Covid-19: Número de mortos sobe para 2.442 na China continental

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

O número de mortos de coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.442 na China continental, com mais 97 vítimas mortais nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades.

A Comissão de Saúde da China registou mais 648 novos casos de infeção para um total de 76.938.

Na província chinesa de Hubei, sobretudo na cidade de Wuhan, onde a epidemia surgiu em dezembro passado, foram registadas 96 novas mortes (menos dez do que no sábado) e mais 630 pessoas infetadas (264 mais) com o Covid-19.

Há um mês, as autoridades chinesas isolaram Wuhan e, em seguida várias cidades de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Mais de 80% dos casos confirmados na China continental encontram-se em Hubei, onde o número de mortos também é mais elevado do que no resto do país.

Além de 2.442 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

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Bernie Sanders ganhou no Nevada: “Parece que o Louco Bernie está a ir muito bem”, twittou Trump

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2020

O senador norte-americano Bernie Sanders agradeceu aos apoiantes a vitória nas eleições primárias democratas, no sábado, no estado do Nevada, quando estavam contados 43% dos votos.

“Deixem-me agradecer o apoio das pessoas do Nevada. A coligação multigeracional e multirracial não só ganhou no Nevada, como também vai arrasar em todo o país”, exclamou Sanders, num comício em San Antonio (Texas), pouco depois de vários meios de comunicação social terem atribuído a vitória ao senador.

De acordo com os resultados de 23% das assembleias de voto, o senador, de 78 anos, obteve 46% dos votos, seguindo pelo ex-vice-Presidente norte-americano Joe Biden com 23% e o antigo autarca Pete Buttigieg com 13%.

O primeiro a felicitar Sanders pela vitória foi o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Parece que o Louco Bernie está a ir muito bem no grande estado do Nevada. Biden e os restantes parecem fracos e de nenhuma maneira Mini Mike [Bloomberg] pode relançar a sua campanha depois do pior debate na história dos debates presidenciais. Parabéns Bernie e não deixes que te tirem” a vitória, escreveu Trump na rede social Twitter.

De acordo com a televisão norte-americana MSNBC, 53% dos latinos residentes naquele estado votaram em Sanders, especialmente pelas iniciativas a nível da saúde, economia e migração.

Numa festa em Las Vegas, após a votação, Biden celebrou o segundo lugar: “Temos uma oportunidade incrível de voltar a liderar o mundo. Vamos ganhar!”.

Buttigieg felicitou Sanders, mas criticou a “revolução inflexível e ideológica” do senador. “O senador Sanders acredita numa revolução inflexível e ideológica que exclui a maioria dos democratas, sem mencionar a maioria dos norte-americanos”, afirmou.

As próximas primárias democratas vão realizar-se no estado da Carolina do Sul, em 29 de fevereiro.

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A partir de agosto, isto é o que vai ver na fatura dos combustíveis

Vai atestar? A partir do verão, a fatura que vai receber não se vai cingir ao valor a pagar. Vai passar a saber ao detalhe todos os custos implícitos por cada litro de combustível. Saiba como vai ser.

A fatura que recebe de cada vez que vai atestar o automóvel está prestes mudar de “cara”. Em vez indicar apenas o combustível utilizado, o valor por litro e, eventualmente, os descontos, além do valor total a pagar, os consumidores vão passar a saber em detalhe todos os impostos que estão a pagar. Isto além de ficarem a saber o impacto que os consumos têm no ambiente.

De acordo com o regulamento da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que entra em vigor a 21 de maio, mas faculta aos comercializadores “um prazo máximo de 90 dias” para emitirem a fatura detalhada, ou seja, até 19 de agosto, este “papel” que todos os condutores recebem passará a informar os clientes da desagregação dos valores faturados.

