Lucro da petrolífera Aramco cai 20,6% em 2019 para 88,2 mil milhões

  • Lusa
  • 15 Março 2020

Queda nos preços e na produção ditou quebra no resultado. Lucro da petrolífera saudita recuou mais de 20% para cerca de 90 mil milhões de euros.

O lucro da saudita Aramco caiu 20,6% em 2019 para 88,2 mil milhões de dólares, cerca de 79,3 mil milhões de euros, anunciou a gigante petrolífera que publica pela primeira vez na sua história os resultados anuais.

Em 2018, a Aramco registou um lucro de 111,1 milhões de dólares (99,9 milhões de euros), de acordo com a informação divulgada.

“Esta quebra deve-se principalmente à queda nos preços do petróleo bruto e aos volumes de produção”, disse a petrolífera num comunicado citado pela agência France-Presse.

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Metro de Lisboa: prevenção do vírus começa na desinfeção das carruagens

Está em marcha o cumprimento do plano de contingência da pandemia do Covic-19. O Metropolitano de Lisboa está a proceder à desinfeção regular de toda a frota de material circulante.

O Metropolitano de Lisboa efetuou esta noite, na estação de Telheiras, uma ação de limpeza e desinfeção das carruagens e dos espaços da própria estação. Objetivo? Redução do risco de contaminação e contágio do Covic-19 para os passageiros que continuem a usar o metro como meio de transporte.

Passavam poucos minutos das 22h quando os cinco elementos da equipa de desinfeção, devidamente equipados com fatos, luvas e máscaras de proteção, desceram as escadas rolantes de acesso às plataformas da estação. O aparato não deixou ninguém indiferente. Este é um tipo de cena comum no cinema mas, por estes dias é mesmo real e está acontecer (também) em Lisboa.

Dois dos elementos encarregaram-se de pulverizar o produto desinfetante nos corrimãos das escadas fixas e mecânicas, mobiliário da estação, máquinas automáticas de venda de títulos, cabines e postos de venda. Os outros três, divididos pelas carruagens, aplicaram o mesmo produto nas cabines de condução do maquinista e nos salões de passageiros, nos bancos, varões, pegas e vidros, ou seja, praticamente todas as superfícies sujeitas ao contacto humano.

Este processo de desinfeção da frota do material circulante da rede do Metropolitano de Lisboa vai ser repetido nos próximos dias, estando previsto que seja feito regularmente durante os próximos seis meses como medida de resposta ao plano de contingência para o combate à pandemia do COVID-19.

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Desempregados inscritos no IEFP não têm de procurar trabalho durante surto de covid-19

O IEFP suspendeu as ações de formação e a obrigação de procura ativa de emprego pelos desempregados como prevenção contra o surto.

Face à propagação de coronavírus em Portugal, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) decidiu cancelar todas as ações de formação, a partir da próxima segunda-feira, e suspender a obrigação de procura ativa de emprego por parte de quem se encontra atualmente a beneficiar de prestações de desemprego.

“Atento às últimas medidas adotadas e comunicadas pelo Governo português, no âmbito da pandemia de covid-19, o IEFP informa que, a partir de segunda-feira, dia 16 de março, estão canceladas todas as atividades de formação em curso, bem como as que se encontram programadas, até 9 de abril, data em que a situação será reavaliada”, explica o instituto, em comunicado.

Esta opção já tinha sido defendida pelo ex-presidente do IEFP Jorge Gaspar, que ao ECO explicou que, face ao surto de coronavírus, “ter-se-ia de acautelar um conjunto de procedimentos clínicos” no âmbito destas atividades, os quais disse não saber se eram “praticáveis em contexto formativo”.

Este decisão do IEFP chega, além disso, poucos dias depois do Governo ter anunciado aos parceiros sociais que, no pacote de medidas para apoiar as empresas face a esta epidemia, está incluído um regime de lay-off — suspensão do contrato de trabalho ou redução da carga horária — com formação. “Os trabalhadores em lay-off poderão beneficiar de ações de formação, com bolsa equivalente a 30% do Indexante dos Apoios Sociais (131,64 euros, metade para o trabalhador e metade para o empregador, suportada pelo IEFP”, explicou o Executivo.

