surto.
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