Essa desagregação vai permitir ficar a saber o seguinte, segundo a ERSE:

  • A discriminação do combustível, para as gasolinas, gasóleos e GPL Auto”, com a “representação gráfica para informação ao consumidor”. E também a “identificação de compatibilidade de veículos”;
  • “O preço unitário expresso em euros por litro no caso das gasolinas, dos gasóleos e do GPL Auto”;
  • “A quantidade fornecida, expressa em litros no caso das gasolinas, dos gasóleos e do GPL Auto”;
  • “As taxas e os impostos devidos, expressos em euros por litro no caso das gasolinas, dos gasóleos e do GPL Auto”, diz a ERSE. Neste caso, será discriminado o valor do ISP “que inclui, designadamente, o adicional ao ISP, o adicionamento sobre as emissões de CO2 (taxa de carbono) e a contribuição de serviço rodoviário”, mas também o IVA de 23%;
  • “O valor de descontos aplicáveis”, sejam os aplicados pelo comercializador, sejam os obtidos com talões ou cartões, nomeadamente os das grandes superfícies comerciais;
  • “A quantidade e o sobrecusto da incorporação de biocombustíveis, expressos em percentagem e em euros por litro, respetivamente”.

Ao mesmo tempo, a fatura dos combustíveis vai passar a ter de apresentar obrigatoriamente outras informações, nomeadamente a origem da energia que está a ser consumida, bem como o seu impacto no ambiente.

Assim, de acordo com a ERSE, os comercializadores terão de entregar aos consumidores uma fatura que terá a seguinte informação:

  • “A contribuição de cada fonte de energia primária utilizada a que corresponde o valor da fatura”, tal como acontece nas faturas, por exemplo, da eletricidade e gás;
  • “As emissões de CO2 e outros gases com efeito de estufa, expressos em euros por litro no caso das gasolinas, dos gasóleos e do GPL Auto”. Ou seja, será medido o custo implícito das emissões poluentes provocadas pela utilização dos combustíveis.

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Jon Bon Jovi tem à venda mansão em New Jersey por 20 milhões

O músico norte-americano está a vender uma mansão inserida numa propriedade de seis hectares em Middletown. Jon Bon Jovi morou lá com a família durante quatro anos.

A lenda do rock, Jon Bon Jovi, está a vender uma mansão em Nova Jérsia, por 20 milhões de dólares (18,5 milhões de euros). De acordo com a CNBC (conteúdo em inglês), esta operação só agora foi tornada pública, mas tudo indica que o músico está a tentar vender esta casa há mais de dois anos, que foi construída em 1999 e que foi “lar” da família de Jon Bon Jovi durante quatro anos.

É a cerca de uma hora de Nova Iorque, em Middletown, que está localizada esta mansão de 18.000 metros quadrados, inserida numa propriedade de cerca de seis hectares. Projetada pelo famoso arquiteto norte-americano Robert AM Stern, o imóvel foi concebido especialmente para a família de Jon Bon Jovi — mulher e quatro filhos –, que lá morou durante quatro anos.

Casa de Bon JoviChristie's International Real Estate

A casa principal conta com seis quartos, sete casas de banho completas e duas casas de banho sociais. No primeiro andar está a cozinha e uma sala com vista para o rio, com 15 metros quadrados, com uma lareira e mesa para 18 pessoas. O acesso ao segundo andar é feito através de uma “grande escada em espiral”, refere a CNBC, citando o anúncio da imobiliária Christie’s International Real Estate.

É no segundo piso que há duas alas — a da família e a dos hóspedes ou funcionários. Na ala familiar existem quatro casas de banho, incluindo uma suíte com varanda com vista para o rio. Já na ala dos hóspedes/funcionários, há uma entrada privativa para dois quartos, uma casa de banho completa e uma cozinha.

No exterior da mansão há ainda uma garagem com capacidade para três automóveis e um pátio “de inspiração francesa”. Nos extensos jardins há ainda quatro outras casas: uma com três quartos e três casas de banho, uma sala de estar e uma cozinha completa, outra — “Shoe Inn” — com sala de estar com lareira, mesa de snooker, um bar e uma garagem para um carro, uma terceira com um estúdio de gravação e uma quarta com lavandaria, oficina e arrecadação.

O futuro dono terá ainda acesso a duas piscinas exteriores aquecidas e uma doca para barcos, com água canalizada e eletricidade.

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Se o coronavírus durar “mais um ou dois meses, paramos todos”, não só o têxtil

Coronavírus está a ter impacto em vários setores, sendo que o têxtil e o vestuário não são exceção. As empresas já sentem o efeitos. Se o surto se prolongar, a situação vai agravar-se.