Além disso, o ministro da Economia e a ministra do Trabalho prometeram lançar um plano extraordinário de formação e qualificação, no âmbito do qual as empresas afetadas pela epidemia receberão um apoio equivalente a 50% da remuneração do trabalhador até 635 euros, suportado pelo IEFP.

Além de ter cancelado as ações de formação, o IEFP escolheu suspender a “obrigação de procura ativa de emprego por parte dos candidatos que se encontrem a auferir prestações de desemprego”, até comunicação em contrário.

Segundo o Decreto-Lei n.º 220/2006, esta procura ativa consiste em: respostas escritas a anúncios de emprego; respostas ou comparências a ofertas de emprego divulgadas pelo centro de emprego ou pelos meios de comunicação social; apresentações de candidaturas espontâneas; diligências para a criação do próprio emprego ou para a criação de uma nova iniciativa empresarial; respostas a ofertas disponíveis na Internet; registos do curriculum vitae em sítios da Internet.

No primeiro mês do ano, estavam inscritos no IEFP 320.558 desempregados, menos 8,6% do que em janeiro de 2019, mas mais 3,2% do que em dezembro do ano passado.

“Também na área do Emprego, se é um dos candidatos que recebeu convocatória para uma intervenção nos próximos dias, deve considerar a mesma sem efeito”, sublinha o IEFP, que frisa que os balcões continuam abertos, ainda que se aconselhe o uso preferencialmente dos meios digitais para comunicar com o instituto.

Os primeiros casos de coronavírus em Portugal foram registados a 2 de março e até ao momento já há 169 pessoas infetadas. Em todo o mundo, esta pandemia já fez mais de cinco mil vítimas mortais e infetou mais de 140 mil pessoas.

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Carris mantém oferta de transporte mas muda regras de acesso. Conheça-as aqui

  • Lusa
  • 14 Março 2020

A partir de domingo, “a entrada nos veículos da Carris, autocarros e elétricos passará a ser realizada através da porta traseira, de modo a reduzir o contacto físico com os tripulantes”.

A administração da Carris, empresa de transporte público de Lisboa, decidiu reforçar as medidas de prevenção face à pandemia de Covid-19, mas mantém a oferta. Em comunicado enviado à Lusa, a empresa indica que, a partir de domingo, “a entrada nos veículos da Carris, autocarros e elétricos passará a ser realizada através da porta traseira, de modo a reduzir o contacto físico com os tripulantes”. Simultaneamente, serão colocadas “fitas delimitadoras do posto do tripulante” durante a próxima semana.

“Dado que as entradas se passam a efetuar pela porta de saída, os clientes deverão adotar as regras que já estão habituados a utilizar em outros modos (nomeadamente no Metropolitano e na CP), ou seja, deixar os passageiros sair primeiro antes de entrarem na viatura”, detalha-se no comunicado.

A venda de tarifas de bordo está “suspensa por tempo indeterminado” e “as validações por parte dos passageiros são facultativas”, realça-se.

“Os autocarros vão passar a parar obrigatoriamente em todas as paragens, independentemente de existirem passageiros que pretendam sair, ou entrar, dispensando assim os clientes de acionar o botão de stop”, acrescenta-se.

Estas medidas excecionais não resultam, pelo menos para já, em alterações à operação regular de transporte público, mantendo-se a oferta, anuncia a Carris, adiantando que apenas o elevador de Santa Justa encerrará “por tempo indeterminado” já a partir de domingo.

Os elevadores do Lavra e da Glória “mantêm a sua operação normal, sem vendas de tarifas de bordo”, e o ascensor da Bica “mantém a sua operação normal, mas o compartimento do guarda-freio ficará interditado a passageiros” e igualmente sem vendas de tarifas de bordo.

“As transações comerciais na rede própria da Carris, lojas e quiosques passam a ser realizadas exclusivamente por pagamentos com cartão”, informa-se.

