Reino Unido ultrapassa fasquia dos mil mortos. Governo anuncia novas medidas para as empresas
Mais de mil pessoas morreram no Reino Unido infetadas com coronavírus, num país que regista mais de 17 mil casos confirmados.
No Reino Unido, o surto de coronavírus já provocou mais de mil vítimas mortais, com 260 mortes observadas nas últimas 24 horas, de acordo com um relatório oficial do Governo britânico. O Executivo anunciou novas medidas de apoio às empresas.
Naquele país, o número de vítimas mortais este sábado ascende a 1.019, com 17.089 casos confirmados de coronavírus. Entre os doentes encontra-se o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o seu ministro da Saúde, Matt Hancock, enquanto o ministro responsável pela pasta da Escócia, Alister Jack, está isolado há sete dias, depois de ter revelado sintomas semelhantes, sem ter sido testado.
Perante a rápida propagação do novo coronavírus, o Reino Unido envolveu-se numa operação contra o tempo para conseguir disponibilizar milhares de camas hospitalares. Os britânicos estão confinados em casa desde segunda-feira à noite, por um período de pelo menos três semanas.
Apesar destes números, o diretor da Public Health Wales, afirma que o número de real de casos provavelmente é bastante superior. “O coronavírus está agora a circular em todas as partes do País da Gales. A ação mais importante que todos podemos ter no combate ao coronavírus é ficar em casa para proteger o NHS e salvar vidas”, disse Robin Howe, citado pelo The Guardian (conteúdo em inglês). “Sabemos que ficar em casa pode ser difícil e queremos agradecer a todas as pessoas em Gales por estarem a fazer a sua parte para ajudar a travar a propagação do vírus”.
Governo britânico anuncia novas medidas apoio às empresas
O ministro para os Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido anunciou este sábado que o Governo vai avançar com novas medidas de apoio às empresas cuja atividade está a ser afetada pelo surto. “É crucial que quando esta crise passar, o que vai acontecer, estejamos preparados para recuperar”, referiu Alok Sharma,.
Segundo adiantou, o Executivo vai alterar o atual modelo de insolvência das empresas e avançar com medidas que vão dar “tempo e espaço suplementar” às empresas para enfrentarem a situação atual de quebra de atividade e estarem preparadas para a retoma quando a crise terminar. Em simultâneo, referiu o governante, as medidas de apoio à economia e empresas pretendem também assegurar que os credores conseguem ter retorno.
A maior flexibilização que vai ser dada às empresas garantirá que vão poder aceder a capital e matérias-primas, mesmo que se encontrem em processo de reestruturação. Na sequência do impacto que o combate à pandemia de Covid-19 está a ter na economia, as empresas britânicas tinham pedido ao Governo que aliviasse a carga regulatória.
Na conferência de imprensa, realizada por videoconferência, Sharma adiantou ainda que vai ser reduzida a carga burocrática, para que os novos produtores de gel desinfetante para as mãos — um produto que se tornou escasso e que está esgotado em muitas lojas — possa ser colocado no mercado “em poucos dias”.
“Vamos eliminar todas as barreiras administrativas à produção de desinfetante para as mãos”, referiu. Desta forma, “novos produtores e empresas que fabricam os ingredientes dos desinfetantes poderão colocar os seus produtos no mercado numa questão de dias”. O Executivo de Boris Johnson vai também “aumentar o fornecimento de equipamentos de proteção individual, como máscaras faciais, para proteger os funcionários o serviço de saúde”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já infetou mais de 600 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 28.000. Dos casos de infeção, pelo menos 129.100 são considerados curados. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
(Notícia atualizada às 19h com mais informação)
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