2019 foi um ano difícil para as empresas portuguesas, especialmente as do setor têxtil. Com a guerra comercial entre EUA e China, a saída do Reino Unido da União Europeia, mas também, e principalmente, com o abrandamento da economia mundial, as exportações o vestuário e o têxtil, a crescer há uma década, caíram. E 2020 não está a ser melhor. Com o peso que a Ásia conquistou no setor, o coronavírus veio agravar a situação. Há quem tenha tomado precauções, mas se o surto continuar, parar é a única solução.

Atualmente, mais de 85% de toda a roupa consumida na Europa advém da China, diz César Araújo. É assim que se explica que o coronavírus esteja a afetar as empresas de têxtil e vestuário, que exportam a sua produção para aquele mercado. A Europa já estava “desequilibrada e que o vírus veio acentuar ainda mais esse desequilíbrio”, diz o presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (Anivec).

“A Europa está refém da Ásia”, atira o responsável em declarações ao ECO, salientando que, por isso mesmo, “o coronavírus tem um impacto brutal nas empresas”. José Alexandre, presidente da Riopele, uma das têxteis mais antigas de Portugal, diz que o coronavírus, surto que surgiu no final de dezembro em Wuhan, em Hubei, tendo provocado já mais de 2.000 mortes e infetado dezenas de milhares de pessoas, “está a afetar o mundo inteiro”, tanto empresas internacionais como nacionais.

O prolongamento da paragem das fábricas devido ao coronavírus já está a causar impactos a nível mundial (…) e se isto durar mais um ou dois meses, paramos todos, e não é só no têxtil e vestuário”. Não há stocks que resistam.

José Alexandre

Presidente da Riopele

O presidente da Riopele alerta que “o prolongamento da paragem das fábricas [na China] já está a causar impactos a nível mundial”. “Se isto durar mais um ou dois meses, paramos todos, e não é só no têxtil e vestuário. Não há stocks que resistam”, afirma o presidente da empresa que já conta com 93 anos de existência. César Araújo explica que “uma empresa tem o aprovisionamento entre três a quatro semanas, se o vírus se prolongar por muito tempo vai ser dramático”.

No caso particular da Riopele, para já o coronavírus não está ainda a ter impacto na empresa. “Não há qualquer impacto na produção até ao momento (…) o único impacto é que exportamos cerca de 4% para a China e neste momento temos mercadoria que já deveria ter seguido em janeiro e ainda cá está”, explica José Alexandre. Espera conseguir exportar essas encomendas pendentes para a China no próximo mês.

O presidente da Associação Nacional de Vestuário explica que o facto de muitas companhias áreas terem deixado de voar para a China “está a pôr em causa toda a logística e que vai demorar algum tempo a operacionalizar todos os processos”, refere César Araújo.

A Adalberto, que produz cerca de 50 a 60 mil metros de tecidos por dia, e fabrica roupa para grandes marcas como a Inditex, Moschino, Cavallaro, Balenciaga, tomou precauções logo após o alerta. “Assim que houve o alerta do coronavírus nós antecipamo-nos e compramos algumas matérias -primas para eventuais problemas que possam vir a acontecer”.

Susana Serrano destaca que se a Adalberto não tivesse tomado essa medida “provavelmente iríamos ter alguns problemas, apesar de não ter um impacto assim tão grande, uma vez que nós não dependemos muito dessas matérias-primas”, explica a CEO da empresa.

Manuel Serrão, CEO da Associação Selectiva Moda, põe “água na fervura”. Considera que existe “alguma especulação”, sendo “precipitado tirar grandes conclusões” do impacto que o vírus terá no setor. “Acredito que existam um caso ou outro que tenha sido apanhado mesmo no meio do furacão e que esteja com dificuldades, mas em termos do setor, em geral, é muito complicado dar já uma previsão daquilo que vai acontecer”, refere.

Coronavírus pode ser um oportunidade para a Europa

O coronavírus está a ter impacto, podendo este ser ainda mais expressivo caso o surto se prolongue no tempo. É uma ameaça, uma vez que pode condicionar o setor a uma escala global, mas também pode ser uma oportunidade para a Europa. Susana Serrano, CEO da Adalberto, está consciente que o coronavírus pode ter um impacto negativo nas empresas portuguesas, mas também pode dar um novo fôlego ao setor do Velho Continente.