A Carris recomenda ainda que os passageiros assegurem “uma distância mínima de um metro relativamente a outros passageiros”, quer dentro do transporte, quer na paragem, e que optem pelos lugares vazios, se existirem.

No que diz respeito aos seus trabalhadores, o acesso às instalações da Carris “implicará uma medição de temperatura” a partir de segunda-feira.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 151 mil pessoas, com registos em 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

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França impõe fecho de todas os estabelecimentos não essenciais

  • Lusa
  • 14 Março 2020

O Governo francês passou à fase 3 do combate ao novo coronavírus Covid-19 e ordenou o encerramento de todos os estabelecimentos abertos ao público “não essenciais”.

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, ordenou o encerramento de todos os estabelecimentos abertos ao público “não essenciais” a partir da meia-noite deste sábado, perante o aumento dos infetados no surto de Covid-19. “As primeiras medidas tomadas para limitar os ajuntamentos de pessoas não foram implementadas de modo perfeito”, o que levou a “uma aceleração na propagação do vírus e, em alguns territórios, a um aumento do número de pessoas submetidas a ressuscitação”, afirmou Édouard Philippe.

Por seu turno, o diretor-geral da Saúde, Jérôme Salomon, indicou que o país passou à Fase 3 (de 3) de combate à propagação acelerada da epidemia, o que significa que o vírus está agora a circular em todo o território.

A partir de domingo, só poderão abrir no país lojas de alimentos, farmácias, postos de combustíveis, bancos, tabacarias e quiosques, disse o primeiro-ministro numa conferência de imprensa, onde anunciou o encerramento de bares, restaurantes, discotecas, cinemas e outras lojas não essenciais. O transporte público continuará disponível, mas o governante apelou aos cidadãos para limitarem as viagens, especialmente as viagens intermunicipais.

Em paralelo, o país irá realizar eleições municipais no domingo, depois de os peritos não terem aconselhado a sua suspensão. “Confirmaram-nos que [as eleições] podem ser mantidas no estrito respeito às regras de distanciamento e com prioridade para os idosos e frágeis”, disse o chefe de governo, convencido de que os franceses irão revelar “calma e civismo”.

Nas últimas 72 horas, a França duplicou o número de pessoas afetadas, que agora é de 4.500, segundo números oficiais. Os dados indicam também 91 mortes, 12 a mais do que no dia anterior, e 300 pacientes em estado grave. “Devemos todos mostrar mais disciplina juntos”, disse o chefe do governo.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo e o número de infetados ultrapassa as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, com 169 casos confirmados.

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Bares vão ter de fechar às 21h até 9 de abril

  • Lusa
  • 14 Março 2020

O Governo decretou que os bares vão ter de fechar portas a partir das 21h00, todos os dias, mais uma medida de contenção do novo coronavírus Covid-19.

O Governo decretou que os bares vão ter de fechar portas a partir das 21h00, todos os dias, como forma de tentar conter a propagação do surto de Covid-19.

Num despacho governamental assinado este sábado pelos ministros de Estado, Economia e Transição Digital, Administração Interna e Saúde, justifica-se a medida – em vigor imediatamente – face à situação de emergência de saúde pública.

O encerramento dos bares resulta da situação epidemiológica a nível mundial e do aumento de casos de infeção por Covid-19 em Portugal, com o alargamento progressivo da sua expressão geográfica, lê-se na nota enviada à comunicação social.

Fechar os bares responde à “necessidade de conter as possíveis linhas de contágio” em Portugal, indica a mesma nota.

Face ao avanço da pandemia, assim declarada pela Organização Mundial da Saúde, vários países têm adotado medidas excecionais para evitar a propagação do novo coronavírus.

Detetado pela primeira vez na China, em dezembro, o Covid-19 já provocou mais de 5.500 mortos em todo o mundo e o número de infetados já ultrapassa as 143 mil pessoas.

Existem registos em mais de 135 países e territórios, incluindo Portugal, com 169 casos confirmados.

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Espanha anuncia plano de choque para conter o Covid-19

Governo espanhol anunciou "estado de alarme" e um plano de choque para conter o Covid-19. Forças armadas envolvidas para garantir um país reduzido a "serviços mínimos".

O chefe do governo espanhol anunciou, esta noite, em direto, um conjunto de medidas adicionais, na sequência do decreto de quarentena obrigatória em todo o território, comunicada este sábado. “Em cada casa espanhola, é necessária uma garantia de que amanhã passará”, disse. “E assim poderemos voltar à rua, às esplanadas, levaremos e passaremos à recuperação social e económica, e à normalidade”, acrescentou o primeiro-ministro espanhol.

Pedro Sánchez começou a conferência de imprensa dizendo que o governo espanhol aprovou o “estado de alarme” já que o país “enfrenta uma emergência de saúde pública que requer decisões extraordinárias. Uma pandemia que é mundial e que supõe um prejuízo para a totalidade dos cidadãos”, explicou. A quarentena, com a duração de pelo menos 15 dias, “poderá prolongar-se se necessário e com o aval do Congresso. A autoridade competente será o governo de Espanha”, sublinhou o chefe do governo.

Graças ao estado de alarme decretado este sábado, o Executivo espanhol anunciou que todos os cidadãos espanhóis devem acatar as instruções “que sejam necessárias para garantir a saúde e a segurança” pelos ministros autorizados a dar ordens durante o estado de alarme. “Todos os corpos de polícia vão ficar sob ordens diretas do ministro do Interior”, disse, acrescentado que o Executivo contará com o apoio das Forças Armadas e do Exército, que estarão preparados para atuar se necessário.

Durante a quarentena, o primeiro-ministro sublinhou que está apenas autorizada a movimentação de cidadãos para supermercados, trabalho, farmácias, bancos, gasolineiras, entre outros. “Em qualquer dos casos, a cada deslocação deverão respeitar-se as recomendações”, disse na conferência de imprensa.

As escolas deverão manter a atividade educativa em modo online, ao contrário de museus, instalações desportivas, hotelaria e restauração — à exceção de entregas de comida ao domicílio — que devem ser encerrados a partir de segunda-feira. Já todas as atividades comerciais à exceção de medicamentos, alimentos, tecnologia, imprensa, animais de companhia e cabeleireiros, entre outros deverão ser encerradas. “A permanência em estabelecimentos comerciais deve ser a estritamente necessária”, sublinhou.

O chefe do governo espanhol recomendou ainda que os cidadãos evitem aglomerações e que, tanto clientes como empregados, mantenham pelo menos um metro de distância para evitar contágios.

A permanência em estabelecimentos comerciais deve ser a estritamente necessária.

Pedro Sánchez

Chefe do governo espanhol

“O vírus não distingue territórios nem cores políticas”, alertou o chefe do governo espanhol, apelando à união concertada da “grande nação que somos”. “Estamos perante o nosso verdadeiro inimigo, é um inimigo de todos e devemos combatê-lo juntos”.

“O impacto económico vai ser grande, as medidas que vamos ter de tomar, sobretudo para proteger da transmissão e isso vai ter impacto social e económico evidente”, alertou.

Pedro Sánchez disse ainda que o ministro da Saúde poderá impor ordens necessárias “para o abastecimento do mercado” e que o ministro da Mobilidade poderá tomar “decisões que sejam necessárias para garantir a mobilidade”, anunciando ainda que se reduzem para metade os serviços ferroviários de média distância. Garantiu ainda que o Governo vai manter a distribuição alimentar.

Este domingo, o primeiro-ministro António Costa reúne-se, por videoconferência, com o homólogo espanhol para traçar uma estratégia comum de contenção do coronavírus.

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Rui Moreira encerra todas as esplanadas do Porto

  • Lusa
  • 14 Março 2020

Rui Moreira pediu ao primeiro-ministro, António Costa, que decrete o “estado de emergência nacional” para dar mais poder às autoridades na adoção de medidas para travar a pandemia de Covid-19.