“Nós temos clientes que compravam na China e, neste momento, está toda a gente a querer vir comprar à Europa”, diz. “Podemos encarar esta problemática como uma oportunidade para a Europa. Há clientes que já estão a avaliar o que o continente europeu tem para oferecer”, refere a CEO da Adalberto.

Manuel Serrão corrobora a ideia, salientando que “o coronavírus não afeta as empresas todas da mesma forma, depende das relações que essas empresas têm com o mercado chinês. É evidente que as empresas sentem o impacto, mas acredito que algumas empresas sejam afetadas positivamente”.

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Primeiro caso confirmado de um português com coronavírus. Doente está a bordo do navio Diamond Princess

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2020

Doente está a bordo do navio Diamond Princess, que está ao largo da costa japonesa. A notícia está a ser avançada pela TVI.

Foi confirmado o primeiro caso de um português infetado com o novo coronavírus. Segundo a TVI, trata-se de um homem com 41 anos, que está isolado no cruzeiro Diamond Princess, onde trabalha há cinco anos.

Entretanto, este domingo, as autoridade japonesas confirmaram que o português, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, deu teste positivo ao coronavírus Covid-19, segundo disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O cidadão português chama-se Adriano Luís Maranhão, é natural da Nazaré, e exerce funções como primeiro canalizador naquela embarcação, que se encontra em quarentena ao largo da costa do Japão, segundo os relatos da estação de televisão de Queluz.

O português está no Diamond Princess desde 13 de dezembro, “e realizou as análises na passada quinta-feira. Soube o diagnóstico por volta das 14:00 deste sábado (hora portuguesa), e está isolado numa cabine do navio”, relata a TVI.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o
coronavírus Covid-19 já provocou 2.345 mortos e infetou mais de 76 mil pessoas a nível mundial. A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.


Além das vítimas mortais no continente chinês, morreram cinco pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e duas em Itália.

Este sábado foi noticiado precisamente que uma segunda pessoa, com coronavírus Covid-19, morreu em Itália, onde foram identificados mais de 30 casos de contaminação até agora, dos quais 25 na Lombardia (região de Milão).

Esta segunda vítima mortal, que estava hospitalizada há 10 dias, segundo a agência Lusa, é uma mulher italiana residente na Lombardia, onde mais de uma dezena de localidades, com uma população estimada de 50.000 pessoas, estão em quarentena, decretada pelas autoridades, desde sexta-feira.

Em território português ainda não foi detetado nenhum caso de contágio e todos as situações suspeitas até agora foram negativas. Na semana passada, um grupo de 20 pessoas que veio de Wuhan (18 portugueses e duas brasileiras) terminou a quarentena no Hospital Pulido Valente, em Lisboa. Abandonaram a unidade hospitalar sem que lhes tivesse sido diagnosticado qualquer problema.

(Notícia atualizada no dia 23 de fevereiro, com a confirmação oficial)

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Covid-19: FMI diz que economia da China poderá retomar normalidade no segundo trimestre

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2020

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, avançou que a economia da China poderá retomar a normalidade no segundo trimestre.

“No cenário atual, com a aplicação das políticas anunciadas, [há a possibilidade] de a economia da China poder retornar ao normal no segundo trimestre. Como resultado, o impacto na economia mundial seria relativamente menor e de curta duração”, disse Kristalina Georgieva, na reunião dos ministros das Finanças do G20, que decorre hoje e domingo em Riade, na Arábia Saudita.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou mais de 2.345 mortos e infetou mais de 76 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.

Segundo a diretora-geral do FMI, em janeiro foi projetado “um crescimento global de 2,9%, no ano passado, para 3,3% neste ano. Desde então, o Covid-19 — uma emergência de saúde global — interrompeu as atividades [económicas] na China”.

“As autoridades chinesas estão a trabalhar para mitigar o impacto negativo na economia, com medidas de crise, de provisão de liquidez, medidas fiscais e apoio financeiro. Tive uma excelente discussão com o governador Yi Gang e outros altos funcionários, e assegurei o nosso apoio a essas medidas políticas”, garantiu Kristalina Georgieva.

De acordo com a responsável, o mundo ainda está a aprender “como o vírus se espalha”, considerando que as “incertezas são grandes demais para permitir previsões confiáveis”.

“Muitos cenários podem ocorrer, dependendo da rapidez com que o vírus é contido e da rapidez com que as economias, chinesa e outras afetadas, retornam à normalidade”, frisou, alertando, no entanto, estarem igualmente a ser analisados “cenários mais terríveis em que a disseminação do vírus continue por mais tempo e globalmente”, sendo as consequências de crescimento “mais prolongadas”.

Georgieva considera a “cooperação global essencial para a contenção do Covid-19 e o seu impacto económico”, sobretudo se o surto se mostrar “mais persistente e generalizado”, sendo importantes estar “adequadamente preparado para reconhecer o risco potencial para estados e países frágeis com sistemas de saúde fracos”.

O FMI está pronto para ajudar, inclusive por meio de nosso Fundo de Contenção e Ajuda em Catástrofes, que pode fornecer subsídios para o alívio da dívida de nossos membros mais pobres e vulneráveis”, reconheceu.

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PS/Porto quer Estado nos CTT para “acabar com degradação do serviço”

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2020

O presidente da Federação Distrital do Porto do PS defendeu a entrada do Estado no capital dos CTT para “acabar com a degradação do serviço”.

“Impõe-se que o Estado regresse ao capital social e à gestão desta empresa. Só o Estado está em condições de garantir que o interesse público comanda as decisões de quem manda nos CTT. Se o Estado não intervier, é o próprio Serviço Postal Universal que está em causa e isso é inaceitável”, refere um comunicado da Federação do PS/Porto, citando Manuel Pizarro na cerimónia de tomada de posse da Secção de Ação Setorial dos CTT daquela estrutura partidária.

Para o dirigente socialista, “ocorrendo em 2020 a renegociação do contrato de concessão do Serviço Postal Universal, é agora que o Estado tem condições para tomar esta decisão, essencial para proteger os portugueses”, porque “a gestão privada dos CTT falhou”, atuando “de forma gananciosa e predadora”.

Pizarro considera ainda que a gestão privada dos CTT visou “resultados imediatos, desprezando os interesses e necessidades das pessoas e as obrigações do serviço público”.

“Degradou os níveis de serviço e alimenta um conflito com o regulador, desrespeitando as suas exigências. Os CTT, empresa respeitada e rentável quando pertencia ao Estado, veem a sua reputação posta em causa e perderam grande parte do valor”, sublinha Pizarro.

O dirigente notou que “Portugal necessita de um Serviço Postal Universal de confiança e proximidade, que ajude a combater o isolamento, que contribua para a coesão territorial e para o desenvolvimento do interior e que não bloqueie o funcionamento da economia”.

“Para isso, impõe-se que o Estado regresse ao capital social e à gestão desta empresa. Só o Estado está em condições de garantir que o interesse público comanda as decisões de quem manda nos CTT”, sustentou.

O presidente do PS/Porto exige ainda que seja tornada pública e “debatida de forma transparente” a “auditoria ao processo de privatização dos CTT, pedida pelo grupo parlamentar do PS na Assembleia da República em 2017 e realizada pela Inspeção Geral de Finanças.

“Não se pode compreender que esta auditoria seja mantida em segredo”, disse, desafiando o grupo parlamentar do PS a, “em função dos resultados dessa Auditoria, propor a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito às privatizações dos anos da troika”.

Pizarro criticou ainda a “forma leviana e irresponsável como a privatização dos CTT foi conduzida pelo Governo do PSD e do CDS”.

“O país tem o direito de saber quem são os responsáveis por esta operação prejudicial aos portugueses, quem elaborou e aprovou um caderno de encargos que nem sequer assegura a obrigatoriedade de manter um espaço dos CTT em cada Município, quem permitiu que a gestão privada de uma empresa que presta um serviço público essencial pudesse alienar de forma ruinosa o património acumulado ao longo de mais de um século”, frisou.

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Estado teria de comprar participação privada na TAP para mudar política de remunerações

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2020

O Estado teria que comprar a participação do consórcio privado Atlantic Gateway para conseguir controlar a comissão de vencimentos.

O Estado teria que comprar a participação do consórcio privado Atlantic Gateway para conseguir controlar a “eleição, designação, substituição, suspensão ou destituição” da comissão de vencimentos da TAP, de acordo com o acordado entre as duas partes.