O presidente da Câmara do Porto proibiu todas as esplanadas na cidade. De acordo com um comunicado divulgado este sábado, a Polícia Municipal está já a informar todos os estabelecimentos dessa medida. Na nota, Rui Moreira pediu ao primeiro-ministro, António Costa, que decrete o “estado de emergência nacional” para dar mais poder às autoridades na adoção de medidas para travar a pandemia de Covid-19.

“Entende a Câmara Municipal do Porto (…) que deveria ser antecipado o decreto de declaração do Estado de Emergência Nacional, permitindo que a Polícia Municipal possa impor maior autoridade e para que mais medidas restritivas possam ser mais efetivas”, lê-se num comunicado divulgado.

Segundo a autarquia do Porto, “os abnegados e incansáveis trabalhadores municipais e os agentes da Polícia Municipal têm reportado um conjunto de situações que implicam mais poder público para que possa ser imposta uma maior distância social em 100% da cidade, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde”.

“Sendo essa uma exclusiva competência do Governo, o presidente da Câmara do Porto pediu hoje [sábado] por escrito ao senhor primeiro-ministro que antecipe essa medida [de estado de emergência] que, noutros países, tem sido tomada tarde de mais”, acrescenta a câmara o mesmo comunicado.

Rui Moreira solicitou também à ministra da Saúde, Marta Temido, para que “acelere as medidas de contenção a nível nacional”, a exemplo do que foi feito na cidade do Porto, e que as imponha a “todos os municípios que tardam em agir”.

A autarquia do Porto tem sido pioneira em Portugal na adoção de medidas para travar a pandemia de Covid-19, recorda Rui Moreira, referindo que depois de aplicar o plano de contingência interno preconizado pela Direção Geral de Saúde, foi a “primeira a adotar, a 10 de março, a cessação de todos os eventos culturais e o encerramento de museus e do Teatro Municipal, entre outros equipamentos, e a limitar os serviços municipais de atendimento público”.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 150 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

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Governo adia consultas “não urgentes” para libertar hospitais para doentes com coronavírus

Marta Temido diz que autoridades antecipam reflexo das medidas tomadas desde quinta-feira nos próximos dias. O último boletim nacional dá conta de 169 infetados com o vírus em Portugal.

O Governo vai avançar com o adiamento de consultas e outras atividades não urgentes nos hospitais de todo o país, de maneira a libertar estes espaços para acolherem em tratarem doentes com o covid-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido, esta tarde em conferência de imprensa.

“Vamos avançar para uma generalização regrada daquilo que é o cancelamento a atividade assistencial programada, garantindo que os atos críticos e algum tipo de assistência — a crianças e a grávidas — se mantêm, mas adiando aquilo que não é atividade urgente. Essa será uma opção que se generalizará na próxima semana”, disse Marta Temido.

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, sublinhou, no entanto, que não está em causa a saúde de doentes com outros problemas, dando-se sempre prioridade aos casos com maior gravidade.

“Não estamos a privilegiar doentes com Covid em relação aos outros. Estamos a discriminar pela gravidade de cada situação”, assinalou Graça Freitas, diretora-geral da Saúde. “Estamos noutra fase desta epidemia: temos de proteger todos mas sobretudo os profissionais de saúde, os idosos — a população mais vulnerável — e queremos que as famílias tenham contenção nas visitas aos lares — quanto menos contacto houver do exterior para o interior, melhor”, disse a diretora da DGS.

"A todas as outras pessoas, recomendo a prática do isolamento ou do distanciamento social, conforme as circunstâncias.”

Graça Freitas

Diretora-geral da Saúde

“Entrámos numa fase de crescimento exponencial da epidemia“, disse esta tarde Marta Temido, ministra da Saúde, no habitual balanço diário com as autoridades de saúde nacionais.

“Não sabemos quanto tempo vai durar essa curva ascendente, mas sabemos que depende de cada um de nós”, assegurou, sublinhando que “é muito importante o comportamento individual”. O “Sistema nacional de Saúde não será capaz” de combater a doença sozinho, alertou ainda a ministra.

“Vamos continuar a trabalhar com as autoridades no sentido do redesenho daquilo que são os fluxos de tratamento. Estamos a passar por uma fase de tratamento em hospitais de referência em que todos ou a maioria dos casos são internados, para uma fase em que, com o aumento do número de casos, o tratamento será em casa ou em ambulatório”, disse. O que passará a acontecer nos próximos dias, descreveu, “a entrada pela linha Saúde 24 passa a ter um encadeamento, ou para casa em casos de sintomas moderados, ou para hospital ou internamento se estivermos perante casos mais graves”, explicou Marta Temido, um dia depois de anunciar que a linha de apoio vai passar a poder receber 2.000 chamadas em simultâneo.

“Vamos avançar, de uma fase em que temos já hospitais de segunda linha, para uma fase em que todos os hospitais têm de receber doentes com doença Covid (…) e a ativação de tratamento em casa”, detalhou. Dois modelos: testagem em casa ou centros específicos só para a realização de testes, disse ainda.

A ministra da Saúde apelou ainda a que as pessoas possam relegar tarefas não urgentes para outros momentos — ficando mais em casa, na sequência das recomendações da DGS e da OMS –, e adiantou que, a partir de segunda-feira, serão testadas novas formas de confirmar casos de infeção. “Estamos a preparar um mecanismo que permita garantir que as prescrições de doentes crónicos sejam mais alargadas no tempo”, disse ainda, sublinhando que as autoridades estão a adiar consultas de outras doenças menos urgentes para concentrar atenção nos contaminados com Covid-19.

"A todas as outras pessoas, recomendo a prática do isolamento ou do distanciamento social, conforme as circunstâncias.”

Graça Freitas

Diretora-geral da Saúde

“Nesta fase em que a curva está a aumentar, temos de fazer tudo para reduzir esse aumento”, disse Graça Freitas, apelando ainda aos jovens para menores contactos pessoais com pessoas mais velhas, como os seus avós. “Se houver sintomatologia, chama-se a isto presentismo e não absentismo. Quem estiver doente, não vá trabalhar. A todas as outras pessoas, recomendo a prática do isolamento ou do distanciamento social, conforme as circunstâncias”, sublinhou, dizendo que a velocidade de propagação da pandemia depende de “todos e de cada um de nós”.

As autoridades nacionais comunicaram esta manhã que, em Portugal, existem 169 casos de infetados com coronavírus, mais 57 do que na sexta-feira.

Na conferência de imprensa deste sábado estava também o diretor do Infarmed, que referiu que fez aquisições novas para reforçar a oferta de produtos com alta procura e de produtos de proteção nos hospitais.

“Se estamos num momento de contenção ao contacto, é preciso que isso seja respeitado para nos protegermos e para proteger os outros”, apelou a ministra da Saúde.

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Kaspersky Innovation Hub procura startups de cibersegurança de todo o mundo

Segunda ronda de inscrições para o programa de "open innovation" está aberta até 30 de abril. 12 finalistas viajam para apresentar ideias no demo day, em Milão.

O Kaspersky Innovation Hub (IHub) está à procura de startups de tecnologia que trabalhem na área da cibersegurança para integrarema segunda edição do Open Innovation Program. O programa de inovação aberta tem como objetivo “fomentar a colaboração com empresas tecnológicas inovadoras”.

A ideia é que as melhores propostas apresentadas possam ter acesso a projetos-piloto, nos quais a Kaspersky e as startups trabalharão em conjunto para desenvolverem produtos.

“Ao unirmos forças, podemos melhorar as nossas tecnologias e discutir em conjunto, com maior precisão e eficácia, quais as necessidades de segurança mais relevantes”, refere Vitaly Mzokov, diretor do Centro de Inovação da Kaspersky, citado em comunicado.