Segundo os estatutos da TAP SGPS (‘holding’ que agrega todos os negócios do grupo), é à assembleia-geral de acionistas que “compete especialmente” deliberar sobre as remunerações dos membros dos órgãos sociais e definir a política de remunerações dos membros dos órgãos de administração, “podendo para o efeito designar uma comissão de vencimentos”, o que acontece na TAP.

As competências incluem “os critérios e os parâmetros de avaliação de desempenho para a aferição da componente variável da remuneração, no caso dos administradores com funções executivas”, ou seja, os prémios de desempenho, alvo de críticas recentes por parte do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

No parlamento, na quarta-feira, o ministro Pedro Nuno Santos considerou “inaceitável” que a TAP, empresa que “tem 100 milhões de euros de prejuízos” em 2019, atribua prémios a uma minoria de trabalhadores, ressalvando que a decisão não é da administração, mas da “gestão 100% privada”.

“Foi dito à TAP que não permitiremos a atribuição de prémios”, avançou o ministro, reforçando que tal é uma falta de respeito para com a esmagadora maioria dos trabalhadores, num universo de 10 mil trabalhadores, recompensas para uma minoria de trabalhadores.

No dia seguinte, na conferência de imprensa de apresentação de resultados da empresa (prejuízo de 105,6 milhões de euros), o presidente da comissão executiva da TAP, Antonoaldo Neves, referiu que “a comissão executiva não comenta política de remunerações da empresa” nem “de outras pessoas”.

Os estatutos da empresa de aviação ‘vertem’ em grande medida o acordado entre o Estado e a Atlantic Gateway, no âmbito do processo de recompra da participação pública na TAP por parte do primeiro Governo de António Costa (PS), depois da privatização por parte do Governo de Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP).

Nesse acordo, a Parpública (empresa que gere participações públicas do Estado) passou a deter 50% do grupo TAP (depois de 39%), a Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa, 45% (depois de 61%), e os trabalhadores da TAP 5%.

Num documento síntese disponível no ‘site’ do Governo, ficou estabelecido que a TAP se mantinha “como uma empresa privada” apesar do Estado deter 50%, e uma auditoria de 2018 do Tribunal de Contas revela que, com a operação de recompra, essa percentagem não confere “o direito de nomear metade dos titulares dos órgãos sociais da TAP”.

O Estado pode apenas nomear o presidente do Conselho de Administração (não executivo, e com acordo da Atlantic Gateway), metade dos membros desse Conselho, e ter a correspondente participação na assembleia-geral.

O Tribunal de Contas assinala que “sem a maioria do capital social da TAP SGPS, a Parpública passa a deter votos suficientes para aprovar deliberações por maioria simples da Assembleia Geral, mas não por maioria qualificada, cujo limite mínimo é de 67,87% (dois terços) dos votos representativos do capital social”.

São precisamente 67% os necessários para alterar a “eleição, designação, substituição ou destituição de qualquer membro dos órgãos sociais ou da Comissão de Vencimentos”, segundo os Estatutos da TAP, ficando a Parpública aquém da maioria qualificada necessária para interferir neste domínio da gestão da sociedade.

Para o fazer, o acordo entre o Estado e a Atlantic Gateway prevê que em casos de “bloqueio insanável” haja opção de compra da outra parte.

“O atual modelo de governação está concebido para, nas matérias reservadas a uma maioria qualificada na AG [assembleia-geral] e no CA [Conselho de Administração] da TAP SGPS, o controlo ser exercido em conjunto pela Parpública e pela Atlantic Gateway existindo medidas para resolver eventuais situações de bloqueio”, segundo o Tribunal de Contas.

Assim, caso fosse vontade do Estado alterar a comissão de vencimentos da TAP, teria que adquirir as ações da Atlantic Gateway.

“Se a Parpública exercer a opção de compra, comprará as ações da Atlantic Gateway pelo preço resultante de uma avaliação independente acrescido de 20%”, de acordo com o referido na auditoria do Tribunal de Contas, mas caso seja a Atlantic Gateway a exercer a opção de venda, “venderá as suas ações à Parpública pelo preço resultante da avaliação independente”, mas sem os 20%.

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Presidente da PwC em Lisboa para controlar danos do Luanda Leaks

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2020

O Expresso escreve que Bob Moritz reuniu-se com clientes, depois de o nome da consultora ter aparecido associado a Isabel dos Santos no caso Luanda Leaks.

O presidente mundial da PricewaterhouseCoopers (PwC), Bob Moritz, esteve em Lisboa há duas semanas, segundo o Expresso [acesso pago].

Escreve o semanário que Bob Moritz quis perceber até que ponto é que a reputação da auditora ficou manchada pelo envolvimento do escritório português com Isabel dos Santos.

A visita, diz o Expresso, serviu também para colocar pressão nas investigações internas que estão a ser feitas ao envolvimento de sócios da PwC com os negócios da filha do ex-Presidente de Angola.

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Ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa também é empresário, mas lei não o permite

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2020

O Público escreve que a empresa de Luís Vaz das Neves, ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, está ligada à arbitragem extrajudicial de conflitos e que faturou 190 mil euros em 2018.

É uma das notícias que marca a semana no meio judicial. O ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz das Neves, foi constituído arguido no processo Operação Lex, em que também são arguidos o desembargador Rui Rangel e a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante.

Este sábado, o Público [acesso condicionado] escreve que Luís Vaz das Neves tem uma empresa que faturou 190 mil euros em 2018, sendo que, segundo o jornal, a lei não lhe permite acumular o que recebe como juiz desembargador jubilado com outra qualquer atividade remunerada, seja ela pública ou privada.

Ao Público, Luís Vaz das Neves confirmou a existência da empresa, mas disse que estava legal e que, no seu entendimento, podia acumular a jubilação e a remuneração que recebe dessa atividade.

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Porteira portuguesa entra na disputa pelas eleições municipais em Paris

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2020

Lourdes Rodrigues é porteira no 17.º bairro de Paris e vai entrar na disputa pelas eleições municipais na capital francesa para mostrar que ser porteira é um trabalho "como outro qualquer".

Geoffroy Boulard, atual presidente da Câmara do 17.º bairro, pediu um encontro com Lourdes Rodrigues ou Loulou, como é carinhosamente conhecida por todos, para saber se esta estaria interessada em integrar a sua lista de recandidatura às eleições que decorrem a 15 e 22 de março.

“Pediu uma reunião comigo porque vê que eu sou uma pessoa que organizo eventos e estou sempre a juntar pessoas, mais do que a dividi-las. Trabalho como voluntária na delegação da solidariedade. Se eu faço isto aqui há tantos anos, dou tanto tempo, ele disse que também posso dar de outra maneira”, contou a porteira portuguesa aos jornalistas.

Lourdes Rodrigues aceitou o convite. Nos últimos anos, esta porteira tem vindo a ganhar destaque pelas iniciativas que organiza na sua rua e no seu bairro, especialmente a festa dos vizinhos — que acontece todos os meses de maio e junta os vizinhos que raramente se cruzam um pouco em todos os bairros de Paris.

No ano passado juntou cerca de 1.000 pessoas e tornou-se um evento de referência na capital.

“Vamos apresentar as nossas listas nas próximas semanas e no 17.º bairro vamos ter uma candidata portuguesa, que eu conheço há muitos anos e está muito envolvida no seu bairro. Ela está num lugar elegível. Para mim, é importante abrir a lista a personalidades que fazem muito pelos outros”, afirmou Geoffroy Boulard.

Boulard é um autarca de direita, afiliado com o partido Les Republicains e recandidata-se nas listas de Rachida Dati, candidata da direita à Câmara Municipal de Paris.

Como uma grande metrópole, Paris está depois dividida em 20 bairros e cada um tem um presidente da Câmara próprio, equivalente às juntas de freguesia em Lisboa. No entanto, a escala parisiense é muito maior. Só no 17.º bairro vivem quase 170 mil pessoas e o preço por metro quadrado chega a mais de 10 mil euros.

Para Lourdes Rodrigues, que não tem experiência política, esta é uma oportunidade também para mostrar outras facetas da sua profissão.

“Ser porteira é um emprego como outro qualquer. Eu não me considero como aquelas porteiras de antigamente que tinham de se calar, não podiam dizer nada. No dia de hoje não é assim, sinto que é um emprego como outro qualquer. Até valorizo mais”, indicou Lourdes Rodrigues.

Caso seja eleita, a portuguesa quer promover a rede de porteiras solidárias, na qual tem vindo a trabalhar e apostar no embelezamento do seu bairro.

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