Na primeira edição, em 2019, o programa de inovação recebeu 258 candidaturas de 49 países do mundo. As 12 finalistas viajaram até Milão para apresentarem os projetos a um júri de especialistas e, quatro dessas, saíram vencedoras nas áreas de IIoT (Industrial Internet of Things), transporte, blockchain e tecnologia antifraude.

As inscrições para a segunda edição do programa de open innovation decorrem até 30 de abril. Os 12 finalistas terão a oportunidade de mostrar os seus projetos no Demo Selection Days, em Milão, nos dias 27 e 28 de maio.

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Governo dos Açores pede à República a suspensão de voos do exterior

  • Lusa
  • 14 Março 2020

O presidente do Governo Regional dos Açores solicitou ao Governo da República a suspensão “urgente” de todos os voos do exterior do arquipélago, devido ao surto de Covid-19.

O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, solicitou ao Governo da República a suspensão “urgente” de todos os voos do exterior do arquipélago, devido ao surto de Covid-19.

Numa carta enviada ao primeiro-ministro, Vasco Cordeiro, solicitou “a suspensão urgente das ligações aéreas do exterior, incluindo do território nacional, com os aeroportos dos Açores, com exceção do transporte de carga e casos de força maior, desde que autorizados pela competente Autoridade de Saúde”, revelou o executivo, em comunicado de imprensa.

Segundo Vasco Cordeiro, o primeiro-ministro alega a “impossibilidade de o Governo Regional dos Açores determinar, mesmo que por razões sanitárias, a suspensão das ligações aéreas do exterior com os aeroportos dos Açores”, mas o executivo açoriano “discorda” desta posição.

“É necessário tomar todas as medidas possíveis, antes do surgimento de qualquer caso positivo na Região, o que ainda não aconteceu até ao momento em que lhe faço esse pedido, de forma a preservar ao máximo possível a capacidade de resposta do Serviço Regional de Saúde dos Açores”, sublinhou o presidente do Governo Regional, na carta, citada em comunicado de imprensa.

O chefe do executivo açoriano salienta que, “além de serem o meio privilegiado de acesso à Região, os aviões nas viagens para os Açores, pela sua duração, podem facilitar o contacto de todos os passageiros com um eventual caso de infeção ainda não determinado”.

Por outro lado, lembra que o arquipélago tem “cinco aeroportos, correspondentes a cinco ilhas, com ligações aéreas com o exterior, o que potencia, em elevado grau, a eventual contaminação a partir de um caso ainda não detetado”.

A Autoridade de Saúde Regional dos Açores já tinha decidido colocar todos os passageiros de voos exteriores à região em quarentena, a partir de hoje à tarde.

“Todos os passageiros de voos do exterior que aterrem na Região estão, a partir do início da tarde de hoje, obrigados a cumprir um período obrigatório de quarentena de 14 dias, determinado pela Autoridade de Saúde Regional”, lê-se no comunicado, divulgado ao início da tarde.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 143 mil pessoas, com casos registados em mais de 135 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados

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El Corte Inglés reduz horário. Abre das 11h às 20h

  • ECO
  • 14 Março 2020

Lojas de Lisboa e Vila Nova de Gaia e supermercados Supercor seguem exemplo de outras cadeias de distribuição e reduzem horário.

Os grandes armazéns El Corte Inglés de Lisboa e de Vila Nova de Gaia, e os supermercados Supercor, vão adaptar o seu horário de atendimento e passar a abrir das 11h às 20h, “sem prejuízo de novas alterações”, comunicou a cadeia espanhola em nota de imprensa.

A redução do horário surge na sequência da decisão já tomada por outras marcas de distribuição como o Pingo Doce, que anunciou esta sexta-feira a redução do seu horário de funcionamento na sequência da pandemia de coronavírus. A marca da Jerónimo Martins passa a fechar às 19h.

Também o grupo Sonae, dono do Continente, anunciou a redução do horário de funcionamento. Além desta medida, algumas lojas estão a controlar as entradas nos locais, seguindo as recomendações da DGS de manter um número de pessoas reduzido dentro de espaços fechados.

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